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Etimologia e definição
A etimologia da palavra ciência vem do latim scientia ("conhecimento"),[Ref. 3] o mesmo do
verbo scire ("saber") que designa a origem da faculdade mental do conhecimento.[Ref. 4] Esta
acepção do termo se encontra, por exemplo, na expressão de François Rabelais: "Ciência
sem consciência arruína a alma". Ele se referia assim a uma noção filosófica (o
conhecimento puro, a acepção "de saber"). A raiz "ciência" reencontra-se em outros
termos tais como "a consciência" (etimologicamente, "com o conhecimento"), "presciência"
("o conhecimento do futuro"), "onisciência" ("o conhecimento de tudo"), por exemplo.[carece de
fontes]
Definição larga
A palavra ciência possui vários sentidos, abrangendo principalmente três acepções:[Ref. 5]
1. Saber, conhecimento de certas coisas que servem à condução da vida ou
à dos negócios;
2. Conjunto dos conhecimentos adquiridos pelo estudo ou pela prática.
3. Hierarquização, organização e síntese dos conhecimentos através de
modelos e princípios gerais (teorias, leis, etc.).
Cita-se de passagem que o próprio conceito de teoria tem várias acepções não específicas
que mostram-se muito distintas da que é encontrada em um meio científico, sendo entre
estas certamente conhecida a acepção em senso comum de teoria como algo duvidoso,
não provado, descartável. Esta acepção e correlatas mostram-se contudo radicalmente
diferente da acepção de teoria científica ao considerar-se a acepção stricto sensu da
palavra ciência.[carece de fontes]
Definição estrita
Esboço contendo os principais passos do método científico. Observe que o método é cíclico de
forma a promover a contínua evolução das teorias científicas.
Segundo Michel Blay, a ciência é "o conhecimento claro e evidente de algo, fundado quer
sobre princípios evidentes e demonstrações, quer sobre raciocínios experimentais, ou
ainda sobre a análise das sociedades e dos fatos humanos.[3] Esta definição permite
distinguir os três tipos de ciência: as ciências formais, compreendendo a Matemática e
as ciências matemáticas como a estatística; as ciências físico-químicas e
experimentais (ciências da natureza e da terra como a física, a química, a biologia e
a medicina); e as ciências sociais, que ocupam-se do Homem, de sua história, do seu
comportamento, da língua, do social, do psicológico e da política, entre outros. No entanto,
embora convencionais, seus limites não são rígidos, e não se mostram estritamente
definidos; em outras palavras, a rigor, não existe categorização sistemática dos tipos de
ciência, e, para tentar-se fazê-lo, ter-se-ia antes que resolver um complicado
questionamento epistemológico.[carece de fontes]
A stricto sensu, a ciência é única: se um corpo de conhecimento é produzido mediante os
rigores do método científico, este é ciência, em caso contrário, bastando para tal
transcender em qualquer ponto o método científico, não o é.[carece de fontes]
A ciência é única também ao considerar-se o conjunto de evidências — de fatos — sobre o
qual trabalha. Embora seja comum priorizar-se ou destacar-se o subconjunto de fatos mais
pertinentes a um problema ou área de estudo em particular — vez por outra falando-se
pois nos "fatos da física", "fatos da química", etc. —, uma hipótese científica, para ser
aceita com valor lógico verdadeiro no paradigma científico válido, deve estar em acordo
com todos os fatos científicos conhecidos à época em consideração.[carece de fontes]
As condições impostas sobre as hipóteses implicam não apenas que o conjunto de todas
as hipóteses de uma teoria científica estejam necessariamente harmônicas com o conjunto
de todos os fatos conhecidos, como também implicam a necessária harmônicas destas, e
das diversas teorias de um paradigma válido — quaisquer que sejam — entre si. Se
divergências forem verificadas, as respectivas teorias encontram-se impelidas a
evoluir.[carece de fontes]