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Surgimento Da Sociologia No Brasil: Um Estudo Sobre Os Obstáculos e As Contribuições de Florestan Fernandes
Surgimento Da Sociologia No Brasil: Um Estudo Sobre Os Obstáculos e As Contribuições de Florestan Fernandes
INTRODUÇÃO
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Acadêmica do 8º período em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES.
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Graduado em Direito pela Faculdade Santo Agostinho- FASA
depois no final desse mesmo século é estabelecida como uma disciplina acadêmica por Emile
Durkheim.
A Sociologia teve início no Brasil a partir das décadas de 1920 e 1930, quando os
pesquisadores buscavam uma compreensão a partir da formação das sociedades locais
pesquisando vários temas para essa compreensão. Assim, os pesquisadores retornaram para
pesquisa referente à escravatura e a abolição, pesquisas sobre índios e negros e a emigração
dessas populações. Compreender esses assuntos tornou-se fundamental, pois buscava entender
a formação dessa sociedade, formação da cidadania, da consciência e das relações de trabalho.
De acordo com Fernandes (1976), “a sociologia foi recebida, no Brasil, como novidade
intelectual, simultaneamente á sua criação na sociedade europeia”.
Os assuntos abordados por essa ciência nos anos seguintes voltaram-se para as
pesquisas com as classes trabalhadoras e tudo que emergia em volta dela, como: empregados
e empregadores, salários, jornada de trabalho, entre outros. Somente depois dos anos 60
podemos observar uma preocupação maior com o processo de industrialização que se
desenvolvia e o fortalecimento de discussões sociológicas abordando estudos as novas
dificuldades que surgiam com esse processo industrial.
Desde o processo de industrialização podemos perceber a fragilidade da
sociologia após ser banida devido ao golpe militar e ser estudada como uma disciplina
facultativa sendo presente em poucas instituições, somente em 2009 que passou a ser uma
disciplina obrigatória.
Partimos desde a colonização, até chegarmos à década de 1930, com a formação
dos primeiros sociólogos, sendo eles Gilberto Freyre, Sergio Buarque de Holanda, Roberto da
Mata, Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes, entre outros. Que desenvolveram interpretações
para a realidade brasileira, era um momento de transformações históricas em todo o mundo: a
segunda guerra mundial deixa marcas na sociologia em geral e também no pensamento que
vinha se desenvolvendo no Brasil, sendo um desses a não aceitação da sociologia como
disciplina acadêmica. De acordo com Fernandes (1976),
Foi em meio às transformações dos anos 1930 que o ensino da sociologia foi
institucionalizado no Brasil. Intelectuais de diversas partes do mundo foram convidados a
formar o primeiro curso na Universidade de São Paulo, onde estudou os pensadores da
sociologia brasileira, como Florestan Fernandes, ele foi Integrante do primeiro grupo de
sociólogos formado pela USP, e é um dos principais pensadores do nosso país. A geração
formada entre os anos 40 e 50, pela Universidade de São Paulo, foi a responsável pela
sistematização do pensamento social no Brasil, desenvolvendo para a nossa Sociologia uma
metodologia específica e voltando para nós mesmos os olhares científicos, tratando de temas
nacionais. O principal nome a figurar entre essa geração foi Florestan Fernandes, analisando
assuntos como a questão do negro e questões sociais.
É evidente, pois, que o negro brasileiro não mais pode ficar apático, indiferente, em
face das realidades que o cercam. Não mais pode esperar, com aquela santa
ingenuidade avoenga, pelo decreto salvador que o integre de fato e de direito na
comunhão brasileira. Precisa lutar. Instruir-se. Interessar-se pelos problemas
essenciais da humanidade e do país e pelas questões basilares da sua sorte.
(FERNANDES, 1978, p. 98)
Os estudos do Brasil feitos por Fernandes mostram uma formação de luta e uma
maneira de se desenvolver da sociedade brasileira, sociedade formada por povos indígenas,
negros, etc. As pesquisas de Florestan encontram-se na forma de interpretar as possibilidades
e condições sociais, revolução social é uma das temáticas mais utilizadas por este autor. Seu
ponto de vista em todas as suas obras eram voltados para os excluídos, no seu livro “a
integração do negro na sociedade de classes” o autor nos mostra as relações de raça no Brasil,
através de movimentos e reedificação os negros buscam se reafirmar na sociedade após a
abolição da escravatura, e para eles a única forma disso acontecer é com o ensino. Fernandes
nos mostra as dificuldades de adaptação do negro em uma sociedade livre, e de como
dominação “branca” trouxe diversas barreiras para essa adaptação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS:
MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. 38ª ed. - São Paulo Brasiliense, 1994.