Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O texto de hoje parece história de criança, mas é uma das experiências mais
importantes que já fizeram sobre comportamento. Não sobre comportamento
humano, mas sobre comportamento. Afinal de contas, os protagonistas não são nem
humanos.
O A, coitado, não tinha a mínima noção do que havia se passado naquele ambiente.
Nada sabia de bananas, escadas e jatos gelados. Ao ver as bananas ali, apetitosas e
acessíveis pela escada, não pensou duas vezes e foi buscar uma pra si. Seguindo o
padrão estabelecido, o quatro “veteranos” o tiram da escada, aplicam uma caprichada
surra, e fim de papo.
O calouro desavisado tenta mais uma ou duas vezes, toma mais uma ou duas surras, e
entende o recado. Nem passa mais pela sua cabeça tentar pegar as bananas.
Segue o processo, 2 é substituído por B, que tanta pegar umas bananas, toma uns
cascudos e aprende a lição. Depois 3 dá lugar a C, 4 por D e 5 por E. Por fim, não há
mais veteranos no grupo. Nenhum dos atuais membros do grupo teve a experiência
do jato gelado.
Cada um que entrava aprendia que não podiam chegar às bananas e, se alguém
insistisse, era necessário puni-lo violentamente. Mas, se nenhum deles teve a
experiência do jato de água, por que mantiveram o comportamento de evitar as
bananas?
(4oito) 34
Porque sempre foi assim! (na minha opinião, a pior frase que pode existir num
ambiente produtivo).
Mesmo sem saber o motivo, cada macaco que entrava no grupo absorvia o
comportamento como sendo algo óbvio, algo que é assim por si só.
- Por que?
- Porque se pegar, apanha. Foi assim comigo e com os outros dois que chegaram
antes de mim.
Tenho certeza que, enquanto lia essa história, você lembrou de um caso parecido que
acontece no seu ambiente de trabalho, faculdade ou algo do tipo.
Ele precisava assinar um contrato de aluguel para a empresa da qual ele é sócio único.
No documento constavam o nome dele e da esposa, que seria avalista do negócio.
Pedro argumentou que seu casamento era em regime de separação total de bens e,
por isso, a ligação da esposa com a empresa é completamente inexistente. Sendo
assim, ele pediu a retirada desse campo de assinatura.
Depois de muito diálogo com o representante da outra empresa, ele ouviu que “se
fosse assim, não haveria negócio” já que, em 15 anos, ele nunca havia visto um
contrato daquele ser firmado sem esse campo assinado.
Feliz, Pedro voltou ao representante e informou que havia feito algo que não
acontecia há 15 anos.
Não foi uma questão complexa. Não demandou grande estudo em jurisprudências.
Não demandou uma reengenharia organizacional. (4oito) 34
O que travou, e quase inviabilizou um negócio, foi a preguiçosa e confortável frase: É
porque sempre foi assim.
Tags:
todasexta coluna-do-arthur arthurlessa 60min ideias investimentos coluna
VEJA TAMBÉM
Um a menos na poupança
(4oito) 34
NESTA EDIÇÃO
#DESTAQUE
#COLUNA-DO-ADELOR
#COLUNA-DO-UPIARA
#COLUNA-NEY-LOPES
#COLUNA-RENATO-MATOS
Bombas e bombinhas
#PAPO-DE-ARQUITETO
PODCASTS
(4oito) 34
Rua Cel. Marcos Rovaris 230, Ed Due Fratelli Comercial, 12º Andar, Criciúma - SC
Copyright © 2022.
(4oito) 34