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III
Metodologia do Trabalho Científico
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1- Descrever: descrição dos fenómenos, conhecimento claro dos seus elementos e do seu
funcionamento.
2 - Explicar: indicar o porquê de um comportamento, o que permitirá a sua generalização
e a procura das relações entre os diferentes fenómenos.
3 - Controlar: manipular as condições de produção do fenómeno para observar o seu
aparecimento.
4 - Predizer: indicando as condições sob as quais se produzirão acontecimentos futuros, com
um certo grau de probabilidade.
As perspectivas humanistas opõem-se às positivistas, ideográfica, enfatizando a compreensão
dos fenómenos e o estudo do individual e particular, sem pretender chegar a leis gerais.
A discussão entre o positivismo e a anti-positivismo, as ciências nomotéticas e as
ideográficas, bem como as metodologias quantitativas e qualitativas de investigação,
originaram durante o século xx extensos debates e posicionamentos quase radicais,
Bunge (1974) e Bisquerra (1985), autores de língua castelhana que estudaram o assunto em
profundidade, referem as seguintes características das ciências factuais:
1- O conhecimento científico é de origem empírica: tem o seu ponto de partida na observação.
Embora se baseie nos factos, não se fica na sua análise, ultrapassando-os. "Diz-se ciência com
os factos, tal como uma casa se faz com tijolos; mas uma acumulação de factos não é uma
ciência, tal como um monte de tijolos não é uma casa"
(Poincaré, ref. por Bisquerra, 1985).
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chave” – ou palavras-guia.
Atenção e cuidado quando fizer pesquisas virtuais, pois nem sempre as
informações são confiáveis, visto que quaisquer pessoas podem criar páginas, dizendo,
informando e até inventando todo e qualquer assunto. A Wikipédia é um exemplo disso,
todos que acessam podem acrescentar informações sem qualquer referência. Isto
significa que devemos procurar indicações de quem produziu tal página, se existe
realmente esta fonte bibliográfica e se é confiável a informação que aí se encontra.
Pelo assunto do exemplo dado devemos procurar livros que tratem de meios de
comunicação, jornalismo, culturas de massa, propagandas e até livros de arte. Lembre-se
de utilizar o roteiro-guia para seguir uma sequência lógica do assunto, portanto use-o
para fazer anotações e construir seu texto.
As bibliotecas geralmente têm um acervo específico de áreas de informação,
sendo um local excelente para fazer sua pesquisa. A biblioteca está organizada de forma
a facilitar o acesso à informação, utilizando a Classificação Decimal Universal (CDU)
que é um esquema internacional de classificação de documentos. Baseia-se no conceito
de que todo o conhecimento pode ser dividido em 10 classes principais, e estas podem
ser infinitamente divididas numa hierarquia decimal. As principais divisões da CDU são:
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Fontes de conhecimento
obras literárias
de leitura
corrente
obras de divulgação
livros
Informativa Dicionários
de referência Enciclopédias
Remissiva Anuários
Publicações jornais
Fontes
periódicas revistas
Bibliográficas
impressos
diversos
Teses
Dissertações
Trabalhos
Monografias
académicos
Artigos
científicos
Internet
Motores de busca
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http://www.estudanet/ig.com.br
Estudar na Net http://www.educare.pt
Para ajudar a estudar.. http://www.edusurfa.pt
Matemática Divertida http://www.reniza.com/matematica/
Ciberdúvidas da Língua Portuguesa http://www.ciberduvidas.pt
Ciência e Tecnologia Associação Juvenil da Ciência http://www.ajc.pt
Desporto e Lazer Desporto http://www.desporto.sapo.pt
Literatura http://www.faroldasletras.no.sapo.pt
Literatura
Instituto Camões http://www.instituto-camoes.pt/
Cultura geral Britânica http://www.britannica.com
Viagens Monumentos http://www.monumentos.pt
Ecologia Lipor http://www.lipor.pt
webbom http://www.webbom.pt
Livrarias
amazon http://www.amazon.pt
Educação educare http://www.educare.pt
Legislação Jurinfor http://www.jurinfor.pt
Deve tirar o máximo partido desta inesgotável fonte de informação, contudo, não se limite a
fazer copy e paste. Convém seleccionar e reunir a informação recolhida, nunca esquecendo de
citar as respectivas fontes.
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PESQUISA CIENTÍFICA
1. Escolha do tema •
– O que vou pesquisar? – Um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja
provar ou desenvolver – Assunto interessante para opesquisador
2. Revisão de literatura
3. Justificativa
– Por que estudar esse tema? – Vantagens e benefícios que a pesquisa irá proporcionar –
Importância pessoal ou cultural.
4. Formulação do problema
– Deve ser convincente – Que perguntas estou disposto a responder? – Definir claramente o
problema – Delimitá-lo em termos de tempo e espaço.
5. Determinação de objetivos
– O que pretendo alcançar com a pesquisa? – Objetivo geral – qual o propósito da pesquisa?
– Objetivos específicos – abertura do objectivo geral em outros menores (possíveis capítulos).
6. Metodologia
- Como se procederá a pesquisa? – Caminhos para se chegar aos objectivos propostos – Qual
o tipo de pesquisa? – Qual o universo da pesquisa? – Será utilizado a amostragem? – Quais os
instrumentos de recolha de dados? – Como foram construídos os instrumentos de pesquisa? –
Qual a forma que será usada para a tabulação de dados? – Como interpretará e analisará os
dados e informações? – Explicitar a metodologia de pesquisas de campo ou de laboratório é
bastante importante – Pesquisa bibliográfica: leitura como material primordial – Indicar como
pretende acessar suas fontes de consulta, fichá-las, lê-las e resumi-las, construir seu texto, etc.
7. Recolha de dados
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Uma investigação não se realiza sem um problema equacionado e sem que esteja definido um
plano que oriente a sua concretização. Este plano representa a componente organizativa e o
esquema global de orientação de trabalho, indicando um conjunto de procedimentos e
indicações necessários, quer à observação do fenómeno em estudo, quer à condução da
investigação. Isto implica ponderar sobre as questões orientadoras, a selecção do campo de
estudo, as técnicas de recolha e análise dos dados, a apresentação da análise e interpretação
dos dados, e, por fim, a apresentação dos resultados.
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A pesquisa parte sempre de um problema, de urna interrogação, ou uma situação para a qual o
repertório de conhecimento disponível não gera resposta adequada.
Por exemplo: suponha-se que o tema escolhido é: “Avaliação dos estudantes do ensino
superior”. Torna-se necessário delimitar a pesquisa: “Estudantes de todas as universidades do
país ou apenas de algumas universidades? Estudantes do 1º ano? Apenas do último ano do
curso? Serão abrangidos todos os cursos ou serão apenas estudantes do curso de direito?”, etc.
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b) Leitura seletiva: tem por objectivo verificar as obras que contêm informações úteis para o
desenvolvimento do trabalho e selecionar o conteúdo que nos interessa. Isto é, trata-se da 2ª
seleção de informação, de modo a filtrar melhor os aspectos importantes e fundamentais do
conteúdo da pesquisa feita anteriormente. Vem complementar o trabalho de seleção de
conteúdo estabelecido no ponto anterior.
4. Elaboração da Bibliografia
Uma citação consiste no acto ou efeito de citar: transcrever ou mencionar uma parte de
um texto, facto, ou opinião de um autor.
São diversas as formas de fazer citações. Uma citação correcta deve permitir a identificação
da fonte e a sua localização, sem qualquer contestação.
O QUE CITAR?
A regra é que todas as ideias específicas, opiniões e factos que não são da autoria de quem
escreve devem ser citadas. Contudo, não deve ser citado tudo o que faz parte do conhecimento
comum.
Não se deve fazer uma citação em todas as frases de um trabalho académico, porque isso só
significa que não se pensou e que não foram desenvolvidas ideias próprias. Assim sendo, a
regra é: “sempre que é usada informação de outras fontes, essa informação deve ser
comentada”.
COMO CITAR?
O modelo-base das citações no corpo do texto inclui: o último nome do(s) autor(es) e o
ano de publicação.
Sempre que se faz uma citação directa do trabalho ou se faz referência a uma passagem
específica, deve-se acrescentar o número das páginas.
Se o nome do autor aparece no texto, deve ser seguido do ano de publicação entre parêntese.
Quando a citação não tem número de página deve-se colocar a sigla (s.p.).
Caso a citação seja de um documento electrónico e este não tenha números de página, deve
utilizar-se a abreviatura de parágrafo (para.), seguido do número do parágrafo em que aparece
a citação.
1. Citação directa
É quando se reproduz as palavras do autor através de uma transcrição. Introduza a citação
com uma frase que apresente o material a ser citado e que inclua o último nome do autor
seguido pela data de publicação entre parênteses. Ponha o número de página (precedido
por"p") nos parênteses após a citação.
EX: Peixoto (1997) escreveu que “ o património histórico das nossas cidades converteu-se
num recurso importante da promoção local” (p. 56).
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Se a frase que apresenta o material a ser citado não nomear o autor, coloque o último nome do
autor, o ano e o número de página entre parênteses após a citação. Use vírgulas entre os itens
nos parênteses:
EX: É assim considerado que “ o património histórico das nossas cidades converteu-se num
recurso importante da promoção local” (Peixoto, 1996, p. 15). ou (Peixoto, 1996:15).
2. Citação indirecta
É quando utilizamos apenas as ideias que vêm descritas ao longo de um texto ou de um
livro e não transcrevemos o texto. Inclua o último nome do autor e a data na frase que
apresenta o material a ser citado ou nos parênteses que seguem a citação. O número da página
não é exigido para uma citação indirecta, mas deve-se incluí-lo se isso ajudar os leitores a
encontrar a passagem ao longo do trabalho fonte.
EX: A promoção local deveu-se principalmente ao património histórico das nossas cidades
(Peixoto 1996).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIBLIOGRAFIA
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Introdução
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Estilo APA
Considerações gerais
Autor
Exemplos:
Fowers,B.J. American Psycological Association
Se a publicação tiver dois ou três autores, estes são indicados segundo a ordem em que
aparecem no documento.
Exemplo:
Gilman, S., King, H. & Eggins, S
Se a publicação tiver mais de seis autores, apenas o primeiro autor é mencionado seguido da
abreviatura “et al.” ( et alii).
Exemplo:
Eggins, S., et al.
Título
Data de publicação
Se não consta nenhum local de publicação utilize a abreviatura n.d., que significa no date .
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Numeração
Exemplo:
Fox, S. I. (2008). Human psychology (10th ed.). Boston: McGraw-Hill Higher Education.
Exemplo:
série)
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Exemplo: Killen, J.D., Fortmann, S. P., Schatzberg, A. F., Hayward, C., Sussman, L.,
Rothman, M., Strausberg, L., et al.(2000). Nicotine patch and paroxetine for smoking
cessation. Journal Consulting and Clinical Psychology, 68, 883-889.
Apelido, Nomes (Ano de publicação). Título da tese. Nota suplementar da tese, Editor,
Local edição, país.
Exemplo:
Comunicações em congresso
Exemplo:
Filmes e documentários
Exemplo:
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Simpson, D., Brukheimer, J. (Producer) & Smith, J. N. (Director). (1997). Mentes perigosas
[Cassete Vídeo]. United States: Hollywood Pictures
DOCUMENTOS ELETRÓNICOS
Exemplo em português:
Exemplo em inglês:
Exemplo em português:
Hays, P. A. (2008). How to help best: Culturally responsive therapy. In Addressing cultural
complexities in practice: Assessment, diagnosis, and therapy (chap. 9). Consultado em
Dezembro 2, 2008, na base de dados PsycBOOKS.
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Exemplo em inglês
Hays, P. A. (2008). How to help best: Culturally responsive therapy. In Addressing cultural
complexities in practice: Assessment, diagnosis, and therapy (chap. 9). Retrieved December
2, 2008, from PsycBOOKS database.
Exemplo em português:
Vovides, Y., Sanchez-Alonso, S., Mitropoulou, V. & Nickmans, G. (2008). The use of e-
learning course management systems to support learning strategies and to improve self
regulated learning. Educational Research Review 2(1), 64-74. Consultado em Novembro 28,
2008, em http://.... (escrever o link do site).
Exemplo em inglês:
Vovides, Y., Sanchez-Alonso, S., Mitropoulou, V. & Nickmans, G. (2008). The use of e-
learning course management systems to support learning strategies and to improve self
regulated learning. Educational Research Review 2(1), 64-74. Retrieved November 28, 2008,
from http://....
Programas informáticos
Apelido, Nomes (Ano de publicação). Título. (versão) [tipo de suporte]. Local de edição:
Editor.
Exemplo:
Miller, M. E. (1993). The interactive tester (version 4.0) [computer software]. Westminster,
CA: Psytek Services
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È importante distinguir entre dois tipos de ficha de leitura, a ficha com a qual se pretende
resumir as principais ideias do texto, tendo como objectivo evitar a necessidade de lá voltar,
permitindo a sua utilização em vários trabalhos distintos, da ficha, também designada de nota
de leitura, em ordem a distinguir da anterior, com a qual apenas pretendemos reter as ideias
do autor que são pertinentes para o trabalho que estamos a realizar.
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Quando se faz uma pesquisa sobre um determinado tema, torna-se necessário consultar, por
exemplo, livros, enciclopédias, páginas online, etc. Este guião ajudar-te-á a elaborar uma
ficha de leitura sobre os livros ou documentos eletrónicos que vais consultando e dos quais
vais selecionando informação.
TÍTULO: TÍTULO
AUTOR: AUTOR:
EDITOR/DISTRIBUIDOR: URL:
EX: 2012
2. TIPO DE TEXTO:
3. ASSUNTO:
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4. INFORMAÇÃO SELECIONADA:
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5. COMENTÁRIOS
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(TÍTULO DO TRABALHO)
Novembro de 2018
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