CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ – CEFET/CE

DEPARTAMENTO DE EDIFICAÇÕES – CURSO DE VIAS E TRANSPORTES

ESTRATÉGIAS
DE DISTRIBUIÇÃO
FÍSICA

PROFESSOR: HAMIFRANCY MENESES

1
 TÓPICOS ABORDADOS

• CONTEXTUALIZAÇÃO;

• CONTROLE CENTRALIZADO X DESCENTRALIZADO;

• ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO;

• GESTÃO DE CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO;

• CADEIAS DE DISTRIBUIÇÃO PUXADAS X EMPURRADAS;

2
 CONTEXTUALIZAÇÃO
Considerações gerias:

Æ Não existe receita pronta para montar uma estratégia de

distribuição de um dado produto;

Æ Uma mesma cadeia de distribuição pode usar diferentes

estratégias complementares e/ou opostas em diferentes etapas
ou elos da cadeia de suprimentos;

Æ O projeto de uma estratégia de distribuição depende das

especificidades do produto e do respectivo mercado consumidor,
em termos de nível de serviço exigido;

Estudo de caso: Modern Book Distribuidora

Pg – 127 a 128 – Simchi-Levi 3
 CONTROLE CENTRALIZADO X DESCENTRALIZADO
Æ Dificuldade de integração de processos ao longo da
cadeia produtiva.
Descentralizado Æ Otimização local de processo logísticos.

Æ Interesses conflitantes entre agentes da cadeia de

suprimentos.
CONTROLE DA
CADEIA DE Solução: Aliança estratégia com compartilhamento
de informações, custos, riscos e benefícios.
SUPRIMENTOS

Æ Otimização global da cadeia de suprimentos.

Centralizado
Æ Requer o compartilhamento e a transparência da
informação entre agentes da cadeia de distribuição
(Ferramental: TI)
Æ Otimização local associada a integração das
interfaces entre agentes da cadeia de distribuição.

Teoricamente:
Centralizado No mínimo tão Descentralizado
eficaz quanto Æ 4
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO

Remessa Os produtos são enviados diretamente do fornecedor para

Direta o cliente final.

VANTAGENS DESVANTAGENS

Æ Eliminação de custos de centros de Æ Mínima formação de estoque

distribuição. de segurança.

Æ Tempo de entrega (lead time) reduzido. Æ Maior custo de transportes.

Cross Os armazéns funcionam como centros de concentração do

docking processo de distribuição, desconsolidando carga dos
fornecedores e consolidando pedidos dos clientes.

VANTAGENS
Æ Mínima formação de estoque
(tempo de armazenagem máxima 15h)
Æ Redução de lead time.
Exemplo: Wall Mart – Pg 132 – Simchi-Levi
DESVANTAGENS
Æ Vantajoso somente quando há
escala de demanda no varejo.
Æ Gestão complexa, exigindo intensa
troca de informações e sistemas de
transportes confiáveis.
5
 ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO

Estratégia clássica onde os armazéns funcionam como

Estoque no
centros de distribuição atendendo paulatinamente a
Depósito
demanda dos clientes mediante a formação de estoque.

VANTAGENS
Æ Menores custos de transportes
(poucas viagens de veíc. carga plena).
Æ Maior segurança no atendimento da
demanda devido a formação de estoque.
DESVANTAGENS
Æ Maiores custos de estocagem
para a formação de estoque.
Æ Maior custo de imobilização
de capital.

Transferência Compreende a remessa de produtos entre participantes da

de carga cadeia de suprimentos que estão no mesmo nível (ex.:
varejistas), compartilhando estoques e riscos.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Æ Minimiza custos de estocagem. Æ Risco de piora momentânea no
nível de serviço prestado ao cliente.

Æ Minimização de risco de Æ Requer integração e

desabastecimento. compartilhamento de produtos
informações e riscos. 6
 GESTÃO DE CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO (CD)
GESTÃO LOCAL
VANTAGENS
Æ Menores custos de transportes
para o varejo devido a maior
proximidade aos mercados
consumidores.
Æ Melhor nível de serviço ao cliente,
devido a menores tempo de entrega
e maior confiabilidade.
DESVANTAGENS
Æ Maior dificuldade de integração
logística entre CD.
Æ Maiores custos de gestão e
na distribuição física entre
fornecedores e CD.
GESTÃO CENTRALIZADA
VANTAGENS
Æ Menores custos na distribuição
física entre fornecedores e CD.
Æ Economia de escala na
distribuição física do varejo devido
a escala de pedido na aquisição
junto aos fornecedores.
DESVANTAGENS
Æ Maiores custos na distribuição física
do varejo devido ao maior afastamento
do centros consumidores.
Æ Maiores tempos de entrega,
podendo comprometer o nível de
serviço prestado ao cliente.
7
 GESTÃO DE CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO (CD)

Æ Aplicabilidade geral de modelos de gestão:

Produto
Gestão Demanda Valor
Local Alto Baixo
Centralizada Baixa Alto

IMPORTANTE:

A definição da estratégia de gestão de CD é influenciada pelo valor e pela

demanda do produto distribuído, podendo ser empregadas estratégias
locais e/ou centralizadas e diferentes elos da cadeia de suprimentos.

8
 CADEIAS DE DISTRIBUIÇÃO PUXADAS X EMPURRADAS
CADEIAS DE SUPRIMENTOS EMPURRADA
Definição:
Æ O planejamento da produção é orientado com base em pedidos do varejista que
subsidiam previsões de demanda de longo prazo. Assim, com base nestas
previsões, o fabricante produz e “empurra” a produção para o mercado
consumidor.

Características:
Æ Baixa capacidade de atender a mudanças nos padrões de demanda dos clientes finais,
devido ao precário conhecimento do comportamento da demanda.

Æ Maior risco de obsolescência de estoque ao longo dos agentes da cadeia de

suprimento, devido a mudanças nos padrões de consumo.

Æ Maiores custo de produção devido ao excedente da planta produtiva instalado para

picos de demanda (custos de capital/custo de ociosidade), tendo em vista o
desconhecimento aprofundado da demanda.
Æ Maiores necessidade de formação de estoques de segurança (custo de capital) para
viabilizar o atendimento da demanda, associado a maiores custos de transportes. 9
 CADEIAS DE DISTRIBUIÇÃO PUXADAS X EMPURRADAS
CADEIAS DE SUPRIMENTOS PUXADA
Definição:
Æ O planejamento da produção é orientado com base em informações de demanda
coletadas diretamente junto ao consumidor final.

Características:
Æ Maior dificuldade de prover economias de escala na produção, devido a maior
diversidade produtiva para atender as necessidades diferenciadas dos clientes.

Æ Melhor nível de serviço ao consumidor final, resultando em menores tempos de

entrega e mais confiabilidade.

Æ Menor necessidade de formação de estoques de segurança (custo de capital) para

viabilizar o atendimento da demanda, tem em vista o melhor conhecimento da demanda.

IMPORTANTE: Ambos sistemas de distribuição empurrado (fornecedor Æ fabricante) e

puxado (fabricante Æ varejistas) podem coexistir numa mesma cadeia de suprimentos. 10