Você está na página 1de 2

Direito minerário é um ramo do Direito que trata dos aspectos regulatórios da mineração, ou seja, das

normas e procedimentos que permitem a pesquisa, a extração e a transformação de recursos minerais,


de acordo, basicamente, com o Código de Mineração e da Constituição Federal 1988. Assim, todas as
relações jurídicas que envolvam a atividade minerária serão objeto de estudo do Direito Minerário.

Como exemplo, podemos citar uma situação hipotética: uma empresa de mineração encontrou jazida
numa determinada área. Essa simples descoberta desdobrar-se-á em várias relações jurídicas que serão
trabalhadas pelo Direito Minerário. São elas: (ii) a relação entre minerador e o dono da terra, (ii) a
relação entre minerador e a Agência Reguladora (ANM), (iii) a relação entre minerador e órgão
ambiental, (iv) a relação entre o minerador e seus funcionários, dentre outras.

Cada relação desta possui particularidades estudadas pelo advogado especialista em Direito da
Mineração.

3. Como o Direito Minerário atua na prática para manter a legalidade e o bom funcionamento diante do
processo das relações?

Quando se pensa no processo de aquisição de uma mina, surgem várias relações que precisam ser
amparadas e regulamentadas pelo Direito Minerário, como: a relação entre o minerador e o Estado; a
relação entre o minerador e o proprietário do imóvel onde está a jazida; a relação entre os mineradores
na compra e venda de Títulos Minerários; a relação entre o minerador e o investidor no financiamento
dos projetos. Assim, vamos separar cada situação para que a explicação fique mais clara:

No que se refere à relação entre minerador e o proprietário do imóvel onde está a jazida, o Direito
Minerário tem por fim mitigar eventual conflito entre eles. Por exemplo: pode ser que o dono da terra
se oponha à mineração em sua área, o que vai ensejar um processo para garantir ao minerador seu
direito de proceder à atividade minerária. E por outro lado, para garantir que todos os direitos do
superficiário sejam obedecidos, como, por exemplo, eventual indenização e renda a ser paga pelo
minerador em função de ser privado do uso de sua propriedade.

Princípio da segurança jurídica extraída do Direito Minerário, independente (mas naturalmente


relacionado com) do sobreprincípio da segurança jurídica.

Princípio da condução da mineração no interesse nacional, envolvendo não apenas o minerador, mas
todos os que fazem parte das relações jurídicas decorrentes da mineração, como a Agência Nacional de
Mineração — ANM e o Ministério das Minas e Energia — MME, por exemplo.

Princípio da soberania da União sobre os recursos minerais (termo usado, aqui, em sentido lato).
Princípio da continuidade da atividade mineral, prestigiando decisões do Tribunal de Justiça do Espírito
Santo, que deve permanecer válido mesmo após a revogação dos artigos 57 e 87 do Código de
Mineração.

Princípio da mineração ambientalmente sustentável, extraído não apenas do artigo 225 da Constituição,
mas visível em todo o sistema do Direito, influenciando e interagindo com o Direito Minerário

Você também pode gostar