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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCADO


MUNICÍPIO BETA

A Associação Alfa com sede à Rua Apolônio Otoniel Silva, nº 234, BairroSanta Rita,
Município Beta, Estado Paraíba

 Brasil, CEP 57.323-670, CNPJ13.204.908/0001-34, e-
mailassociacao_alfa@hotmail.com, vem, devidamenterepresentada pelo seu advogado
com endereço profissional situado a RuaAlfaiate José Emídio, nº 435, Bairro Jardim
América, Município Beta, EstadoParaíba

 Brasil, CEP 57.241-780, e-mailadvogadosassociados@hotmail.com, onde receberá
citações e intimações, vem à presença de V. Exa., com base na Leifederal nº 7.347/85,
propor a presente:

 AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE LIMINAR

em face do Município Beta, com sede em Avenida Floriano Peixoto, nº745, Centro,
Município Beta, estado Paraíba

 Brasil, CEP 57.101-040, CNPJ11.670.425/0001-90, e-
mailmunicipiobeta@hotmail.com, pelos fatos efundamentos a seguir expostos.
DA LEGITIMIDADE ATIVA
Amparada pelo a
rtigo 5º, V, “a e
“b ”, da
 Lei nº 7.347/85, a Autora é entidadecivil sem fins lucrativos, constituída há mais de
um ano, conforme cópia dacertidão inclusa, e tem como finalidade estatutária à defesa
do patrimônio sociale do direito à saúde de todos, em conformidade com os parâmetros
da Lei. Aautora postula prestação jurisdicional, pela via da Ação Civil Pública
com amparonos dispositivos legais previstos na Lei n) 7.347/85 e no Código de Defesa
doConsumidor.DA LEGITIMIDADE PASSIVAA legitimidade passiva do Município
Beta é justificada por ser o responsável pelagestão do Posto de Saúde Gama.

 
DOS FATOS
A Associação Alfa, constituída há 3 (três) anos, cujo objetivo é a defesa dopatrimônio
social, e particularmente ao direito à saúde de todos, mostrou-seinconformada com a
negativa do Posto de Saúde Gama, gerido pelo MunícipioBeta, de oferecer atendimento
laboratorial adequado aos idosos que procuramesse serviço. O argumento das
autoridades era o de que não havia profissionaiscapacitados e medicamentos
disponíveis em quantitativo suficiente. Em razãodesse estado de coisas e do elevado
números de idosos correndo risco de morte,a Associação resolveu peticionar ao
Secretário Municipal de Saúde do MunicípioBeta, querendo providências imediatas
para a regularização do serviço públicode Saúde. O Secretário respondeu que a situação
da Saúde é realmente precária eque a comunidade precisa ter paciência e esperar a
disponibilização de repassedos recursos públicos federais, já que a receita prevista no
orçamento municipalnão fora integralmente realizada. Reiterou, ao final e pelas razões
já aventadas, anegativa de atendimento laboratorial aos idosos. Apesar disso, as obras
públicasda área de lazer do bairro em que estava situado o Posto de Saúde Gama,
nosquais eram utilizados exclusivamente recursos públicos municipais, continuarama
ser realizadas.

DO DIREITO
Nos termos do artigo 1º da Lei 7.347/85, é cabível o ajuizamento de ação civilpública
para prevenir ou reprimir danos morais ou materiais causados aqualquer
interesse difuso ou coletivo (inciso V), aqui se encontrando o direito
àsaúde.Decorre do fato de o objetivo da demanda judicial ser a defesa de
todos os idososque procuram o atendimento do Posto de Saúde Gama, nos
termos dasfinalidades estatutárias da Associação

defesa do patrimônio social e,particularmente, do direito à saúde de todos
e não eventual defesa de direito ouinteresse individual. Como se discute a
qualidade do serviço público oferecido apopulação e esses idosos não podem ser
individualizados, trata-se de típicointeresse difuso, enquadrando-se no Art. 1º,
incisos IV e VII, da Lei nº 7.347/85.O que se verifica, na hipótese, é a necessidade de
defesa do direito à vida e àsaúde dos idosos que procuram os serviços do Posto de
Saúde Gama, bem comode sua dignidade, amparados pelo Art. 1º, inciso III, pelo Art.
5º, caput, pelo Art6º e pelo Art. 196, todos da Constituição da República Federativa do
Brasil de1988.Esses direitos estão sendo preteridos para a realização de obras públicas
nasáreas de lazer, o que é constitucionalmente inadequado em razão da
maiorimportância dos referidos direitos. Afinal, sem vida e saúde, não há
possibilidadede lazer. O Município tem o dever de assegurar o direito à saúde dos
idosos e decumprir a competência constitucional conferida para fins de prestação
doserviço público de saúde (art. 30, inciso VII, arts. 196 e 230 da CRFB/88).
 
 DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR
Torna-se imprescindível,
in casu
, a concessão da medida liminar com fulcro noartigo 12 da Lei nº 7.347/85,
determinando que a parte ré regularize o sistemade saúde para prestar o atendimento
laboratorial adequado aos idosos nalocalidade abrangida pelo Posto de Saúde. Os requisitos
para a concessão damedida liminar estão configurados, uma vez que o
 periculum in mora
mostra-sepresenta diante da produção de lesão grave e complicações na situação de
saúdee risco de morte, caso não recebam o tratamento de saúde adequado.

DOS PEDIDOS
Diante do exposto, vem requerer a V. Exª:

 
a citação dos réus para, requerendo, contestem a presente ação, no prazolegal, sob pena
de revelia
 
que a medida pleiteada em caráter liminar seja tornada definitiva, paraimpor ao
Município Beta a prestação adequada do serviço público desaúde pelo Posto de Saúde
Gama;

 
a intimação do representante do Ministério Público, nos termos do artigo5º, parágrafo 1º,
da Lei nº 7.347/85, para acompanhar todos os atos etermos da presente ação;

 
caso não haja o cumprimento da liminar e da sentença por parte da ré,requer-se a
cominação de multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)por dia de descumprimento,
como dispõe o artigo 11 da Lei nº 7.347/85,em favor do Fundo Estadual de Saúde;

 
requer a produção de todos os meios de prova admitidos em direito, emespecial o
depoimento pessoal, a testemunhal e documental
superveniente; 
a juntada de documentos em anexo.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Município Beta, 12 de Abril de 2018

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