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UNIVERSIDADE DO MINDELO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS JURIDICAS E SOCIAIS

CURSO DE LICENCIATURA em
LINGUAS E RELAÇÕES EMPRESARIAIS

TRABALHO DE GRUPO DE GESTÃO LOGÍSTICA

GESTÃO DE TRANSPORTES
E O SEU ENQUADRAMENTO EMPRESARIAL

ANO LETIVO 2021/2022 – 4º ANO

Docente: Dra. Helena Gomes


Discentes: Bruna Lima, Josimar Brito, Marta Graça e Rodrigo Silva

Mindelo, 2020
Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

Gestão de Transportes
E o seu Enquadramento Empresarial

Este trabalho académico foi


realizado no âmbito da
disciplina de “Gestão
Logística”, com o objetivo
de atingir a nota máxima na
avaliação final.

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

Resumo:

O questionamento sobre a perspetiva dos transportes na logistica das empresas, levou ao


entendimento dos custos e estratégias a adotar na diminuição de risco ou perdas, uma vez que
se considerou os transportes como ponto em que as empresas devem investir para obter ganhos
na diminuição de despesas e assim acrescentar valor ao cliente.

Usou-se como método, a pesquisa qualitativa de caracter exploratório, mediante analises em


websites e artigos publicados, no qual encontrei diversos pensamentos e contribuições para a
criação, evolução, transformação e estabilização, visto que o nosso tema para a ciencia da
logitica é relevante.

Palavras-chave: logistica, transporte, custos, riscos e rotas.

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

Índice
Resumo: .................................................................................................................................... 3
Introdução ................................................................................................................................ 5
1. Enquadramento Geral .................................................................................................. 5
2. Objetivos ........................................................................................................................ 6
3. Pergunta de partida ...................................................................................................... 6
4. Metodologia ................................................................................................................... 6
5. Hipotese.......................................................................................................................... 6
Modais de transporte ............................................................................................................... 7
Multimodal e Intermodal ........................................................................................................ 8
Redes de transporte ................................................................................................................. 9
Fatores relevantes na escolha de um serviço ....................................................................... 10
Gestão de Riscos ..................................................................................................................... 11
Operações Especiais de Transporte ..................................................................................... 12
Estudo de caso: Empresa Bento, S.A. .................................................................................. 13
Conclusão ................................................................................................................................ 15
Referências.............................................................................................................................. 16
Anexos: .................................................................................................................................... 17

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

Introdução
1. Enquadramento Geral
Conforme as palavras de (Porter, 1989) a logística é uma maneira sistemática de examinar
todas as atividades que uma empresa desempenha e como elas interagem, para analisar as
fontes de vantagem competitiva”.
“A logística administra o valor de tempo e de lugar nos produtos, sobretudo, por meio dos
transportes, fluxos de informações e inventários. Para movimentar materiais e produtos em
direção aos clientes e disponibilizá-los, de maneira oportuna, uma empresa incorre em custos,
visando agregar um valor que não existia e foi criado para o cliente. Isso faz parte da missão
da logística que está relacionada à satisfação das necessidades dos clientes internos e externos,
viabilizando operações relevantes de manufatura e marketing, otimizando todos os tempos e
custos, dadas às condições de cada elo da cadeia.” (Rosa, 2007).
Sob qualquer ponto de vista (econômico, político e militar), o transporte é,
inquestionavelmente, a indústria mais importante do mundo (Menchik, 2010).
Um dos parametros da gestão logistica são os transportes, em que nada mais é do que “um meio
de deslocação de pessoas ou bens de um lugar para outro, no entanto, o sistema de transportes
deve ser eficiente, seguro e flexível, sem nunca deixar de ter em conta os princípios do
desenvolvimento sustentável, ou seja, proporcionar não só o bem-estar material como o bem-
estar social.” (Soares, 2012).
Assim, a gestão de transportes conceitua-se como “o controle de toda a movimentação física
de cargas do ponto de origem até o destino. Em outras palavras, trata do controle dos produtos
desde o momento em que os veículos são carregados, até a efetivação da entrega para o cliente”
(Labre, 2017).
Por outras palavras, a gestão de transportes “é a atividade responsável pela movimentação de
insumos, materiais e mercadorias de um ponto de origem ao seu ponto de destino, viabilizando
o funcionamento de setores como a indústria, que produz bens de consumo, e o comércio, que
disponibiliza os produtos para os consumidores.” (Absy, 2019).
Relativamente aos custos que as empresas são encarregadas, os dos transportes albergam mais
mais peso, pois “o transporte é capaz de absorver entre 33,3% e 66,6% dos custos logísticos
totais” (Ballou, 2009). Assim, ao representar uma parte essencial do sistema logístico, o
sistema de transporte desempenha um papel crucial no alcance do objetivo logístico: levar o
produto para o sítio certo, na hora certa, na quantidade indicada ao custo mínimo (Carvalho,
2004).

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

Das afirmações apresentadas acima, nasceu o nosso interesse em trabalhar “Gestão de


Transportes e o seus enquadramento empresarial”, de forma a expardir-se os conhecimentos
sobre a temática, uma vez que a considera-se um fator chave a ser estudada na unidade
curricular de “Gestão Logistica”, no nosso curso de licenciatura em “Línguas e Relações
Empresariais” na Universidade do Mindelo, em São Vicente.
Esse estudo não visa formular um modelo ideal para se desenvolver estratégias de
relacionamento. Todavia, é possível verificar na bibliografia existente, parâmetros que podem
ajudar as empresas a desenvolverem estratégias de gestão de transporte visando a fidelização
de clientes.
2. Objetivos
Deste trabalho definiu-se como objetivo geral enquadrar a gestão de transportes no ambiente
empresarial, e como objetivos especificos analisar os fatores a considerar na gestão de
transportes, descrever os modais de transporte na optica de vantagem competitiva e verificar a
relação da gestão dos transportes com os custos.
3. Pergunta de partida
De que forma a gestão de transportes tem alterado a cultura organizacional no que tange á
redução de custo e aquisição de vantagem competitiva para o fornecedor e para o cliente?
4. Metodologia
Para colmatar as incertezas sobre a gestão de transporte a fim de alcançar o sucesso no mercado
empresarial, foi necessário realizar uma pesquisa qualitativa. Esta matéria foi complementada,
ainda, com uma pesquisa bibliográfica, a qual terá por base o levantamento de referências
teóricas já analisadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos
científicos, páginas de web sites, e uma entrevista. Qualquer trabalho científico inicia-se com
uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o
assunto. (Gerald e Silveira, 2009, 37)

5. Hipotese
As competencias dos atores logistcos estão diretamente ligados com a aquisição de vantagem
competitiva por meio de redução de custos e riscos de transporte, e, dependentes da capacidade
de negociação constante e minunciosa no que concerne ao tipo e nível de consumo de um
produto numa dada localidade.

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

Modais de transporte
São os meios pelos quais as pessoas e as cargas atingem a mobilidade” (Soares, 2012).

Carateristicas dos modais de tranporte consuante os pensamentos da Madeline P. Soares:


1. Rodoviário: custos fixos reduzidos (equipamento dos terminais e o de transporte não é
muito dispendioso); a construção e manutenção das vias por onde os veículos transitam
têm custos muito elevados; os custos variáveis são muito elevados, devido aos custos
relativos aos combustíveis e à mão de obra; a capacidade de carga dos veículos
rodoviários é limitada, é competitiva em percursos de curta e média distância; serviço
ponto a ponto para a generalidade dos produtos apresenta grande competitividade para
o transporte de cargas dispersas (não concentradas na origem ou no destino) e no
transporte de curtas distâncias (o seu maior custo operacional é compensado pela
eliminação de transbordos); ligado, pricipalmente, às indústrias leves (movimentos
rápidos da frota em pequenos lotes) e o tempo de transporte depende de fatores que não
podem ser controlados pelo transportador (qualidade das estradas, volume de tráfego e
condições climatéricas).
2. Ferroviário: depende da existência de linhas de caminho de ferro; custos variáveis
relativamente baixos (combustível, mão de obra e manutenção do equipamento de
transporte); custos fixos elevados (custos nos terminais, custos administrativos, custos
com o equipamento e a infraestrutura); economicamente vantajoso para o tráfego de
mercadorias pesadas, volumosas e de baixo valor; a médias e longas distâncias tem
menor consumo de energia e menos poluição; a sua flexibilidade limitada nos pontos
de recolha e entrega, devido aos terminais; itinerários fixos (menos flexibilidade e
exigência de transbordo aumentando o custo do transporte e a mão de obra utilizada;
ligada ás indústrias pesadas; não se revela suficientemente rápido e apresenta um maior
volume de perdas e danos.
3. Hidroviário: abrange o transporte marítimo, utilizando como via de comunicação os
oceanos, e o transporte fluvial, usando os lagos e rios em que cada um o seu itinerário
regular; dependente da existência de vias navegáveis; utilizado como modo
complementar (devido ao serviço terminal a terminal); custos variáveis baixos (mão de
obra para a operação do equipamento de transporte é limitada e os custos de
manutenção tendem a ser reduzidos); a maior parte dos custos é fixa, sendo o custo
mais importante a aquisição do equipamento de transporte e a utilização dos portos;
tem elevados custos de terminal (as infraestruturas portuárias caras de construir, manter

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

e melhorar); custos de manuseamento da carga nos portos elevados, e ,normalmente,


recorre-se a contentores que permitem a carga e descarga por processos automatizados;
economias de escala no aumento das distâncias e no aumento da quantidade
transportada; tempos médios de percurso elevados (baixas velocidades praticadas);
transporte de vários tipos de mercadorias em boas condições de acondicionamento;
oferece maior segurança e apresenta menores custos com perdas e danos.
4. Aéreo: serviço terminal a terminal; percorre longas distâncias num curto espaço de
tempo; abrange mercadorias urgentes ou de alto valor; elevada velocidade e alto custo;
custos variáveis e fixos elevados (custos de utilização dos terminais, de carga e
descarga, combustível, equipamento de transporte e a sua manutenção); economias de
escala com o aumento da distância percorrida; não pode transportar todos os tipos de
bens devido a restrições relativas às dimensões e ao peso da mercadoria; versatilidade
do modo aéreo é limitada e tem maior liberdade de escolha de rotas.
5. Dutoviário: compreende a movimentação de gases, líquidos, grãos e minérios por meio
de tubulações; é eficiente e segura; o trabalho para essa movimentação é bastante
grande, uma vez que as linhas passam por vales, lagos, rios, montanhas e mesmo pelo
oceano e faz-se necessário o monitoramento constante desses dutos através de sua vida
operacional, a fim de evitar vazamentos.

Multimodal e Intermodal
O autor Fabio Cunha propõe a diferença entre o multimodal e o intermodal afirmando que o
transporte multimodal é uma modalidade de transporte que se caracteriza pela utilização de
dois ou mais modais de transporte para transportar as mercadorias da origem até o destino final,
podendo se valer de caminhões, trens, navios, aviões ou outros meios de equipamentos
necessários para realizar as entregas, e com toda a operação coberta por um único documento
fiscal o CTMC – Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas, o qual é emitido pelo
Operador de Transporte Multimodal (OTM), empresa que assume total responsabilidade pela
operação. E, o transporte intermodal é uma modalidade que utiliza dois ou mais meios de
transporte para levar as mercadorias da origem ao seu destino, porém também há envolvimento
de mais de uma modalidade de transporte. No intermodal são emitidos documentos de
transporte distintos para cada operação e também a responsabilidade é dividida entre os
transportadores participantes da operação.
Sempre que houver mudança de modal, por exemplo quando a carga é transferida de um
caminhão para um navio, um novo contrato é elaborado e entra em vigência. As mudanças são

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

puramente formais, o modo de tração e o manejo de mercadorias permanecem inalterados.


(Cunha, 2017)

Redes de transporte
“A expressão rede de transporte designa o conjunto de todas as vias de transporte de pessoas e
de mercadorias que se interligam com uma determinada densidade numa determinada região,
e inclui as estradas, as linhas de caminho de ferro, as ligações aéreas, as vias fluviais
navegáveis, os oleodutos, os gasodutos, entre outros” (Andrade, 2019)
Pelos pensamentos de Fernando S. existe 6 (seis) tipos de redes de transporte (Meindl, 2003),
nomeadamente:
1. Rede de entrega direta: as entregas cheguem de um modo direto dos fornecedores aos
pontos de varejo, eliminado, portanto, a necessidade de existência de depósitos
intermediários, o que acaba por simplificar toda a operação e coordenação do processo
em si
2. Entrega direta com Milk runs (coletas programadas): um camião procede para coleta
de todos os produtos dos vários fornecedores, com o intuito de os entregar um mesmo
ponto de varejo.
3. Entrega via centro de distribuição centralizado: os fornecedores não remetem as suas
entregas de um modo direto aos pontos de varejo, dado que estas são distribuídas, e por
região geográfica, ao centro de distribuição responsável pelo seu atendimento.
4. Entrega via centro de distribuição utilizando Cross-dock: a entrega rápida do produto,
que surge de vários fornecedores, acaba por reduzir a quantidade de stock.
5. Entrega via centro de distribuição utilizando Milk runs: será adequada se os tamanhos
dos lotes a entregar nos pontos de varejo forem de pequeno porte, visto que, depois de
saírem do centro de distribuição, as pequenas entregas são todas agrupadas e enviadas
á medida que o camião executa a sua rota
6. Rede sob medida consiste numa combinação bastante personalizada das opções
expostas, com o intuito de promover a utilização da alternativa mais adequada para cada
circunstância.

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

(Sardinha, 2017)

Fatores relevantes na escolha de um serviço


O conhecimento das carateristicas dos modais de transporte não se considerou suficiente, por
isso é importante a identificação de outros fatores na escolha acertada do transporte com
relação ao tipo de produto a ser transportado.
Segundo Costa, Dias e Godinho, os principais fatores a ter em conta na análise das
características de um serviço de transporte são, geralmente, o custo, a flexibilidade, o tempo
de transporte e sua consistência e o volume de danos e perdas associadas ao serviço. (Soares,
2012).
Então, nesse ambito, os mesmos expõe os seguintes pensamentos relativo aos fatores
mencionados:
1. Custos: estabelecimento de critérios rigorosos para o modo como os custos de
combustível, mão de obra, manutenção, amortizações e custos administrativos são
imputados a cada transporte específico, avaliando quando o equipamento de transporte
ou alguns recursos utilizados pertencem à própria empresa, pois só assim é possível
uma correta comparação das diferentes alternativas.
2. Flexibilidade: locais onde os produtos podem ser recolhidos e entregues (ponto a ponto
e/ou terminal a terminal), tendo em conta a versatibilidade dos produtos (carateristicas
e necssidades dos produtos) e a disponibilidade quanto aos horários praticados.
3. O tempo de transporte e a sua variabilidade: o tempo médio do percurso de um
transporte aquele que decorre entre o momento em que os produtos são recolhidos na
origem e o momento em que são entregues no destino, e, a variabilidade consiste na
incerteza quanto ao tempo de transporte efetivo.

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

4. Perdas e danos: são decorrentes de deteriorações durante o transporte, estragos,


roubos, extravios, tendo como consequencia a necessidade de proceder ao envio de uma
nova unidade do produto, atraso na entrega, afeta imagem da empresa, desinteresse por
parte do cliente pelo produto, ruptura de stock e perda do valor do produto.

Gestão de Riscos
Segundo Alan M., a gestão de riscos defini-se como processos coordenados por todos os níveis
hierárquicos da organização, entre eles o conselho de administração, diretoria e empregados
com o objetivo de desenvolver e implantar estratégias para identificar elementos que afetam a
organização. (Moura, 2020)
O autor ainda afirma que a gestão de risco é utilizada nas organizações para antecipar e verificar
possíveis riscos que interferem em suas atividades e processos. Dessa forma, as empresas
buscam mecanismos e maneiras de direcionar suas ações para mitigar esses fatores.
Passos a seguir na gestão dos riscos conforme os pensamentos de Fernando S.:
1. Levantamento da natureza, do valor e da frequência dos acidentes ocorridos até a data;
2. Adoção de medidas de controlo das perdas e para reparações financeiras decorrentes
dos danos;
3. Adoção de medidas de retenção e transferencias de perdas, e, prevenção e redução de
riscos, com o intuito de assegurar a reparação financeira dos danos.
Quando um produto é transportado apresenta carateristicas de risco como a perecibilidade, a
inflamabilidade, o valor, a tendência a explodir e a facilidade de ser roubado, o que resulta na
adoção de restrições no que conscerne ao sistema de distribuição.
Como citado anteriormente, o transporte é o maior custo de uma empresa. Relativamente ao
risco, os custos relacionados com o valor são divididos em dois grandes grupos :
1. Custos de gestão de riscos de avarias e de acidentes (Frete-Valor) prémios,
administração de seguros, indemnização por extravios, perdas, danos e riscos não
cobertos pelo seguro, segurança interna, seguros de instalações, seguros de vida, de
edificações, de lucros cessantes e outros relativos às despesas administrativas e dos
terminais. (Rosa, 2007)
2. Custos de gestão de riscos de roubos (GRIS) seguros facultativos de desvios de cargas,
salários, monitores de equipamentos de rastreamento e segurança de horas extras e
obrigações sociais, investimentos nos sistemas de rastreamento e monitoramento, taxas
de habitação dos equipamentos, retorno dos investimentos, reposição do equipamento
e custos operacionais de gestão de riscos. (Rosa, 2007)

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

Segundo Christopher 2018, as empresas reconhecem a necessidade de avaliar a vulnerabilidade


da cadeia de suprimentos a partir dos seus eventos internos e externos, o que designou como
perfil de risco. O mesmo afirma que este depende da identificação das principais fontes de
vulnerabilidade, sendo cinco elementos principais : risco de fornecimento, relacionados aos
eventos de interrupção; o risco de demanda que aborda a volatilidade e mudanças no mercado;
o risco de processos relacionados aos gargalos de fabricação e produção; risco de controle
referente a qualidade dos dados e sistemas de alerta e riscos ambientais, caracterizados como
riscos externos, não sendo possível prevê-los, mas sim a análise em relação ao impacto nas
empresas. (Moura, 2020)

Operações Especiais de Transporte


Fez-se uso das ideias de Sarah Koch na escolha dos itens a constar desse subtema, por isso,
abaixo se encontra exemplos de operações especiais de transporte:
1. Roteirização: processo para a determinação de um ou mais roteiros ou sequências de
paradas a serem cumpridos por veículos de uma frota, objetivando visitar um conjunto
de pontos geograicamente dispersos, em locais predeterminados que necessitam de
atendimento.
Os roteiros minimizam o custo total, sendo que cada veículo deverá iniciar e terminar sua rota
no depósito ou na base, tendo como condição básica que cada nó (ponto de entrega) seja
visitado exatamente apenas uma vez, e a demanda em qualquer rota não exceda a capacidade
que o veículo atende., diminuido assim os custos operacionais e de capital. (idem)
2. Cross-docking: envolve múltiplos fornecedores atendendo clientes comuns permitindo
consolidação da carga.
Desenvolve com veículos de grande porte: carretas completas chegam de múltiplos
fornecedores de forma consolidada e então se inicia um processo de separação dos pedidos,
com a movimentação das cargas da área de recebimento para a área de expedição onde
serão despachadas. Usualmente essa carga chega de forma consolidada e será despachada de
forma fracionada de vários itens.
3. Transit point: recebem carregamentos consolidados e separa-os para entregas locais a
clientes individuais, sendo esta dependente da existência de volume suiciente (luxo de
carga) para viabilizar o transporte de cargas consolidadas com uma frequência regular.
4. Merge in transit: refere-se à operação de montagem, nos armazéns, de produtos
formados por multicomponentes que têm suas partes produzidas em diferentes plantas
especializadas.

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

Nesse tipo de operação o fornecedor avança seus estoques para perto do cliente, possibilitando
uma grande flexibilidade ao embarcador, além disso, pelo facto do estoque não estar dentro do
embarcador deixa os custos variáveis em função da demanda, conquistando uma variabilização
dos custos de armazenagem que começam a fazer parte do custo da peça.

Estudo de caso: Empresa Bento, S.A.


1. Apresentação da Empresa
Em 1955 altura em que o falecido sócio Bento António Lima inicia as suas actividades
comerciais, através de um botequim situado no centro da cidade do Mindelo.
Foi o embrião para o surgimento, mais tarde, da “Mercearia Lima”. Com a evolução do
negócio, o referido fundador se inscreveu como importador e, desde então, o nome “BENTO
A. LIMA” constitui uma referência no mercado Cabo-Verdiano.
Em 1984 foi a data da constituição da sociedade “BENTO ANTÓNIO LIMA & FILHOS,
Lda.” com a nomeação de nova gerência pelo que tem sido conhecido, desde então, o
crescimento da mesma.
A aposta tem sido alcançar aumentos significativos de ano para ano através de uma estratégia
de Marketing baseada na relação qualidade/preço.
Atualmente, com a decisão de extinção de BENTO A. LIMA & FILHOS, Lda., surge a
empresa BENTO S.A. com um novo estatuto, mas com os mesmos trabalhadores com o
propósito de servir cada vez mais e melhor o público e conquistar, a cada dia que passa, uma
maior fatia do mercado.
A atividade da empresa cobre a totalidade da ilha de São Vicente através de quatro postos de
venda a grosso e um a retalho, estrategicamente localizados nas zonas mais populosas da ilha.
2. Caracterização
A Firma BENTO S.A fica localizada na Rua de Coco na ilha São Vicente, e, é uma empresa
privada integrada no Sector Comercial que tem como objecto social a importação e
comercialização de produtos diversos, com destaque em produtos alimentares.
A comercialização consiste em venda a grosso e a retalho principalmente de géneros
alimentícios.
3. Missão da empresa
“Prestar serviços de qualidade, rigor, transparência, dando prioridade sempre aos clientes”.
4. Visão da Empresa
“Manter o seu lugar no Mercado de São Vicente e Cabo Verde em geral no sector onde actua”.
5. Objetivos estratégicos

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

1. Manter a performance financeira da empresa nunca abaixo dos níveis de distribuição


2. Aumentar os níveis de satisfação e de motivação dos recursos humanos;
3. Garantir emprego e a realização de pessoal dos seus trabalhadores, através da satisfação
das suas necessidades profissionais, económicas e sociais, como entidade patronal.
6. Estratégicas
1. Potencializar o relacionamento com os principais parceiros estratégicos da empresa
visando um aprofundamento das relações, resultando em melhoria da qualidade dos
seus serviços e na conquista de novos clientes;
2. Participar activamente com as entidades competentes e com grupos defensores da classe
para melhor fiscalização e normalização da legislação para o sector;
3. Concentrar esforços no reforço do posicionamento e imagem da empresa como
exemplo de cumpridor das suas obrigações;
4. Implementar um sistema de informação de gestão que permite o tratamento automático
e em tempo oportuno das informações necessárias e indispensáveis a uma boa condução
do negócio; Focalizar a atenção no sentido de minimizar os custos fixos com
actividades que permitem maximizar a utilização dos activos dos fixos da empresa.

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

Conclusão
O estudo permitiu entender que a gestão de transportes está encarregada de estabelecer a
ligação efetiva entre o fornecedor e o cliente , sendo que estes são elementos essenciais na
diminuição de custos e riscos, uma vez que a decisão de adoção de politicas eficazes de
transportes cabe a eles, porque a relação deve ter carater “win-win”, ou seja, não é possivel que
só uma parte tenha vantagens, pois na nossa otica existe uma dependecia no alcance do sucesso
de ambas as partes, dado que, em caso de alguma das partes adote a obtenção de ganhos
sozinho, este carateriza-se como ganhos a curto prazo porque as repercusões serão: diminuição
taxa de aderencia de clientes devido ao não profissionalismo identificado no desinteresse no
ganho dos seus clientes, não existe cultura de pós-venda e há um claro interesse em ganhar por
cima dos clientes.
A adoção de estratégias de transporte visando o alcance de vantagem competiva, passa pelo
recrumento de pessoas que coloquem em prática um sistema de transporte que minimize as
preocupações respeitante aos bens requizitados.
É fundamental referir que quando fala-se de diminuição de custo, não descarta o facto da
qualidade de serviço, porque considera-se satisfação das necessidades dos atores envolvidos
quando há um equilibrio entre a qualidade do serviço a um preço justo, sendo que a qualidade
referente aos equipamentos, habilidades dos funcionários, eficácia do produto, serviço pós-
venda.
A maior dificuldade na elaboração desta pesquisa foi a seleção de subtemas que adequadas a
quando do cumprimento dos nossos objetivos, e que estivesse em linha para responder á
questão levaantada nno enquadramento.
Até este momento, não nos foi possivel elaborar a entrevista porque a empresa em estudo
encontra-se na procura de disponibilidade para tal.

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

Referências
Absy, C. (20 de 12 de 2019). MapLink. Obtido de https://maplink.global/blog/o-que-e-gestao-
transporte/
Andrade, T. (26 de 01 de 2019). Know.net Enciclopédia. Obtido de
https://knoow.net/ciencterravida/geografia/rede-transportes/
Ballou, M. P. (2009). Gestão de Transportes.
Carvalho, M. P. (2004). Gestão de Transportes.
Cunha, F. (2017). Datamex tecnologia de informação. Obtido de
https://www.datamex.com.br/blog/transporte-intermodal-e-multimodal-entenda-as-
diferencas/
Labre, E. (11 de 10 de 2017). Simplifica Fretes. Obtido de
https://simplificafretes.com.br/gestao-de-transportes-tudo-que-voce-precisa-saber-
para-melhora-la/
Meindl, F. D. (2003). Gestão de Transportes.
Menchik, C. R. (2010). Gestão Estratégica de Transportes e Distribuição. p. 353.
Moura, A. d. (27 de 07 de 2020). ANÁLISE MULTICRITÉRIO DA GESTÃO DE RISCOS
EM TRANSPORTADORAS RODOVIÁRIAS DE BENS NA REGIÃO DO
DISTRITO FEDERAL E ENTORNO.
Porter, P. (1989). Gestão Estratégica de Transporte e Distribuição.
Rosa, A. C. (2007). GESTÃO DO TRANSPORTE NA LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO
FISICA: uma analise de minimização do custo operacional.
Sardinha, F. D. (2017). A Gestão de Transportes na Cadeia de Logística.
Soares, M. P. (2012). Gestão de Transportes.

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Gestão de transportes e o seu Enquadramento Empresarial

Anexos:
Guião de entrevista
Somos alunos do 4º ano de licenciatura em Línguas e Relações Empresariais da Universidade
do Mindelo, e neste momento estamos a fazer um estudo sobre a” Gestão de Transportes e o
Enquadramento Empresarial na Gestão Logística” para a Unidade Curricular de Gestão
Logística, no qual o nosso objetivo com o estudo é entender a função de gestão de transportes
dentro do ambiente organizacional.
A entrevista é oral, gravada, e semiestruturada porque a sua ordem de perguntas pode ser
alterada e/ou não formulada, tendo em conta a recolha de informação que se pretende junto do
entrevistado. É de salientar que é protegida o direito ao anonimato e confidencialidade das
informações fornecidas.
1. Quais são os critérios que a Bento, S.A. utiliza na seleção de fornecedores?
2. A empresa faz uso da frota própria ou terceirizada? Porquê?
3. Como a vossa frota está dimensionada?
4. Qual a política adotada na gestão de riscos?
5. Qual os procedimentos adotados para o transporte de produtos diferentes (frágeis ou
resistentes, curto ou longa duração)?

Agradecemos desde já a vossa participação, e queiram aceitar os nossos votos de um ano


repleto de sucessos e realizações positivas.

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