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ARTIGO DE REVISÃO
SINDROMES DE COMPRESSÃO
NEUROVASCULAR NA FOSSA POSTERIOR
J. LOBO ANTUNES, J. ALMEIDA LIMA
Serviço de Neurocirurgia. Hospital de Santa Maria, Lisboa.
RESUMO
Os autores fazem uma revisão dos diferentes síndromes causados por compressão dos pares era
neanos por ansas vasculares na Fossa Posterior e apresentam uma série de doentes submetidos a des
compressão microvascular para tratamento destes síndromes; por fim, discutem as indicações para
cirurgia, a técnica adoptada e os resultados da terapêutica cirúrgica.
SUMMARY
Syndromes of neurovascular compression in the posterior fossa
The authors review the varlous syndromes of vascular compression of the cranial nerves in the
Prosterior Fossa and present a series of patients in whom a microvascular decompression was carried
out. The indications for surgery, the technique and the results of this type of procedure are discussed.
trigémio. Isto deve-se provavelmente ao facto de existirem A descompressão microvascular (DMV) tem uma vanta
anastomoses entre os ramos sensitivo e motor do nervo, ou gem de preservar a sensibilidade da face. A percentagem de
por o ramo motor conter fibras nocioceptivas. Por outro curas anda por 80 a 90% com 1% de morbilidade-
lado, na análise destes estados dolorosos é necessário ter em -mortalidade 2~ Os resultados não são bons em doentes que
conta a contribuição do nervo facial para a inervação sensi tenham sido submetidos previamente a lesões destrutivas I3~
tiva da face lO Embora Janetta refira um grau de recorrência da ordem
A terapêutica inicial de NT é medicamentosa usando-se dos 20%, uma análise recente de Burchiel e col. 4 menciona
como primeiras drogas a carbamazepina (Tegretol) ou a uma taxa de recidiva de 3,5% ao ano, sublinhando que a
difenilhidantoina (Hidantina). As técnicas cirúrgicas são vida média desta intervenção é de cerca de 10 anos.
reservadas para doentes que não toleram estes fármacos ou E evidente que todas as intervenções propostas têm os seus
que deixam de responder à sua acção. méritos e os seus inconvenientes. A escolha deve ser pois
Não cabe aqui uma análise detalhada das técnicas cirúrgi feita pelo doente uma vez esclarecido este sobre as várias
cas que se encontram discriminadas no Quadro 1. Agrupam- opções possíveis. De modo geral, tem-se desaconselhado a
-se em métodos ablativos e não ablativos hl• Os primeiros DMV em doentes com mais de 65 anos ou com problemas
acompanham-se invariavelmente, em maior ou menor grau, cardiovasculares. Como dissemos a DMV não está contrain
de alterações da sensibilidade da face e de uma percentagem dicada em doentes em que já se praticaram terapêuticas abla
variável de recidivas, embora possam alguns deles ser efec tivas. Nestas circunstâncias alguns aconselham porém a sec
tuados repetidamente. A objecção fundamental ao seu uso é ção da raiz sensitiva.
não actuarem no sentido da eliminação dos factores causais. Das técnicas ablativas, a rizotomia percutânea retrogasse
Na comparação, um pouco drástica, de Janetta seriam seme riana por radiofrequência é talvez a mais praticada, tendo a
lhantes à secção de uma raiz lombosagrada para tratar uma taxa de êxito sido computada em valores que oscilam entre
ciática devida a uma hérnia disca!. 35 e 92% ‘~. O benefício colhido aumenta com a intensifica
ção da lesão, mas acompanha-se de uma percentagem relati
QUADRO 1 Opções Cirúrgicas no Tratamento da Nevralgia do vamente alta de anestesia dolorosa, uma situação extrema
Trigémio* mente difícil de tratar ~. A injecção percutânea retrogasseriana
Tipo Localização Técnica
de glicerol oferece resultados comparáveis melhoria de
de Tratamento 75% até 3 anos embora com menor incidência de altera
ções da sensibilidade da face
Abaltivo Ramo periférico Bloqueio local As técnicas percutâneas estão particularmente indicadas
Fenol em casos de NT secundários a esclerose em placas ou tumo
Alcool
Avulsão (neurectomia) res intracranianos não ressecáveis.
Gânglio de Gasser Secção subtemporal
(Frazier)
Radiofrequência ESPASMO HEMIFACIAL
Compressão por balão
Retrogasserina Radiofrequência
Glicerol O espasmo hemifacial (EHF) é uma entidade clínica carac
Zona de entrada Secção selectiva terizada por episódios de movimentos involuntários e indo
. (Dandy) lores dos músculos da face inervados pelo nervo facial. É em
Tronco cerebral Tractomia regra unilateral, atinge com mais frequência o lado esquerdo,
Não ablativo Gânglio de Gasser Compressão ligeira e aflige principalmente mulheres a partir da 5.~ década.Na
Zona de entrada Descompressão sua forma típica inicia-se no orbicular das pálpebras,
microvascular estendendo-se depois à restante musculatura da face, embora
~ Adaptado de Lunsford et ai. o frontal esteja em regra poupado.
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Os movimentos são muitas vezes desencadeados pelo can espasmos. Esta última hipótese é hoje a mais correntemente
saço o «stress» embora possam surgir sem qualquer causa aceite 2728
precipitante aparente. A sua frequência torna-os por vezes Raramente, movimentos espasmódicos da musculatura da
extremamente incapacitantes, sobretudo por interferirem face surgem como consequência de lesões intrínsecas do
com a visão. tronco cerebral. Tenser et ~ol 29 descreveram um caso muito
Com a evolução da doença, os espasmos tendem a aumen semelhante ao nosso Caso 5, em que um glioma do tronco
tar de frequência e vigor, e determinam um certo grau de cerebral causava além de espasmo facial, mioquimias dos
parésia facial. Podem, além disso, surgir episódios de con musculos da face, que se traduziam por uma actividade elec
tracção tónica prolongada da musculatura da face, com tromiográfica contínua. Tem-se explicado esta por um iso
oclusão prolongada das pálpebras. Não raramente, os doen lamento dos neurónios motores dos interneurónios
tes queixam-se de ouvirem diques no lado afectado, sons adjacentes.
que resultam da contracção do músculo tensor do tímpano, As terapêuticas medicamentosas propostas para esta afec
ou ainda de zumbidos indicando que o nervo coclear está ção têm sido múltiplas, desde o uso de sedativos, vasodilata
também comprometido. De facto, MoIler et al’7 observaram dores e anestésicos, até anticolinérgicos e anticonvulsivos,
que o reflexo está diminuído em 41% dos casos de EHF. De todos, apenas a carbamazepina (Tegretol) tem alguma,
Eidleman et aI 8 descreveram três casos em que o EHF se embora limitada, eficácia. O insucesso dos fármacos ensaia
associava a sofrimento de outros pares cranianos queixando- dos forçou o recurso a intervenções destrutivas, com secção
-se os doentes de zumbidos, baixa da audição, hipostesia da dos vários ramos nervosos, com resultados muito pouco
face, disartria e disfagia. Nestes casos, os nervos cranianos satisfatórios ~°
afectados estavam comprimidos pela artéria cerebelosa pos Deve-se a Gardner a introdução também para esta afecção
terior e inferior (ACPI) ou seus ramos. da DMV com afastamento da ansa vascular responsável.
Segundo Loeser e col. ‘~ importa distinguir o EHF de Essa é, no caso do EHF, com mais frequência um ramo da
outros síndromas que afectam a motilidade facial. São eles: ACPI, da cerebelosa superior (ACS) ou da cerebelosa ante
Espasmo pós-paralítico é muito semelhante ao EHF rior e inferior (ACAI) e mais raramente as próprias artérias
mas da história clínica do doente consta uma paralisia de vertebral ou basilar, ou ainda, como num dos nossos casos,
BelI ou uma lesão traumática do VII par. ramos venosos.
Tique é uma perturbação funcional sobre a qual o A DMV conheceu grande impulso com o trabalho de
doente pode exercer controle voluntário. Janetta6 que estabeleceu de forma definitiva a técnica cirúr
Mioquimia facial caracteriza-se por movimentos finos, gica hoje adoptada na generalidade dos centros. A avaliação
ondulantes da musculatura facial, com um padrão electro da literatura publicada sobre esta matéria revela uma percen
miográfico típico. Associa-se habitualmente a lesões da pro tagem de melhoria ou cura de 87% dos casos, com uma mor
tuberância como doenças desmielinizantes ou neoplasias. talidade de 0,25% e morbilidade de 10%. Esta consta sobre
Epilepsia parcial contínua é uma forma de epilepsia tudo de hipoacúsia ipsilateral transitória ou permanente ~.
focal que se pode aliás estender a outros segmentos, e tem Em séries que compreendem um follow up de 6 a II anos o
tradução electroencefalográfica específica. grau de recorrência dos sintomas orçara 10% dos casos
Blefarospasmo essencial consiste no encerramento sín operados ~.
crono e bilateral dos olhos.
Disquinésia tardia é causada pelo uso de neurolépticos,
sobretudo do grupo das fenotiazinas, e de um modo geral é VERTIGEM POSICIONAL INCAPACITANTE
bilateral afectando sobretudo a musculatura bucal.
Desde a descrição inicial desta doença há quase um As vertigens e os sintomas que com estas se associam,
século20 a sua patogenia tem sido objecto de controvérsia. como zumbidos e hipoacúsia, são queixas muito frequentes
Em 1917, Cushing2’ notou a presença de EHF em quatro na prática clínica que levantam problemas muito complexos
doentes com neurinomas do acústico, e mais tarde relatou a de diagnóstico e tratamento. Um número grande de síndro
associação de nevralgia do trigémeo e EHF, a que deu o mas clínicos tem sido descrito, entre os quais o síndroma de
nome de tic convulsivo. Espasmo sintomático de patologia M~enière, sem dúvida o mais frequente, a vertigem posicional
tumoral do ângulo ponto-cerebeloso foi também descrito por benigna, a labirintite, a neuronite vestibular, etc. Janetta e
Revilla 22~ Campbell e Keedy23 mencionam dois casos de tic col. 3 1.32 ampliaram o conceito de disfunção dos nervos cra
convulsivo causado por compressão dos nervos respectivos nianos por compressão vascular, com a descrição de um sín
por aneurismas cirsóides da artéria basilar. Foi no entanto droma de compressão do VIII par a que chamaram vertigem
Gardner 213 que definiu de forma inequívoca a etiologia vas posicional incapacitante (VPI). Ela caracteriza-se por ser
cular compressiva na génese do EHF e da NT. Aceita-se hoje unilateral e se acompanhar de zumbidos e desequilíbrio, e se
que a maioria dos casos de EHF se deve à compressão vascu agravar com determinadas posições, nomeadamente o decú
lar do VII par na sua emergência do troco cerebral, na zona bito lateral com o lado sintomático para baixo. O exame
de transição do revestimento mielínico de tipo central (da neurológico é muitas vezes normal, embora se possam notar
responsabilidade da oligodendroglia), para a de tipo perifé nistagmo espontâneo ou posicional, sinal de Romberg e ata
rico (dependente das células de Schwann). Esta interpretação xia da marcha. Os potenciais evocados do tronco cerebral
apoia-se não só em observações cirúrgicas como na resolu demonstram a presença de compressão neural. O exame
ção dos sintomas após a descompressão vascular do nervo neuro-otológico, que deve ser sempre minucioso, pode reve
Dois tipos de mecanismos pelos quais a compressão do lar além disso, uma baixa da audição do tipo neurossenso
tronco nervoso originaria o EHF têm sido propostos. Gard rial, e alterações da função vestibular.
ner 2.13 aventou a hipótese da compressão causar uma perda E evidente que a DMV está indicada apenas excepcional
local da baínha de mielina com a formação de pseudosinap mente e deve restringir-se a casos em que a doença é extre
ses entre axónios adjacentes, que originariam potenciais de mamente incapacitante, interferindo com as actividade do
acção que se propagariam até aos músculos da face24. Para dia a dia. Nos restantes, deve persistir-se na terapêutica
Ferguson26 o segmento comprimido actuaria como uma sintomática.
trigger zone que causaria uma estimulação retrógrada repeti A DMV segue os preceitos expostos por Janetta. O
tiva do núcleo motor do facial. Esta levaria a alterações neu número de casos publicados é ainda pequeno, sendo de refe
ronais do tipo do kindling, que seriam responsáveis pelos rir uma melhoria sintomática em cerca de 60% dos coentes.
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SINDROMES DE COMPRESSÃO NEUROVASCULAR NA FOSSA POSTERIOR
OUTROS SINDROMES
DE COMPRESSÃO NEUROVASCULAR
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DISCUSSÃO
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Sekiya e co!. ~ sugerem como mecanismo responsável a avul neuralgia. Comparison of percutaneous stereotaxic fhizotomy
and porterior fossa exploration. J. Neurosurg 1982; 57:
são da artéria auditiva interna na área cribosa causando o 757-764.
compromisso vascular da cóclea. Este fenómeno ocorre 16. JANETTA, P.J., BISSONETTE, D.J. Management of the
sobretudo quando a retracção é efectuada no sentido interno failed patient with trigeminal neuralgia. Clin Neurosurg 1984;
ou seja, sobre o cerebelo. Estamos em crer que a baixa de 32: 334-347.
audição registada em dois dos nossos casos se deveu ao erro 17. MOLLER, M.B., MOLLER, A.R. Loss ofauditingfunction
técnico de aplicar um afastador automático sobre o cerebelo in microvascular decompression for hemifacial spasm. Results
mesmo sobre a emergência do VIII par do tronco cerebral. in 143 consecutive cases. J. Neurosurg 1985; 63: 17-20.
Para evitar esta complicação o cerebelo deve ser afastado no 18. EIDELMAN, B., NIELSEN, V.R. Vascular compression,
hemifacial spasm and multiple cranial neuropathies. Neurology
sentido inferior, ao longo da sua face supero-externa, para
1985; 35: 7 12-716.
expôr o V par e, no sentido superior junto ao IX e X, 19. LOESER, J.D., CHEN, J. Hemifacial spasm: treatment by
quando se procuram o VII e VIII pares. microsurgical facial nerve decompression. Neurosurgery 1983;
As complicações graves que constam da literatura derivam 13: 141-145.
a nosso ver do uso da posição sentada —sendo portanto 20. BERNHARDT, M. Em ungewohnlichen FalI von Facialis
evitáveis ou são de natureza vascular38. Na génese de Krampf (Myokimie, beschranke auf das Gebiet das linkes
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Pedido de separatas:
14. BURCHIEL, K.J., CLARKE, H., HAGLUND, M., LOESER, J. Lobo Antunes
J.D. Long-term efficacy of microvascular decompression in Serviço Neurocirurgia
trigeminal neuralgia. J. Neurosurg 1988; 69: 35-38.
15. LOVEREN, H, TEW Jr. J.M., KELLER, J.T., NURRE. — Hospital de Santa Maria
M.A. A 10-year experience in the treatment of trigeminal 1600 Lisboa
230