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1.

Modalidade de segurança individual

As medidas são fundamentais para proteger não só a saúde dos reclusos, mas também a
de todos os que exercem funções no sistema prisional, nomeadamente, guardas
prisionais, pessoal de saúde e técnicos de reinserção social.

Quanto a medidas de segurança individual dos reclusos estão sujeitos as seguintes


medidas: detenção de determinados objectos lícitos ou a sua apreensão, restrição dos
convívios com outros reclusos, restrição de céu aberto, aplicação de algemas,
internamento em cela especial de segurança. Estas medidas são postas aos reclusos
quando existam indícios fundamentais que com as suas condutas põe seriamente perigos
de segurança e ordem do E.P., nos termos do artigo 28º da lei 3/2003 Execução Penas
Medidas de Privativas Liberdades.

2. Quanto a duração e cessação de medidas

R: Nas palavras de Guilherme de Souza Nucci, a medida de segurança é “uma forma


de sanção penal, com carácter preventivo e curativo, visando a evitar que o autor de um
fato havido como infracção penal, inimputável ou semi-imputável, mostrando
periculosidade, torne a cometer outro injusto e receba tratamento adequado.” 

Quanto a duração e cessação das medidas de segurança individuais, ela é cessada logo
quando terminam os factos ou com o decurso do prazo, ela ainda tem uma duração
máxima de noventa dias com excepção o internamento em cela especial que tem a
duração máxima de trinta dias, nos termos do artigo 29º da lei 3/2003 Execução Penas
Medidas de Privativas Liberdades; Constata-se, portanto, que a lei fixa prazo mínimo
para a duração da medida. No entanto, quanto à sua duração máxima, afirma que será
por prazo noventa dias, com excepção da medida de internamento que são reavaliados
obrigatoriamente no fim de cada período de trinta dias de duração, podendo elas ser
alteradas ou prorrogadas, mediante do despacho da autoridade competente, (artigo, 30º
da lei 3/2003).

As medidas de segurança deve cumprir os seguintes requisitos: aquisição da notícia da


situação concreta susceptível de gerar perigo para a segurança e identificação deste; a
audição do recluso; apurar audiência dos indícios noticiados, a decisão da autoridade
competente para a aplicação da medida concretamente proposta ou efectiva, requisitos
previstos no art.31º, nº 1, da lei 3/2003.

É da competência do director e as demais do chefe do E.P.

3. A conduta do recluso

A conduta do recluso para que seja considerada de perigo imediato é preciso constituir
situações consideradas perigosas.

De acordo com o artigo 32º da lei 3/2003 Execução Penas Medidas de Privativas
Liberdades, são necessárias as seguintes condutas susceptíveis de configurarem
situações de perigos imediatos: Reclusos que se encontre na iminência de causar
prejuízo a si próprio ou a outros; recluso que se resista activa ou passivamente uma
ordem legítima; que contêm comportamentos de rebelião, fuga, amotinação, etc.

4. Quanto a usos de meios e instrumentos coercivos

Nos termos do Artigo 33º da lei 3/2003 Execução Penas Medidas de Privativas
Liberdades, os meios de instrumentos coercivos são instrumentos usados de forma
necessária para a eliminação de perigos.

Os mesmos meios devem ser utilizados nas situações de perigos imediatos para garantir
a segurança ou ordem no estabelecimento prisional.

São permitidos usos dos seguintes meios e instrumentos: a contenção física, bastão,
colecte de força, o jacto de água a alta pressão, as algemas, o gás lacrimogéneo, arma de
fogo, etc.

5. Quanto a proibições dos meios e instrumentos coercivos

A utilização de meios coercivos pode causar ofensa à integridade física grave ou


permanente só é possível para repelir uma agressão actual e ilícita, contra o agente ou
contra terceiros, que crie perigo sério de ofensa grave para a vida ou para a integridade
física.
Das proibições desses meios, nos termos do Artigo 34º da lei 3/2003 Execução Penas
Medidas de Privativas Liberdades, os meios ou instrumento são proibidas aqueles que
possa ofender a dignidade da pessoa humana.

6. Da Competência do chefe da E.P (meios e instrumentos coercivos)

É competência do chefe do E.P. reproduzir os respectivos relatórios de aplicação de


meios de instrumentos coercivos, pelo qual deve conter a sua assinatura; de modo possa
também conter as medidas de precaução de qualquer acontecimento que possa surgir
nos decorrer de utilização e aplicação de qualquer meio ou instrumento coercivo, nos
termos do art. 35 da lei 3/2003.

Qualquer elemento do corpo da guarda prisional que utilize meios coercivos sobre um
recluso dá imediato conhecimento superior da ocorrência, verbalmente e pelo meio de
comunicação mais rápido de que disponha.

7. Artigo 36 da lei 3/2003

O Artigo 36º nos diz que tendo a execução simultânea de medidas de segurança e
sanções disciplinares dão sempre a preferência as medida de segurança em vez de
sanções disciplinares.

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