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Fisioterapia no Serviço de Urgências

A fisioterapia no serviço de urgência tem várias utilidades, entre elas: (Gosselink et al.,
2008; Hodgin et al., 2009)

• Retenção da capacidade de movimento funcional


• Preparação de AVDs
• Melhorar a ventilação

Dentro da melhoria da ventilação, há alguns fatores que o fisioterapeuta deve ter em


conta de modo a atingir o objetivo. (Gosselink et al., 2008)

No que toca a diminuir a resistência das vias aéreas, é importante usar técnicas de
desobstrução ou dilatação das mesmas.

Entre estas estão incluídas a tosse, huffing, ELTGOL e EDIC.

Desobstrução/Expansão da Via Aérea


TEF TEL TIL
Tosse, huffing ELTGOL EDIC

Caso o paciente não seja capaz de realizar as TEF sozinho, deve ser usado o Cough
Assist, caso não haja contraindicações. (Gosselink et al., 2008)

Figura 1:Causas da Insuficiência Respiratória (Gosselink et al., 2008)

As técnicas são escolhidas com base na causa da insuficiência respiratória. Por


exemplo, se o problema estiver na redução da limpeza das cias aéreas (2ª causa do esquema
[hipoxémia]), usaríamos as técnicas expiratórias. (Gosselink et al., 2008)

Se estivesse na base uma ventilação regional diminuída, usaríamos as técnicas


inspiratórias, promovendo a ventilaçõa colateral para os sítios menos ventilados.
Nota.: Para uma TEF ser eficaz, precisa de ser precedida de uma grande inspiração,
logo também faria sentido usar as técnicas inspiratórias como auxílio das TEF. (Gosselink et al.,
2008)

A imobilização prolongada em hospital pode provocar atlectasias, maior probabilidade


de pneumonia de aspiração e úlceras de pressão. (Hodgin et al., 2009)

No caso de o paciente estar ligado ao ventilador e constantemente em decúbito, é


importante não esquecer as outras componentes da fisioterapia em UCI, nomeadamente a
manutenção da amplitude e movimento funcional. (Hodgin et al., 2009)

A mobilização ativa/passiva é bastante importante neste aspeto, permitindo ao


paciente estimular os músculos de modo a não perder o tónus. (Hodgin et al., 2009)

No caso de o paciente conseguir realizar algum tipo de exercício, talvez com o


ventilador portátil, também é benéfico realizá-lo, especialmente se tiver boa correlação com
as AVDs. (Gosselink et al., 2008; Hodgin et al., 2009)

Referências Bibliográficas
Gosselink, R., Bott, J., Johnson, M., Dean, E., Nava, S., Norrenberg, M., Schönhofer, B., Stiller,
K., Van De Leur, H., & Vincent, J. L. (2008). Physiotherapy for adult patients with critical
illness: recommendations of the European Respiratory Society and European Society of
Intensive Care Medicine Task Force on Physiotherapy for Critically Ill Patients. Intensive
Care Medicine, 34(7), 1188–1199. https://doi.org/10.1007/S00134-008-1026-7
Hodgin, K. E., Nordon-Craft, A., McFann, K. K., Mealer, M. L., & Moss, M. (2009). Physical
Therapy Utilization in Intensive Care Units: Results from a National Survey. Critical Care
Medicine, 37(2), 561. https://doi.org/10.1097/CCM.0B013E3181957449

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