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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

LICENCIATURAS
Disciplina: Fundamentos da Educação I: Filosofia da
Educação
Coordenadores: Danilo Bantim e Marcio Francisco
Tutores: (TD) Fernanda Branco, Juliana Mendes, Margareth
Oliveira, Niely Freitas, Renata Carrara, Sonia Maria (TP)
Adryan Nunweiler - ARE, Janine Targino - DCA, Renata
Cristina - MAG, Cristina Iracy - MPE, Camilla Duarte -
NFR, Tatiane Pacheco- NIG, Iara Hillen - PET, Mara Isabel -
PIR, Queteri Figueiredo - RES, Mariana Sant’Anna - SAQ,
Lenilda Pinheiro - SPE, Letícia Piedade - VRE.

1ª Avaliação a Distância – AD1


Nome: Alexandre Teófilo de Souza
Matrícula: 22216090109 Polo: Piraí

Questão 1 (valor: 5 pontos)

A. Sobre o texto 1, em que sentido seria possível dizer que haveria uma suposta oposição
entre educação e escolarização?
De acordo com o texto 1 desta disciplina, tal possibilidade e relatada nas declarações
dos intelectuais, Mark Twain, Gabriel Garcia Marquez, Jorge Amado, Nelson
Mandela, dentre outros, tratadas neste texto, numa alegoria de citações sobre
educação e escolaridade. No decorrer, dissertam sobre a dicotomia entre a educação e
escolarização, fazendo uma breve narrativa da bibliografia destes intelectuais e de
algumas declarações, como por exemplo, o grande líder político, Nelson Mandela,
onde ele declara: “Ninguém nasce odiando outras pessoas pela cor de sua pele, por
suas origens ou por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem
aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”. Tal declaração é um exemplo da
distinção feita no ocidente entre a educação e escola, pela formação ampla e a
aprendizagem disciplinar, no âmbito do espaço pedagógico.
Para os pensadores da educação, a maneira como o individuo é introduzido na
comunidade de forma reproduzida é infinitamente mais amplo que a escolarização.
Ideia que transcende todo o Renascimento, com consequências modernas com na
teoria de Rousseau (afirmava que a liberdade natural do homem, seu bem-estar e sua
segurança seriam preservados através do contrato social). Nicolau de Cusa faz
distinção a cultura escolar e livresca (teórica) da aprendizagem a leitura dos espíritos
livres e profanos ao “Grande Livro da Natureza”, da grande ordem imutável e
harmoniosas entre Deus, mundo e homens. Já no período medieval, no pensamento
místico e alquímico da Idade Média, junta os saberes das coisas divinas e humanas,
numa metáfora da iluminação universal. Na Grécia antiga, O Pedagogo (paidagogos)
era o escravo que levava a criança até o local de instrução, onde o paidotribes instruía.
Mas para falarmos sobre essa dicotomia entre educação e escolarização, falaremos
sobre a definição de pedagogia, que vem a ser um conjunto das ideias básicas contidas
num sistema filosófico, fundamentada e orientada nas práticas educacionais, sob
forma disciplinar, num conjunto de orientações metodológicas numa temática
conceitual. E por fim, a escolarização está inserida na educação. É complementar. Já a
educação é institucional, é inerente a instituição família, é amplo.

B. Discuta a importância da seguinte afirmação, relacionando ao texto 1: “O modo como a


educação é vista e conduzida depende de uma construção, pois ela não deve ser considerada
como dada de antemão”

Nesta afirmação, é tratado a construção de um conceito pedagógico, pedagogia.


Definida com uma doutrina de fundamentos, orientações e práticas educacionais.
Conjunto de orientações metodológicas com uma temática conceitual, sob forma
disciplinar. Tem como objetivo a melhoria no processo de aprendizagem através de
reflexão, sistematização e produção do conhecimento, ou seja, busca compreender e
analisar os processos de ensino e aprendizagem.
Para os sociólogos Bourdieu e Passeron

Questão 2 (valor: 5 pontos)


Com base na afirmação a seguir, extraída do texto 2, elabore uma reflexão sobre o
processo de formação docente: “O conhecimento, ligado ao comportamento do ser humano
e da comunidade, não é uma matéria abstrata que possa ser isolada da vida. Ele deve
implicar uma visão particular do mundo e uma presença particular nesse mundo concebido
como um todo, em que todas as coisas se ligam e interagem”.

Em consonância com o texto 2, dissertaremos, a princípio, sobre o verbo, a palavra falada


de imenso valor, a palavra que rompe as limitações dos contos, das lendas e dos relatos
míticos, mas engloba todos os aspectos da grande escola da vida. É religião, conhecimento,
ciência natural, História, divertimento e recreação. Tem conexão com o comportamento
humano e a comunidade.
Comparando a palavra divina e a humana, a primeira movimenta forças cósmicas estáticas,
a segunda, movimenta e desperta forças que se encontram estáticas nas coisas.
A palavra é divinamente exata, e é de responsabilidade do homem ser exato com ela. Não
deve ser usada levianamente, de forma irresponsável, distorcida. Ela é força é o verbo é a
expressão dá força em um ser em sua plenitude, possui virtude para realizar a lei da
participação. Tem função criadora, de preservação e até de destruição.
No saber africano ancestral, a vida não se divide em partes distintas, sendo assim, o
conhecimento não pode ser aplicado na sua totalidade na praticidade. Conhecimento teórico
é importante, deve ser cultivado, mas por si só, não conferem sabedoria. Na tradição
africana, transmissor e receptor devem manter um ciclo de informação, mantendo
regularidade, senão é conversa e não transmissão de conhecimento. Não se deve tirar o
mérito de que se aprende na escola, mas o conhecimento herdade é encarnado em todo o
ser. O torna sábio, com experiência vivida, saindo de casa interagindo.
E a inteligência, segundo o sociólogo congolês Tulu Kia Buakasa, é a faculdade de
compreender, instrumento para vida. É um instrumento e deve ser afastado de usos
maléficos e egoístas. Deve evitar o eruditismo, o desperdício e a especulação inútil. Deve
tomar cuidado com a arrogância e lembra-se de que mesmo detendo o saber, não deixará de
ser ignorante, se não orienta seu conhecimento para algo útil. Inteligência pela inteligência
é algo livresco, teórico, exibição de conhecimento, mas sem benefícios e serventias para
vida nas relações, no confronto em situações reais. E finalizando este parágrafo, o
inteligente não é aquele que conhece um monte de coisas, mas o que apresenta um grande
coração, é observador, pesa os prós e os contras na hora de agir e se esforça para realizar o
que convém fazer.
Sintetizando, a palavra tem sua força, verbalizada tem imenso valor. O saber, na sua
plenitude, tem que ser adquirido de forma prática e teórica e a inteligência não é tão
somente acumulo de conhecimento, é virtuoso, ponderado, sapiente.

Atenção: cuidado com respostas muito curtas e que não desenvolvem todos os elementos
que estão sendo solicitados no enunciado. Não esqueça de trabalhar os conceitos e questões
presentes nos textos, pois eles são indispensáveis para a sua reflexão, que será
indispensável na elaboração da resposta. Além disso, tenha atenção com a coerência e
coesão do seu texto.
Boa prova!

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