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Resumo
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Graduando em Administração (FAGA/AESGA).
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Anais do III ERECAD - ARTIGOS CIENTÍFICOS - ISBN: 978-85-5722-007-2
Introdução
Metodologia
Utilizou-se nesse artigo uma revisão bibliográfica, onde mostra o que os principais
autores entendem sobre cultura organizacional, clima organizacional e motivação,
nos levando a entender a importância dos assuntos citados anteriormente em
relação as organizações, podendo assim adquirir conhecimentos necessários
através desse artigo, sobre a postura das organizações que tem uma cultura
definida e suscetível a mudanças conforme o desenvolvimento e o respeito com a
cultura de cada colaborador, criando assim um clima favorável a toda organização.
Fundamentação teórica
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Luz (2003) explica esta relação dizendo que a cultura, como identidade
organizacional, vai tendo o impacto positivo ou negativamente, o estado de ânimo
das pessoas que nela trabalham, isto é, interfere no clima organizacional. Entre
clima e cultura, existe uma relação de causalidade, por isso, pode-se afirmar que
cultura é a causa e clima é a consequência. Apesar do clima ser afetado por fatores
externos à organização, a cultura é uma das suas principais causas. Outro aspecto
prende-se com fato de que o clima e a cultura são dois fenômenos intangíveis,
apesar de manifestarem-se também de forma concreta. Ainda de acordo com este
autor, outra relação é que a cultura decorre de práticas recorrentes estabelecidas ao
longo do tempo, enquanto o clima é um fenômeno temporal e se refere ao estado de
ânimo dos funcionários de uma organização num dado momento. Neste sentido,
cultura e clima são fenômenos complementares.
“A cultura por sua vez não é nada mais que o próprio social, mas
considerado dessa vez sob ângulo dos caracteres distintivos que
apresentam os comportamentos individuais dos membros desse grupo, bem
como suas produções originais (artesanais, artísticas, religiosas).”
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Assim sendo, a cultura organizacional nos leva a valores nos quais se baseiam os
comportamentos e atitudes dos membros de uma organização, e que estão
relacionados com a história da empresa. Uma das maneiras de se chegar a estes
valores é utilizando a análise de práticas organizacionais e dos elementos
simbólicos visíveis tais como “o comportamento aparente das pessoas, as formas de
comunicação, os rituais organizacionais, as formas de recompensas, o significado
do trabalho, as relações de poder, as relações com o ambiente, etc.” (FLEURY,
1996, p.55).
Segundo Geertz (1989), este conhecimento se expressa através de símbolos,
partilhados entre os membros. Isto significa que pode saber o que fazer em
determinadas situações, mas que não consegue prever qual seria nosso
comportamento dentro delas. Assim, o estudo da cultura situa-se no entendimento e
descrição dos códigos de símbolos que são partilhados pelos membros de
determinada cultura.
E de acordo com Freitas (1991) os elementos mais citados na cultura são os
valores, as crenças e pressupostos, os ritos e cerimônias, as estórias e mitos, os
tabus, os heróis, as normas e a comunicação.
Assim segue-se a definição de Schein (1991, p. 25), cultura organizacional é:
Assim, a cultura está sempre em evolução, pois há, constantemente, alguma forma
de aprendizado acontecendo sobre como se relacionar ao ambiente externo e como
gerenciar as situações internas da organização. Para ele o aprendizado não é
apenas cognitivo, é também emocional, uma vez que envolve o grupo em busca de
soluções para problemas apresentados pelos ambientes externo e interno, os quais
criam incertezas e ansiedades. (SCHEIN,1996)
Desse modo aprende-se que na evolução, pode haver mudanças culturais nos
artefatos e valores, sem que haja alterações nos pressupostos básicos, o qual tem a
função de defender o grupo das incertezas.
Os valores são como fins socialmente selecionados, introjetados pelos indivíduos
atuantes no sistema, de acordo com suas posições culturalmente definidas e que
orientam suas ações nas diversas interações que executam no seu cotidiano. É
importante reter que um mesmo conjunto de valores será introjetado e
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Clima Organizacional
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Souza (2001), diz que o clima organizacional é uma resultante das variáveis
culturais, assim entendida como soma de valores, costumes, tradições e propósitos
que fazem com que uma empresa seja singular. Isso é muitas vezes, também
chamado de caráter de uma organização. Quando essas variáveis são alteradas,
ocasionam alterações no clima da organização, que curiosamente é mais perceptível
do que suas fontes causais.
No entanto, Luz (1999), em seu ensaio sobre clima organizacional, chega a afirmar
que este é afetado pelos conflitos e pelos fatores positivos e negativos que ocorrem
no ambiente de trabalho, bem como pelos fatores externos que ocorrem no contexto
socioeconômico e político como também, na vida particular dos funcionários. Bennis
(1999), é mais categórico e considera que “clima” significa um conjunto de valores
ou atitudes que afetam a maneira pela qual as pessoas se relacionam umas com as
outras, tais como: sinceridade, padrões de autoridade, relações sociais etc. Toledo e
Milione (1979), define como sendo um conjunto de valores, atitudes e padrões de
comportamento, formais e informais, existentes em uma organização. Baseado
nessas considerações, a respeito de clima organizacional pode-se afirmar que
traduz nas relações mantidas no ambiente de trabalho entre empresa e funcionários
favorecendo as relações humanas.
Fazendo uma associação entre os conceitos de clima e cultura organizacional,
facilmente se percebe que a cultura organizacional interfere no clima interno das
organizações, uma vez que condiciona e determina as normas de comportamento
das pessoas dentro de cada empresa e, além do mais, atua como a personalidade,
sendo único, diferenciando uma organização das outras.
Neste sentido, cultura e clima são fenômenos complementares.
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A motivação pode ser entendida como uma energia, uma tensão, uma força, ou
ainda, um impulso interno aos indivíduos. Sobretudo, o que é importante considerar
que ela é interior a cada indivíduo, e, leva-o a agir espontaneamente para alcançar
determinado objetivo. Para Robbins (2000, p.342) “A motivação é a disposição de
exercer um nível elevado e permanente de esforço em favor das metas da
organização, sob a condição de que o esforço é capaz de satisfazer alguma
necessidade individual”. A chefia que consegue motivar seu pessoal com êxito são
aqueles capazes de criar um ambiente com objetivos, isto é, incentivos compatíveis
com os motivos, as necessidades específicas dos seus funcionários.
Segundo Bergamini (1973, p.83) “a motivação do homem envolve um processo cuja
origem e processamento se fazem dentro da própria vida psíquica”. Motivação é o
conjunto de fatores que impulsionam o comportamento do ser humano ou de outros
animais para a realização de um objetivo. A diversidade de interesses percebida
entre os indivíduos permite aceitar, de forma razoavelmente clara, que as pessoas
não fazem as mesmas coisas pelas mesmas razões (BERGAMINI, 1973). A
motivação se tornou um fator muito importante para as empresas e para as pessoas
em geral, em virtude disso, as organizações buscam o estudar as atitudes no
trabalho e como seria o aumento da produtividade e diminuição de atividades
enfadonhas para melhorar a relação no trabalho. Quando a falta de motivação é
sentida pelos trabalhadores, esses passam a reduzir a produção.
Desse modo ainda segundo a perspectiva do autor, a valorização das pessoas
dentro das organizações nasceu, dentre outras, da necessidade de se corrigir a
tendência a desumanização do trabalho surgida com a aplicação de métodos rígidos
e rigorosos, científicos e precisos, aos quais os trabalhadores deveriam se
submeter, cuja eficiência era medida unicamente por meio da produção, e a
motivação era exclusivamente financeira.
Contudo, as organizações dependem das pessoas para dirigi-las, organizá-las,
controlá-las, fazê-las funcionar e alcançar os seus objetivos com sucesso e
continuidade. Não há empresas sem pessoas. E para Coda (1997) surge um grande
conflito industrial: conciliar os interesses das organizações e os interesses
individuais, pois as empresas inseridas numa civilização industrializada, que para a
execução de tarefas para alcançar os objetivos organizacionais, para uma visão de
pessoas vistas como indivíduos, dotados de características próprias de
personalidade, aspirações, valores, crenças, atitudes, motivações e objetivos
individuais.
Assim, a motivação nasce da necessidade humana e não das coisas que a
satisfazem. A questão que se segue é como uma pessoa pode motivar a outra. A
resposta é que não se pode. De acordo comCoda (1997), a satisfação no trabalho, é
como uma atitude do indivíduo em relação ao trabalho que reúne um conjunto
complexo de cognição, emoções, sentimentos, percepções e avaliações que
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Conclusão
Com isso ainda existe muitas organizações que entendem a cultura e o clima
organizacional como algo sem necessidade para o desenvolvimento da organização,
onde foi visto nesse artigo que as empresas que tem uma cultura definida e
adaptável a realidade adquire autoconhecimento,conseguindo através disso
desenvolver-se e ter um bom relacionamento entre os que compõem toda a
organização, humanizando os seus processos a partir do momento que entendem
que existem dentro da organização uma diversidade de culturas que devem ser
respeitadas, havendo assim um respeito mútuo de ambos os lados. Dessa forma a
cultura organizacional influência de forma direta no desenvolvimento da
organização, pois é ela que define as normas que irão orientar a empresa no
cumprimento dos seus objetivos, a partir do momento que os colaboradores
acreditam nos valores e conceitos da organização.
Referências
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