Você está na página 1de 29

1) Valor Presente Líquido (VPL) – o VPL, segundo Abreu Filho et al (2007), é

simplesmente a diferença entre o valor presente do projeto e o custo do projeto na


data atual.

VPL= VP - I0

Sendo VP = Valor Presente e I0 = Investimento Inicial ou custo do projeto

Assim sendo, se o VPL for positivo, significa que o projeto vale mais do que
custa, ou seja, é lucrativo. E VPL negativo significa que o projeto custa mais do que
vale, ou seja, se for implementado, trará prejuízos. O critério decisório diz que um
projeto só deve ser realizado se o seu VPL for nulo ou positivo, com a utilização da
Taxa Mínima de Atratividade do investimento (TMA), ou seja, a taxa mínima para que
o projeto seja considerado rentável.
Bordeaux-Rego et al (2007) afirma que a análise pelo VPL pode ser resumida
assim:
• VPL maior que 0 (zero) – o projeto é aceito, pois o capital investido é
recuperado, a remuneração do investimento supera a TMA e o projeto gera um ganho
de riqueza, representado pelo valor do VPL;
• VPL igual a 0 (zero) – é indiferente aceitar ou não o projeto, onde o
capital investido é recuperado com a mesma TMA e a empresa não obtém ganho de
riqueza, que é igual ao VPL;
• VPL menor que 0 (zero) – o projeto é rejeitado, pois o capital investido
não é recuperado, sendo a remuneração do capital menor que a TMA e com perda da
riqueza no valor do VPL.
2) Taxa Interna de Retorno (TIR) – ainda segundo Abreu Filho et al (2007),
a Taxa Interna de Retorno é a taxa pela qual o VPL de um projeto é zero, sendo que
para se investir em um projeto, a TIR deve ser, no mínimo, igual à Taxa Mínima de
Atratividade (TMA). Para o cálculo da TIR utiliza-se a fórmula:

TIR = (Resultado Final do Fluxo de Caixa / Investimento Inicial) - 1


3) Índice de Lucratividade Líquido (ILL) – o ILL, segundo Abreu Filho et
al (2007), é o índice que mede a relação entre o valor recebido e o custo do
investimento, sendo uma medida do custo/beneficio. Para que um projeto seja aceito,
ou rentável, o valor do ILL deve ser maior ou igual à 1.
ILL= VP / I0

Sendo VP = Valor Presente e I0 = Investimento Inicial ou custo do projeto

Bordeaux-Rego et al (2007) afirma que a análise pelo ILL pode ser descrita da
seguinte forma:
• ILL maior que 1 (um) – o projeto é aceito, pois o capital investido é
recuperado, a remuneração do investimento supera a TMA e o projeto gera um ganho
de riqueza;
• ILL igual a 1 (um) – é indiferente aceitar ou não o projeto, onde o capital
investido é recuperado com a mesma TMA, e a empresa não obtém ganho de riqueza;
• ILL menor que 1 (um) – o projeto é rejeitado, pois o capital investido não
é recuperado, sendo a remuneração do capital menor que a TMA e com perda da
riqueza.

4) Taxa Mínima de Atratividade do investimento (TMA) – é a taxa mínima


para que o projeto seja considerado rentável. Na análise de um projeto, os acionistas
definem qual o valor desta taxa, ou seja, qual o percentual de ganho mínimo que
desejam alcançar no investimento.

MARKETING ESPORTIVO

O marketing esportivo tem tomado destaque nos últimos anos em virtude de


um enorme avanço proporcionado pelo aumento da divulgação e comunicação das
modalidades esportivas, principalmente pelos meios de comunicação, com destaque
para a televisão e para a internet.
Desse modo, a televisão, em suas diversas formas, tem transmitido uma
infinidade de modalidades esportivas, como futebol, na transmissão de campeonatos
estaduais e do “Brasileirão”, além de campeonatos internacionais de destaque, como
a “Taça Libertadores”, a “Copa da UEFA”, além de campeonatos nacionais, com
destaque para os campeonatos Espanhol, Italiano e Alemão. Além disso, a mídia tem
transmitido uma série de modalidades esportivas, como Liga Mundial de Vôlei,
campeonatos de Natação, Judô, Atletismo, Fórmula 1 e até luta, como a MMA.
E ainda tem a internet, com destaques importantes na cobertura das mesmas
atividades e outras, com uma infinita quantidade de informações a respeito.
Assim sendo, o marketing esportivo se aproveita dessa imensa rede de
comunicação através do esporte para divulgar e comunicar empresas e produtos,
sejam relacionados ao esporte ou não.
Dessa maneira, pode-se expor que o marketing esportivo é um conjunto de
ações que utilizam atividades esportivas, eventos e outras formas de comunicação,
para fazer a divulgação do esporte como um todo, e também para a divulgação de
produtos, serviços e empresas, no seu universo empresarial.
Desse modo, o marketing esportivo pode ser utilizado tanto para a promoção
de eventos esportivos, nas diversas modalidades, além de promover as ações de
empresas comerciais, industriais, governamentais e de outros setores, além de
promover as próprias instituições esportivas, como times de futebol, por exemplo, que
passaram a ser gerenciados e comandados como se fossem uma empresa
convencional.
Assim, o marketing pretende aumentar o reconhecimento do público pelo
produto, serviço, evento ou empresa que está sendo alvo do mesmo, além de reforçar
a imagem desses, pormenorizando a concorrência, demonstrar ações sociais e
ambientais, destacar os pontos fortes da instituição, incentivar a prática esportiva
pelos jovens e crianças, até mesmo pela necessidade de reposição de talentos que
as empresas esportivas necessitam, como no caso de jogadores de futebol, entre
outros aspectos.
Nesse contexto, as ações do marketing esportivo são realizadas principalmente
pelos patrocínios na transmissão de eventos, pelo patrocínio aos atletas e às equipes,
além de patrocínios aos clubes esportivos, nas suas diversas modalidades.
Um grande diferencial do uso do marketing esportivo diz respeito ao uso da
imagem de atletas de destaque, como jogadores de futebol, atletas de natação,
jogadores de vôlei e basquetebol, pilotos de automobilismo, jogadores de tênis, entre
tantos, para a divulgação e promoção de produtos e serviços. O destaque acontece
realmente pelo uso da imagem desses atletas, que incrementam as vendas, pela sua
associação ao produto que está sendo divulgado e promovido.

O CONCEITO DE MARKETING

Definição de Marketing
Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de
pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta
e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. (Philip Kotler )
FONTE: Kotler, 2011.

Pode-se visualizar pela definição de Kotler, que o marketing não é apenas a


divulgação ou propaganda de uma marca, produto, empresa ou lugar, forçando o
consumidor a adquirir aquele objeto da propaganda.
O marketing é um processo, que necessita analisar o perfil dos consumidores,
em cada mercado, determinando as suas necessidades e desejos, de onde as
empresas estarão buscando formas para poder atender plenamente a esses desejos
e necessidades, pelo fornecimento de produtos e serviços, conseguindo-se assim a
fidelização dos clientes e o alcance de seus objetivos empresariais.
Dessa maneira, o marketing envolve uma série de variáveis que necessitam
ser estudadas, analisadas, interpretadas para chegar-se ao alcance dos objetivos
empresariais das organizações, em seus diversos aspectos.
O AMBIENTE DE MARKETING

O ambiente de marketing é um dos aspectos de maior importância a ser


analisado por uma organização esportiva, ou outro tipo de organização, dentro do
contexto do marketing e suas ações e estratégias. Assim, entender o ambiente de
marketing significa conseguir desenvolver ações que possam atender às
necessidades e desejos dos clientes, além de obter os objetivos que a organização
busca, visto que todas as ações da empresa, e do marketing, são influenciadas pelo
ambiente de marketing.
Dessa forma, a análise do ambiente de marketing compreende estudar e
analisar alguns aspectos do ambiente geral, vinculando-os ao marketing para depois
poder definir estratégias para alcançar os objetivos. Os principais aspectos a serem
analisados, ou seja, os principais integrantes do ambiente de marketing são:
1. ambiente econômico – na análise e estudo do ambiente econômico estão
algumas variáveis que influenciam enormemente as ações empresariais e as
estratégias de marketing, visto que, é nesse ambiente que se encontra o capital, o
dinheiro que é necessário para circular toda a economia nacional e mundial, e é por
intermédio desse dinheiro, ou recurso financeiro, que as empresas irão atingir os seus
objetivos. Os principais componentes do ambiente econômico, são:
O AMBIENTE ECONÔMICO

Ambiente Econômico

Distribuição de Renda

Economias de subsistência
Economias de exportação de matérias-primas
Economias em fase de industrialização
Economias industrializadas

Poupança,endividamento
e disponibilidade de crédito

©2000 Prentice Hall

FONTE: Kotler, 2011.

a. distribuição de renda – como a renda é distribuída pelas pessoas e


suas classes sociais, onde pode-se perceber se existe maior ou menor concentração
do dinheiro, além de entender como são as formas de consumo das pessoas em
função do dinheiro que possuem.
b. tipos de economia dos países – esse aspecto classifica as regiões,
lugares e até países em função do tipo de economia que desenvolvem, podendo ser
economias que produzem e exportam matérias-primas, como o Brasil; economias de
subsistência, como alguns países africanos ou algumas tribos indígenas, que
produzem algum tipo de produto ou serviço somente para o seu próprio consumo ou
sobrevivência; economias em fase de industrialização, que são locais, ou países que
estão crescendo no processo de industrialização, deixando de ser apenas
fornecedores de matérias-primas para se tornarem em exportadores de produtos
acabados, ou industrializados, que fornecem maior valor agregado; e por fim
economias industrializadas, que são os países que baseiam-se na completa
industrialização, possuindo como força na economia o fator industrial, ou a produção
de mercadorias de valor agregado, que passaram por algum processo de
transformação.
c. poupança e crédito – por fim, nesta análise é necessário entender
como o dinheiro flui na rede econômica de um país ou de uma determinada região, ou
seja, a população utiliza a sua renda como forma exclusiva de sobrevivência, ou
consegue desenvolver algum tipo de poupança, guardando parte de seus recursos.
Outro conceito analisado nesse campo, refere-se aos níveis de crédito e
endividamento, onde deve-se perceber como acontece a ocorrência do crédito, os
seus diversos níveis, taxa de juros, etc., e também como está a taxa de endividamento
das pessoas e empresas de determinada região. Esses aspectos podem auxiliar na
definição de políticas de preços e formas de pagamento, por exemplo.

2. ambiente demográfico – nessa análise são considerados todos


aqueles aspectos que são pertinentes à demografia, ou seja, aos eventos que
consideram as características das pessoas que estão em determinadas regiões.
Nesse contexto, alguns aspectos macros podem ser analisados também, como forma
de entender o contexto dos países e do mundo, como por exemplo, a taxa de
crescimento da população mundial, a composição dessa população, os mercados
étnicos, etc. Por outro lado, numa análise menor, específica para uma região ou lugar,
podem ser analisados os aspectos relacionados à população desse local, ou região,
que irão afetar o mercado de atuação da empresa que pretende comercializar os seus
produtos e serviços para esses clientes. Nesse aspecto, são analisados itens como
grau de instrução, níveis de instrução, padrões de moradia, composição da família,
idade, sexo, faixa etária, composição da família, etc.

O AMBIENTE DEMOGRÁFICO
Crescimento da População Mundial

Composição da População

Mercados étnicos

Níveis de instrução

Padrões de moradia

Movimentações Geográficas da População

Mudança de um mercado de massa para micromercado s


33
©2000 Prentice Hall

FONTE: Kotler, 2011.

3. ambiente sociocultural – nesse ambiente, são analisados os aspectos


relacionados à composição das classes sociais, que são determinadas em função da
renda, mas que acabam subdividindo os mercados por esta classificação. Dessa
forma, a empresa precisa definir em qual classe social, ou classes sociais, ela irá
atender e oferecer os seus produtos. Essa definição acaba afetando o posicionamento
da organização esportiva no mercado. Por exemplo, a marca Ferrari oferece seus
produtos (automóveis) para a classe A, em virtude de serem automóveis de altíssimo
luxo e de valor monetário muito alto, onde integrantes das classes C e D, por exemplo,
não conseguiriam adquirir. Além desse aspecto, outro de extrema importância é o
aspecto cultural, onde as organizações esportivas necessitam conhecer alguns
aspectos da cultura dos povos, para poder compreender essa influência e conseguir
ofertar os seus produtos e serviços. Por exemplo, os muçulmanos exigem que o abate
de animais em frigoríficos sejam feitos segundo alguns critérios, como o caráter de
não sofrimento do animal e da planta estar voltada para Meca. Outro exemplo se diz
aos evangélicos, que não consomem bebidas alcoólicas. Dessa forma, a empresa que
deseja comercializar carnes para os muçulmanos, precisa cumprir essas exigências,
bem como as empresas de bebidas alcoólicas não conseguirão comercializar essa
para os evangélicos.

O AMBIENTE SOCIOCULTURAL

Ambiente Sociocultural

Visões que
expressam valores

©2000 Prentice Hall

FONTE: Kotler, 2011.

4. ambiente político-legal – é caracterizado como sendo o conjunto de


leis e normas que determinado país, ou região possui e que afetam os negócios das
empresas. Assim sendo, as organizações esportivas necessitam conhecer todas as
leis, e a legislação como um todo, que envolvem o seu negócio, como forma de
atendê-las e poder, assim, desenvolver os seus negócios para atingir os objetivo.

O AMBIENTE POLÍTICO-LEGAL
Legislação

Ambiente
Político-legal

Grupos de
Interesses

©2000 Prentice Hall

FONTE: Kotler, 2011.

ELEMENTOS DO COMPOSTO DE MARKETING

O marketing é composto por uma série de elementos que auxiliam na sua


execução e são ferramentas importantes para que se possam definir as estratégias
de ação, com vistas a alcançar os objetivos empresariais.
O marketing utiliza-se entre outras ferramentas, do chamado composto de
marketing, ou “4Ps”, que oferecem uma análise muito grande da atuação do marketing
no alcance dos objetivos empresariais e são demonstrados como na Figura.
Assim, o “mix de marketing” ou composto de marketing é entendido como:
1. produto – nesse ponto a empresa necessita entender e analisar as
diversas características do seu produto, como por exemplo, as características físicas,
embalagem, tamanho, qualidade, mercado que atua, classe social em que o produto
é consumido, entre outros fatores;
2. preço – aqui a empresa necessita estudar como são as suas estratégias
de precificação, ou seja, como é formado o preço de venda de seus produtos, além
de outros detalhes, como a forma de pagamento, as condições de crédito e
financiamento para o cliente, etc.;
3. promoção – aqui estão relacionadas todas as ações e estratégias para
que os produtos da empresa, bem como as suas marcas e a imagem da mesma sejam
comunicados ao mercado, como forma de divulgar as suas ações no mercado que
atua, e também, expor para a maior parte de consumidores possíveis os seus
produtos. Nesse ponto é que está o uso da propaganda, seja na televisão, internet,
merchandising, entre outros;
4. praça – aqui são determinadas todas as ações e estratégias que afetam
o ponto de venda, ou o local que comercializa os produtos da empresa diretamente
com o consumidor. Nessa ação entram detalhes importantes, como a arrumação dos
produtos, a imagem do local, a organização, limpeza, cores, bem como a
disponibilidade dos produtos, condições de estoque e prazos de entrega, entre
diversos fatores.
Porém, a estrutura do mix de marketing, ou composto de marketing é
determinado segundo o olhar estratégico da organização esportiva, pois é a mesma
que define essas ações e seus resultados. No entanto, a visão do cliente é diferente
das propostas pela organização esportiva.
Assim sendo, surgem os chamados “4Cs”, que são os integrantes do composto
de marketing sob o olhar do cliente. Dessa maneira, o primeiro item do composto dos
“4Ps”, o produto, para o cliente assume a característica de uma possível solução, ou
seja, o cliente possui uma necessidade que necessita ser solucionada e a solução
para essa necessidade será o produto que a empresa, e seus concorrentes, oferecem
ao mercado.
O item “Preço” surge para o cliente como “Custo”, ou seja, é o gasto que o
cliente terá que desembolsar em dinheiro para ter o produto. Assim, o cliente sempre
verá o preço de um produto/serviço como sendo um custo para si, pois necessita
desembolsar dinheiro, tirar dinheiro de seu poder e transferir para a empresa para
poder ter o produto.
O item “Promoção” entra para o cliente como sendo a “Comunicação” entre a
empresa e ele, e dependendo de como essa comunicação é feita, e as suas
consequências, é que o cliente irá escolher tal empresa e seus produtos.
Por fim, o componente “Praça” é visto pelo cliente como a “Conveniência”
adequada para a utilização de tal produto ou serviço.

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Os clientes, ou consumidores dos produtos e serviços que as organizações


esportivas oferecem ao mercado, possuem uma série de influências que os fazem
comprar tais produtos e serviços. Por meio da análise dessas influências, pode-se
traçar e analisar qual e como é o comportamento de compra dos consumidores.
Os principais aspectos que exercem influências no comportamento de compra
dos consumidores são:
1. fatores culturais – são os aspectos que exercem a maior influência no
comportamento de compra do consumidor, visto que as pessoas adquirem produtos
e serviços em função dos valores, percepções, hábitos e outros aspectos culturais que
possuem ou que são agregados ao seu estilo de vida, além de aspectos sociais, como
a classe social a que pertencem, ou ao grupo em que convivem socialmente.

2. fatores psicológicos – são aqueles que afetam a compra de


determinado produto ou serviço em função da motivação, aprendizagem, objetivos,
crenças, atitudes e outros fatores emocionais que as pessoas possuem ou que
visualizam em determinado momento. Nesses aspectos podem-se exemplificar as
atitudes de alguns homens que desejam carros com motores grandes, como forma de
demonstrar o seu poder e força, ou o uso de uniformes de artistas, com forma de
demonstrar a sua característica de status.

SISTEMAS DA INFORMAÇÃO DO MARKETING

A principal ferramenta de uso do marketing é a informação, visto que é por meio


da informação que as ações e estratégias de marketing são desenvolvidas.
Dessa maneira, o marketing necessita entender como o composto de marketing
da empresa está sendo gerenciado e como está a relação dos “4Ps” com os “4Cs”,
além de analisar os aspectos do comportamento de compra do consumidor e a análise
ambiental, interligando esses aspectos todos na busca por satisfazer o cliente, criando
uma estrutura de fidelização do cliente com a empresa, gerando valor e agregando
diferenciais financeiros para a empresa.
Assim sendo, o marketing necessita buscar informações sobre todos esses
aspectos de estudo e análise de suas estratégias, além de analisar as informações
para poder tomar decisões rápidas e eficientes, que realmente agreguem valor para a
mesma e faça atingir os objetivos.
Assim sendo, informações sobre o perfil dos consumidores que adquirem
produtos e serviços de uma organização esportiva como o nível de renda e créditos,
idade, emprego, formação acadêmica e profissional, desejos, necessidades, postura
e posicionamento dos clientes, estrutura do mercado consumidor, crescimento ou
estagnação dos mercados, inovações tecnológicas, crescimento das vendas e lucros,
desejos dos clientes e o seu atendimento, são alguns exemplos de informações que
as empresas necessitam buscar, além de analisar e desenvolver atitudes e ações
estratégicas para atingir os seus objetivos empresariais.
Dessa forma, para poder realizar a análise das informações que são coletadas
e obtidas e ter resultados importantes que possam gerar tomadas de decisões
empresariais que sejam eficientes, a organização esportiva necessita utilizar um
Sistema Integrado de Marketing (SIM), que nada mais é do que um software que
integra todas as ações do marketing com os demais setores da mesma, como o setor
de vendas, de produção e de finanças, por exemplo.
No entanto, além do uso de sistemas informatizados (softwares), outro
importante componente de um SIM são as pessoas que utilizarão esse sistema, e que
estarão o tempo todo em contato com as informações que serão produzidas pelo
mesmo para a tomada de decisões.
O treinamento das pessoas para poder utilizar os sistemas é de vital
importância, pois o software apenas faz alguns requisitos que são solicitados por
esses usuários, que precisam estar treinados e capacitados para extraírem as
informações gerenciais e tomarem as decisões cabíveis.

FERRAMENTAS DO MARKETING ESPORTIVO

Dentro do contexto do marketing esportivo, além de todas as atitudes, ações e


estratégias que são desenvolvidas pelo marketing empresarial, outros detalhes são
importantes. Tudo o que foi exposto pode e é totalmente aplicado ao esporte, mas
existem outros aspectos que são específicos ao uso do marketing esportivo.
Por exemplo, existem ações de marketing esportivo que consistem na
aplicação de estratégias de marketing em eventos esportivos, atletas e equipes
esportivas que “carregam” as ações de marketing, e a divulgação e propaganda.
Dessa forma, em cada modalidade esportiva existe uma infinidade de
estratégias e ações que podem ser desenvolvidos e praticadas para o atingimento dos
objetivos das organizações envolvidas com o marketing esportivo.
Dessa maneira, a propaganda pode ser feita por intermédio dos nomes de
empresas e marcas de produtos em uniformes, faxias, bannners, em atletas
específicos, como lutadores e praticantes do atletismo, ou nos equipamentos, como
nos aparelhos de ginástica, ou nos carros de automobilismo.
Assim sendo, as ações do marketing esportivo necessitam ser moldadas de
acordo com o público que se deseja atingir e qual a modalidade de esporte que é o
foco. O composto de marketing se aplica a todos os tipos de produtos e serviços que
possam ser utilizados pelo marketing esportivo e a sua estrutura, adequação e
políticas de utilização dependem dos objetivos que a organização deseja obter.

PLANEJAMENTO DE VENDAS

O planejamento de vendas é importante para as organizações do esporte, pois


as vendas são a principal fonte de obtenção de recursos financeiros para as
organizações e é por meio das vendas que elas oferecem um produto ou serviço ao
mercado e obtêm valores monetários pela venda desses produtos e serviços.
Assim sendo, torná-se necessário o perfeito planejamento desse aspecto tão
importante como forma de conseguir agregar valor para a empresa na realização das
vendas, e como forma da empresa não ficar “à mercê” do mercado, tendo as suas
ações mensuradas e previstas.
O planejamento de vendas, via de regra, é formado de algumas fases, ou
etapas, que são mostradas a seguir:
1. análise das necessidades dos compradores – nessa etapa a
organização esportiva necessita analisar e determinar quais são as necessidade e
desejos de seus clientes, para poder traçar estratégias para poder satisfazer as
mesmas com os seus produtos e serviços;
2. análise ambiental – aqui, entra a análise ambiental completa, como já
fora descrito anteriormente, e que consta em analisar as ações e influências dos
diversos constituintes dos ambientes externo e geral a que a organização está
exposta, como o ambiente social, cultural, econômico, político, tecnológico, etc.;
3. potencial de vendas – nesse aspecto, após ter feito as fases anteriores,
a organização esportiva necessita medir qual é o potencial de vendas que ela
conseguirá obter no mercado que atua, ou seja, quantos consumidores estão
dispostos a comprar o produto ou serviço da empresa no mercado que atua, por
exemplo;
4. organização das vendas – aqui, a organização esportiva necessita
organizar como as vendas serão realizadas, ou seja, será utilizado vendedores
internos e externos, ou somente interno, as vendas serão somente no balcão da loja,
ou também pela internet, entre outros aspectos; 5. remuneração dos vendedores –
por fim, a organização esportiva necessita determinar como será a remuneração dos
vendedores, nos seus diversos aspectos, como por exemplo, salário e comissão, ou
só comissão sobre as vendas, etc.

CAPTAÇÃO DE RECURSOS E PATROCÍNIO

No contexto do esporte, a captação de recursos e o patrocínio são ferramentas


importantes para que se alcancem os objetivos desejados, tanto do lado do esportista,
seja individual ou em equipe, quanto do lado das empresas que se utilizam do esporte
como forma de estratégia empresarial.
Assim sendo, para que a prática esportista aconteça, é necessário a utilização
de um quantidade de recursos financeiros, pois são vários os custos e obrigações que
as entidades esportistas, e atletas individuais possuem.
Custos como viagens, hospedagens, taxas de inscrições, remunerações de
diversos profissionais como médicos, fisioterapeutas, juízes, gandulas, entre outros,
além da remuneração dos atletas, são todas arcadas por esses clubes e instituições,
que necessitam de recursos financeiros para desenvolver suas atividades.
Dessa maneira, a busca por recursos se torna essencial pelas empresas e
organizações que estão vinculadas ao esporte. Assim sendo, a fonte de receitas, ou
fonte de recursos, pode acontecer de diversas formas, como o ingresso cobrado das
pessoas que assistem aos eventos esportivos, além de valores pagos pelos meios de
comunicação que transmitem esses eventos, como emissoras de televisão, por
exemplo.
Além disso, existem alguns recursos governamentais que incentivam o esporte
e que são fontes de recursos para as organizações esportivas.
Além desses, uma importante fonte de recursos financeiros é o patrocínio, onde
os atores envolvidos com o esporte, sejam clubes, entidades ou atletas, obtêm os
recursos financeiros de determinadas organizações, que podem ser empresas ou
outro tipo de instituição, oferecendo em troca a divulgação e propaganda dessas
empresas e suas marcas nos vários meios possíveis, como uniformes, ferramentas,
equipamentos, faixas, placas, comerciais de televisão, etc. durante a realização dos
eventos esportivos.
Por exemplo, durante uma corrida de automobilismo, os vários carros que estão
concorrendo pela vitória na mesma são todos marcados com nomes de empresas,
marcas e produtos, que são divulgados durante a exibição da corrida, seja no próprio
local da corrida, ou por transmissão pela televisão. Em contrapartida, essas empresas
entregaram determinado valor financeiro para que as equipes esportivas que irão
competir na corrida autorizem a colocação dos nomes das empresas e produtos nos
seus carros.

ADMINISTRAÇÃO DE UNIDADES ESPORTIVAS E GESTÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE


EVENTOS ESPORTIVOS

A gestão de unidades esportivas é totalmente semelhante ao processo de


gestão que acontece em outros tipos de empresas, visto que a ciência administração
não se modifica em virtude do tipo, porte, ramo e setor da empresa que utilizará os
procedimentos e ferramentas desenvolvidas para tais atitudes e atividades.
Como exposto, a administração consta de uma série de funções que
necessitam ser desempenhadas e aplicadas ao cotidiano das atividades da mesma,
visando obter os objetivos que são desejados.
Dessa maneira, administrar uma unidade esportiva nada mais é do que
desempenhar as funções de planejamento, organização, direção e controle das
diversas e inúmeras atividades que acontecem nessas organizações, em função dos
objetivos que são propostos e desejados.
A intenção em se realizar a administração é conseguir alcançar os objetivos,
que são inúmeros e diversos, além de obter diferenciais e vantagens competitivas,
agregando valor aos produtos e serviços que são desenvolvidos, conseguindo uma
boa relação entre os recursos que são usados e o retorno esperado.
Além da execução das funções administrativas, as unidades esportivas
precisam determinar quais são os setores que necessitam ser gerenciados, dividindo
o trabalho de gestão pelas unidades que compõem o negócio, ou setores, como os
setores de marketing, produção, financeiro, jurídico, etc.
Dessa forma, é necessário determinar quais setores são necessários para o
bom e perfeito funcionamento da empresa, e como acontece a inter-relação entre eles,
onde a execução de uma atividade por um setor acabará influenciando os demais.
A gestão necessita ser capaz de medir essas influências, expondo como elas
acontecem e se são agregadoras de valor ou não.
Por fim, como já fora exposto neste curso, a porta de entrada de recursos
financeiros para as empresas esportivas acontece por meio da comercialização, ou
da venda de produtos e serviços que estão relacionados ao esporte.
Dessa maneira, a empresa que atua nesse setor necessita expor em sua
missão e visão como acontecerá a comercialização de seu negócio com vistas a obter
os recursos financeiros que necessita.
Desse modo, determinadas empresas irão obter recursos financeiros com a
comercialização de produtos relacionados ao esporte, como roupas, equipamentos,
materiais esportivos e demais aspectos do gênero.
Outras empresas estarão apenas prestando serviços, como as academias de
ginástica, ou escolinhas de futebol, por exemplo. Outros estarão fazendo ambas as
atividades. Outros obterão seus recursos com a descoberta de atletas e a sua
comercialização, como os grandes times de futebol e os empresários do setor. Outras
empresas obterão os seus recursos com a promoção de eventos esportivos, como
feiras, shows, demonstrações, campeonatos, entre outras formas possíveis.

GESTÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS PARA O ESPORTE E


PARA ATIVIDADE FÍSICA: SEGURANÇA, SUPRIMENTOS E OUTROS FATORES
DE APOIO

A utilização de espaços públicos e privados para a prática esportiva se tornou


de grande importância e de grande utilização. Os governos passaram a se preocupar
cada vez mais com as mudanças acontecidas com a população, principalmente em
detalhes como os hábitos das pessoas e seus comportamentos de vida e cuidados
com a saúde.
Essa preocupação iniciou-se com o aumento da quantidade de pessoas obesas
e com estilos de vida sedentários. Outros problemas que desencadearam nessa
preocupação dizem respeito à alimentação, ao estresse, à falta de tempo das
pessoas, causado em virtude da grande exigência dos mercados, pelo aumento da
competitividade no trabalho, entre outros diversos fatores, que transformaram a vida
das pessoas.
Atualmente, uma pequena parcela da população consegue ter alimentações
saudáveis, com tempo disponível para a realização das mesmas e com qualidade de
vida. A maioria das pessoas faz suas alimentações na rua, com pouco tempo
disponível e com fatores psicológicos e emocionais influenciando-as, como o estresse
por exemplo.
Em virtude desses fatores, a população passou a ter condições apropriadas
para o aumento da taxa de obesos e sobrepesados, além de existir uma gama grande
da população com características sedentárias, que também cooperam para o aumento
da taxa de obesidade.
Dessa forma, os governos passaram a criar espaços públicos para a prática
esportiva, buscando incentivar que as pessoas habituem-se a ter essa rotina. Assim,
espaços para caminhadas, ciclismos, corridas, quadras poliesportivas, entre outros
foram criados em locais públicos, com livre acesso para que as pessoas pudessem
aderir a esta prática. Outro tipo de incentivo foram as academias ao ar livre, que muitas
prefeitura implantaram em praças e locais públicos, estimulando a prática esportiva.
Além disso, houve um aumento considerável da criação de clubes esportivos e
da facilidade de acesso a esses pelos usuários, com o barateamento das taxas de
adesão e das taxas mensais de ocupação, promovendo um aumento na prática
esportiva.
Assim sendo, para que essas atividades sejam cada vez mais adequadas e
aprimoradas, os gestores, sejam públicos ou privados, precisam atentar-se para os
aspectos de segurança e da disponibilidade da ação esportiva para as pessoas,
independente de classes sociais ou idade, por exemplo.
Dessa maneira, como citamos acima, os locais em que os governos
implantaram academias ao ar livre e outros aspectos para a prática esportiva,
necessitam estar em vigilância constante pelos órgãos protetores, como as polícias,
visto que muitos dos equipamentos e outros quesitos são destruídos pelas pessoas
que estariam utilizando. É controverso, mas acontece.
Além disso, as pessoas que estão praticando o esporte nesses locais
necessitam ter segurança para que essa prática aconteça de forma salutar,
promovendo o alcance dos objetivos que as pessoas desejam, como perda de peso,
melhora na qualidade de vida, melhor saúde, etc.
Desse modo, os governos necessitam proporcionar que os atletas tenham
segurança, tanto nos aspectos do seu caráter físico, quanto de suas propriedades,
visto que alguns praticantes de esportes em áreas públicas e privadas, utilizam-se de
bicicletas, bolas, raquetes, capacetes, entre outros, que são vistos pelos marginais
como fonte de recursos fáceis.
Além de fornecer os espaços, o governos, no caso de espaços públicos, e os
gestores, em caso de espaços privados, necessitam atentar-se que os espaços não
são suficientes para a perfeita prática esportista.
São necessários todos os equipamentos e aparelhos que são adequados às
diversas práticas esportistas, além de ter-se à disposição das pessoas que irão
praticar os esportes, professores e profissionais da área de Educação Física que
possam orientar e conduzir a prática esportista dessas pessoas, promovendo o bem-
estar social e propiciando uma boa qualidade de vida por meio do esporte.

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES

Uma forma prática de implantar os conceitos de gestão é o desenvolvimento


de um calendário de atividades. Esta ferramenta acaba agregando as quatro funções
específicas da administração, ao longo dos momentos em que são desenvolvidos.
Dessa forma, em qualquer empresa que esteja trabalhando com o esporte,
torna-se necessária a realização do calendário de atividades, pois é este que orientará
as atividades que serão realizadas, expondo para os participantes todas as
informações necessárias para o perfeito desenvolvimento das atividades esportivas.
Desse modo, seja em grandes empresas esportistas, ou pequenas, ou até mesmo em
órgãos governamentais é preciso utilizar-se desta ferramenta.
O calendário de atividades é um planejamento que deve ser feito sempre antes
das atividades terem acontecido, ou serem realizadas, com o intuito de expor tudo que
será realizado em certa empresa esportista durante determinado período.
Por meio da utilização do calendário, o gestor esportivo irá descrever as
diversas atividades que serão realizadas e em que momento as mesmas ocorrerão,
além de outras informações específicas e pertinentes ao desenvolver destas
atividades.
O calendário também serve como organização, pois descreve a divisão do
trabalho entre as pessoas que irão participar da organização do mesmo, além de
expor as responsabilidades e a autoridade de cada participante.
Outro aspecto do calendário é o controle, que deverá ser desenvolvido
enquanto as atividades são executadas, como forma de atingir os objetivos.
Dessa maneira, pode-se fazer um calendário anual, ou semestral de todas as
atividades que irão acontecer durante o período, expondo esse planejamento em
separado por mês, e descritos ao longo do ano, ou semestre. Assim, tem-se uma visão
geral de tudo que irá acontecer no período e esse calendário orienta todos os
envolvidos na realização de cada atividade em cada mês.
Outro tipo de calendário mais elaborado pode ser feito agregando vários tipos
de calendários, utilizando-se as atividades descritas em cada mês do ano e
descrevendo também o período de duração das atividades, quem é a pessoa
responsável por cada atividade, que irá gerenciar as atividades, quem controla a
execução, onde as atividades serão feitas, entre outros diversos aspectos que podem
ser apresentados no mesmo.

EXEMPLO DE CALENDÁRIO DE ATIVIDADES


FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/GBC2Ey>.

TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E AVALIAÇÃO DE


PROJETOS NO SEGMENTO ESPORTIVO

A elaboração, administração e avaliação de projetos no segmento esportivo


seguem as mesmas metodologias aplicadas a outras organizações empresariais,
onde a criação de algum projeto está basicamente atrelada ao seu escopo e aos
objetivos pretendidos. Dessa maneira, qualquer projeto esportivo que se deseje criar
e implantar deve atentar a esses dois aspectos triviais, como forma de obter o sucesso
desejado.
Assim sendo, o escopo do projeto pode ser definido como a real intenção do
projeto existir, ou seja, para que e porque o projeto deve ser realizado. Assim, existem
projetos que são muito bem elaborados, mas não descrevem claramente qual o seu
escopo, qual a sua real função. Dessa maneira, para implantar um projeto esportivo
deve-se descrever e detalhar o mais abrangente possível o que o mesmo irá fazer.
Por exemplo, digamos que determinado projeto esportivo deseja criar um
campeonato de futebol de areia para adolescentes de 17 anos para promover a
integração entre esses jovens e afastá-los da marginalidade e do tráfico de drogas.
Desse modo, o escopo do projeto é exatamente “promover a integração entre
jovens de 17 anos de idade para poder afastá-los da marginalidade e do tráfico de
drogas”.
Essa simples notação expõe as razões para que o projeto exista e para todas
as exigências que o mesmo possa sofrer até ser implantado.
Outro detalhe importante é descrever quais os objetivos que são desejados
pelo projeto, pois sem essa descrição o projeto pode perder o seu foco e ir buscar
outros objetivos que podem ser secundários ou sem importância.
Assim sendo, é importante fazer uma lista, elucidando todos os objetivos que
se deseja alcançar com a realização do projeto.
Por fim, para avaliar um projeto pode-se utilizar-se de diversas ferramentas,
dependendo da forma da avaliação em função do escopo. Assim sendo, pode-se
avaliar um projeto pelo alcance dos objetivos: classificados em ótimo, se alcançou
todos os objetivos; em bom, se alcançou mais de 80% dos objetivos; em regular, se
alcançou 50% dos objetivos; e em ruim, se alcançou menos de 30% dos objetivos, por
exemplo.
Pode-se também avaliar um projeto em relação ao bem-estar produzido nos
participantes, na sociedade, e em outras formas de percepção do mesmo, por
exemplo. Também pode-se avaliar o projeto em virtude do retorno financeiro que foi
produzido aos donos e sócios, de uma empresa esportista, por exemplo.
Para fazer essa avaliação usa-se as ferramentas de análise econômico
financeira de projetos, como o VPL, TIR, PAYBACK e ILL.

ORGANIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE EVENTOS ESPORTIVOS

As pessoas e empresas que desejam organizar eventos esportivos e realizar


a comercialização desses eventos necessitam atentar-se a alguns aspectos
importantes, com vistas a obter o sucesso do evento, tanto para os organizadores,
quanto para o público que irá participar dos mesmos.
Alguns detalhes que necessitam ser analisados são:
1. local do evento – deve-se determinar o local com antecedência,
analisando os aspectos de capacidade de pessoas que comporta, além de outros
detalhes, como o acesso ao local, estacionamento, vestiários, quadras e campos
necessários entre outros aspectos importantes;
2. época ou data do evento – é necessário analisar e estudar qual será a
época em que o evento irá acontecer, pois é importante que o mesmo não seja
próximo a datas de outros eventos, que possam ocorrer, ou que sejam também
aproveitando alguma oportunidade, como as férias escolares, por exemplo. Outros
eventos necessitam ser realizados em períodos fora das férias escolares, por
exemplo. Assim sendo, as empresas e pessoas que forem comercializar esses
eventos necessitam atentar às especificidades do evento na cidade onde será
realizado, além de atentar aos objetivos do evento, para poder determinar o melhor
período para que ele aconteça;
3. acomodações – esse é outro aspecto que a organização de eventos
necessita analisar, pois os eventos esportivos, geralmente, atraem pessoas de
diversas localidades, tanto atletas, quanto o público que irá prestigiar o evento. Assim
sendo, os organizadores necessitam observar a capacidade de acomodação da
cidade, ou do local, em que será realizado o evento, como forma de não impedir que
as pessoas participem do mesmo por não terem acomodações necessárias para todos
os envolvidos;
4. segurança – nesse item é necessário analisar todos os aspectos de
segurança que estão relacionados ao evento, tanto no evento propriamente dito, como
para os atletas e público, como antes do evento iniciar e no seu término. Assim sendo,
é preciso organizar como a segurança será realizada, nos períodos antes, durante e
depois do evento e como abrangerá todos os envolvidos no evento, como público em
geral, esportistas, juízes, etc.;
5. pessoas envolvidas – esse é outro aspecto importante, pois é
necessário conhecer quem estará no evento. Quem são os esportistas, os juízes, o
público que irá assistir, as autoridades que estarão prestigiando e participando do
mesmo, entre outros participantes diretos e indiretos. Dessa maneira, é importante e
fundamental conhecer esse público para poder tomar as medidas necessárias
relacionadas ao evento, como o oferecimento de banheiros separados para homens
e mulheres, ou a colocação de berçários, ou outros aspectos que sejam necessários
ao evento;
6. órgãos governamentais envolvidos – esse item refere-se a dois
aspectos: o momento em que as autoridades estarão participando do evento e terão
alguma menção e o momento em que o evento necessitará estar em contato com os
órgãos governamentais para que o mesmo aconteça. Assim sendo, em alguns
eventos, é necessário solicitar autorizações de órgãos governamentais para que o
evento aconteça, como os alvarás do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil, entre
outros. Também necessita determinar como os órgãos governamentais irão participar
do evento, como a Polícia Militar e autoridades;
7. atletas que participarão – é o aspecto que determina quem serão os
atletas que estarão no evento, tanto profissionais como amadores e como eles serão
recrutados, selecionados e estarão participando do evento;
8. público-alvo – esse aspecto necessita ser muito bem detalhado, pois é
em função do público-alvo que o evento será construído. Assim sendo, é necessário
estudar quem são os esportistas que participarão do evento e quem serão os
prestigiadores do evento. Assim, ao determinar o públicoalvo, a organização do
evento necessita desenvolver as ações para atender a esse público e obter a
satisfação do mesmo com o evento esportista em si. É claro que na definição do
público-alvo não se deve discriminar nenhum tipo de participantes, mas filtrar quem
atende ao perfil que o evento deseja atender;
9. retorno esperado – aqui, deve ser descrito qual o retorno que é
esperado pela realização do evento, seja em recursos financeiros, ou em outro tipo
de medida que possa ser utilizado. É necessário expor qual o retorno que se espera,
seja em valores reais ou em percentuais, comparando com algum outro tipo de
parâmetro, para poder tomar as decisões relacionadas;
10. marketing do evento – como serão realizados a divulgação e o
marketing completo do evento, quais ferramentas utilizar e como fazer, usando as
estratégias de marketing que melhor atender, e caber, naquele evento em si. Além
disso, é necessário expor os custos com a realização do marketing, além do retorno
desejado a curto e médio prazos;
11. contratos formais – em muitos eventos esportivos, torna-se necessária
a construção de contratos formais, em diversos aspectos, para prevenir-se de
aborrecimentos por acordos feitos somente no “boca-a-boca”. Assim sendo, a
organização dos eventos necessita analisar e determinar que aspectos serão
necessários a utilização de contratos formais para que as diversas atividades possam
ser realizadas, cumpridas e feitas da forma como combinado, com o uso de
documentos formais. Um detalhe importante é que esses contratos só possuem valor
jurídico, em caso de ter-se que executar por algum aspecto que não fora cumprido por
uma das partes, se tiver registro em cartório. Sem o devido registro, o contrato não
possui valor para execuções.
CONCEITOS ECONÔMICOS, CENÁRIOS E TENDÊNCIAS DA ECONOMIA
NO ESPORTE

O setor econômico é extremamente complexo, pois é constituído por uma série


de relações dinâmicas que ocorrem entre os participantes do complexo econômico,
onde cada um deles possui objetivos específicos e rede de atuação também
específica de seu setor, seja produtivo, serviço, comércio e indústria, governo e
terceiro setor.
Assim sendo, as relações entre essas partes sofrem diversas influências
externas e internas que acabam desenvolvendo outros mecanismos, e novas
alterações, sempre buscando-se o equilíbrio do mercado.
Mas, de forma resumida, o complexo econômico pode ser descrito como é
mostrado pela Figura.

O SISTEMA ECONÔMICO

Estrutura de Fluxos
Recursos Recursos
Dinheiro Mercados Dinheiro
de Recursos
Impostos,
bens Serviços,
dinheiro
Serviços,
dinheiro Impostos
Mercados Mercados Mercados
Produtores Governamentais Consumidores
Impostos,
bens Serviços

Serviços, Impostos,
dinheiro bens
Dinheiro Dinheiro
Mercados
Bens e serviços Intermediários Bens e serviços

FONTE: Kotler, 2011.

Inicialmente, pode-se perceber que o sistema econômico é composto por cinco


atores principais, que são os chamados mercados. Assim, temos o mercado dos
produtores, o mercado dos consumidores, o mercado de recursos e o mercado
intermediário, além do mercado do governo.
Dessa maneira, pode-se visualizar que nos mercados produtores encontram-
se a grande maioria das empresas e organizações que oferecem produtos e serviços
aos mercados intermediários e consumidores.
Dessa forma, os produtores estarão produzindo produtos (bens) e serviços e
entregando aos mercados intermediários, que são os atacadistas e varejistas, que
entregarão os mesmos para os consumidores finais, ou clientes.
Como consequência, os consumidores irão pagar em dinheiro por esses
produtos e serviços, realizando trocas com os mercados intermediários e produtores,
oferecendo dinheiro e ficando com os bens e serviços por eles ofertados.
Percebe-se que acontece uma relação fechada nesse aspecto, onde os
consumidores buscam por bens e serviços e entregam dinheiro para as empresas.
Em outro contexto, as empresas recebem o dinheiro dos seus consumidores e
necessitam de diversos recursos para produzirem os seus bens e serviços, sejam
matérias-primas, insumos, etc.
São as empresas que pertencem ao mercado de recursos que irão entregálos
aos produtores, obtendo o dinheiro referente a esses. No mesmo contexto, as pessoas
que são consumidoras dos produtos dirigem-se aos mercados de recursos para
oferecer o seu trabalho, recebendo dinheiro por esse trabalho.
Assim, o ciclo completo é formado, onde os consumidores adquirem os
produtos e oferecem o seu trabalho às empresas, que obtêm o dinheiro com a venda
dos produtos e serviços e com esses pagam os recursos que necessitam para a sua
produção, incluindo as pessoas que são as consumidoras, e o ciclo se inicia
novamente.
Outro integrante, que fica centrado nesse fluxo, é o governo, que recebe
dinheiro de todos os demais participantes, por meio dos tributos e oferece alguns
serviços para os mesmos.

MENSURAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA ESPORTIVA


Dessa forma, baseada no ciclo do sistema econômico, a atividade esportiva é
completamente dependente do equilíbrio econômico, assim como qualquer outra
atividade de livre concorrência ou de atuação em mercado abertos.
Assim sendo, a atividade esportista irá encaixar-se em um dos quatro
mercados, geralmente como produtora ofertante de serviços ao mercado consumidor.
Desse modo, a atividade esportiva estará desejando obter receitas financeiras
por meio da entrega de serviços aos consumidores, que pagarão em dinheiro por
essas atividades, sejam das mais diversas possíveis.
Da mesma maneira, as entidades irão buscar recursos no mercado de
recursos, e pessoas, que ofertarão o seu trabalho para a produção de bens ou
serviços esportivos que serão entregues aos consumidores, fechando o ciclo.
O detalhe maior nessa descrição é quando acontece algum fator que gere o
desequilíbrio nessa relação.
Enquanto há o equilíbrio, a dinâmica acontece normalmente. Mas quando há
um desequilíbrio, algumas consequências podem acontecer, como a diminuição nos
recursos disponíveis, com consequente aumento de preços, ou então excesso de
oferta de trabalhadores, causando diminuição no consumo, pela perda da renda,
porque acaba diminuindo o valor dos salários pelo aumento de pessoas desejando
trabalhar nessas empresas, entre outros aspectos.

Você também pode gostar