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1-INTRADUÇÂO
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Projecto tecnológico Queimadura de 3º grau
1.1.2.1EPIDERME
De acordo com JUNQUEIRA; CARNEIRO, o epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado separa o meio interno do meio externo, é a vascular, bastante
enervado e encontra-se, histologicamente, disposto em camadas, expostas a
seguir do estrato mais profundo até o mais superficial:
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1.1.2.2 DERME
A derme é constituída por espessa camada de tecido conjuntivo que se apoia à
epiderme e se une à hipoderme. Esta compreende as fibras elásticas, reticulares
e colágenas, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos, possuindo ainda receptores
especializados sensíveis à temperatura, pressão, tato e dor (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2008).
É dividida em duas camadas, uma mais superficial, a derme papilar, e outra mais
profunda, a derme reticular, respectivamente (GUIRRO et al., 2002).
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A camada papilar é mais delgada constituída por tecido conjuntivo frouxo que
forma as papilas dérmicas. Destaca-se a presença de fibrilas especiais de
colágeno, responsáveis por unir a derme à epiderme e promover maior
resistência à pele, além disto, possui maior trama capilar que se estende até a
epiderme, regulando temperatura e, segundo dito anteriormente, fornecendo
nutrição por difusão à epiderme (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008).
1.1.2.3HIPODERME
De acordo com JUNQUEIRA; CARNEIRO (2008), a hipoderme não faz parte da
pele, mas torna-se importante por unir a derme aos tecidos subjacentes. É
formada por tecido conjuntivo que varia do tipo frouxo associada à grande
quantidade de tecido adiposo unilocular formando o chamado tecido
fibroadiposo.
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1.1.3 QUEIMADURAS
1.1.3.1 HISTÓRICO
Existem relatos datados de 1500 a.C., de vários pensadores, dentre eles Celsus,
Galeno, Aristóteles e Fere, sobre as técnicas de tratamento das queimaduras.
Também, por volta do século XVIII, H. Earle preconizava o uso de água gelada
para minimizar a dor e edema. Na mesma época, Marjolin, descreve a
transformação maligna em úlceras crónicas de sequela de queimaduras, e hoje,
as mesmas são conhecidas como úlceras de Marjolin. Na segunda metade do
século XIX, a medicina se ateve para as áreas não queimadas, reconhecendo o
carácter abrangente da queimadura e sua repercussão nos outros órgãos.
Assim, Baraduc reportou hemoconcentração nos queimados e, na virada desse
século, os autores italianos Tomasoli e Bacelli já começavam a usar soluções
salinas sobre as lesões. Apesar de as queimaduras serem abordadas há
séculos, apenas na segunda década do século XX se iniciou a busca pela
compreensão da sua fisiopatologia, com Frank Underhill, em estudo envolvendo
a bioquímica das lesões e sua evolução. A história moderna das queimaduras
começa em 1942, com Cope e Moore, em um trabalho onde demonstram a perda
de fluidos externa e internamente.
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(MÉLEGA, 2002). Hettiaratchy et al. (2004) e Sheridan (2003), comentam que nas
queimaduras superiores a 40% da superfície corporal, consideradas extensas,
ocorre, além dos sinais cardeais inflamatórios locais, uma resposta sistémica
com presença de febre, circulação sanguínea hiperdinâmica e ritmo metabólico
acelerado, além de aumento do catabolismo muscular, decorrente da alteração
hipotalâmica (aumento da secreção de glucagon, cortisol e catecolameinas), da
deficiência da barreira gastrointestinal com passagem de bactérias e toxinas
bacterianas para a corrente sanguínea. Ainda, a perda de calor e de fluidos por
evaporação através da ferida são eventos que levam à hipotermia e desequilíbrio
hidroeletrolítico. (HETTIARATCHY, et al., 2004; SHERIDAN, et al., 2003).
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Físicos:
Químicos:
Ex: Alguns medicamentos e agentes corrosivos (ácidos e bases) Ex: lixívia, soda
cáustica, ácido sulfúrico.
Biológicos:
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A primeira de prevenção;
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As lesões não devem ser classificadas apenas quanto à profundidade, mas também
avaliadas quanto à extensão, localização, idade do paciente, doenças pré-existentes e
possível inalação de fumaça (VALE, 2005).
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Ainda, outro método citado por Mélega (2002) é o da regra dos nove ou de
Wallace onde o corpo é dividido em segmentos valendo 9% de sua superfície ou
múltiplos deste. Este método foi proposto para adultos, no qual o esquema
propõe o valor de 9% para a cabeça e 9% para cada membro superior; 18% para
o tronco posterior, 18% para o tronco anterior e 18% para cada membro inferior;
1% para o pescoço. O autor ressalta, ainda, que para um cálculo mais preciso,
deve-se usar a tabela de Lund e Browder, que também leva em consideração as
diferenças de áreas de acordo com as faixas etárias. Dentre tantos factores
prognósticos considerados, destaca-se ainda a avaliação da etiologia da lesão.
Regra dos nove. (Veja anexo figura nº1).
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Alergia;
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DESIDRATAÇÃO
A queimadura constitui uma das maiores agressões que o organismo pode
suportar. O desequilíbrio hidroelétrico decorrente do trauma térmico é tão
intenso que culmina no estabelecimento de um quadro agudo de choque
hipovolêmico. O choque é agravado, nos dias subsequentes, pela perda
contínua de água através da superfície queimada. Esta perda pode atingir um
volume de até 120ml/m2/h e permanece enquanto não se completa a
cicatrização. A intensidade da perda hídrica relaciona-se directamente com a
profundidade da lesão e com a temperatura ambiente (ou seja, quanto maior a
profundidade e a temperatura ambiente, maior a perda); e inversamente
proporcional ao tempo decorrido e a humidade do ar, maior a perda. É
importante ressaltar que o balanço hídrico, muito utilizado em terapia intensiva,
não tem valor em queimaduras. As perdas insensíveis são de difícil
quantificação. Desta forma, exaltamos a importância da monitorização do
volume urinário de 24h, fundamental na programação da hidratação diária.
ANEMIA
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ICTERÍCIA
Não é raro que pacientes queimados desenvolvam um quadro de icterícia
colestática. Alguns trabalhos mostram que a queimadura provoca um desarranjo
estrutural dos sinusóides hepáticos e a vacuolização dos hepatócitos,
(esteatose). Laboratorialmente, evidencia-se um aumento discreto das
transaminases (TGO e TGP), da fosfatase alcalina e das bilirrubinas,
predominando a bilirrubina directa. A icterícia geralmente é transitória e não
deve ser considerada como sinal de gravidade ou mau prognóstico.
Observamos maior incidência de icterícia em pacientes com história prévia de
alcoolismo. A sepse associada à icterícia no paciente queimado possui
diferentes agentes patogénicos envolvidos e constitui um quadro de
prognóstico ruim.
ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES
A ausculta cardíaca diária deve ser realizada; a maioria das alterações
encontradas é “sopros” pan-cardíacos, bem como arritmias sugestivas de
endocardite.
ALTERAÇÕES PULMONARES
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Em queimados 75% dos óbitos ocorrem por sepse e, destes, 90% iniciam com
uma pneumonia na base, daí a importância desse exame diário. É claro que
numerosas outras patologias pulmonares podem se fazer presentes, como
importantes atelectasias ou mesmo embolias pulmonares maciças, mas a
fisioterapia diária costuma ser eficiente em preveni-las.
ALTERAÇÕES ABDOMINAIS
Em muitos casos, não é possível a realização da palpação abdominal profunda
em decorrência das lesões extensas, porém dois pontos são de extrema
importância no exame abdominal diário, principalmente nos pacientes
queimados que estão utilizando suporte nutricional enteral. Um dos pontos a ser
observado é a presença ou não de distensão abdominal, e o outro ponto é a
presença ou não de ruídos hidroaéreos abdominais, indicativos de peristalse. A
qualquer sinal de mau funcionamento do trânsito intestinal, devemos suspender
ou mesmo alterar o tipo de suporte nutricional empregado.
Queimaduras químicas;
Trauma eléctrico;
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Sulfadiazina de prata;
Ampicilina;
Ceftriaxona;
Metronidazol;
Lactato de ringer;
Dipirone;
Tramadol;
Vitamina C.
Diminuir a dor;
Diminuir a contaminação;
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Nunca fure a flictena (bolhas) e retire anéis e adornos assim que possível;
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Nº de gotas =___________________
Tempo
________
Horas
1-Identificar o paciente;
1.1.3.14 Justificativa: Escolhemos este tema porque foi nesta secção onde mais nos
familiarizamos tanto com os pacientes quanto com os profissionais, e vimos realmente
à gravidade de um paciente portador de uma queimadura de terceiro grau uma vez
que a pele é responsável pela termo-regulação, evitando perdas hídricas e
controlando a temperatura e humidade superficial, participa do metabolismo e do
armazenamento de vitaminas e de lipídeos, além de regular os fluxos sanguíneo e
linfático.
2- METODÓGIA
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Os dados foram colhidos na secção dos queimados com base na entrevista feita
aos pacientes e familiares e nos registos diários da ficha de estagio e do
processo clínico durante o internamento do paciente. Os instrumentos utilizados
durante o nosso trabalho são: Caderno, esferográfica, relógio, termómetro,
esfigmomanómetro, estetoscópio, telefone, computador portátil e de mesa,
fascículo de cirurgia e de projecto tecnológico, cabo USB, pen-DRIVE.
2.4 Orçamento
Respeito pelas pessoas: Isto porque antes da nossa intervenção tivemos que
pedir permissão ao paciente e o seu acompanhante e explicar todos os
procedimentos a serem realizados e sua respectiva finalidade/objectivo em
forma de diálogo e esperávamos pelo seu consentimento e colaboração.
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RESULTADOS
Não refere
Não refere
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Não refere
Mucosas: normucoradas
Temperatura: 36ºc
Pulso: 91b/min
Respiração: 21c/min
Exame das faneras (Unhas e Cabelos): cabelos brancos e pretos, lisos, curtos,
vazios e fortes
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Hemograma;
3.10DIAGNOSTICO DEFINITIVO
E.V 8/8h
Ampicilina (500mg)
Gentamicina (80mg)
E.V 8/8h
1 amp
Tramadol (100mg)
Prometazina (50ml)
Metocopramida (10/2ml)
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Metronidazol (100mg)
E.V 8/8h
Omeprazol (20mg)
E.V 8/8h
Dipirona (2,5ml/5ml)
2ml 12/12h E.
Sulfadiazina de Prata
Dieta (leve)
Repouso no leito
Apoio psicológico
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3.13ANOTACÇÕES DE ENFERMAGEM
1/03/2023-6h:
Sinais Vitais:
2/03/2023-6h:
Sinais Vitais:
4/03/2023-6h:
Sinais Vitais:
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Banho do paciente.
Respeito pelas pessoas: Isto porque antes da nossa intervenção tivemos que
pedir permissão ao paciente e o seu acompanhante e explicar todos os
procedimentos a serem realizados e sua respectiva finalidade/objectivo em
forma de diálogo e esperávamos pelo seu consentimento e colaboração.
O Orientador e supervisor:
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2 Professor:Lavier
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