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Em face de:
Coelba Pessoa jurídica de direito privado…, inscrita sob o CNPJ nº …, com a sua
Matriz localizada na Rua…, Cep nº…, na cidade de …, no Estado de…, pelos motivos
de fato e de direito a seguir expostos:
PRELIMINARMENTE:
I – DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
O Código de Processo Civil autoriza o juiz conceder a tutela de urgência quando
presentes a “probabilidade do direito” e o “perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo”, conforme art. 300 da Lei 13.105/2015.
E o periculum in mora, a qual está patente, pela exposição fática acima apresentada,
que dão conta, notadamente, da essencialidade do serviço, o que proíbe a interrupção
abrupta e injusta.
II - DA JUSTIÇA GRATUITA
Como o requerente não dispõe de recursos suficientes para produzir provas e é uma
figura hipossuficiente em relação a Ré, requer que Vossa Excelência determine a
inversão do ônus da prova, conforme previsão do art. 6º, VIII, do CDC:
DOS FATOS
Seu Júlio é usuário dos serviços de eletricidade sob a unidade consumidora XX, no
endereço acima citado onde possui residência.
No dia XX/XX/XXXX Seu Júlio que é um homem idoso e obteve residência num
prédio que é considerado abandonado, prédio este que não há instalação da COELBA
(energia elétrica) Contudo, seu Júlio sendo muito correto, podendo assim realizar uma
ligação clandestina preferiu não o fazer, acionou a COELBA por diversas vezes para
realizarem a ligação de energia.
A COELBA até foi no local, mas falaram que não poderiam fazer a ligação em
virtude do padrão lá ser 220, o que obrigou seu Júlio aguardar anciosamente para
desfrutar deste básico conforto, tempo depois a COELBA começou a fazer as
ligações naquela região, a vizinha de seu Júlio sabendo que ele estava ansioso para
fazer sua ligação o comunicou e esse imediatamente pediu que fizesse sua ligação e
assim foi feito.
Seu Júlio muito correto sempre pagou suas contas de forma obsequiosa e
pontual, no entanto, foi surpreendido quando do nada cortam sua energia sem
qualquer aviso (como prevê a legislação) e ainda aplicaram-lhe uma multa de forma
errônea e cruel, seu Júlio é idoso, possui diabete, pressão alta e outras comorbidades
de modo que o corte na energia tem afetado muito sua vida e trazido transtornos e
desconfortos além do que se pode suportar em sua idade e seu estado de saúde
atual.
É imperioso Excelência ressaltar aqui que seu Júlio não possui nenhum débito em
aberto com a demandante, o que demonstra um erro grotesco ao interromper o
fornecimento do autor, senão um total descaso a dignidade da pessoa humana, seja
como for, tal medida adotada de forma errônea pela demandada, tem causado
sofrimento e males nefandos ao autor.
DO DIREITO
I – DA ESSENCIALIDADE DO SERVIÇO
O fornecimento de energia elétrica deve ser contínuo, não cabendo interrupção por
inadimplemento. Assim tem entendido o Conspícuo Superior Tribunal de Justiça:
Na mesma linha: (TJ-RS – AI: 70067530477 RS, Relator: João Barcelos de Souza Junior, Data de
Julgamento: 24/02/2016, Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
02/03/2016).
II – DO DANO MORAL
O dano moral foi inserido em nossa Carta Magna no art. 5º, inc. X, da Constituição de
1998:
Art. 5º. “[…]
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano moral ou material decorrente dessa
violação.”
Seguindo a mesma linha de pensamento do legislador constituinte, o legislador
ordinário assim dispôs sobre a possibilidade jurídica da indenização pelos danos
morais, prescrevendo no art. 6º, VI, da Lei 8.078/90:
Art. 6º. “São direitos básicos do consumidor:
[…]
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,
coletivos ou difusos.”
Quando se pleiteia uma ação visando uma indenização pelos danos morais sofridos,
não se busca um valor pecuniário pela dor sofrida, mais sim um lenitivo que atenue, em
parte, as consequências do prejuízo sofrido. Visa-se, também, com a reparação
pecuniária de um dano moral imposta ao culpado representar uma sanção justa para o
causador do dano moral.
A tormenta maior que cerca o dano moral, diz respeito a sua quantificação, pois o dano
moral atinge o intimo da pessoa, de forma que o seu arbitramento não depende de
prova de prejuízo de ordem material.
DOS PEDIDOS
a) Que seja deferida em caráter de urgência a Tutela requerida já que preenche todos
os requisitos exigidos, conforme art. 300 da Lei 13.105/2015.
c) Que a RÉ seja citada, com as advertências normativas, para se for o caso, oferecer
resposta no prazo legal, sob pena de revelia;
e) Seja condenada as RÉ a pagar, a título de indenização por dano moral pela situação
de grande sofrimento suportado pelo autor, em toda situação vexatória que este foi
submetido, além de ter que suportar todos os agravos de uma residência sem energia
elétrica.
VALOR DA CAUSA
Local / data:
Advogado / Oab: