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Contabilidade da Vida

Luciano da Silva - Gerontólogo Social

O mês de Dezembro é, por excelência, o mês em que avaliamos tudo aquilo que fizemos
durante o ano. É a contabilidade da vida, o momento em que olhamos para trás e vemos que o
ano passou tão depressa que não fizemos tudo a que nos propusemos ou sonhámos ou, pelo
contrário, regozijamo-nos com o sentimento de dever cumprido. É o que sucede com muitos
nas passagens de ano, como a de 2012 para 2013, em que abraçaram os seus amigos e
familiares, e trocaram votos de felicidade e saúde para o novo ano que estava às portas.
Mas com a mesma velocidade que passam as festividades, esquecemos os nossos votos e
felicitações de “saúde para dar e vender” e voltamos a mergulhar no stress da vida diária.
Na maior parte dos casos os afazeres da vida impedem-nos de promover em nós mesmos uma
qualidade de vida que resulte em boa saúde. Isso é de fato bastante antagónico. Lutamos para
ter uma vida melhor e nessa luta, deixamos de ter um viver com qualidade. No passado, a
qualidade de vida era medida através dos bens materiais da pessoa. Hoje os parâmetros
mudaram porque o leque das possibilidades alargou-se e o ser humano tem sido cada vez
mais visto como um todo que está interligado com o corpo, a mente, a vida social, cultural,
espiritual e tantas outras vertentes essenciais para uma vida plena. Mas, o fato, é que todas
essas vertentes estão vinculadas ao corpo.
Assim, um corpo doente não tem condições para dar respostas satisfatórias às necessidades
que são inerentes na complementação total do ser humano. No âmbito da Gerontologia Social
parte-se do pressuposto de base que o ser humano vive socialmente num contexto de
interação consigo próprio e com os outros da sua espécie, com o meio ambiente envolvente e
com o espiritual.
Todos os fatores da vida passam por esses vínculos, mas o depositário dos mesmos é
indubitavelmente, o corpo. Assim, se o corpo vai mal, todo o ser padece. Por esse motivo,
reforçamos a importância da atividade física na promoção da sua saúde hoje e bem como na
construção de um envelhecimento com qualidade.
Um corpo saudável estará mais apto para uma vivência social e ambiental mais pró-ativa. Da
mesma forma estará com a mente mais predisposta ao desenvolvimento espiritual.
Se ainda não foi dessa vez que conseguiu organizar-se para dedicar algum tempo a praticar
exercício físico, veja onde está o desperdício de tempo e faça a correção. Lembre-se que um
dia tem 24 horas e poderíamos dividi-lo assim: 8 horas para o trabalho, 8 horas para dormir…
E como está a distribuir as 8 horas restantes? A sua saúde é o seu maior património.
Pense nisso!

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