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UNIVERSIDADE INTEGRADA TIRADENTES - UNIT

CURSO DE PSICOLOGIA

ALEXIA MARYANE LIMA AGUIAR


ALICE MARIA ALMEIDA DE SÁ SOUZA
ANA LUÍSA DE ALMEIDA
BIANCA PEREIRA SOARES
DANIEL RÓGENES GOMES NOBRE WANDERLEY
EDUARDO TENÓRIO MONTEIRO
MARIA BEATRIZ BARROS VIANNA
MARIA JÚLIA CAVALCANTE BARBOSA
MILENE KAROLINA DOS SANTOS DE SOUZA

TRANSTORNOS ALIMENTARES EM JOVENS ADOLESCENTES

Maceió
2023
Alexia Maryane Lima Aguiar
Alice Maria Almeida de Sá Souza
Ana Luísa de Almeida
Bianca Pereira Soares
Daniel Rógenes Gomes Nobre Wanderley
Eduardo Tenório Monteiro
Maria Beatriz Barros Vianna
Maria Júlia Cavalcante Barbosa
Milene Karolina dos Santos de Souza

TRANSTORNOS ALIMENTARES EM JOVENS ADOLESCENTES

Apresentação realizada no 5º período de Psicologia, turno


matutino, para obtenção de parte da nota da disciplina de
Psicologia do Desenvolvimento II, sob a orientação da Profª
Stephane Juliana Pereira da Silva de Figueiredo.

Maceió
2023
Conforme o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, os
transtornos alimentares são "caracterizados por uma perturbação na alimentação ou
no comportamento relacionado à alimentação". Segundo um estudo publicado este
ano de 2023, na revista JAMA Pediatrics, feito em 16 países, 1 a cada 5 crianças e
adolescentes de 6 a 18 anos possui algum transtorno alimentar, seja anorexia,
bulimia, compulsão alimentar ou algum outro relacionado.
A anorexia se caracteriza pela restrição persistente da ingestão calórica, pelo
medo de ganhar peso como também pelas perturbações específicas em relação à
percepção e vivência do próprio peso e forma corporal. Posteriormente, citando a
bulimia, há três aspectos que são essenciais na identificação deste problema: os
comportamentos inapropriados para impedir o ganho de peso, a compulsão alimentar
e a autoavaliação que o sujeito faz influenciado pela forma e pelo peso. Os
comportamentos inapropriados são conhecidos como purgativos, destacando-se os
vômitos, jejuns, laxantes e outros. Além das consequências psicológicas, existem as
físicas, tais como: osteoporose precoce, risco de caquexia, aumento de cáries, lesões
na cavidade oral, distúrbios na voz etc.
Os casos de transtornos alimentares não estão associados só aos aspectos
sócio-culturais, biológicos, psicológicos e familiares como também aos padrões de
beleza impostos pela sociedade. Um estudo feito em Minas Gerais, realizado em
2011, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da
Universidade Federal de Juiz de Fora sob o nº. 2282.022.2011 e conforme parecer
técnico nº. 022/11, de acordo com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de
Saúde, avaliou a associação de insatisfação corporal, comprometimento com
exercícios em excesso, classe econômica, gordura corporal, estado nutricional e etnia
com comportamentos de risco para transtornos alimentares.
Para as meninas, a insatisfação corporal foi a variável que indicou a maior
chance de comportamento de risco para transtornos alimentares, e foi visto, por um
teste com somatório de pontos, que elas atingiram um alto grau de comprometimento
psicológico com o exercício, o que se torna mais um fator de risco, uma vez que a
atividade física excessiva pode provocar transtorno, como é o caso da vigorexia.
Ademais, em relação aos meninos, a insatisfação com o corpo também foi a variável
que apresentou maiores chances de gerar comportamentos de risco para transtornos
alimentares, e a gordura corporal foi associada a esses comportamentos, porque,
segundo alguns autores, adolescentes com percentual de gordura corporal abaixo do
normal costumam ter como hábito alimentar a restrição alimentar, enquanto
adolescentes com alto teor de gordura corporal podem apresentar sintomas de
compulsão alimentar.
No mundo contemporâneo, os meios de comunicação (TV, redes sociais e
afins) têm sido um grande aliado para o aumento dos transtornos alimentares,
principalmente em mulheres. E isso ocorre por uma idealização falsa da imagem do
corpo perfeito, através da influência de diversos famosos, de propagandas enganosas
que prometem o corpo dos sonhos, do uso de filtros e trends virais, como “Tudo o que
eu como em um dia”. Todos esses fatores contribuem para uma auto imagem
idealizada e não real, causando a insatisfação com seu próprio corpo, pois, aquilo que
não está dentro do padrão, recebe forte influência de modificação por diversos meios
- produtos, remédios, dietas exageradas e cirurgias. Tudo sendo o tempo todo postado
e propagado, fazendo com que a busca por esse padrão inatingível de perfeição se
torne cada vez mais constante.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMERICAN C. A. M. (2005) Vigorexia: enfermedad o adaptación. Revista


Digital Buenos Aires. V. 11, n. 99.

Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais DSM III-R. São


Paulo: Manole, 1989. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and
Statistical Manual of Mental Disorder DSM-IV.

FORTES, L. DE S.; CIPRIANI, F. M.; FERREIRA, M. E. C.. Risk behaviors for


eating disorder: factors associated in adolescent students. Trends in Psychiatry
and Psychotherapy, v. 35, n. Trends Psychiatry Psychother., 2013 35(4), p. 279–286,
2013.

HOLCOMBE, Madeline. O que é alimentação desordenada que atinge 20%


das crianças do mundo. CNN Brasil, 2023. Disponível
em:https://www.cnnbrasil.com.br/saude/o-que-e-alimentacao-desordenada-que-
atinge-20-das-criancas-do-mundo/. Acesso em março de 2023.

REZENDE, Beatriz Braga.Transtornos alimentares: Influência das mídias


sociais na percepção da imagem corporal de jovens e adolescentes. UniCEUB,
4 de julho de 2019.

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