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UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ

CURSO DE PSICOLOGIA - CLÍNICA DE


PSICOLOGIA
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Caso 04:

T., sexo feminino, 20 anos, solteira, curso superior incompleto. T. procurou


psicoterapia devido a crises de choro, angústia, aperto no peito, sensação de
sufocamento, e compulsão por submeter-se a testes de gravidez. Gostaria também de
aprender a resolver conflitos interpessoais, pois segundo ela, nunca consegue expressar
sua opinião. A cliente sempre morou em uma cidade pequena, com seus pais e irmão
mais velho, até um ano atrás. A cliente passou a morar sozinha em outra cidade para
estudar e foi neste período que os sintomas iniciaram.
Seus pais são católicos, afetuosos, muito participativos e protetores com T.
Tinha bom desempenho acadêmico, mas poucos amigos, e a mãe dizia que as colegas
tinham inveja da sua inteligência. Fala todos os dias com a mãe por telefone, e quando
se sente mal, liga para a mãe chorando, e ela lhe aconselha, orienta e conforta. T. nunca
deu motivos para repreensão ou castigo, sendo a “filha perfeita” dos pais, enquanto seu
irmão sempre foi desobediente e muito repreendido. Conta tudo o que lhe acontece para
os pais, que lhe dão conselhos e apoio, e recentemente chegou a perder a amizade de
uma colega de república ao contar para o pai que o namorado da colega dormia às vezes
lá. Ele contou para os pais dela, que a repreenderam severamente. A mãe de T. orientou-
a a afastar-se e não sofrer pela colega que devia ter inveja dela.
T. nunca namorou, mas “ficou” com alguns rapazes, sendo virgem. Há 4
meses, T. foi a uma festa, bebeu um pouco além do costume e não se lembra ao certo o
que aconteceu. Sabe que ficou com um rapaz, e que não fizeram sexo. Apesar disso a
cliente tinha pensamentos obsessivos de que estaria grávida. Fez 20 exames de urina e 5
exames de sangue para verificar a possível gravidez. T. relatou que se desesperou com
este pensamento, pensando que uma gravidez “acabaria com sua vida, sua família e
estudos”, (sic) pois o pai jamais aceitaria sua gravidez, ou teria um “ataque” do coração.
Quando era criança lembra que uma prima engravidou e foi expulsa de casa pelo tio.
Disse que se culpava muito, não admitindo ter cometido “um erro tão grande”.
Atualmente disse estar melhor, entretanto, nunca mais foi a festas. Disse ter medo de
não conseguir se controlar com a bebida, apesar de não ter o costume de beber. Também
evita conhecer rapazes, pois teme não conseguir se controlar e ficar grávida. Acredita
ter herdado a doença mental de seu tio que era “louco”.

A partir do caso exposto:

A) JUSTIFIQUE A NECESSIDADE DO ATENDIMENTO PSICOLÓGICO

B) AVALIAÇÃO E PRINCIPAIS HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS LEVANTADAS

C) PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

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