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Direito Tributário:

ICMS: (CONFAZ) que é dirigido pelos Secretários de


Fazenda, Finanças ou Tributação de cada
 Imposto de competência dos estados e DF
Estado e pelo Ministro de Estado da Fazenda,
 Art. 155, II, CF
e tem missão de promover a harmonização
 O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
tributária entre os Estados da Federação.
Prestação de Serviços (ICMS) é um tributo
 Diretrizes constitucionais
que incide sobre a movimentação de
 Art. 155, §2, CF
mercadorias em geral, o que inclui produtos
 Não cumulatividade - igual ao ipi (créditos e
dos mais variados segmentos como
débitos)
eletrodomésticos, alimentos, cosméticos, e
 Quando tem imunidade = na saída não
sobre serviços de transporte interestadual e
tem tributação, igual IPI
intermunicipal e de comunicação.
 Quando tem isenção = onera o próximo da
 5 materialidades:  cadeia, o próximo não vai ter crédito -
 Circulação de mercadorias (objeto de trocas diferente do IPI
com conteúdo econômico, a simples
 ICMS x ISS
transferência não incide ICMS, só se tiver
 Para saber qual incide deve ver qual é a
caráter econômico)  OPERAR A
atividade da empresa e qual é a situação do
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS
consumidor final
Sumula 573, STF: Em contratos de comodato
 ex.: vou comer em um restaurante e o garçom
não tem conteúdo econômico, então não
vem me servir na mesa.
incide ICMS
 o garçom incidirá ISS, porém meu objetivo
 Serviços de transporte interestadual ou
como consumidor final era comer a comida,
intermunicipal  PRESTAR SERVIÇO DE
então incide somente ICMS, o fato de ter
TRANSPORTE INTERESTADUAL OU
serviços para entregar a mercadoria não anula
INTERMUNICIPAL 
o real objetivo da contratação
 Serviços de comunicação = tem um emissor,
 ex.: buffet para festa infantil - contratei um
uma mensagem e um receptor (2 polos e uma
buffet, os garçons servem bolo, salgadinho =
transferência de uma mensagem) 
incide ISS porque o objeto final do buffet é
PRESTAR SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO
prestar um serviço pra mim, o fato dele usar
 Importação de bens ou mercadorias = fruto
mercadorias para prestar esse serviço nao
da EC 33/2001 e da Sumula 670, STF. Paga o
anula o real objetivo da contratação
II, mas não é bitributação pq a materialidade,
  Isenções:
as partes e o objeto é diferente. Uma analisa a  Todas as operações relacionadas com a
ação de importar e o outro analisa O QUE está comercialização e circulação de livros e
importando  IMPORTAR BENS OU jornais, o envio de mercadoria ao exterior,
MERCADORIAS. todas as operações relacionadas com energia
 Serviços prestados no exterior = só serviços elétrica, petróleo e combustíveis, as
de transporte e comunicação, só pode tributar operações com ouro, as operações com
os serviços de sua competência  PRESTAR arrendamento mercantil, os hortifrutigranjeiros,
SERVIÇOS DE TRANSPORTE os insumos agrícolas (incluindo as mudas de
INTERMUNICIPAL OU INTERESTADUAL, E plantas e sementes), a aquisição de veículos
DE COMUNICAÇÃO NO EXTERIOR adaptados para pessoas que são portadoras
 Lei 87/96 - disciplina o ICMS para todos os de síndromes ou deficiências físicas.
estados. quando os estados vão criar suas leis
 Fato gerador:
ordinárias eles devem respeitar essa lei
 O fato gerador é a operação de circulação
 Porque leis do senado tem importância
jurídica de mercadoria, a prestação de serviço
para o ICMS = porque o senado representa
de transporte, bem como a prestação onerosa
diretamente os estados
de serviço de comunicação por qualquer meio,
 Conselhos:
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a
 Os convênios de ICMS são regulamentados
transmissão, a retransmissão, a repetição e a
pelo Conselho Nacional de Política Fazendária
ampliação de comunicação de qualquer
natureza. Além disso, o imposto será devido casos, o adicional é cobrado na maioria das
na operação de importação, por ocasião do operações, como no caso do Rio de Janeiro, o
desembaraço aduaneiro que faz com que a carga de ICMS chegue a
 Também será fato gerador do imposto a saída 20%.
de mercadorias junto com a prestação de IPVA:
serviços sujeitos ao imposto sobre serviço
 Conceitos gerais:
(ISS), mas apenas quando a própria legislação  É tributo com finalidade predominantemente
do ISS determinar que a mercadoria fica fiscal, de competência dos Estados e do
sujeita ao ICMS (por exemplo: o item 14.06 da Distrito Federal. Conforme previsão
Lista Anexa à Lei Complementar nº 116/2003 constitucional, terá alíquotas mínimas fixadas
dispõe que fica sujeito ao ISS os serviços de pelo Senado Federal e poderá ter alíquotas
manutenção e conservação de máquinas, diferenciadas em função do tipo e utilização. O
veículos, aparelhos, equipamentos, motores, seu fato gerador é a propriedade de veículo
elevadores ou de qualquer objeto, exceto automotor, sendo a base de cálculo o valor do
peças e partes empregadas, que ficam veículo, dependendo do seu ano de
sujeitas ao ICMS) fabricação, marca e modelo. Somente incide
 Em regra, o imposto não deve incidir em sobre veículos automotores terrestres. O
saídas que não representem uma circulação contribuinte é o proprietário do veículo e o
jurídica de mercadoria, por exemplo, uma lançamento é de ofício.
operação de comodato ou locação, em que a  A principal função desde imposto é fiscal,
mercadoria ou bem emprestado retornará ao contudo, verifica-se função extrafiscal quando
contribuinte que o remeteu. há diferenciação de alíquota em razão do tipo
 Base de cálculo: de utilização ou combustível utilizado pelo
 A base de cálculo do imposto é o valor da veículo
operação nos casos de circulação de
 Fundamentação:
mercadorias. Na prestação de serviço de  Artigos 155, inciso III e § 6º, 158, inciso III, da
transporte interestadual e intermunicipal e de Constituição Federal
comunicação, a base de cálculo é o preço do
 Alíquotas:
serviço.
 São diferenciadas de acordo com o tipo,
 Já nas operações de importação, a base de
potencia, cambio, utilização (transporte, carga,
cálculo é o valor aduaneiro, adicionado do
passeio)
imposto de importação, imposto sobre
produtos industrializados (IPI), imposto sobre  Imunidades
 Pode haver dispensa ou isenção do
operações de câmbio (IOF) e quaisquer outros
pagamento do referido imposto, havendo
impostos, taxas, contribuições e despesas
imunidade por causas previstas em Lei. Tais
aduaneiras.
previsões legais objetivam incentivar
 Vale dizer que o cálculo do ICMS é chamado
determinadas atividades econômicas e
‘por dentro’, o que significa dizer que o
proteger interesses estatais, e ainda
montante do próprio imposto integra a sua
demonstram preocupação com importantes
base de cálculo, constituindo o respectivo
aspectos sociais.
destaque do imposto na nota fiscal uma mera
indicação para fins de controle  RMIT:
 CRITERIO MATERIAL = ser proprietário de
 Alíquota:
veículo automotor 
 A alíquota geral do ICMS varia de 17% a 18%
 CRITÉRIO ESPACIAL = estado / domicilio
nas operações internas, conforme definição
tributário
estadual. Alguns estados criaram fundos de
Não há qualquer menção em norma
combate à pobreza e cobram um percentual
constitucional ao aspecto espacial desse
adicional de 1% ou 2% de ICMS em
imposto, além do mais, como dito
determinadas operações. A depender do
anteriormente, a característica do aspecto
estado, esse adicional só é cobrado em
material é ser móvel, não estando, portanto,
operações específicas (por exemplo, com
restrito aos limites territoriais. Então podemos
bens considerados supérfluos). Em outros
concluir que para analisar o aspecto espacial passivo: aquele com a atribuição de pagar o
devemos observar as Leis Estaduais. imposto a ele exigido.
Observando a Lei Estadual Paulista, o imposto O sujeito ativo está subordinado à sua
será devido no local do domicílio ou da competência territorial, fazendo-se necessário
residência do proprietário do veículo neste para tanto, a presença de dois critérios: (i)
Estado. Se pessoa natural, a sua residência localização do registro de propriedade do
habitual ou se incerta ou desconhecida, o veículo adquirido, e (ii) domicílio do
centro habitual de sua atividade onde o proprietário ou possuidor do veículo. 
veículo esteja sendo utilizado. ESTADO
Há disposto a possibilidade de pluralidade de O sujeito passivo por sua vez, como já
domicílios. Nessa condição, quando se tratar mencionado, é aquele que é indicado para a
de pessoa física, presume-se como domicílio realização do pagamento do tributo, todavia,
tributário o local, onde cumulativamente, não necessariamente a mesma pessoa que
possua residência e exerça profissão, ou o realiza o fato jurídico tributário, isto é, o
endereço constante na Declaração do Imposto contribuinte.  PROPRIETÁRIO
de Renda.  CRITÉRIO QUANTITATIVO:
Ao se tratar de pessoa jurídica, o domicílio Base de cálculo = como Regra geral, a base
será o do estabelecimento situado no território de cálculo é o valor venal do veículo ou preço
deste Estado, quanto aos veículos comercial de tabela; TABELA FIPE
automotores que a ele estejam vinculados na As legislações estaduais, em expressiva
data da ocorrência do fato gerador. Em maioria, estabelecem elementos distintos para
relação às empresas locadoras de a identificação da base de cálculo, variáveis
automóveis, no caso de locação avulsa, o de acordo com a natureza ou estado do
estabelecimento onde o veículo estiver veículo
disponível para entrega ao locatário na data É o valor venal do veículo, estabelecido pelo
da ocorrência do fato gerador, ou o local do Estado que cobra o imposto, submetendo-se
domicílio do locatário ao qual estiver vinculado aos princípios da estrita legalidade, das
o veículo na data da ocorrência do fato anterioridades nonagesimal e do exercício
gerador, na hipótese de locação de veículo financeiro.
para integrar sua frota. Alíquota = varia de acordo com o tipo e
 CRITÉRIO TEMPORAL = Nos incisos do art. utilização do veiculo 
3º da Lei estão definidos critérios temporais da As alíquotas são fixadas por Lei Ordinária
hipótese da regra-matriz de incidência do Estadual ou do Distrito Federal.
IPVA, para diferentes situações relativas ao As alíquotas podem ser diferenciadas, em
veículo. função do tipo e utilização do veículo, desde
Para veículo usado, o critério temporal da que sejam obedecidos os limites mínimos
hipótese tributária é o dia 1º de janeiro de estabelecidos pelo Senado Federal.
cada ano (inc. I do art. 3º). Isso é, não pode haver diferença de alíquotas
No caso de veículo novo adquirido pelo em razão da procedência do veículo conforme
consumidor, o critério temporal da hipótese entendimento do STF em alguns julgados
tributária – Data do Fato Gerador - é a data da (princípio da uniformidade das alíquotas para
aquisição (inc. II do art. 3º). veículos nacionais e estrangeiros, assim como
Ainda, se veículo importado diretamente do de Estados membros distintos no que se
exterior por consumidor, o critério temporal é a refere a mesma questão de ordem interna).
data do desembaraço aduaneiro do veículo A fixação pelo Senado Federal de alíquota
(inc. III do art. 3º). mínima visa inibir a guerra fiscal entre os
CRITÉRIO PESSOAL = Os sujeitos da relação Estados,. Funciona apenas como piso ou teto.
jurídica em questão são: (i) ativo: identificado A resolução, nesses casos, de forma nenhuma
em leis estaduais ou distritais (Estados e substitui a lei de cada estado.
Distrito Federal), possuindo competência para Assim, cada estado, na lei instituidora do
a arrecadação e aplicação de sanções imposto, deve estabelecer suas alíquotas. Se
inerentes a não efetivação do pagamento – houver uma alíquota máxima fixada em
isto é, exige o recolhimento de imposto -, e (ii) resolução, a lei do estado não pode
estabelecer alíquota superior a ela, e se existir  A legislação civilista determina que a
alíquota mínima prevista em resolução, a lei transmissão causa mortis se dá no momento
do estado não pode fixar alíquota menor. Essa da abertura da sucessão. No caso de doação
alíquota aplicável internamente em cada de bens imóveis, a transmissão se dá no
estado deve ser determinada pelo próprio momento do registro no cartório de imóveis. Já
estado mediante edição de lei própria. a transmissão de bens móveis, a transmissão
ITCMD e ITBI: ocorre com a tradição da coisa. 
 Alíquota = As alíquotas são fixadas pela lei
 ITCMD:
 Art 35, CTN estadual, considerando que apenas o Senado
 Imóvel – art. 79/80, CC e 1245, CC Federal possui lídima competência para fixar
 ITCMD - §1 competência as alíquotas máximas do ITCMD sobre
 Imóveis – localização heranças e doações (art. 155, §1°, IV, CF). 
 Moveis – inventario ou domicilio tributário do  Destarte, o Senado fixou em 8% a alíquota
doador máxima do tributo por meio da Resolução
 Exterior – LC 09/1992.
 Alíquota máxima – 8%  Base de calculo = A base de cálculo é o valor
 Transmissão de bens ou direitos causa mortis venal do bem ou do direito transmitido.
(s/ ato de vontade) ou doação (liberalidade) Entende-se por valor venal como sendo o
 Consiste na transmissão de propriedade de valor de mercado, ou seja, o preço do bem em
quaisquer bens e na transmissão (cessão) de uma venda à vista.
direitos em decorrência de falecimento de seu  ITBI:
titular e transmissão e cessão gratuitas de  Artigo 156, II, CF
bens móveis ou imóveis. Para especificá-lo,  Transmissão de bens imóveis por ato oneroso
são plenamente aplicáveis as categorias Inter vivos.
civilistas de sucessão e de doação  Sempre que alguém transfere onerosamente,
(pressupostas pela Constituição). ou seja, por uma valor, para outro um imóvel,
 A transmissão é passagem jurídica de é necessário que o pagamento do ITBI seja
propriedade ou de bens em direitos de uma feito
pessoa para outra. Ocorre em caráter não  Ex.: compra e venda, dação em pagamento,
oneroso, seja pela ocorrência da morte ou permuta.
doação (ato de liberdade). Conforme o  O bem deve ser exclusivamente imóvel e a
art. 35, parágrafo único do Código Tributário transmissão inter vivos, ou seja, decorrente do
Nacional, nas transmissões causa mortis acordo de vontades entre pessoas. Vale
ocorrem tantos fatos geradores distintos destacar que para que haja a transmissão do
quantos sejam os herdeiros ou legatários. bem imóvel é necessário o Registro da
 O tributo incidirá sobre a transmissão não Transmissão da Propriedade, mas que só é
onerosa de bens, seja causa mortis ou por feito após o pagamento do ITBI.
doação. Nesse sentido, a Súmula 112 do STF:  Não incidirá ITBI nos contratos de promessa
“O imposto de transmissão causa mortis é de compra e venda, pois ainda não foi
devido pela alíquota vigente ao tempo da efetivada a transmissão do bem.
abertura da sucessão”.   Além disso: forma onerosa, ou seja, não
 Contudo, vale lembrar que somente haverá o incidirá sobre a Usucapião, pois o acréscimo
pagamento do tributo após os bens do espólio patrimonial ocorreu sem uma contraprestação
ser avaliado e a homologação do cálculo (arts. onerosa.
1.003 a 1.013 Código de Processo Civil).  Sobre os imóveis arrematados em hasta
Nesse diapasão, a Súmula 114 STF: “O pública, também não há que se falar na
imposto de transmissão causa mortis não é incidência do ITBI pois, embora seja adquirido
exigível antes da homologação do cálculo”. de forma onerosa, consiste em uma aquisição
 Observe-se que qualquer espécie de bem originária, não havendo transmissão.
transmitido (móvel e imóvel) por causa mortis  IMUNIDADE = Art. 36. Ressalvado o disposto
ou por doação (mesmo com encargo) no artigo seguinte, o imposto não incide sobre
submete-se ao ITCMD estadual. a transmissão dos bens ou direitos referidos
no artigo anterior: 
I – quando efetuada para sua incorporação ao Jurídica nos 2 anos anteriores e nos 2 anos
patrimônio de pessoa jurídica em pagamento subsequentes da transmissão.
de capital nela subscrito;   Quem cobra e quem define a alíquota do
II – quando decorrente da incorporação ou da ITBI? Município onde o imóvel está
fusão de uma pessoa jurídica por outra ou localizado. 
com outra. Cisão também – não está no CTN,  “E se o imóvel estiver em 2 municípios?” -
mas está na CF Cada município cobrará proporcional.
 Fusão = empresa A se junta com a B e  Base de cálculo = o valor venal dos bens ou
gera a empresa C. Os bens imóveis de A e direitos transmitidos.
B que formaram o C, não incide ITBI  Valor venal é o valor de venda do imóvel, para
 Incorporação = pode ser total ou parcial. pagamento à vista, em condições normais de
Pega um pedaço da empresa A e coloco na mercado.
empresa B (parcial). As duas empresas  Alíquota = fixada por lei ordinária municipal,
continuam existindo. Os bens de A que sendo vedada a progressividade, uma vez que
foram pra B tem imunidade. não há previsão constitucional.
Se A for completamente incorporada por B  RMIT – ITCMD:
– A some e fica só o B junto com o capital  CRITÉRIO MATERIAL = RECEBER bens ou
de A. direitos por sucessão causa mortis
 Cisão = pode ser total ou parcial. A Na doação: RECEBER bens ou direitos por
empresa A vira 2 empresas uma chamada doação ou a titulo gratuito. Donatário (quem
B e outra C. A deixa de existir (total) recebe) deve pagar o ITCMD
Empresa A diminui um pouco formando a B  CRITÉRIO TEMPORAL = doação (momento
(parcial) do registro - imoveis ou da tradição - moveis),
 Quando um patrimônio sai de uma empresa causa mortis (momento da morte, abertura da
pra virar outra devemos analisar se os sucessão)
imóveis que vão ser integralizados nas É o momento da transmissão (art. 35, CTN) ou
empresas. A empresa que recebe os bens como estabelecer a lei ordinária estadual
NÃO pode ter a sua atividade competente. Ressalte-se que o momento do
preponderante relacionada a venda, fato gerador deve ser o do respectivo registro
aluguel, arrendamento de bens imóveis. da escritura de transmissão, no caso de bens
Caso tenha, não tem imunidade. imóveis. É sabido que o fato gerador do
Parágrafo único. O imposto não incide ITCMD segue o do ITBI, cujo fato imponível
sobre a transmissão aos mesmos também se perfaz na transmissão da
alienantes, dos bens e direitos adquiridos propriedade, mediante a transcrição do
na forma do inciso I deste artigo, em documento competente no Registro de
decorrência da sua desincorporação do Imóveis.
patrimônio da pessoa jurídica a que foram  CRITÉRIO ESPACIAL = Bem imóvel – estado
conferidos. que o bem está localizado
 Art. 37. O disposto no artigo anterior não se Bem móvel – causa mortis (onde está o
aplica quando a pessoa jurídica adquirente inventário), doação (domicilio do doador.
tenha como atividade preponderante a venda Bens móveis, títulos e créditos, é de
ou locação de propriedade imobiliária ou a competência o Estado onde se processar o
cessão de direitos relativos à sua aquisição. Inventário ou Arrolamento, ou tiver domicilio o
 Considera-se atividade preponderante doador, ou ao Distrito Federal, como previsto
referida neste artigo quando mais de 50% no art. 155, § 1º, II da CF: “relativamente a
da receita operacional da pessoa jurídica bens móveis, títulos e créditos, competente ao
adquirente, nos 2 (dois) anos anteriores e Estado onde se processar o inventário ou
nos 2 (dois) anos subsequentes à arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao
aquisição, decorrer de transações Distrito Federal;”.
mencionadas neste artigo. Artigo 37, CTN Exemplo: José faleceu no Rio de Janeiro. Seu
Ou seja, quando essa atividade (compra e inventário foi feito em Minas Gerais. Possui ele
venda de imóveis e locação) for maior que um apartamento em São Paulo e um
50% da receita operacional da Pessoa automóvel no Rio Grande do Sul. Recolher-se-
á o ITCMD para São Paulo, quanto ao Valor venal é o valor de venda do imóvel, para
apartamento e para Minas Gerais quanto ao pagamento à vista, em condições normais de
automóvel. mercado.
 CRITÉRIO PESSOAL = sujeitos passivos - os A alíquota desse imposto é fixada por lei
herdeiros ou legatários (nas transmissões ordinária municipal, sendo vedada a
causa mortis e quaisquer das partes adstritas progressividade, uma vez que não há previsão
à doação (doação ou donatário), na forma da constitucional.
lei.  O STF editou uma súmula nesse sentido: S.
 CRITÉRIO QUANTITATIVO = As alíquotas do 656 STF: É INCONSTITUCIONAL A LEI QUE
ITCMD são fixadas livremente pelos Estados, ESTABELECE ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS
respeitando o máximo fixado pelo Senado PARA O IMPOSTO DE
Federal em 8%  TRANSMISSÃO "INTER VIVOS" DE BENS
A base de cálculo será o valor venal dos bens IMÓVEIS - ITBI COM BASE NO VALOR
ou direitos transmitidos e da doação. No caso VENAL DO IMÓVEL
de doação, é o valor dos bens doados, ou IPTU:
seja, o valor dos bens ou direitos transmitidos
 Informações Gerais:
demonstra a dimensão econômica do fato  O IPTU é um tributo que incide sobre a
gerador do tributo. Em princípio, representará propriedade imobiliária, incluindo todos os
o valor de mercado do bem objeto da tipos de imóveis – residências, prédios
transmissão, não devendo superá-lo. O comerciais e industriais, terrenos e chácaras
cálculo é feito sobre o valor dos bens na data de recreio.
da avaliação, observada a alíquota vigente na
 Cálculo:
data da abertura da sucessão. O imposto não
 A cobrança é realizada quando o imóvel
é exigido antes da homologação do cálculo.
obedece pelo menos um dos critérios abaixo,
 RMIT – ITBI: sendo compostos ou mantidos pelo poder
 CRITÉRIO MATERIAL = RECEBER / público:
TRANSMITIR imóvel a título oneroso  Meio fio ou calçamento com canalização de
 CRITÉRIO PESSOAL = O Sujeito Ativo é o águas pluviais;
Município onde está o bem.  Abastecimento de água;
O Sujeito Passivo é qualquer uma das partes  Sistema de esgotos sanitários;
da transmissão: transmitente ou beneficiário,  Rede de iluminação pública com ou sem
de acordo com o que dispuser a legislação posteamento para distribuição domiciliar;
municipal.  Escola primária e/ou posto de saúde a uma
 CRITÉRIO ESPACIAL = É de competência distância máxima de 3 km;
dos Municípios, então, o local da ocorrência  Como se trata de um imposto municipal, é o
do fato gerador será onde está o bem. No município que define valor a ser pago,
Município do bem. Vale destacar que não há parcelamento, descontos, etc.
distinção entre imóvel urbano ou rural, basta  Sendo assim, é o legislativo municipal que
que eles esteja localizado no Município. decide qual área é urbana e destinada a
O local da escritura, o domicilio do adquirente habitação, indústria ou comércio, mesmo que
ou o local do financiamento é irrelevante no esteja fora dos termos acima. Então, uma área
que diz respeito a competência para instituir que não se enquadre nos itens acima ou
este tributo. mesmo que esteja fora da zona urbana, pode
 CRITÉRIO TEMPORAL = se dá no momento estar sujeita à cobrança do imposto caso a lei
da transmissão do bem imóvel a título oneroso municipal determine.
ou da cessão de direitos, é aí que se  O IPTU é calculado através da multiplicação
exterioriza o fato gerador. No momento do do valor venal do imóvel pela respectiva
registro. alíquota, que é definida pela Lei Municipal.
 CRITÉRIO QUANTITATIVO = A base de Alíquota é um percentual definido em lei, que
cálculo de ITBI é o valor venal dos bens ou aplicado sobre a base de cálculo, no caso o
direitos transmitidos. valor venal, chega-se ao valor do imposto.  
 Valor venal = o valor de venda estimado para  Os imóveis integrantes do patrimônio da
aquele imóvel pela administração pública. União, Estados, Municípios, Distrito
 Planta Genérica de Valores Imobiliários = é Federal, autarquias e fundações instituídas
um complexo digital de fatores e índices que e mantidas pelo Poder Público (CF, art.
determinam os valores médios unitários do 150, VI, a e §2º);
metro quadrado de terreno e de construção,  Os templos de qualquer culto (CF, art. 150,
usado para a apuração do valor venal de VI, b);
imóveis. Ela também serve para calcular o  Os imóveis integrantes do patrimônio dos
Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis partidos políticos, inclusive suas fundações;
(ITBI). Ou seja, o PGVI estabelece critérios do patrimônio das entidades sindicais dos
para apurar o valor de venda dos imóveis. trabalhadores; das instituições de educação
 O valor venal do imóvel é definido a partir e assistência social, sem fins lucrativos e
dos seguintes fatores: atendidos os requisitos da lei (CF, art. 150,
 Tamanho do terreno; VI, c); e das instituições de Educação e de
 Localização no PGVI; Assistência Social.
 Área construída;  Referidos imóveis deverão, ademais,
 Tipo de acabamento. cumprir com dois requisitos: (i) o imóvel
 Para resumir, o valor que o contribuinte paga objeto do pedido deve ser integrante do
no IPTU é o valor de venda do imóvel (que foi patrimônio da entidade e (ii) ser utilizado nas
definida com a ajuda do PGVI), multiplicada finalidades essenciais da entidade.
pela porcentagem definida pela Lei Municipal.  Por fim, as entidades não poderão distribuir
 Cada município decide qual vai ser a forma de parcelas de seu patrimônio ou de suas rendas
pagamento e as datas. Normalmente é a qualquer título, bem como deverão aplicar
possível fazer o parcelamento do imposto, seus recursos integralmente no país, na
porém com o pagamento à vista há descontos. manutenção de seus objetivos institucionais e
 Ele parte de um cálculo feito da mesma forma manter escrituração de suas receitas e
no país todo, mas com alíquotas específicas despesas em livros revestidos de formalidades
para cada cidade, pois contam investimentos capazes de assegurar sua exatidão.
que a região tenha recebido em questão de  Isenção
preço médio do metro quadrado na região.  Por ser um tributo municipal, a isenção varia
 O valor venal é o cálculo principal do IPTU, ou de acordo com cada Município. A título de
seja, ele é a parte principal que você precisa exemplo, consideremos a isenção vigente em
entender como funciona. O valor venal diz o São Paulo, em 2017, para o aposentado,
quanto a sua casa vale, de acordo com o pensionista ou beneficiário de renda mensal
governo, baseado no total de metros vitalícia:
quadrados construídos que a sua casa possui  Não possuir outro imóvel no município;
e quanto custa, em média, o metro quadrado  Utilizá-lo como residência;
da sua região.  Rendimento mensal que não ultrapasse 5
 Dessa forma, se a sua residência tem, por (cinco) salários mínimos no exercício a que
exemplo, 100m2 e o valor do Metro quadrado se refere o pedido; 
na sua região, é, por exemplo, R$ 400,00,  O imóvel deve fazer parte do patrimônio do
você tem um valor venal de R$ 40.000,00 do solicitante; e
seu imóvel. Além disso, existem as alíquotas,  O valor venal do imóvel seja de até R$
que são os valores relacionados ao valor venal 1.176.311,00 (um milhão, cento e setenta e
para calcular o IPTU. Ou seja, se a sua casa seis mil e trezentos e onze reais).
tem o valor venal de R$ 40.000,00 e a alíquota
 O que é urbano?
da sua região é, por exemplo, de 1%, o valor  § 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se
do IPTU da sua casa é de R$400,00. como zona urbana a definida em lei municipal;
 Imunidade: observado o requisito mínimo da existência de
 Atendidos os requisitos constitucionais, são melhoramentos indicados em pelo menos 2
imunes do Imposto Predial e Territorial (dois) dos incisos seguintes, construídos ou
Urbano: mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização II - imposto sobre a propriedade predial e
de águas pluviais; territorial urbana progressivo no tempo;
II - abastecimento de água; III - desapropriação com pagamento mediante
III - meio-fio ou calçamento, com canalização títulos da dívida pública de emissão
de águas pluviais; previamente aprovada pelo Senado Federal,
IV - abastecimento de água; com prazo de resgate de até dez anos, em
V  - sistema de esgotos sanitários; parcelas anuais, iguais e sucessivas,
VI - rede de iluminação pública, com ou sem assegurados o valor real da indenização e os
posteamento para distribuição domiciliar; juros legais”.
VII - rede de iluminação pública, com ou sem  Politica urbana:
posteamento para distribuição domiciliar;  Art. 182. A política de desenvolvimento
VIII - escola primária ou posto de saúde a uma urbano, executada pelo Poder Público
distância máxima de 3 (três) quilômetros do municipal, conforme diretrizes gerais fixadas
imóvel considerado. em lei, tem por objetivo ordenar o pleno
 § 2º A lei municipal pode considerar urbanas desenvolvimento das funções sociais da
as áreas urbanizáveis, ou de expansão cidade e garantir o bem- estar de seus
urbana, constantes de loteamentos aprovados habitantes. (Regulamento) (Vide Lei nº 13.311,
pelos órgãos competentes, destinados à de 11 de julho de 2016)
habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo § 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara
que localizados fora das zonas definidas nos Municipal, obrigatório para cidades com mais
termos do parágrafo anterior. de vinte mil habitantes, é o instrumento básico
 Progressividade: da política de desenvolvimento e de expansão
 As alíquotas do IPTU deverão ser fixadas em urbana.
lei municipal, não podendo ser estabelecidas § 2º A propriedade urbana cumpre sua função
em percentuais exorbitantes que viole o social quando atende às exigências
princípio da capacidade econômica, já que fundamentais de ordenação da cidade
nessa situação haveria o confisco do imóvel. expressas no plano diretor.
Estabelece a Constituição Federal, em seu § 3º As desapropriações de imóveis urbanos
art. 156, § 1o, I e II, que, sem prejuízo da serão feitas com prévia e justa indenização em
progressividade no tempo o IPTU poderá:  dinheiro.
1. Ser progressivo em razão do valor do § 4º É facultado ao Poder Público municipal,
imóvel;  mediante lei específica para área incluída no
2. Ter alíquotas diferentes de acordo com a plano diretor, exigir, nos termos da lei federal,
localização e o uso do imóvel. Nota-se do proprietário do solo urbano não edificado,
que o princípio da progressividade está subutilizado ou não utilizado, que promova seu
diretamente relacionado aos princípios da adequado aproveitamento, sob pena,
capacidade contributiva, da isonomia e da sucessivamente, de:
vedação do confisco, de modo que a I - parcelamento ou edificação compulsórios;
carga tributária seja mais significativa para II - imposto sobre a propriedade predial e
os contribuintes que revelam superior territorial urbana progressivo no tempo;
riqueza.  III - desapropriação com pagamento mediante
 Por outro lado, o § 4o do art. 182 da Carta títulos da dívida pública de emissão
Maior, estabelece a progressividade no tempo previamente aprovada pelo Senado Federal,
nos seguintes termos: com prazo de resgate de até dez anos, em
“§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, parcelas anuais, iguais e sucessivas,
mediante lei específica para área incluída no assegurados o valor real da indenização e os
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, juros legais.
do proprietário do solo urbano não edificado,  RMIT: 
subutilizado ou não utilizado, que promova seu  CRITÉRIO MATERIAL = SER proprietário de
adequado aproveitamento, sob pena, imóvel urbano
sucessivamente, de: Proprietário, nos termos do art. 1.228 do
I - parcelamento ou edificação compulsórios; Código Civil, é aquele que tem a faculdade de
usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de venal do imóvel, não se considerando o valor
reavê-la do poder de quem quer que dos bens móveis mantidos, em caráter
injustamente a possua ou detenha. permanente ou temporário, no imóvel, para
CRITÉRIO TEMPORAL = depende da lei de efeito de sua utilização, exploração,
cada município. O momento em que a aformoseamento ou comodidade. 
ocorrência do fato de repercussão jurídica é O valor venal de um imóvel é o preço de
relevante, competindo à lei ordinária a sua venda, levando-se em consideração o terreno
fixação. Em campinas, o critério temporal é acrescido de suas edificações, estimado por
verificado no primeiro dia de janeiro de cada critérios técnicos prescritos em lei municipal. É
ano. o valor provável do imóvel, aquele que o bem
O próprio princípio da anterioridade tributária alcançaria para compra e venda à vista,
(art. 150, III, “b” e “c”, da Constituição), ao qual conforme as condições usuais do mercado
o IPTU se submete, contribui para afastar imobiliário.
qualquer periodicidade inferior a um ano. O valor venal do imóvel, por ser a base de
Assim, se a lei que vier a majorar este tributo cálculo do imposto e um dos critérios da regra-
só poderá incidir no exercício financeiro matriz de incidência, só pode ser fixado ou
seguinte ao de sua entrada em vigor, o valor majorado por lei. 
da propriedade predial e territorial urbana do Avaliando de ofício o valor do imóvel ou
contribuinte somente poder ser aferido comparando-o com o valor declarado pelo
anualmente. contribuinte, a Administração deve levar em
A cobrança, por sua vez, ocorre por meio do conta a localização, a existência de serviços
envio de carnê aos contribuintes, documento públicos, as possibilidades do comércio e,
que formaliza o lançamento de ofício a que o sobretudo, o valor de alienações recentes de
imposto está sujeito. imóveis idênticos na mesma localidade. Em
 CRITÉRIO ESPACIAL = A princípio, o critério caso de divergência entre o valor declarado
espacial do imposto é a zona urbana do pelo contribuinte e o real valor do imóvel, o
Município em que o imóvel se encontra. Município pode arbitrar o valor, ato esse
 CRITÉRIO PESSOAL = O sujeito ativo é o submetido à contestação do contribuinte. 
Município. Já o sujeito passivo é o Problema = algumas cidades não atualizam o
contribuinte, ou seja, a pessoa física ou valor venal dos bens e nem a planta genérica
jurídica, proprietária ou detentora do domínio de valores, portanto o IPTU era cobrado com
útil ou a posse do bem urbano desde que base em um valor defasado, pois os imóveis
tenha o animo domini.  valorizavam mas o valor venal não. Porém
Além disso, é considerado responsável pelo chega um momento em que a prefeitura não
crédito tributário o sucessor, a qualquer título, tem controle do crescimento imobiliário, então
nos termos dos arts. 128 a 133 do CTN, ou a BC começou a ser criada e estipulada no
quem adquire o imóvel seja por compra, momento da construção dos imóveis, já que
herança ou doação. para construir precisa das certidões da
Pode ter substituto também - definido por lei. prefeitura, então eles aproveitavam e já
Ex.: locatário (se for definido por lei) avaliavam o valor da BC, mas isso não pode
 CRITÉRIO QUANTITATIVO = alíquota e base ser feito, pois a BC deve ser feita por meio de
de calculo LEI.
Alíquota = A alíquota é o critério legal, em A prefeitura afirma que não é errado já que a
regra expresso em percentagem (%). São lei estipula que a BC é o valor venal do imóvel,
progressivas. eles apenas especificam qual é esse valor
A Constituição permitiu, no art. 182, II, § 4º, a atualizado no momento da construção.
utilização de alíquotas maiores para imóveis
em desacordo com o plano diretor urbano,
pretendendo elevar a tributação sobre tais
imóveis, com a finalidade de desestimular o
aproveitamento errôneo do solo urbano. 
Base de calculo = Nos termos do art. 33 do
CTN, a base de cálculo do IPTU é o valor

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