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Execução de Penas
Trabalho de pesquisa sobre:
Feito por:
Filipe Bandeira
Juvenal Monteiro
Maura Gracias
4 de janeiro de 2022
Introdução
Estes regimes, o RAVI e RAVE, encontram dentro das medidas de flexibilização da
pena de prisão, mediadas estes, que de acordo com o artigo 41º, visam facilitar a
socialização do recluso através do restabelecimento progressivo de relações com a
sociedade exterior e adaptar a limitação dos direitos fundamentais de acordo com as
necessidades especiais de cada um. Como funcionam estes regimes? Os serviços
prisionais estão aproveitando destes regimes para beneficiar os reclusos quando são
reentregados na sociedade?
Regime aberto virado para o exterior (RAVE) E Regime aberto virado para
interior (RAVI)
Estes regimes de acordo com lei nº 3/2003. Lei de Execução de Penas e Medidas
Privativas de Liberdade (L.E.P.M.P.L), encontram dentro das medidas de flexibilização
da pena de prisão, nas modalidades destas medidas, no artigo 42º, bem como nos artigos
48º ao artigo 52º. Conforme o artigo 41º, estes regimes visam facilitar a socialização do
recluso através do restabelecimento progressivo de relações com a sociedade exterior e
adaptar a limitação dos direitos fundamentais de acordo com as necessidades especiais
de cada um. Todavia, antes de estabelecer a diferencia entre estes dois regimes, precisa-
se saber primeiro o que é este regime e a sua utilidade e importância.
Conforme o artigo 41º da lei nº 3/2003, estes regimes permitem aos reclusos uma
sociabilização, actualizando as suas capacidades, envolvendo-os nas formações e outras
actividades laborais, dentro de limites dos direitos fundamentais, de modo que ao saírem
possam singrar na sociedade, dando a continuidade as suas actividades, evitando assim
constrangimentos e o atraso das suas habilidades e capacidades na busca do primeiro
emprego, isto é, um regime que garante a defesa da sociedade e a efectiva protecção das
vítimas de crimes. Por outro, é um regime que estabelece as condições em que se pode
verificar a aplicação aos reclusos de um regime prisional aberto no exterior ou no
interior.
Estes regimes têm como importância de beneficiar os reclusos nas prossecuções das
suas actividades laborais, escolar ou formação profissionais, facultando o mesmo no
desenvolvimento das suas capacidades na reinserção social. É um regime que possibilita
ao recluso não só a realização das actividades laborais, escolar ou na frequentação de
cursos de formação profissionais, também possibilita ao mesmo trabalhar fora do
estabelecimento prisional desde que cumpra as ordens internas. Isto é, é um regime que
possibilita ao recluso a continuidade das suas actividades laborais, escolar ou cursos
profissionais, desde que tenha cumprido um quarto da sua pena e também aos
condenados por decisões judiciais transitada em julgado. (artigo 46º e 49º da
L.E.P.M.P.L)
De acordo com a lei de Execução das Penas, no artigo 48º e 49º da (L.E.P.M.P.L),
só admite a possibilidade de aplicação destes regimes, principalmente a RAVE, quando
se verificarem os princípios previstos nestes artigos: O bom comportamento do recluso,
a ausência de receio de que ele volte a cometer novos crimes e a salvaguarda da ordem
no estabelecimento prisional, da paz social no exterior e da protecção da vítima do
crime e desde que o mesmo tenha cumprido um quarto da pena.
Regime aberto voltado para o interior (RAVI) é um regime, de acordo com o artigo
50º da L.E.P.M.P.L, da competência do director dos serviços prisionais, concedo-lhe a
decisão da colocação dos reclusos. Pois, director do estabelecimento prisional
possibilita o exercício de actividades dos mesmos dentro ou fora de muros do
estabelecimento prisional, sob uma vigilância descontínua. Isto é, é um regime que
depende muito da decisão do director do SERSAP, depois de ter ouvido o Conselho de
Socialização mediante um parecer fundamentado da opinião e da posição de cada
interveniente.
O regime aberto para o exterior permite, assim, que os reclusos desenvolvam as suas
atividades profissionais em meio livre, sem vigilância direta. O trabalho realizado no
exterior (bem como no interior) pode ser promovido com a colaboração de entidades
públicas ou privadas, sob supervisão e coordenação dos serviços prisionais,
compreendendo o trabalho em unidades produtivas de natureza empresarial.
A experiência de trabalho adquirida durante o período de reclusão será uma mais valia
para a obtenção de um emprego no exterior, o que julgamos essencial para que o recluso
não volte a reincidir.
Conclusão
Conclui-se que estes regimes são um regime que garante a defesa da sociedade e a
efectiva protecção das vítimas de crimes e que estabelece as condições em que se pode
verificar a aplicação aos reclusos de um regime prisional aberto no exterior ou no
interior.
Também viu-se que a RAVI é um regime que depende muito da decisão do director
do SERSAP mediante um parecer fundamentado. E que também é um regime que
possibilita o exercício de actividades dentro ou fora de muros do estabelecimento
prisional, sob uma vigilância descontínua.
E viu-se que estes regimes são um regime que tem como objectivo conceber uma
correcta reaproximação à sociedade, reduzir o tempo de pena através do trabalho. Mas
cessa quando os reclusos deixam de se verificar os pressupostos em que assenta ou se
aquele deixar de cumprir as condições estabelecidas aquando a da sua concessão.
Considera-se que o trabalho prisional como um importante meio para alcançar a
reintegração do recluso.