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Bloco I: Motivação
Motivação → Como motivar funcionários para aumento de performance.
Tendo em vista que o comportamento dos agentes é afetado
tanto por características individuais quanto por fatores do
ambiente no qual estão inseridos, é possível inferir que a
mesma lógica se aplica a motivação dos indivíduos.
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Hierarquia das necessidades – Maslow
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Teoria X e Y de McGregor
- Absenteísmo
- Carga de trabalho não cumprida / atrasos
Motivos de desengajamento - “Enrolação”
- Passividade / fazer o suficiente
- Erros / retrabalho
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Surgem, então, dois possíveis formatos de gestão:
Vale ressaltar que o uso exclusivo de cada modelo tem suas vantagens e
gera consequências negativas em certa medida. A concessão de autonomia aos
funcionários na solução da Teoria Y é progressiva e customizada – a
concessão é adaptável a depender da preferência das pessoas, do perfil
individual (se ela se encontra em cargos mais altos ou baixos em termos de
conhecimento técnico, por exemplo). Se uma pessoa não se adapta é possível
aplicar micromanage pontual. Cada caso é um caso.
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Teoria dos dois fatores de Herzberg
Essa teoria separa os fatores que englobam a vida do trabalho dos
indivíduos em duas categorias, os fatores higiênicos e os motivacionais, e
estuda como esses impactam os níveis de satisfação desses em relação ao
trabalho.
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de forma a traçar estratégias de enriquecimento de tarefas. Esse método permite
identificar de forma clara quais os aspectos do trabalho que precisam ser
melhorados.
AUTONOMIA → Dar maior influência para o trabalhador nos 4T’s: Tarefa (o que
ele fará), Técnico (como ele fará), Tempo (quando ele fará) e
Time (com quem ele fará).
Responsabilidade percebida pelos resultados
Trabalho rico: O indivíduo sabe que ele é responsável por uma tarefa relevante.
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- Tarefas (task crafting) → Reformular e diversificar skills extra função
- Relacionamentos (relational crafting) → Reformulação e expansão de
tarefas além da função
- Percepção do trabalho (cognitive crafting) → Ressignificação de cargos
Teoria da Equidade
Outro aspecto relevante para a motivação dos indivíduos diz respeito aos
processos cognitivos envolvidos nas percepções individuais de estímulos e
dinâmicas interpessoais dentro de uma empresa. A primeira teoria que aborda
alguns desses mecanismos é a teoria da equidade, que aborda principalmente
como a percepção individual de justiça influencia a conduta dos funcionários.
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Além do processo de percepção de injustiça, o principal ponto da teoria
da equidade diz respeito a o que um indivíduo escolhe fazer em seguida –
quando esse se encontra em uma situação de inequidade, ele se empenha em
tomar atitudes que reestabeleçam o equilíbrio. Essas medidas podem ser mais
negativas (boicote) ou positivas (buscar melhorar) a depender de cada pessoa,
e se não houver como, o indivíduo sai da empresa.
Dentre as ações corretivas disfuncionais para a redução de injustiça
destacam-se:
i. Menor contribuição
ii. Busca por outras recompensas
iii. Busca por outra relação de troca
iv. Racionalização Mecanismo de defesa de um indivíduo
para preservar a autoestima positiva. Ele
tenta trazer novas justificativas para a
inequidade que não estejam relacionadas
a suas próprias características individuais.
É também um mecanismo de para
inconsistências próprias. (Ex: Ana foi
promovida não porque ela é mais
competente que eu, mas sim porque ela é
sobrinha de fulano).
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Teoria da Expectativa
Outro processo cognitivo relevante nas percepções individuais de
estímulos diz respeito às expectativas dos agentes. A teoria que aborda essa
dinâmica é a teoria da expectativa, que busca explicar por que um sistema de
recompensas falha frente as expectativas individuais dos envolvidos.
A formação de expectativa determina diretamente o nível de esforço que
um indivíduo empenhará em suas atividades e essa, por sua vez, depende de 4
elementos: Esforço (o nível de engajamento que o indivíduo terá para
desempenhar a tarefa), Performance (os resultados que de fato serão colhidos
a partir do nível de esforço empenhado), Recompensas (qual a bonificação do
indivíduo frente a sua performance) e Necessidades (o valor que uma
recompensa tem para o indivíduo.
Entre esses elementos se dão transições muito interligadas aos
relacionamentos interpessoais e políticas dentro de uma empresa, e é a forma
como essas passagens se dão que afeta diretamente a construção de
expectativa de um agente e, consequentemente, a efetividade de um sistema de
recompensas de motivar os indivíduos.
A primeira relação se dá entre o nível de esforço empregado e a
performance, ou seja, a probabilidade, percebida pelo indivíduo, de que o seu
esforço se concretizará em um bom desempenho. Os agentes ponderam se
fatores externos influenciam, se depende somente deles etc. Para garantir que
essa relação flua bem, cabe a empresa aumentar a crença de que os
funcionários são capazes de desempenhar – trazer os recursos necessários para
as operações, assim como se colocar a disposição dos funcionários.
A segunda relação é entre desempenho e recompensa, ou seja, qual a
probabilidade, percebida pelo indivíduo, de que o seu bom desempenho
realmente será recompensado. Para isso, ele avaliará o histórico de quebra de
confiança e qual o grau de especificidade dos critérios. Para garantir que essa
relação flua bem, cabe a empresa sempre manter claridade nos critérios
avaliativos.
A terceira relação se dá entre recompensa e necessidade, ou seja, os
indivíduos veem valor na recompensa que é oferecida? Essa relação se
fundamenta em critérios subjetivos.
Na teoria da expectativa, problemas nessas dinâmicas, terão influência na
desmotivação de funcionários e diminuição de esforço, impactando os resultados
da empresa.
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Metas
As duas principais características de uma boa meta é ser:
- Específica: concretiza o gap entre onde está e onde precisa estar
- Atingível:
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a satisfação. Se um funcionário trabalha com metas muito agressivas, ele se
esforça mais – se ele ficar abaixo da meta, o pensamento contrafactual mais fácil
é “faltou tão pouco”, o que gera insatisfação.
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Mapear valores é relevante para medir a compatibilidade entre indivíduo
e companhia. Em relação a fit, é válido ressaltar que existem dois tipos:
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Fit Complementar → É uma relação de sinergia. Uma parte provê o que a outra
não tem (a empresa recompensa o funcionário, enquanto o funcionário dá seus
skills para a empresa).
Fit Suplementar → É uma relação de similaridade. Mede o quanto os valores
do indivíduo se relacionam com os da empresa.
Se uma empresa define quais são os seus valores e o que ele preza em
seus funcionários visando fit suplementar, ela é capaz de traduzir seus valores
em elementos organizacionais.
Abertura a mudança → Empresas mais horizontais (uma estrutura mais
achatada aumenta a quantidade de funcionários por
gestor e, consequentemente, aumenta o nível de
autonomia dos funcionários, seu nível de
participação, oferece papéis mais fluidos, tem menor
divisão de trabalho, há maior improvisação).
Conservação → Empresas mais verticais (uma estrutura mais centralizada, com
maior amplitude de controle, existência de papéis fixos, maior
divisão do trabalho, forte formalização.
É perceptível que os elemento relacionados a essas duas dimensões de
valores se referem à estrutura da empresa – essa é escolha da estratégia
organizacional que vai de acordo com as preferências do topo da empresa.
Autopromoção → Pessoas que se adaptam a metas individuais, avaliação por
curva forçada de desempenho (15% top performers, 70%
atende e fica, 15% under performer e é demitido).
Autotranscedência → Metas em grupo.
Embora contratar a partir de fit suplementar tenha a vantagem de facilitar
o processo de adaptação dos funcionários no ambiente empresarial, essa prática
gera efeitos colaterais. Ao criar um grupo muito homogêneo, há a possibilidade
de gerar pensamento grupal e minar a capacidade inovativa da empresa pela
criação de um viés de similaridade. Essa estratégia diminui a diversidade (de
nível profundo) da empresa.
A outra possibilidade de critério para contratação de funcionários para
uma empresa é, senão pelo cultural fit, pelo cultural add – selecionar pessoas
que podem agregar para a cultura da empresa justamente por serem diferentes.
É importante, no entanto, que a empresa saiba quais são os valores dos quais
ela não está disposta abrir mão.
Em posse de seus valores, as pessoas são capazes de avaliar e julgar
situações, e é nessa ação, justamente, que reside o conceito de atitude. Essa
nada mais é do que uma afirmação avaliadora, seja favorável ou não, em
relação a pessoas ou eventos e que resulta diretamente da aplicação de
valores a esses. Por esse motivo é relevante reafirmar que atitudes não são
ações, elas antecedem essas – o que temos são valores que orientam atitudes
e que, por sua vez, de alguma forma se traduzem em comportamentos.
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Vale, no entanto, ressaltar que nem sempre uma atitude positiva se
traduz em um comportamento positivo, nem uma atitude negativa em um
comportamento negativo. Por exemplo, é possível que uma pessoa tenha uma
atitude positiva em relação ao veganismo e não pratique esse. É possível que
uma pessoa tenha uma atitude positiva em relação a sustentabilidade a ainda
assim mantenha seus hábitos de consumo de plástico, por exemplo. A esse
fenômeno dá-se o nome de dissonância cognitiva – quando há uma
inconsistência entre atitude e comportamento.
Quando um indivíduo se depara com uma dissonância cognitiva, ele
pode mudar sua atitude (algo que exige um esforço maior e, logo, traz maior
desconforto) ou racionalizar o fato (que é mais fácil). Um experimento discutido
em sala de aula (referente a grupos que realizaram tarefas iníteis, sendo que G1
só fez a tarefa e foi embora, G2 fez e recebeu $1 para recepcionar as próximas
pessoas a fazer a tarefa e falar bem, e G3 também mas recebeu $20) mostra
que o incentivo da situação é determinante em qual prática será adotada. G2,
que recebeu uma remuneração menor, mudou sua atitude em relação ao que
fez, pois, sua remuneração era muito baixa → sua atitude sobre a tarefa ficou
mais positiva (avaliaram bem a tarefa) e isso tornou mais fácil falar bem da
atividade. Já G3, com remuneração alta, racionalizou → a dissonância se
mantém (avaliaram mal e falaram bem) e racionalizaram em vista da
remuneração.
É perceptível que valores são mais estáveis que atitudes.
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O teste visto em sala é o Big Five, cuja metodologia e resultados tem
validade empírica. O Big Five é um teste que fornece um coeficiente de 0 a 5
para 5 aspectos diferentes da personalidade de um indivíduo, visando delimitar
traços mais latentes. São esses traços:
3a Amabilidade → A capacidade de nutrir relações com outros indivíduos, ser
prosocial, estar disposto a colaborar com outras pessoas, ter
conformidade com normas sociais e ser empático.
2a Estabilidade → A capacidade de ter menores oscilações de humor/emoções,
ter maior constâncias de emoções, ser menos
estressado/ansioso.
1a Consciência → A capacidade de focar, estruturar e planejar a execução de
coisas. Maior orientação à realização, estruturação
(organização e planejamento), deliberação (cautela e
ponderação).
Abertura a mudança → Maior propensão a variedade/mudanças; maior
sensibilidade artística/estética; mais capazes de
abstração/imaginação.
Extroversão → Maior sociabilidade, dominância, sensibilidade à estimulação
externa.
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Existe também uma discussão acerca de como o ambiente de trabalho
pode favorecer mais extrovertidos com layouts abertos de escritório, excesso de
reuniões e trabalhos em grupo. Uma forma de dar condições iguais e
extrovertidos e introvertidos, é fornecer incentivos para que esses vocalizem sua
opinião em reuniões – é possível estruturar reuniões ex-ante para distribuir
espaços de fala (introvertidos contribuem e extrovertidos não monopolizam). Um
exemplo visto em sala é da Amazon – quem lidera as reuniões faz um
memorando para estruturar a pauta e nivelar conhecimento. Esse só e divulgado
aos participantes no início da reunião. Dando tempo para introvertidos se
prepararem. É possível também que uma empresa garante, além do layout
aberto, zonas de silencio.
Vale ressaltar que, embora os traços do Big Five sejam socialmente
desejáveis, todos elestambém tem um lado negativo, podem gerar efeitos
colaterais que prejudicam a liderança dos indivíduos a depender da intensidade.
Amabilidade → É mais difícil para líderes amáveis faze ações que causem
conflito (dizer não, ser crítico, dar feedback negativo, punir) e
são mais lenientes (cedem para não estender um conflito).
Uma consequência é que underperformers não se
desenvolvem tanto pela falta de feedback negativo.
Consciência → Por serem pessoas com alto nível de planejamento, elas
exigem muito dos demais e podem ser vistas como rígidas
pelos demais. O perfeccionismo pode criar frustração no líder,
que pode criar atrito. Ele resiste a mudanças e lida pior com
contingências e ambiguidade.
Estabilidade → Liderança é, acima de tudo, um processo emocional e
inspiracional. Pessoas com alto nível de estabilidade
emocional buscam argumento racionas e perdem aspectos
inspiracionais. Com mensagens negativas também atrapalha
– a credibilidade da mensagem depende da expressividade
emocional. Ademais, essas pessoas podem ser vistas como
desinteressadas e apáticas (não demonstram emoções nem
boas nem ruins).
Abertura a mudança → O excesso de abstração pode tornar a pessoa menos
pragmática. Pode ter menos fit com
rotinas/procedimentos já estabelecidos.
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Existem 2 tipos de mindset:
Mindset fixo → Atributos pessoais são fixos e há pouco que possa fazer para
mudá-los.
Mindset de crescimento → Atributos pessoais são maleáveis e em expansão.
Os mindsets guiam nosso processo de interpretação e sistemas de
significado. Existem 2 principais pontos iniciais para se levar em consideração
na discussão sobre mindsets:
I. Todos têm ambos os mindsets (pois cada atributo tem um mindset) e
isso não está relacionado a escolaridade ou a complexidade cognitiva.
II. Os mindsets são estáveis, mas passíveis de mudança.
FIXO CRESCIMENTO
QUALIDADE Fixa. Pode ser cultivada.
ESFORÇO Pessoas com mindset Pessoas com mindset
(O esforço nos deixa fixo valorizam os de crescimento
vulneráveis pois tira a resultados, de modo valorizam o processo,
possibilidade de que tenham uma visão de modo que tenham
racionalização)
negativa de esforço – uma visão positiva do
como se fosse um esforço, como se fosse
indicativo de falta de um caminho para
talento. melhora, uma
possibilidade de mostrar
potencial.
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externa e pessoas colocam
racionalizações para atribuições nelas
preservar uma auto- mesmas para identificar
imagem positiva. de forma construtiva
quais os pontos de
melhoria.
NOVAS Para pessoas de Para pessoas de
EXPERIÊNCIAS mindset fixo, novas mindset de crescimento,
experiencias são um novas experiencias são
risco/ameaça. O uma oportunidade. O
exemplo visto em sala exemplo visto em sala
são os Backstreet Boys, foi David Bowie, que
que fizeram seu viveu várias fases, tinha
sucesso em cima da uma alta capacidade de
replicação de algo que reinvenção, era aberto a
já dava certo, o que lhes experimentação e
atribuiu uma vida útil perdurou mais.
menor.
DIFICULDADE Paralisia. Tentativa.
POTENCIAL Conhecido. Desconhecido.
ELOGIOS Pessoas com mindset Pessoas com mindset
(Os elogios em cima do traço fixo valorizam elogios de crescimento
podem er tóxicos, ele ativa o em cima de valorizam elogios em
mindset fixo, cria pressão qualidades/traços. O cima do
para desempenho, a pessoa
feedback tem menor processo/progresso. O
precisa manter a imagem e
não arrisca por medo de valor informacional, ele feedback tem função
errar. Eles ativam o mindset é uma ameaça a auto- remediadora, vai de
fixo pois o traço não está no imagem positiva que acordo com o objetivo
controle, enquanto o mina a sua prioridade de aprendizado e
processo/esforço está.)
de desempenho, de evolução.
autoafirmação.
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melhorar, são mais suscetíveis a dar segundas chances. Pessoas com mindset
fixo tem maior rancor, tem um inclinação maior para retaliar o transgressor.
BLOCO V: PERCEPÇÕES
➢ ATRIBUIÇÕES:
Quando nos deparamos com resultados, temos a tendência de buscar
causas. Essas causas podem ser atribuições internas ou externas. Existem 2
vieses de atribuição para essas causas, que variam de acordo com a posição
do indivíduo.
ERRO DE AUTOCONVENIÊNCIA → Quando julgamos ações nas quais somos
protagonistas: em caso de sucesso, é uma
atribuição interna; quando é um caso de
fracasso, é uma atribuição externa.
ERRO FUNDAMENTAL DE ATRIBUIÇÃO → Quando julgamos ações nas quais
somos observadores,
subestimamos a influência de
fatores externos e
superestimamos a influência
interna, usamos de atribuição
interna.
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CONSENSO → Compara-se a performance do indivíduo em relação à de seus
pares. É possível determinar se há homogeneidade ou se
existe um underperformer.
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O primeiro recebe o nome de Efeito Halo. Basicamente, a formação de
uma primeira impressão envolve a junção de uma série de características
diferentes de modo a construir um perfil coerente. Em sala, vimos o caso de
pessoas que, em posse de uma lista de adjetivos de uma pessoa fictícia,
construíram narrativas de qual a foi a primeira impressão que tiveram dessa
suposta pessoa. O que se observou é que todos os indivíduos no experimento
traçaram um perfil para essa pessoa com base nas características listadas e
essa impressão extrapolou o que era indicado nos traços, de modo que fosse
uma análise muito mais completa e complexa do indivíduo. Esse é o principal
ponto do efeito Halo – a capacidade que nós temos de, a partir de alguns
traços, derivar outras características e incorporá-las em nossa impressão.
Outro ponto relevante relacionado à formação de impressões, é que
esse é um processo de adição de traços fornecidos – mas que a adição, ou
mudança, tem efeitos mais complexos sobre o efeito final da percepção do
indivíduo. Em um experimento similar ao descrito acima, dois grupos distintos
receberam uma lista de adjetivos idêntica, com exceção de um – para a lista de
um grupo, a lista tinha o atributo “frio” e na outra “caloroso”. Quando foi pedido
aos grupos que elaborassem uma narrativa sobre a impressão que tiveram
dessa pessoa fictícia, os produtos foram completamente diferentes. A mudança
de um traço não só adiciona um significado novo na impressão, ela também
transforma o significado de outros traços. Esse efeito pode ser intensificado
a depender da característica mudada, uma vez que alguns traços são mais
centrais que outros na construção de impressões – principalmente quando os
traços dizem respeito a intenção de outras pessoas sobre nós e a competência
dessas.
EFEITO HALO → A capacidade de formar uma impressão em cima de alguns
poucos traços centrais. É a capacidade de derivar outras
características que fiquem coerentes coma impressão
simplificada. Vale ressaltar que esse efeito também pode
prejudicar a capacidade de um indivíduo enxergar traços
que não sejam coerentes com a primeira impressão –
gerando um efeito de profecia autorrealizadora.
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Assim, tanto o efeito Halo quanto o uso de estereótipos são
mecanismos que permitem enquadrar poucas informações e derivar ou outras
para construir uma impressão coerente sobre quem uma pessoa é, o que explica
o caráter de rápidas associações de uma impressão. O que explica o caráter
duradouro de uma primeira impressão é o viés de confirmação, ou seja,
conforma convivemos mais com a pessoa, tendemos a buscar informações
que reafirmem a impressão inicial que temos dela e não que a refutem. Damos
maior peso a características que reafirmem uma primeira impressão.
O viés de confirmação ainda está ligado
a ideia de limitação de inferência, ou seja, a
ideia de que mesmo partindo de uma mesma
informação inicial, a depender do foco de
atenção, é possível chegar a conclusões
completamente opostas. A escolha de um foco
depende das características pessoais do
indivíduo.
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Um conceito fundamental nesse bloco é o de comportamento
operante, que diz respeito justamente ao processo pelo qual um indivíduo,
voluntariamente, aprende certos comportamentos que de alguma forma lhe
tragam consequências desejáveis. Logo, existem diferentes formas de modelar
o comportamento de um indivíduo alterando as consequências que o impactam.
Um experimento usado em sala para ilustrar e embasar essa teoria foi
realizado por Burrhus Frederic Skinner, intitulado “a caixa de Skinner”, e que
mediu, a partir de caixas com ratos, quais as consequências que geram
mudanças comportamentais.
Primeiramente, visando aumentar a frequência de um
comportamento, é possível usar de:
Reforço positivo → Logo após um indivíduo apresentar uma conduta desejada,
lhe é dada alguma recompensa, algum estímulo positivo.
No caso da caixa de Skinner, os ratos que receberam
reforços positivos, após apertarem uma barra dentro da
caixa, recebiam comida. Essa tática faz com que um
indivíduo associe um comportamento desejado a algo que
gera consequências positivas. Isso o leva a aumentar a
frequência de um comportamento para extrair
recompensas.
Reforço negativo → Para essa tática, mantém-se um estímulo aversivo, até que
o indivíduo apresente um comportamento desejado. No
caso da caixa de Skinner, os ratos recebiam choques leves
até que apertassem uma barra, quando a corrente elétrica
era temporariamente desligada. Essa opção reforça o
sentimento de esquiva que indivíduos tem a situações
desagradáveis. O indivíduo associa um evento a algo que
lhe traz alívio, segurança e, dessa forma, é isso que o faz
aumentar a frequência do comportamento.
Visando diminuir a frequência de um comportamento desejado, é
possível usar de:
Punição → Essa tática consiste em aplicar um efeito adverso logo após um
indivíduo apresentar um comportamento indesejado. No caso da
caixa de Skinner, os ratos de uma determinada caixa recebiam
choques elétricos após apertarem a barra. Essa opção cria para o
indivíduo um cenário no qual ele associa que um determinado
comportamento gera efeitos adversos, o que o incentiva a diminuir a
frequência desse dado comportamento.
Extinção → Essa tática envolve a redução na frequência de um determinado
comportamento pois consiste em remover reforços positivos que
um indivíduo recebe e que mantém esse comportamento ativo. Na
caixa de Skinner, o experimento envolvia uma caixa na qual os
ratos, por um tempo, recebiam comida sempre que apertavam a
barra. No entanto, quando os cientistas programaram a barra de
modo que, após pressionada, ela parasse de liberar comida, os
ratos eventualmente pararam de pressioná-la. Essa tática leva a
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redução na frequência de comportamento pois, para o indivíduo,
esse já não lhe traz incentivos para agir daquela forma.
• Punição x Reforço negativo: Em relação a efetividade desses métodos, uma
primeira consideração a ser feita diz justamente que o reforço negativo é mais
efeito que a punição – justamente pelo fato de esse focar em um
comportamento em específico, enquanto a outra pode acabar inibindo outros.
Por exemplo, em sala de aula um professor pode punir os alunos que mexem no
celular, mas isso não garante engajamento em sala de aula. Esse mesmo
professor pode fazer chamada oral e, se um aluno errar, ele pode causar algum
desconforto. Na próxima vez, ele saberá responder pois prestará atenção.
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- Como a punição explicita o que não fazer, é importante que seja
desenvolvida uma alternativa comportamental, uma orientação do que deve ser
feito. Isso deve ser feito em cocriação – o indivíduo deve achar o que é
compatível, até porque caso esse processo falhe, a culpa será de quem
“receitou” o comportamento.
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Vale ressaltar que, por mais que os variáveis gerem uma incerteza de
critérios, eles levam a uma constância de comportamento maior.
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- Agente egoísta: o agente visa sua maximização de utilidade, age de forma
egoísta (não há a noção de utilidade estendida, cooperação que leve a um
sentimento bom).
O modelo de Rational Choice se pauta essencialmente nessas duas
premissas, no entanto podemos questionar o quanto elas realmente de adequam
a realidade, comprometendo a aplicabilidade desse modelo. Em sala, estudamos
a partir do ultimatum game e do dictator game** como a premissa de agentes
egoístas é distante da realidade, mas vale ressaltar que, das duas, a premissa
de agentes dotados de racionalidade absoluta é a mais forte e incondizente
com a realidade.
**- No Ultimatum game (um dos dois jogadores faz uma proposta
de como dividir um montante de dinheiro – caso o segundo
jogador aceite a proposta, o dinheiro é dividido a partir da
proposta, caso ele não aceite ambos ficam com nada)
percebemos que a maioria das propostas feitas são igualitárias e
que há um índice de 50% de rejeição por propostas assimétricas.
O motivo pelo qual as propostas feitas são igualitárias tanto por
altruísmo quanto por estratégia de jogo
- No Dictator game (um dos jogadores define como será feita a
divisão, independentemente da opinião do outro jogador), há um
maior percentual de propostas assimétricas, mas a maioria dos
jogadores escolheu repassar algum montante para o outro
jogador. A explicação para essa postura é algum tipo de
altruísmo presente nas pessoas.
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sua decisão. Ele recorre a alternativas incompletas (enxutas, simples e fáceis
de lembrar) e usam de uma coleta de informação incompleta e sequencial
que geram uma decisão satisfatória, longe da maximizadora de utilidade.
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• Arquitetura cognitiva: Apesar de os vieses de aproximação e heurísticas serem
tão recorrentes, é pouco efetivo treinar os indivíduos a suprimi-los em processos
de escolha. Esse fato pode ser explicado pela forma como tomamos decisões.
Basicamente, temos dois sistemas que nos orientam no processo de tomada de
decisão, sendo ativados em ocasiões diferentes a depender do contexto:
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Outra forma de incluir agentes externos é a partir da tomada de
decisão em grupo. Há, no entanto, evidências de que a tomada de decisão em
grupo amplifica os vieses individuais (pensamento grupal → para manter a
coerência do grupo, uma alternativa domina o grupo), exceto pelo viés de
disponibilidade. Para melhorar a tomada e decisão em grupo, é necessário
assegurar a segurança psicológica.
Segurança psicológica → A sensação dos indivíduos no grupo de que
é seguro assumir riscos interpessoais, de que é seguro impor-se,
pedir ajuda e admitir erros, sem medo ou incerteza da receptividade
dos demais membros do grupo.
Para conquistar segurança psicológica, é necessário que os
membros do grupo sejam francos e abertos a tanto se expressar quanto
ouvir opiniões alheias. Muito desse exemplo precisa vir do líder. A
segurança psicológica é uma forma de capitalizar na diversidade do
grupo. É diferente da ideia de “conforto’.
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O problema é que esse
modelo não leva em
consideração a noção de certo
e errado, que os indivíduos
ponderam em suas tomadas de
decisão. É necessário um modelo
mais abrangente de quais os
fatores que realmente
determinam o nível de
desonestidade de um indivíduo.
Características individuais:
➔ Maquiavelismo: o Maquiavelismo é um traço de personalidade de pessoas
que atribuem maior peso aos resultados do que ao processo em si. Pessoas
mais “maquiavélicas” tem maior propensão a serem desonestas.
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➔ Identidade moral: pessoas com maior identidade moral, ou seja, que tem
recompensas intrínsecas a honestidade maiores, são menos propensas a
serem desonestas.
Características contextuais:
➔ Socialização: o principal mecanismo a partir do qual o contexto influencia a
escolha dos indivíduos pela honestidade é o de socialização. Ele envolve
que novos membros de um contexto, ao entrar em contato com membros
antigos, aprendem as práticas do grupo. Esses novatos aceitam as práticas
pela inclusão social – aceitam, inclusive, atos antiéticos.
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As formas de socialização não são mutuamente excludentes e podem
coexistir, de forma que, frequentemente, uma reforce a outra. O uso da
racionalização juntamente às práticas de socialização retarda a ativação de
mecanismo de recompensa interna/padrão moral.
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