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Faculdade das Ciências e das Tecnologias

Direito Penal III – Execução de Penas

Elaborado por: Filipe Bandeira1, Juvenal Monteiro2, Maura Gracias3, Nelo Neto4.

“Quanto à modalidade de segurança individual”

O indivíduo depois de ser condenado é levado aos serviços prisionais, tornando um


recluso no Estabelecimento Prisional. Para sua segurança ele é submetido sérias
medidas de segurança, medidas estas, fundadas sempre que existem indícios
derivados da sua conduta que colocam ou possa colocar em perigo a segurança e a
ordem do Estabelecimento Prisional. (art. 28º/1 da L.E.P.M.P.L.)

Medidas estas previstas no nº 2 do art. 28 da L.E.P.M.P.L., são elas as seguintes:

 Proibição da detenção de determinados objetos ainda que seja de posse lícita.


 Proibição ou restrição do convívio dos demais presos com determinados
presos.
 Restrição da permanência a céu aberto – uma hora por dia.
 Aplicação de algemas, internamento em cela especial de segurança.

Todas estas medidas desde que haja indícios provados de ações que põem em perigo
eminente da ordem e da segurança do E.P.

“Quanto à duração e aplicação das medidas de segurança”

Aplica-se a medida de segurança individual a um ou vários reclusos no E.P. quando se


verifica indícios fundados que por meios deles apresente grande perigo a segurança do
estabelecimento.

Competência para aplicação duração e cessão

A aplicação da medida de segurança é da competência do diretor e os demais chefes


do estabelecimento prisional segundo o nº 3 do art. 28 da L.E.P.M.P.L., e a sua cessão
depende dos factos que as determinem e o prazo decorrido segundo o nº1 do art. 29
da L.E.P.M.P.L.

Sua duração máxima é de 90 dias exceto a de internamento em cela especial de


segurança cuja duração é de 30 dias nos termos do nº 2 do art. 29º da L.E.P.M.P.L.

1
Filipe Bandeira, nº5112
2
Juvenal Monteiro, nº5120
3
Maura Gracias, nº5128
4
Nelo Neto, nº5129
Regras de reavaliação e requisitos de aplicação

No que concerne à reavaliação, ela deve ser revisa sob pena de serem alteradas ou
prorrogadas mediante despacho emitido direto pelo chefe do E.P. no final de cada 30
dias. Todavia a aplicação destas medidas depende de uma instauração do processo
para averiguação dos factos conforme o nº 1 do art. 31º da L.E.P.M.P.L., no qual, as
autoridades competentes deverão tomar em conta o conhecimento da situação
concreta que poderá colocar em perigo a segurança e identificação do indivíduo
recluso. No nº 2 do mesmo artigo, salienta dizer que o recluso tem direito de impugnar
a decisão da aplicação das medidas junto ao diretor deste serviço exceto quanto à
medida de internamento, no qual cabe ao recluso recorrer para o juiz de execução de
penas.

“Condutas e perigo imediato”

O E.P. tem como objetivo garantir o bem estar da população reclusa que lá se
encontra, logo, qualquer comportamento estranho de um ou qualquer indivíduo
recluso é susceptível de considerar perigo a sociedade reclusa do E.P.

No que concerne à conduta do recluso referente a fortes indícios levantado contra ele,
só se considera de perigo eminente quando se verificar as seguintes situações
previstas alíneas a à d do nº 1 do art. 32º da L.E.P.M.P.L. Isto é, quando se verifica uma
resistência ativa da sua parte, uma situação que pode colocar em causa a sua própria
vida e aos outros, uma rebelião, amotinação, fuga, início de violência, perigo de evasão
e aos comportamentos de não reclusos que visam libertar os mesmos ou penetrar do
E.P, pessoas ilegais.

“Meios de instrumentos coercivos, suas proibições”

Relativamente a meios de instrumentos coercivos devemos ter em conta que são


meios necessários ou admissíveis para eliminar perigos quando as medidas de
segurança ou a ordem do E.P. não for capaz de às neutralizar. Esses meios encontram-
se previstos no º 2 do art. 33º da L.E.P.M.P.L, proibindo porém os meios ou
instrumentos coercivos do domínio da saúde segundo o nº3 do art. 33 da L.E.P.M.P.L.,
bem como a utilização de qualquer instrumento que por sua vez, ofenda a dignidade
da pessoa humana nos termos do art. 34 da L.E.P.M.P.L., sendo esses mesmos meios
usados apenas de forma a garantir o bem estar do E.P. e dos reclusos. Os meios
coercivos assim permitidos no nº 2 do art. 33º são: a contenção física, a utilização de
barreiras, arames ou grades, bastão, colete de forças, jacto de água à alta pressão, as
algemas, o gás lacrimogénio, intervenção de grupo e as armas de fogo.
No que tange a exigência do relatório de utilização da aplicação dos instrumentos
coercivos ao responsável ou chefe do E.P., é obrigatório para quaisquer meio
utilizados, circunstanciado das condições que as determinaram e das ocorrências mais
significativas no caso de danos físicos de pessoas, prejuízos materiais e disparos
efetuados com arma de fogo conforme dispõem os nº 1 e 2 do art. 35 da L.E.P.M.P.L.

“Concurso de medidas de segurança e de sanções disciplinares, art.36º/L.E.P.M.P. L.”

Quando há concursos d medidas de segurança bem como de sanções disciplinares e se


houver uma execução simultânea das suas aplicações e aplicável a primeira, ou seja,
suficientemente capaz de conter o perigo imediato, aplica-se o segundo que são meios
coercivos necessários para aplicar o caso.

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