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Avaliação da Artrite Reumatóide

Critérios para o Diagnóstico da Artrite Reumatóide

Figura 1: Critérios para Diagnóstico de RA

Para o diagnóstico da RA deve ser aplicada a tabela e o diagnóstico definitivo de RA é


feito se o score for superior a 6. (WASSERMAN, 2011)

Serologia

Para obter um score positivo de serologia é preciso acusar fator reumático positivo e
anticorpo anti proteína citrulinada (ACPA) positiva também. (WASSERMAN, 2011)

Para o fator reumático estar alto tem de estar acima de 15 IU/mL. (WASSERMAN,
2011)

Os ACPAs são anticorpos que destroem proteínas e peptídeos citrulinados (fazem


parte dos aminoácidos citrulinados).

Um valor alto de ACPA tem de estar acima dos 20 EU/mL. (WASSERMAN, 2011)

Reatores de Fase Aguda

Para atingir um score na escala os valores da proteína reativa C ou taxa de


sedimentação de eritrócitos (ESR). (WASSERMAN, 2011)

Estas substâncias são chamadas quando há uma reação inflamatória, característica da


artrite reumatóide.

Um valor acima de 100mm/h é considerado anormal para o ESR.

Um valor acima de 50 mg/dL é considerado anormal para a CRP.


Outros critérios de diagnóstico: (Pisetsky et al., 2004)

• Artrite nas mãos


• Nódulos reumáticos
• Rigidez matinal superior a 1 hora

Figura 2: Nódulos Reumáticos

Avaliação Física
Antes de tocar-mos no paciente é importante perceber o movimento normal (ativo)
das articulações assim como se este reproduz dor no paciente e/ou existem limitações na
mobilidade. (Pisetsky et al., 2004)

Figura 3: Alinhamento anormal das articulações

Deve-se também observar o estado geral das mesmas, observandoparâmetros como o


inchaço (discutido a seguir), eritema e alinhamento. (Pisetsky et al., 2004)

Dentro da avaliação física devem ser considerados os seguintes parâmetros:

• Inchaço das articulações


• Sensibilidade (“tenderness”) das articulações
• Limite na mobilidade das articulações
Sensibilidade
A sensibilidade é avaliada através da compressão. A força usada dever ser suficiente
para tornar a zona apertada na mão do examinando branca (ver figura 4). (Pisetsky et al.,
2004)

Figura 4: Força de compressão ideal

O teste de compressão também é usado para verificar a presença de sinovite. Se


ocorrerem sinais inflamatórios após a compressão, é um bom indicador para a presença de
sinovite. (Pisetsky et al., 2004; Van Den Bosch et al., 2015; Wouters et al., 2020)

O inchaço e sensibilidade aumentada das articulações corresponde bem com dados


radiográficos de erosão articular. (Pisetsky et al., 2004)

Amplitude de Movimento
A amplitude deve ser medida em todas as articulações, pois a patologia pode alastrar-
se para qualquer articulação. (Pisetsky et al., 2004)

A avaliação deve ser mais minuciosa nas articulações afetadas atualmente. (Pisetsky et
al., 2004)

Mãos

Figura 5 : Flexão dos dedos Figura 5: Extensão do punho Figura 6: Flexão do punho

O polegar é avaliado em todos os planos do seu movimento. (Pisetsky et al., 2004)


Cotovelo

Avaliado dobrando/esticando o membro superior. (Pisetsky et al., 2004)

Ombro

Uma avaliação rápida do ombro pode ser feita através de 3 movimentos. (Pisetsky et
al., 2004)

Figura 7: Rotação Externa Figura 8: Rotação Interna Figura 9: Abdução

Anca

Avaliar rotações e flexão, pode ser feito na posição de deitado. (Pisetsky et al., 2004)

Figura 10: Rotações da anca Figura 11: Flexão

Joelho

Estender e flexionar o joelho ao máximo. (Pisetsky et al., 2004)


Tornozelo

A mobilidade do tornozelo no sentido da dorsiflexão/flexão plantar deve ser feita em


carga (em pé). (Pisetsky et al., 2004)

Figura 12: Dorsiflexão Figura 13: Flexão Plantar

Após deve ser avaliada a inversão/eversão. (Pisetsky et al., 2004)

Referências Bibliográficas
Pisetsky, D. S., Haynes, B. F., & Clair, E. W. St. (2004). Rheumatoid Arthritis. Lippincott Williams
& Wilkins.
Van Den Bosch, W. B., Mangnus, L., Reijnierse, M., Huizinga, T. W. J., & Van Der Helm-Van Mil,
A. H. M. (2015). The diagnostic accuracy of the squeeze test to identify arthritis: a cross-
sectional cohort study. Annals of the Rheumatic Diseases, 74(10), 1886–1889.
https://doi.org/10.1136/ANNRHEUMDIS-2014-207202
WASSERMAN, A. M. (2011). Diagnosis and Management of Rheumatoid Arthritis. American
Family Physician, 84(11), 1245–1252.
https://www.aafp.org/pubs/afp/issues/2011/1201/p1245.html
Wouters, F., Niemantsverdriet, E., & Van Der Helm-Van Mil, A. H. M. (2020). The value of the
squeeze test for detection of subclinical synovitis in patients with arthralgia suspicious for
progression to RA. Rheumatology, 59(10), 3106–3108.
https://doi.org/10.1093/RHEUMATOLOGY/KEAA082

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