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Princípios e Normas Jurídicas que (Glosadores - Estudiosos do Direito Humano) (Glosas - Comentários)
regulam a vida social do homem, ainda JUSNATURALISMO O Direito CANÔNICO ou Direito da IGREJA surgiu durante
que na ausência de ordenação
positivada. a Idade Média como dogma (verdade absoluta).
Os Romanos foram conquistados pelos Bárbaros, mas
É o conjunto de todas as leis que regem deixou seu legado, o DIREITO ROMANO CODIFICADO, que passou a
DIREITO
2.3.2. REPÚBLICA PROTESTANTE: O antigo regime (absolutismo) foi deposto, sendo necessário
a) Defensor: “Martin Lutero” reestruturar um novo regime. Esse regime foi marcado pela separação
- Houve uma ruptura com a Igreja, nessa época houve uma dos poderes, inspirados por ROUSSEAU e MOSTEQUIEU.
separação do Direito e da religião. A Revolução Francesa imortalizou o lema “LIBERDADE,
- Iria de encontro ao Direito Canônico e as atrocidades IGUALDADE e FRATERNIDADE”.
cometidas pela Igreja Católica, tudo em “Nome de Deus” e Em 1804, Napoleão Bonaparte instituiu um compêndio de
contra os seguintes dogmas: leis, o Código da França, que ficou conhecido como o CÓDIGO
a) Salvação pelas obras; NAPOLEÔNICO, consagrada por vários princípios, dentre os quais
b) Pagamento de indulgências; citamos:
c) Missa em latim, etc. a) Separação entre a Igreja e o Estado;
b) Eliminava a isenção de imposto por nascimento.
A Reforma Protestante foi um movimento religioso de
c) Matrimônio Civil e Divórcio.
adequação aos novos tempos, ao desenvolvimento do
d) Propriedade Privada.
capitalismo;
Representou no campo espiritual o que o Renascimento no A partir da REVOLUÇÃO FRANCESA, surge o que ficou
campo cultural, ou seja, o ajustamento de ideias e valores às conhecido como “Estado de Direito” ou “Estado Legislativo”.
transformações socioeconômicas da Europa;
Assim a Igreja perderia o controle sobre os fiéis não havendo RESUMO AULA 03
mais a necessidade de um representante entre Deus e os
homens; GRÉCIA
A Reforma Protestante deu origem ao processo histórico ANTIGUIDADE ROMA
chamado Protestantismo; CLÁSSICA ISRAEL
Direito Canônico
Esse processo histórico facilitou o desenvolvimento do IDADE MÉDIA (Glossadores e
capitalismo, pois o trabalho não foi mais considerado como Glosas)
RENASCIMENTO
algo penoso, como um castigo divino, trabalhar para a
IDADE MODERNA
doutrina protestante faz com que o homem se aproxime mais REPÚBLICA
Martin Lutero
de Deus; PROTESTANTE
Denis Diderot
2.3.3. ILUMINISMO (conhecido também como Século das Luzes) Voltarie
Defendia a liberdade econômica e a não centralização. ILUMINISMO Jean-Jacque
Considerava que apenas a razão aliada ao método científico Rousseau
poderia fornecer as verdades elementares que seriam as bases do Mostequieu
progresso do conhecimento. IDADE
Defensores do Iluminismo: CONTEMPORÂNEA Revolução Francesa
a) Denis Diderot.
b) Voltarie. (“liberdade de expressão”)
c) Jean-Ja quês Rousseau. 2.5. TEORIA PURA DO DIREITO – HANS KELSEN
d) Mostequieu. Proclama a ideologia do “Direito livre de valor”, ou seja, o
Direito deveria ser estudado de forma isenta, analítica e
Foi um influente processo: cultural, social, filosófico e descritiva, sem interferência de qualquer outro ramo do
POLÍTICO. conhecimento humano.
Sem influência da política, da sociologia, da economia, da história, da
2.3.3.1. NOVO SISTEMA POLÍTICO moral, da religião até mesmo da justiça.
a) Poder Legislativo Características:
Composto por representantes do povo Trata o Direito como um sistema de normas válidas
Função: elaborar/ editar leis criadas por atos de seres humanos;
b) Poder Executivo Limita-se a uma análise estrutural do direito positivo;
Função: incumbe dar cumprimento às leis. Nesse momento... a ideia de “direito natural”, derivado da
Ex: políticas públicas; razão ou da vontade divina já havia sido completamente abandonada.
c) Poder Judiciário
Função: aplicar as leis diante de conflitos individuais;
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História do Direito e Introdução ao Estudo do Direito (IED) 1º Período (2023/1) Por: Leandro Fernandes
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História do Direito e Introdução ao Estudo do Direito (IED) 1º Período (2023/1) Por: Leandro Fernandes
Ele lutou contra seu irmão D. Miguel na chamada Guerra LEGISLAÇÃO E ESCRAVIDÃO NO BRASIL IMPERIAL:
Civil Portuguesa, a fim de restaurar o trono para sua filha; a) Lei Euzébio de Queirós de 1850 – tratou de reprimir o tráfico
Na madrugada de 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou em de africanos durante o Império
nome de seu filho D. Pedro de Alcântara (1825-1891), aqui Sua promulgação é relacionada, sobretudo, às pressões
no Brasil, que tinha à época apenas 5 anos de idade. britânicas sobre o governo brasileiro para extinção da
Escreveu um documento de abdicação; escravidão o país;
A abdicação de D. Pedro I marcou o fim do Primeiro Reinado b) Lei do Ventre Livre de 1871 – declarava livre todos os filhos
e início do chamado Período Regencial; de mulher escrava no Brasil
Nesse mesmo dia o Príncipe Imperial, foi aclamado Dom Esse instrumento significava, na prática, abolição gradual da
Pedro II, Imperador Constitucional de Defensor Perpétuo do escravatura, pois a geração seguinte nascida no país seria
Brasil; completamente livre;
No entanto, não amenizou as críticas abolicionistas, que
No Período Regencial: determinavam nada menos que a extinção imediata e completa
Mas, como ele tinha apenas 5 anos, seria necessário da escravidão;
aguardar um pouco mais. Além disso, a lei determinava que as crianças permanecessem
Assim, nomearam alguns regentes para governar; o Nesse em poder dos senhores das duas mães, que eram obrigados a
período estouraram algumas revoluções, conflitos em vários criá-los até os 8 anos de idade;
locais... Brasil fica em um estado pavoroso e sem governo. Após isso, os senhores poderiam entregar o menor ao governo,
Ex: Revoluções como Sabinada, Cabanada, Farroupilha... ou com direito a uma indenização, ou utilizar seus serviços até os
seja, em várias regiões do país, focavam predominantemente 21 anos;
no liberalismo, maior autonomia do Estado; c) Lei Saraiva Cotagipe de 1885 (Lei dos Sexagenários) – previa
Portanto, em 1840 o Congresso modifica a chamada Lei da a libertação dos escravos e partir dos 60 anos sem
Maioridade, passando para os 14 anos a maioridade – indenização aos senhores, que temiam a obrigação de cuidar
Evento conhecido como “Golpe da Maioridade” e dando fim dos anciãos libertos ou inválidos, e troca de prestação de
ao Período Regencial; serviços
Estes últimos poderiam deixar a propriedade do senhor, caso
No Segundo Reinado: desejassem;
Durante esse período o Brasil passou por um breve momento O projeto também ampliava o fundo de emancipação através
Parlamentarista (Parlamentarismo às avessas); da cobrança de vários impostos aos proprietários, como a taxa
Ele reinou até 1889, quando foi exilado do Brasil por conta da de matrícula e de transmissão de propriedade escrava;
Proclamação da República; Estabelecia ainda uma nova matrícula de escravos, que se não
fosse efetuada em um ano, daria liberdade aos mesmo e
Assim, nesse conturbado cenário, o Brasil passa pelo proibia a mudança de província;
Primeiro Reinado, passa pelo Período Regencial e passa pelo Segundo
OUTROS CÓDIGOS NO BRASIL IMPERIAL:
Reinado.
Em 1824 foi outorgada a primeira Constituição brasileira, mas
foi após a abertura da Assembleia Legislativa, em 1826, que foram
Surgem algumas legislações, sendo o que nos interessa aqui
aprovadas leis que fundamentaram o ordenamento jurídico do Império.
na disciplina de I. E. D.
CONSTITUIÇÃO DE 1824 Regimento das Câmaras Municipais (1828);
Foi baseada no pensamento de Benjamim Constant (jurista – O Código Criminal (1830);
personalidade pública); O Código de Processo Criminal (1832);
Forma de Governo baseado em uma Monarquia Hereditária, O Ato Adicional (1834);
Constitucional, Representativa e com base em Princípios A Lei de Interpretação dos Ato Adicional (1840);
Liberais; O Código Comercial (1850);
Preconizava a existência de um conselho de Estado; Esses códigos fizeram parte do arranjo jurídico-institucional
Promovia a organização dos 3 Poderes (Legislativo; ocorrido ao longo das primeiras décadas após a Independência,
Executivo e Judiciário) + o Poder Moderador (exercido pelo constituindo-se um dos aspectos do processo de consolidação do
Imperador); Estado brasileiro.
Liberal no aspecto político econômico;
2.8. HISTÓRIA DO DIREITO NO BRASIL REPÚBLICA
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL IMPERIAL; NOTÍCIA (Gazeta da Tarde – 15 de novembro de 1889)
Voto era obrigatório e censitário (mapeavam quem podia “A partir de hoje, 15 de novembro de 1889, o Brasil entra em uma
votar... e somente poderiam votar: nova fase, pois pode-se considerar finda a Monarquia, passando
a regime francamente democrático com todas as consequências
Homens acima de 25 anos e da Liberdade. Foi o exército quem operou esta magna
Renda acima de 100mil réis (rico); transformação; assim como a de 7 de abril de 31 ele firmou a
Mulheres, escravos, soldados e índios não tinham esse Monarquia constitucional acabando com o despotismo do
direito; Primeiro Imperador, hoje proclamou, no meio da maior
Eleição era indireta: tranquilidade e com solenidade realmente impotente, que queria
outra forma e governo”.
LEI SARAIVA DE 1881 – UM TROPEÇO NA HISTÓRIA DA Proclamada a República...
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL Militares e as oligarquias agrárias disputam o poder
Instituía o voto direto par todos os cargos eletivos do Império; Na cidade, as camadas médicas e a burguesia industrial
Tornou o voto facultativo; nascente querem participação política;
Proibiu o voto dos analfabetos; A Igreja Católica é afastada do poder;
Instituiu o Título de Eleitor pela primeira vez no Brasil; No campo, vigora a lei dos coronéis;
Tronou ainda mais criterioso o voto censitário (mínimo de O Brasil continuou a ser agroexportador;
200mil réis de renda) o que diminuiu drasticamente a A população continuou sem participação;
quantidade de eleitores; A República não representava o pensamento de todos que
torcem pela sua instauração;
O Brasil tornou-se federalista, defendido pelas elites de SP e
MG;
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História do Direito e Introdução ao Estudo do Direito (IED) 1º Período (2023/1) Por: Leandro Fernandes
REPÚBLICA DA ESPADA (1889 – 1894): O crime de estupro era diferenciado para “mulheres honestas”
Foi o período que correspondeu aos dois governos iniciais do e “prostitutas”;
Brasil, constituídos pelos militares, os marechais: Sobre o adultério: a mulher incorre nesse delito se deitasse
i. Manuel Deodoro da Fonseca; com outro homem. Já em relação aos homens, só seria
ii. Floriano Vieira Peixoto; considerado adultério se ele estivesse mantendo outra mulher;
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História do Direito e Introdução ao Estudo do Direito (IED) 1º Período (2023/1) Por: Leandro Fernandes
NATURALISMO
Fortuna" (Acidental: Naufrágio)
sinônimo de “grupo social”, significando qualquer agrupamento de
pessoas em processo de interesse. "Corruptio Perda da razão
Tomás de
Natural" (Alienação mental)
Aquino
3.1. CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE Aperfeiçoametno do
3.1.1. MULTIPLICIDADE DE INDIVÍDUOS: “A reunião de homens "Excellentia indivíduo
para fazer algo em comum”. (Tomás de Aquino) Natural" (Viver em comunhão:
,
mosteiro)
Formação da
3.1.2. INTERAÇÃO: “Ações correlatas de outros dentro de uma
Sociedade
"Associar-se com os outros seres
estrutura bem definida”. Ramalletti humanos é condição essencial à vida
. do homem"
3.1.3. PREVISÃO DE COMPORTAMENTO: a interação por seu
turno pressupõe uma previsão de comportamento ou de reações
CONTRUTUALISTA
dos outros. Thomas "O homem está em guerra, tem
.
Robbes natureza má"
3.1.4. ORGANIZAÇÃO: Em geral toda sociedade se organiza, ou
seja, se arma de meios necessários para obter seus fins, mas pode Jean-Jacque
"O homem é bom-essência do bem"
Rousseau
existir uma sociedade não organizada.
"O homem está em estado de perfeita
John Locke
3.2. FORMAS DE INTERAÇÃO SOCIAL paz e harmonia"
a) COMPETIÇÃO: há uma concorrência, em que as partes
procuram obter o que almejam, visando a exclusão da outra.
b) COOPERAÇÃO: As pessoas estão movidas por um mesmo 3.4. DIREITO e MORAL:
objetivo e valor, por isso elas conjugam.
c) CONFLITO: se faz presente o impasse, ou seja, os interesses MORAL
em jogo não logram uma solução pelo diálogo, e se recorre, • Conjunto de regras que funciona como um guia para “o agir”,
então, à agressão moral ou física, ou buscam a mediação da orienta as ações que seriam corretas e incorretas, sendo mais
justiça. geral e sem especificações.
• “A moral não só orienta a conduta dos indivíduos em sociedade,
“Ubi societas, ibi jus!” (Onde há sociedade, há direito) como também a sociedade utiliza-se das regras morais para julgar
os indivíduos, aprovando ou reprovando suas ações segundo
Não haveria vida coletiva se fosse permitido que cada seus imperativos morais”. Na perspectiva de Dimoulis (apud
indivíduo procedesse de acordo com seus impulsos e desejos ADEILSON).
pessoais, sem respeitar os interesses dos demais.
Esse processo de regulamentação da conduta em sociedade
recebe o nome de “CONTROLE SOCIAL” (meios/instrumentos): (a) da DIREITO
Religião; (b) da Moral; (c) do Direito; (d) das regras do trato social. • Manifesta-se mediante conjunto de normas que definem a
dimensão da conduta humana exigida, que especificam a fórmula
O homem é um ser social! O homem existe e coexiste! do agir. Mínimo de preceitos necessários para o bem-estar social.
3.5. TEORIA DOS CÍRCULOS Portanto, a Moral não tem o poder de desempenhar um padrão
absoluto para valorar uma ordem jurídica;
3.5.1. TEORIA DOS CÍRCULOS CONCÊNTRICOS:
Nesse viés, Hans Kelsen (1999), conclui em sua obra a
Segundo o ilustre doutrinador Paulo Nader (2013), a teoria dos independência entre Direito e Moral através da afirmativa:
círculos concêntricos foi desenvolvida por Jeremy Bentham (1748-
1832). “Se a ordem moral não prescreve a obediência à ordem
a) objetivava conceituar que a ordem jurídica estaria totalmente jurídica em todas as circunstâncias e, portanto, existe a
inclusa no campo da Moral. Deste modo, esta teoria seria possibilidade de uma contradição entre a Moral e a
representada por dois círculos concêntricos (um dentro do outro), ordem jurídica, então a exigência de separar o Direito
sendo o menor pertencente ao Direito e o maior a Moral. da Moral e a ciência jurídica da Ética significa que a
b) Nesta teoria, o Direito está totalmente imerso aos princípios validade das normas jurídicas positivas não depende
morais, o qual possui um campo de atuação muito mais amplo. do fato de corresponderem à ordem moral, que, do
ponto de vista de um conhecimento dirigido ao Direito
Sendo ilustrada da seguinte forma: positivo, uma norma jurídica pode ser considerada
como válida ainda que contrarie a ordem moral.”
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História do Direito e Introdução ao Estudo do Direito (IED) 1º Período (2023/1) Por: Leandro Fernandes
Jurisprudência
Os estudiosos investigam a origem histórica
de institutos jurídicos ou de um sistema. Leis
Jurisprudências
FONTES DO
Materiais
Costumes
É a lei que é a principal fonte, e as demais são Não Estatais
fontes acessórias. PGD
Equidade
e) Segurança
f) Moralidade
materiais
Deputados,
Poder
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História do Direito e Introdução ao Estudo do Direito (IED) 1º Período (2023/1) Por: Leandro Fernandes
revelaria o direito existente. Para os negativistas, o fato de ela não ser b) Costume “Praeter Legem” – É o que se aplica supletivamente,
citada no artigo 4º da indica ser mera forma de interpretação das fontes na hipótese de lacuna da lei. Esta espécie é admitida pela
formais. generalidade das legislações. Em nosso país, o costume
Na divergência Miguel Reale, declara: assume o mesmo caráter, pelo que dispõe o art. 4º da LINDB:
“Se uma regra é, no fundo, a sua interpretação, isto é, aquilo “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com
que se diz ser o seu significado, não há como negar à a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Jurisprudência a categoria de fonte do Direito, visto como ao Ex: Cheque pré-datado (pós datado).
juiz é dado armar de obrigatoriedade aquilo que se declara
ser „de direito‟ no caso concreto”. c) Costume “Contra Legem” – é o que se opõe à lei, ou seja, é a
norma que surge em sentido contrário ao da lei, o qual não é
De toda forma, prevalece que a jurisprudência é fonte acolhido de forma expressa pelo sistema positivo. Trata-se da
secundária, não podendo se contrapor à lei! consuetudo abrogatoria ou da desuetudo, que passa a não
Todavia, em tempos de ativismo judicial exacerbado, os aplicar a lei, com fundamento no desuso. Apesar de haver
órgãos de cúpula do Judiciário (no Brasil, em especial o STF) não se divergência doutrinária quanto à sua validade, é pensamento
intimidam em desconsiderar a lei para impor sua visão de mundo predominante que a lei só pode ser revogada por outra.
(normalmente, sob a égide dos princípios constitucionais). Ex: Tínhamos a ação anulatória por defloramento anterior da
mulher, como exemplo do costume contra legem, (art. 178, §1º
ANALOGIA: do C.C. de 1916) que já estava em notório desuso antes da
vigência Constituição Federal de 1988.
A aplicação da analogia legal decorre necessariamente da
existência de lacunas da lei.
VALOR dos Costumes - Para o Direito brasileiro, filiado ao
Quando a Lei não for omissa o juiz realizará a subsunção
sistema continental, a lei é a principal fonte formal, como se pode inferir
(aplicação da lei ao caso concreto);
do disposto no art. 4º LINDB, cujo preceito foi repetido na segunda
Exemplos de ANALOGIA:
parte do art. 126 do Código de Processo Civil: “... No julgamento da lide
1. Função de datilógrafo - A CLT garante ao datilógrafo 10
caber-lhe aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à
min de descanso, a cada 90 min trabalhados. Por
analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.” Todavia,
analogia, esse direito deverá ser estendido ao digitador;
consuetudinárias, não possuem natureza cogente ou taxativa.
2. Adoção de criança/ adolescente – As regras de adoção
para casais heterossexuais poderão ser aplicadas aos
PROVA dos Costumes - O princípio iura novit curia (os juízes
casais homoafetivos por analogia. Pois há regras de
conhecem o Direito), pelo qual as partes não precisam provar a
adoção para casais heterossexuais (art. 1622 do Código
existência do Direito invocado, não tem aplicação quanto aos
Civil de 2002 – marido/mulher), e na CF/88 (art. 226 §3o -
costumes, em face do que dispõe o art. 337 do Código de Processo
união estável) não proibiu, mas também não permitiu.
Civil: “A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou
Portanto, Como em todos os demais casos em que
consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar
houve mudança de valores jurídicos ou culturais, também
o juiz.” Na justiça ou perante órgãos da administração pública, os
no que se refere aos casos que versem sobre a
costumes podem ser provados pelos mais diversos modos:
homossexualidade o Poder Judiciário vem se adiantando
documentos, testemunhas, vistorias etc. Em matéria comercial, porém,
e proclamando a mudança de paradigmas antes do
devem ser provados através de certidões fornecidas pelas juntas
Poder Legislativo.
comerciais, que possuem fichários organizados para esse mister.
Inclusive há um Projeto de Lei 2285/07,
denominado de Estatuto das Famílias, que se
encontra atualmente na Mesa Diretora da PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO:
Câmara dos Deputados, propõe que se Há muita divergência na doutrina sobre o que e quais seriam os
assegurem todos os direitos à união “princípios gerais do Direito”.
homoafetiva, dentre eles a guarda e a Sem entrar na controvérsia, podemos afirmar serem os que
convivência com os filhos e a possibilidade de inspiram e dão embasamento à criação de toda e qualquer norma,
adoção conjunta. inclusive e especialmente a Constituição, bem como os valores sociais
3. Trânsito de barcos à motor – Tem norma reguladora, no que afetam o sistema e dirigem sua finalidade.
entanto, barcos à vela não é regulamentado. Portanto tal São exemplos dos princípios gerais do Direito no Brasil: a
norma, por analogia, poderá ser aplicada na navegação justiça, a dignidade do homem, a isonomia, a anterioridade (para fins
de barco à vela. de cobrança de impostos), o sistema republicano etc.
Os princípios gerais do Direito são reduto de onde o intérprete
pode retirar a resposta para o problema da lacuna.
COSTUMES:
Enquanto a lei é um processo intelectual que se baseia em CONCEITO
fatos e expressa a opinião do Estado, o costume é uma prática gerada São postulados que procuram fundamentar todo o sistema
espontaneamente pelas forças sociais e ainda, segundo alguns jurídico, não tendo necessariamente uma correspondência positivada
autores, de forma inconsciente. equivalente. São ideias jurídicas gerais que sustentam, dão base ao
Os costumes jurídicos, consuetudo, não se confundem com ordenamento jurídico e não necessariamente precisam estar escritos
as Regras de Trato Social. Aqueles se caracterizam pela exigibilidade e para serem válidos.
versam sobre interesses básicos dos indivíduos, enquanto as regras do EXEMPLOS – P. G. D.:
trato social não são exigíveis e relacionam-se a questões de menor Princípio da vinculação ao edital em um concurso público;
profundidade. Princípio da preservação da família;
Ninguém pode enriquecer às custas de outrem;
ESPÉCIES de Costumes – se definem pela forma com que o costume Princípio da onerosidade excessiva dos contratos;
se apresenta em relação à lei. A doutrina distingue as seguintes:
Princípios da autonomia da vontade. Etc...
a) Costume “Secundum Legem” – a própria lei reconhece e
Em suma, os PGD são ideias fundamentais e basilares do
admite a força obrigatória do costume.
sistema jurídico, relacionadas a algum ramo do direito.
Ex: No Direito Civil, há o exemplo da obrigação do locatário de
efetuar o pagamento do aluguel no prazo ajustado, e, na falta
de prévio ajuste, segundo o costume local (art. 1.192, inciso II,
do C.C. de 1916 e art. 569, II, do C.C. de 2002)
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História do Direito e Introdução ao Estudo do Direito (IED) 1º Período (2023/1) Por: Leandro Fernandes
7.2.1. Conceito
a) O direito SUBJETIVO é o resultado da incidência de uma norma
jurídica a um fato jurídico.
b) O direito SUBJETIVO é a faculdade de invocar o ordenamento
jurídico em defesa dos próprios interesses. É tudo que os
titulares de direitos podem fazer sem que violem os direitos de
outros.
AULA 08
7.2.2. Esfera do direito SUBJETIVO
7. DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO Licitude;
Legalidade;
O direito vigente pode ser analisado sob dois ângulos diferentes:
Pretensão;
objetivo e subjetivo. São duas formas distintas e interligadas de relação
Lide (conflito de interesses qualificado por uma pretensão
com o ordenamento jurídico.
resistida)
Direito Direito é norma de organização Jus Norma
OBJETIVO social. Agendi 7.2.3. Natureza
Teoria da Vontade.
Direito personalizado, em que a norma está Exemplos, direito de cobrar uma dívida através de ação
Direito perdendo o seu caráter teórico, projeta-se na
judicial, direito de pedir indenização por dano causado por terceiro e/ou
SUBJETIVO relação jurídica concreta, para permitir a conduta
ou estabelecer consequências jurídicas. pela Administração Pública.
Exemplo, quando dizemos “Fulano” tem direito à indenização, 7.2.4. Direito PÚBLICO SUBJETIVO
afirmamos que ele possui direito subjetivo. Chama-se Direito Público Subjetivo a prerrogativa que deve
Portanto, a diferença entre direito OBJETIVO e SUBJETIVO existe ser exigida do próprio Estado. Assim, quando um sujeito é titular de um
pelo fato de que a palavra direito pode significar tanto ordenamento direito, relacionado com direitos que devem ser prestados (garantidos)
jurídico quanto prerrogativas por ele garantidas. aos cidadãos pelo Estado.
Portanto, esse direito é público e subjetivo simultaneamente.
Assim, direito OBJETIVO (ordenamento jurídico) que confere direito
SUBJETIVO (prerrogativas) aos indivíduos. 7.2.5. Exemplos:
Direito OBJETIVO LAW "Lei" Direito de Ação;
Direito à Saúde
Direito à Educação
Direito SUBJETIVO RIGHT "Direito"
Direito ao Saneamento Básico
Direito de Liberdade
7.1. Direito OBJETIVO Direitos Políticos
Não tem titular POSITIVADO
7.1.1. Conceito
a) O direito OBJETIVO consiste nas previsões gerais e abstratas
presentes no ordenamento jurídico;
b) É todo conjunto de normas e regras vigentes em um Estado,
que devem ser respeitadas pela sociedade, sob pena de
sanções.
7.1.2. Características
É abstrato, pois é previsto de forma generalizada, incidindo
de forma indiscriminada sobre todos os indivíduos e situações
previstas.
7.1.3. Abrangência
Abrange leis, jurisprudências, costumes e quaisquer
outras fontes do direito válidas e permitidas no ordenamento jurídico.
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História do Direito e Introdução ao Estudo do Direito (IED) 1º Período (2023/1) Por: Leandro Fernandes
Direito
Direito Comercial
Direito Empresarial 8.1.3. Pessoas jurídicas de direito público externo:
a) Os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas
Direito do Trabalho pelo direito internacional público. (Ver artigo 42 do Código Civil).
(Terceiro gênero)
Direito da Família
Direito MISTO
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História do Direito e Introdução ao Estudo do Direito (IED) 1º Período (2023/1) Por: Leandro Fernandes
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História do Direito e Introdução ao Estudo do Direito (IED) 1º Período (2023/1) Por: Leandro Fernandes
9.1. CONCEITO
LEGITIMADO Alguém que tem a pretensão amparada por norma
Relação Jurídica é a relação social na qual a norma jurídica jurídica para (a) exigir seu direito, e (b) praticar o ato.
incide, tendo em vista a sua importância para a vida em sociedade, ou
seja, relação jurídica é a relação social entre pessoas, regulada pelo Exigir seu direito
Pretensão amparada
Direito. LEGITIMADO
por norma jurídica
Praticar o ato
Sujeito ATIVO RELAÇÃO Sujeito PASSIVO
• Direito Subjetivo JURÍDICA • Dever Jurídico
10. RESUMO:
Sob outro enfoque, a relação jurídica é o vínculo ou liame
(vínculo; tudo aquilo cujo propósito é ligari uni) entre pessoas ou grupo 10.1. RELAÇÃO JURÍDICA decorre de uma norma superior aos
de pessoas, regulado por norma jurídica. interesses das duas partes:
Miguel Reale: “Em toda relação, duas ou mais pessoas ficam a) Não é estabelecida arbitrariamente;
ligadas entre si por um laço que lhe atribui, de maneira b) Pode ser Bilateral ou Plurilateral.
proporcional ou objetiva, PODERES para agir e DEVERES
para cumprir”. Animais e Coisas podem ser OBJETO de direito, mas nunca serão
sujeitos de direito, que é um atributo da PESSOA.
Portanto, a relação jurídica se dá entre dois sujeitos de
direito, ocupando posições contrapostas, sendo designado como
10.2. ESPÉCIES de RELAÇÃO JURÍDICA
“partes” (diferente de terceiros, os quais são pessoas alheias à relação
jurídica) – Art. 1º, CC. Um sujeito ATIVO
SIMPLES
9.2. REQUISITOS Um sujeito PASSIVO
1Comportamento Indivíduos
Requisito Mais de uma pessoa no polo
MATERIAL1 PLURILATERAL
Existência de uma Relação Social (ATIVO/PASSIVO)
RELAÇÃO
JURÍDICA 2Ordenamento Jurídico (Moldura) Relativo a classe/grupo de
ESPÉCIES de
Sujeito Sujeito 1. Bem Corpóreo Comportamento Obs.: Pode haver relação com o Estado (nas prestações – direitos
SUBJETIVO
Passivo
Relação Jurídica
Titular de um Direito
Titular de um Dever
Real
Jurídico
SUBJETIVO e um só DEVER
POTESTATIVO
RELAÇÃO JURÍDICA
JURÍDICO
Direito
SIMPLES
CONTEÚDO da
Podem ser 1SUJEITOS (ativo / passivo) de uma relação: Pessoas Obs.: Contrato Compra/Venda Relógio
Físicas, Pessoas Jurídicas, ou Entes de Personalidades Reduzidas /
Despersonalizados. 10.4. CLASSIFICAÇÃO da LEI:
Ex.: Condomínio, Sociedades de Fatos, Nascitura, Massa Falida,
CLASSIFICAÇÃO
Espólios, etc.
2 LEGAL Decorre da norma jurídica / lei;
OBJETO: BEM ou INTERESSE que consiste no Objeto da Relação.
da lei
3
VÍNCULO: Liame, reconhecido juridicamente, entre os sujeitos. Pode
ocorrer por meio de lei ou acordo de vontades na figura dos contratos.
A inexistência do vínculo acarreta a inexistência da Relação Jurídica. 11.5. PERSONALIDADE JURÍDICA
a) Surge do nascimento com VIDA: Art. 2º, CC
Também chamado de vínculo de Atributividade. b) Fim, encerra-se com a MORTE: Art. 6º, 7º, 8º, CC
No dizer de Miguel Reale: “É o vínculo que confere a cada
um dos participantes da relação o poder de pretender ou exigir algo 11.6. REGISTRO: Art. 9º e 10º, CC
determinado ou determinável”. 11.7. NOME – Art. 16~19, CC
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3. As fontes do Direito Civil são elencadas no artigo 4.º da Lei de 9. Sobre o sistema jurídico brasileiro e suas peculiaridades. É
Introdução ao Código Civil. Sobre o tema Assinale a assertiva vedada a utilização do costume como fonte do direito.
correta. ( ) Certo ( X ) Errado
a) Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito". Assim, o 10. O que é DOUTRINA?
intérprete é obrigado a integrar o sistema jurídico, ou seja, diante Conjunto de ideias particulares de autores sobre determinado tema,
da lacuna (a ausência de norma para o caso concreto), ele deve sendo abordados valores literários como base de suas teorias.
sempre encontrar uma solução adequada.
De acordo com o art. 4°,LINDB: Art. 4°. Quando a lei for omissa, 11. Quais são as Fontes do Direito?
o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e São as históricas, formais e materiais.
os princípios gerais de direito.
b) A lei tem por objetivo resolver o problema do conflito e da 12. Cite características do Direito e da Moral (05 de cada).
contradição das normas impostas ao caso concreto. Mas, quanto O DIREITO se manifesta mediante conjunto de normas que definem a
à aplicação da lei existe uma hierarquia que coloca como norma dimensão da conduta humana exigida, que especificam a fórmula do
maior a Constituição, dentre as leis complementares e ordinárias, agir. Mínimo de preceitos necessários para o bem-estar social.
os decretos, portarias e demais normatização administrativa Exemplos são as regras escritas, agir específico, corresponde a um
inexiste hierarquia rígida. dever (todos), é um dever-ser, e por fim, a coercibilidade. Enquanto a
c) O artigo 4º da LINDB não estabelece uma hierarquia entre as MORAL é o conjunto de regras que funciona como um guia para o
fontes, pois o juiz poderá valer-se de outras fontes, que não as “agir”, orienta as ações que seriam corretas e incorretas, sendo mais
elencadas. O artigo 4º da LINDB estabelece uma hierarquia entre geral e sem especificações. Exemplos são as regras costumeiras, as
as fontes, devendo-se o juiz utilizar os mecanismos elencados. diretrizes gerais, impõe dever a si mesmo, é um querer espontâneo, e
d) A análise da norma à aplicação ao caso concreto gera, para o a incoercibilidade.
intérprete, um processo metodológico que busca preencher
lacunas. Assim, o uso das fontes do direito constitui a garantia da 13. Qual Sistema Jurídico é adotado no Brasil? E em que se
prestação jurisdicional, ainda que a lei seja omissa. diferencia do outro?
Há duas correntes: a Civil Law e Common Law.
4. São consideradas fontes formais do direito somente a lei e a CIVIL LAW: é o sistema jurídico utilizado no Brasil, baseado no Direito
analogia. Romano, que tem como fonte principal do direito e lei, o texto escrito.
( ) Certo ( X ) Errado COMMON LAW: é o sistema utilizado por países de origem anglo-
São fontes formais do direito: A lei, a analogia, o costume e os saxônica, como EUA e Inglaterra, que se baseia na jurisprudência, em
princípios gerais do direito. casos análogos já julgados.
5. Partindo-se do pressuposto de que o significado de uma norma 14. Qual a diferença entre Direito e Ciência do Direito?
jurídica pode ser extraído de sua interpretação, não há como O DIREITO, para Kelsen, é resultado de disputas políticas e de
negar à Jurisprudência a categoria de fonte do direito, afirmação de valores e não pode ser separado das esferas da política e
doutrinariamente classificada como fonte material. da moral. A CIÊNCIA DO DIREITO é que deve ser pura, sendo o seu
( ) Certo ( X ) Errado papel a descrição despida de valores das normas jurídicas que foram
Jurisprudência não é fonte material do direito. produzidas em uma determinada ordem jurídica.
As Fontes materiais são os fatos sociais, as próprias forças sociais Critérios
DIREITO positivo CIÊNCIA DO DIREITO
criadoras do Direito. linguísticos
Constituem a matéria-prima da elaboração deste, pois são os valores Função Prescritiva Descritiva
sociais que informam o conteúdo das normas jurídicas. Objeto Condutas intersubjetivas Direito Positivo
Nível Linguagem objeto Metalinguagem
6. Diante da ausência de legislação, o aplicador do Direito valer- Tipo Técnica Científica
se-á de outras fontes, tais como analogias, costumes e princípios Lógica Deôntica (dever-ser) Alética/clássica (ser)
gerais de direito. Para tanto, recorrerá à doutrina e à Obrigatório (O), Proibido Possível (M) ou
Modais
jurisprudência, sendo-lhe vedado, no entanto, o recurso à (V) ou permitido (P) Necessário (N)
equidade. Valências Válidas ou não válidas Falas ou Verdadeiras
( ) Certo ( X ) Errado Coerência Admite contradições Não admite contradições
Quando a lei for omissa, o aplicador do Direito valer-se-á de outras
fontes, tais como analogias, costumes e princípios gerais de direito.
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16. Qual a importância do Controle Social e seus instrumentos? 3. São pessoas jurídicas de Direito Público Interno:
Não haveria vida coletiva se fosse permitido que cada indivíduo a) União, Estados Estrangeiros e Municípios;
procedesse de acordo com seus impulsos e desejos pessoais, sem b) União, Estados, DF, territórios, Municípios, Autarquias;
respeitar os interesses dos demais. Esse processo de regulamentação c) União, Estados, DF, Fundações;
da conduta em sociedade recebe o nome de “CONTROLE SOCIAL” d) União, Estados, Municípios.
(meios/instrumentos):
a) da Religião; 4. São pessoas jurídicas de Direito Público Externo:
b) da Moral; a) As Nações Reunidas;
c) do Direito; b) Os territórios;
d) das regras do trato social. c) As Organizações Nacionais;
d) Os Estados Estrangeiros.
17. Quais teorias tentam explicar a origem da Sociedade? Quais
seus defensores e o que pensam? 5. Qual a área do direito em que disciplina as relações entre os
Há duas correntes que buscam explicar a origem da Sociedade. particulares?
A primeira corrente é a NATURALISTA onde há mais adeptos em que a) Direito Internacional;
a sociedade é o produto da conjunção de um simples impulso natural e b) Direito Nacional;
da cooperação de vontade humana. Seus defensores são Aristóteles c) Direito Privado;
que trata o homem por natureza sociável e político; Cícero que afirma d) Direito Público.
que o homem não nasceu para viver só; Thomas de Aquino que trata
a vida solitária, que traz três exceções: Mala Fortuna (isolamento, 6. Qual área do Direito estabelece a proteção social dos indivíduos
fortuito), Corruptio natural (perda da razão) e Excellentia natural em relação à contingências?
(aperfeiçoamento individual); por fim, Ramelletti que associa com os a) Direito Administrativo;
outros seres humanos na condição essencial à vida do homem. b) Direito Civil;
E a segunda corrente é a CONTRUTUALISTA que diz que a c) Direito da Seguridade Social;
sociedade é um produto de um acordo de vontade. Seus defensores d) Direito Tributário.
são Thomas Hobbes onde trata que o homem está em “estado de
guerra”, homem tem natureza má; Jean-Jacque Rosseou já diz o 7. Qual área disciplina a aplicação de normas a ser escolhida entre
contrário, onde o homem tem natureza boa, essência do bem; por fim diversos países a um caso concreto?
John Locke que considera o homem em “estado perfeito de paz e a) Direito Internacional Público;
harmonia”. b) Direito Internacional Privado;
c) Direito Negocial;
d) Direito Nacional Privado.
8. Direito Financeiro é:
a) O direito que disciplina as finanças públicas;
b) Quem estuda os princípios e normas relativas à estrutura
fundamental do Estado;
c) Quem ordena a forma de arrecadações de tributos;
d) Quem compreende o estudo dos fenômenos e normas que
ordem o serviço público.
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Exercícios AULA 10 10. São normas que estão em seu estado ABSTRATO, aguardando
1. É a expressão que coloca em destaque uma das qualidades a existência do caso em concreto para serem aplicadas. Esta
essenciais do Direito Positivo, que é agrupar normas que se definição refere-se ao:
ajustam entre si e formam um todo harmônico e coerente de a) Direito Natural;
preceitos. Essa definição refere-se a: b) Direito Subjetivo;
a) Ordem Jurídica; c) Direito Jurídica;
b) Direito Natural; d) Direito Positivo;
c) Direito Subjetivo; e) Direito Objetivo.
d) Direito Objetivo;
e) Direito Positivo.
OBJETIVO
É o conjunto de normas jurídicas direcionadas e
Direito
2. O vocábulo Direito possui vários significados e a dificuldades impostas a todos pelo Estado. Estas normas vinculam a
conduta humana, são regras cogentes de
do problema de definição estão ligadas a dois motivos básicos: comportamento, determinando como agir ou não agir -
natureza metodológica e tendências filosóficas perante o Direito: "norma agendi".
( X ) Verdadeiro ( ) Falso
SUBJETIVO
b) Realização de uma ideia universal e absoluta da justiça (direito
Natural);
Direito
É a opção, a faculdade da pessoa de invocar o direito
c) Conjunto de normas éticas que organizam as relações fundamentais objetivo, ou seja, invocar a norma jurídica a seu favor -
"facultas agendi".
do Estado e da Sociedade Civil (Direito Positivo);
d) Todas as alternativas estão corretas;
e) Faculdade de realizar ou não realizar um dado comportamento na
zona social do permitido (direito subjetivo).
4. É o direito originado na natureza social humana, nos principais Equivale ao direito objetivo, ou seja, quando se faz
POSITIVO
básicos de dignidade do homem. Esta definição refere-se ao: referência ao conjunto de normas jurídicas que regem o
Direito
garante aos seus sujeitos. Esta definição refere-se ao: no direito positivo, considerando que o legislador deve
a) Direito Natural; levar em conta o valor social da norma, pois a sua
finalidade é torná-la obrigatória a todas, mas
b) Direito Subjetivo; principalmente àqueles que não respeitam o que é
c) Direito Objetivo; moralmente correto se não houver uma consequência
d) Direito Positivo; séria que os obriguem a fazê-lo.
e) Ordem Jurídica.
a) Bilateralidade, Generalidade, Abstratividade, Imperatividade e Regula as relações entre um Estado e outro, a sua
Coercibilidade; organização, seu funcionamento e suas relações com
particulares.
b) Imperatividade, Coercibilidade, Fonte Negocial; Efetividade,
Bilateralidade;
c) Generalidade, Abstratividade; Hierarquia, Processo Legislativo e
Coercibilidade;
d) Coercibilidade, Eficácia, Bilateralidade, Vigência e Generalidade;
e) Processo Legislativo, Coercibilidade, Ciência Autônoma,
PRIVADO
Direito