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Especialistas pedem maior sensibilização para
travar AVC
Alexa Sonhi
Jornalista
29/10/2022 ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO 06H40
Centros de reabilitação física do país continuam a ser modernizados para prestar uma assistência cada vez melhor a
centenas de © Fotografia por: DR
Trata-se de Ladislau Silvano, que não se deixou fotografar, está com 30 anos. Sempre
teve um lema: "curtir a vida até à exaustão, porque o amanhã a Deus pertence.” Por
isso, bebia sem grandes restrições, fumava, perdia noites e quando sentisse dor de
cabeça tomava um Paracetamol.
As constantes dores de cabeça não eram normais, mas ele achava que tudo estava
bem, quando, na verdade, faltava fazer leitura de sinais de hipertensão arterial.
Um dia, num ambiente de amigos, repentinamente, Ladislau começou a ter fortes
dores na parte traseira da cabeça, fraqueza do lado direito do corpo e desvio dos
lábios ao falar. "Eu não dei conta que tinha a boca torta. Reparei apenas que todos
olhavam para mim de forma estranha”.
O jovem teve sorte, porque foi atendido dentro das quatro horas consideradas de
"ouro” para garantir a sobrevivência, sem quase sequelas, comuns em pacientes com
AVC.
Apesar de ter saído do coma, Ladislau ainda esteve sob acompanhamento nos
cuidados intensivos por mais quatro dias. Praticamente, o jovem ficou internado por 20
dias, até iniciar as sessões de fisioterapia, no Centro Nacional de Medicina Física e
Reabilitação.
Esse processo de fisioterapia decorreu, inicialmente, por três meses, o que ajudou em
muito, para que Ladislau recuperasse em 70 por cento. "Hoje, continuo a fazer as
fisioterapias e vai ser assim até que eu me sinta completamente bom”, frisou.
Ladislau conta que não está a ser fácil recuperar as suas habilidades e tem plena
consciência que, em parte, ele é o causador da crise que viveu, por não dar atenção
aos sinais do seu corpo.
"Infelizmente, perdi o emprego, numa empresa privada, por ter ficado muito tempo
parado. Mas, agradeço a Deus por estar vivo”, disse o jovem.
Tomás Cassinda disse que a maior parte destes casos são de AVC do tipo
hemorrágico, que, geralmente, entram em coma, tem critério cirúrgico e de entubação,
contrariando, assim, o que a literatura sempre ensinou, que entre os AVC, o elevado
número recaiu para o esquémico.
Tomás Cassinda realçou que os demais casos, devido à extensão do sangramento por
se tratar de um vaso que se rompe, tendo em conta a subida de tensão arterial, estes
pacientes dificilmente voltam a recuperar a 100 por cento.
Esses pacientes, por norma, começam a ter outras complicações ligadas às infecções
hospitalares, por permanecerem muito tempo nas unidades clínicas.
Tomás Cassinda revelou que, por dia, o Hospital do Prenda diagnostica 12 a 15 casos
de AVC em pacientes com idades que rondam os 15 aos 35 anos.
O médico acrescentou que os pacientes, dos 15 aos 20 anos, acometidos por AVC
esquémico têm como causa de base doenças como a anemia de células falciformes e
a malformação arteriovenosa.
Américo Boavida
Alves Cordeiro salientou que, durante os três trimestres do corrente ano, o Banco de
Urgência registou 780 casos de AVC, com critério de internamento, resultando, assim,
num total de 1.389.
Dos 1.389, pelo menos 1.122 doentes foram diagnosticados com AVC isquémico, que
corresponde a 80,7 por cento, e 267 com hemorrágico, equivalente a 19,3%.
Alves Cordeiro sublinhou que as pessoas do sexo masculino são as que mais dão
entrada à unidade, por causa de acidentes vasculares cerebrais, com um total de 873
registos, o que corresponde a 63%, e o feminino contabilizou 516 casos, que
corresponde a 47%.
O director clínico do HAB referiu que algumas crianças que padecem de anemia de
células falciforme, também desenvolvem AVC isquémico, que, por vezes, têm
transformação hemorrágica.
Por mês, nos vários serviços do hospital, desde às urgências, passando pelos
internamentos até às consultas externas, são abordados, em média, 135 casos de
AVC, constituindo, assim, das principais causas de morbimortalidade.
Helena Cordeiro referiu que esses dados não reflectem outras áreas da unidade
hospitalar, como o Banco de Urgência, que, também, diagnosticam casos da doença.
Realçou que a patologia já está a se tornar um sério problema de saúde pública, daí
que, hoje, a clínica da Endiama está a realizar uma Feira de Saúde, para despistar
factores de risco da patologia, a fim de alertar a população da seriedade do problema.
Helena Cordeiro explicou que a patologia se pode originar de uma obstrução de vasos
sanguíneos, o chamado acidente vascular isquémico ou de uma ruptura do vaso,
conhecido por acidente vascular hemorrágico.
"As células nervosas são as únicas a nível do corpo que não se regeneram”,
avançou Helena Cordeiro, para quem existem os factores de risco modificáveis e os
não modificáveis.
Sobre os não modificáveis, apontou a idade avançada. "Quanto mais idade a pessoa
tiver, maior as chances de desenvolver a doença, que é bastante comum, a partir dos
55 anos de idade”.
Helena Cordeiro referiu que é nos factores de risco modificáveis que se deve trabalhar
com a comunidade, principalmente no que toca à hipertensão arterial.
Globalmente, anualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) regista 15 milhões
de vítimas de AVC, cinco milhões morreram e outros cinco milhões ficaram com
sequelas para o resto da vida.
Para a OMS, o AVC é a segunda maior causa de morte no mundo, ficando atrás da
doença isquémica cardíaca.
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