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Foi iniciado pelo Dr. Norman C. Franz da Universidade de Columbia (EUA) que adquiriu
a primeira patente do corte por jato de água em alta pressão em 1968. Ele era engenheiro
florestal, e com o intuito de buscar novas maneiras de cortar toras de madeira,
estudando a água em alta pressão para ser ferramenta de corte, patenteando assim
sua ideia como jato d’agua. Dando continuidade à sua ideia, nos anos 70, e se engajou
na área de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia de usinagem por jato de água,
projetando ainda no início da década de 70 a primeira bomba de ultra pressão, sendo o
primeiro sistema de corte por jato de água comercialmente viável. No ano de 1983 com
o intuito de ser mais eficiente e ter a possibilidade de cortar uma maior gama de
materiais foi adicionado a água pressurizada abrasivos o que fez com sua gama de
aplicação fosse aumentada consideravelmente.
O jato de água puro corta materiais leves como junta, espuma, plástico, papel,
fralda descartável, isolamento, placa de cimento, interior automotivo, carpete e
alimentos.
O jato de água abrasivo é similar ao jato de água puro, mas, após a criação do
jato de água puro, o abrasivo é puxado para o cabeçote através de um vácuo venturi,
misturado com água e, então, o fluxo do jato de água com abrasivo resultante pode
cortar materiais duros, como metal, cerâmica, pedra, vidro e compósito.
Primeiro passo é o tratamento da água, onde ela precisa ser filtrada para não
restar impurezas e assim não entupir o bico de corte, não afetando assim o
desempenho e a manutenção do sistema de alta pressão.
Depois temos a agregação de material abrasivo, que permite que materiais mais
duros sejam cortados mais rapidamente com a aceleração do processo de erosão.
Nessa parte, existe um bocal, aonde o material abrasivo em pó é encontrado, para
posteriormente se juntar à água e se tornar essa mistura.
Figura 4. Injeção de abrasivo.
O processo de corte por jato de água apresenta duas variantes, quando utiliza
água pura limita-se ao corte de materiais não metálicos, contudo, a adição de finas
partículas abrasivas no fluxo de água estende a utilização do processo para o corte de
materiais de elevada dureza e densidade. Por se tratar de corte por processo
mecânico, não existem limitações quanto aos materiais a serem cortados, podendo ser
metálicos (aço, aço inoxidável, etc), não metálicos (vidro, borracha, madeira, nylon,
etc), minerais (mármores, granito, etc.)
Vários fatores podem influenciar na usinagem por jato d’água, alguns deles são:
a pressão, que determina o nível de energia das moléculas de água. Quanto maior a
pressão, mais fácil fica vencer a força de coesão das moléculas do material que se
pretende cortar; o fluxo, que determina o índice de remoção do material, podendo ser
aumentado de duas maneiras: aumentando a pressão da água ou aumentando o
diâmetro do orifício da safira; o diâmetro do jato, podendo variar de 0,5 mm a 2,5 mm.
Também é possível fabricar jatos com diâmetros menores para casos especiais.
Abrasivos, onde a velocidade de corte do sistema é aumentada quando se aumenta o
tamanho da granulação do abrasivo. Em compensação, abrasivos com menores
tamanhos de grãos produzem uma superfície cortada com melhor qualidade, porém,
partículas muito finas de abrasivos são praticamente ineficientes.
4.5 – Tipos e tamanho do abrasivo
O abrasivo mais utilizado é a granada, porém pode ser utilizado também o óxido
de alumínio, a sílica, o metal duro granulado e o nitrato de silício. No caso para usinar a
cerâmica ou materiais mais duros também podem ser utilizados abrasivos a base de
carbeto de boro.
Esse e uma variável muito complexa onde leva em consideração muitos fatores
em consideração onde se leva em conta densidade, espessura, tipo de material dente
outros fatores importantes.
Figura 10. Saída do fluxo de corte.
Varia entre 0.5 e 2.5 mm, é comum utilizar a regra que a distância entre o tubo
de mistura e o material a ser cortado seja o dobro do diâmetro do tubo de mistura. A
distância entre 1" e 2" são aplicadas à materiais quebradiços e ou sensíveis a dupla
laminação. O aumento da distância entre bico e peça provoca a diminuição da
eficiência de corte em função de dois fenômenos:
O corte com jatos de água é um dos processos mais versáteis da indústria e o que
mais tem crescido nos últimos anos. O Jato de água com ultra pressão corta a frio sem
alterar a microestrutura do material. Pode cortar chapas final até chapas com 10
polegadas de espessura, pode cortar qualquer classe de material existente, utiliza-se
sem abrasivo quando se deseja cortar: espuma, cartão, papel, borracha, plástico, fibra
de vidro, materiais de vedação, tapeçarias. Utiliza-se com abrasivo quando se deseja
cortar metais como aço inoxidável, aço carbono, aço temperado, ligas de alumínio,
ligas de titânio, latão, mármore, granito, vidro, cerâmica, azulejo, materiais compósitos.
5 – Conclusão
Processo que vem sendo aprimorado e cada vez mais utilizado, devido à sua
versatilidade, com poucas limitações com relação ao material a ser cortado, e facilidade
de operação. Essa usinagem é bastante eficiente e produtiva, principalmente ao utilizar
os jatos de “Ultra Alta Pressão”. Portanto, a usinagem por jato d’água é um método
barato, sobretudo quando comparado com outros processos, sustentável e ecológico,
de fácil manuseio e bastante versátil.
5.1 – Vantagens
O corte de jato de água pode ser movimentado por robôs e controlados por software
que otimizam velocidades e padrões de corte e definem padrões de corte para todo tipo
de material. Permite trabalhar com várias camadas (material empilhado). O corte é
realizado por erosão, tempo baixo de preparação e configuração do equipamento,
pouca perda de material, sistemas de corte com manipuladores controlados por CNC
melhoram a flexibilidade e a repetibilidade dos programas de corte. Devido ao fato de o
tubo de mistura não encostar na peça a ser cortada permite cortar ângulos precisos e
formatos especiais. A largura do fluxo de água minimiza a largura do corte
aproveitando melhor a chapa a ser cortada.
5.2- Desvantagens