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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE DESENHO TÉCNICO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESENHO INDUSTRIAL

NICOLY MORAIS DE ALMEIDA

Mesa de Apoio aos Operadores de Centro de Usinagem CNC

Niterói
2022
NICOLY MORAIS DE ALMEIDA

Mesa de Apoio aos Operadores de Centro de Usinagem CNC

Trabalho de conclusão de disciplina


apresentado no período letivo de 2022.2,
como requisito parcial para conclusão das
disciplinas de Projeto de Design 6 e
Ergonomia 4.

Professores responsáveis
Profa. Dra. Renata Villanova Lima
Prof. Dr. João Carlos Lutz
Prof. Dr. João Marcos Bittencourt

Niterói
2022
Dedico este trabalho à minha família, que
sempre me apoiou, especialmente minha
avó, que sempre acreditou em mim e é
minha maior fã. Obrigada por tudo.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente aos meus orientadores, João Carlos Lutz Barbosa, Renata
Vilanova Lima e João Marcos Quadros Bittencourt, que me auxiliaram nessa jornada
e me aconselharam sempre com as melhores soluções, auxiliando o
desenvolvimento deste trabalho.
Também agradeço à monitora Beatriz Andera Salazar, por ter auxiliado diversas
vezes, sempre sendo tão cordial e gentil comigo.
Agradeço aos monitores do Laboratório, que me auxiliaram demais na construção do
modelo volumétrico. Especialmente o professor Gabriel, que me orientou várias
vezes durante a construção.
Agradeço, por último, meu noivo, Pedro, que carregou os pallets e me ajudou com
apoio emocional nos piores dias.
SUMÁRIO

1. Análise de informações 7
1.1 Entrevistas 8
1.2 Jornada do usuário 9
1.3 Análise da tarefa 13
1.3.1 Caracterização da tarefa 14
1.3.2 Descrição da tarefa 14
2. Síntese 18
2.1. Requisitos e Restrições 18
2.2. Similares 19
2.3. Modelagem Verbal 20
3. Gerando alternativa 22
3.1. Alternativa 1 23
3.2. Alternativa 2 24
3.3. Escolha do conceito 25
3.4. Alternativa Escolhida e Detalhamento 25
4. Testando modelos físicos 30
5. Detalhamento técnico 36
6. Conclusão 38
5

INTRODUÇÃO

Usinagem de peças é um trabalho que requer bastante tempo, dedicação e


organização de seus operadores, principalmente por conta da quantidade de
detalhes durante a execução, faz com que exija um nível de atenção considerável, já
que qualquer erro pode ser um grande problema para a produção, levando em
consideração que existem fases neste trabalho, como pré usinagem, onde é iniciado
todo o procedimento. Cada detalhe é de grande importância, não só para facilitar a
produção em si, mas para que não haja nenhum tipo de erro e o trabalho seja
executado da melhor forma.
Sabendo dessa complexidade para a execução da tarefa, é importante frisar
que muitas ferramentas são utilizadas, mas não priorizadas de forma adequada,
fazendo com que haja certo acúmulo das mesmas. Além disso, há casos em que a
troca automática das peças nas próprias máquinas não funcionam, fazendo com que
o operador tenha que trocar no final de cada operação. Sendo assim, foi observado
como que a organização poderia auxiliar da melhor forma os operadores,.

Objetivo

O projeto é voltado para auxiliar os operadores de centro de usinagem em sua


rotina na produção de peças, principalmente por ter visto de perto a dificuldade
sofrida devido às bancadas e mesas disponíveis para o ramo da usinagem,
principalmente por não se adaptarem da forma adequada e não possuírem o espaço
específico para as ferramentas utilizadas durante a produção. Pensando nisso, o
objetivo principal é trazer mais praticidade e eficiência aos postos de trabalho.

Justificativas

Levando em consideração a vivência na fábrica, principalmente por ter sido


operadora, foram vistos diversos problemas, então na maioria das vezes durante a
jornada de trabalho, analisava o que poderia auxiliar e facilitar. Sabendo disso por
ter tido bastante contato com os antigos colegas de trabalho, foi pensado em como
poderia ajudá-los.
6

Por não serem facilmente encontradas mesas adaptadas para essas


situações, pois já que a troca de ferramentas é manual, foi analisado que a melhor
forma de ajudar seria produzir um produto pensado para essa situação específica
com as especificações para facilitar o trabalho dos operadores.

Público alvo

Operadores de Centro de Usinagem CNC, especialmente os que trabalham


em máquinas que não possuem a troca automática de peças, fazendo com que
precisem efetuar trocas manualmente.
7

1. ANÁLISE DE INFORMAÇÕES

Levando em consideração que o local de trabalho escolhido já é conhecido pela


aluna, todos os detalhes foram analisados para que o leitor consiga entender, pelo
menos um pouco de como funciona o trabalho dos operadores de centro de
usinagem. Sendo assim, após a vivência tida na fábrica, foi necessário ter uma visão
mais crítica e analítica dos problemas. Entendendo os problemas e o ambiente de
trabalho, será possível pensar em diversas soluções.

1.1 Entrevistas

Levando em consideração que a aluna já trabalhou nesse ramo, foi analisada


durante as jornadas de trabalho a dificuldade dos operadores das máquinas em
manter o seu espaço organizado. Sendo assim, por ter o privilégio de conhecer os
trabalhadores, foram realizadas diversas conversas para ajudar a definir quais
seriam os pontos de melhora e possíveis soluções para os problemas, tanto por
conta da movimentação para utilizar as ferramentas de usinagem, quanto para a
organização.
Através das informações coletadas nas entrevistas, foi detectado problemas
como priorização de algumas ferramentas durante o trabalho, principalmente por
conta da quantidade que fica em cima da mesa principal, por conta disso, haveria
muitas ferramentas que até mesmo eram desnecessárias durante o trabalho. Além
disso, existe o esforço para pegar as ferramentas da mesa auxiliar.

1.2 Jornada do usuário

A Jornada dos operadores se inicia assim que registram o horário de chegada na


empresa, assim feito, vão para seus devidos ambientes de trabalho, que são as
máquinas de centro de usinagem CNC. É conferido a Ordem de Serviço caso não
tenham peças em processo, caso haja, o pedido vai para outra máquina. Após isso,
os operadores conversam com os programadores, com quem trocam informações
sobre a peça, se houver dúvidas em relação às ferramentas que serão utilizadas
8

durante o processo, como fresas específicas. Além disso, também é conferido o


programa CNC.

(Figura 1 - Operador e Programador)

Em seguida é iniciada os preparativos para produção, onde procuram a melhor


forma de fixar a peça na máquina CNC, como em placas de tornos, morsas
coordenadas, tudo isso é a fase de pré usinagem, geralmente procuram em suas
próprias bancadas, mas caso não encontrem, recorrem a procurar em outras
máquinas para pedir emprestado. Os operadores que foram entrevistados dão
bastante atenção para essa fase, já que pode facilitar de forma significativa a
produção, auxiliando para as próximas peças.
Após encontrarem todas as ferramentas, é iniciada a fixação e é também
conferida a centralização da peça, é quando o operador “zera” as ferramentas em X,
Y e Z, que serão utilizadas durante a produção, fazendo isso com cada ferramenta.
Finalizando, é iniciada a usinagem da primeira peça. Abaixo uma imagem ilustrativa
para entender o que são os eixos X, Y e Z no Centro de Usinagem.
9

(Figura 2 - Eixos do Centro de Usinagem CNC)

Na centralização, o operador utiliza um martelo de borracha para conseguir


mover de pouco em pouco para a peça ficar centralizada. A centralização é de
grande importância, já que, se não feita adequadamente, a usinagem pode ser
comprometida, por exemplo: caso a peça esteja para o lado direito, certamente terá
efeito no lado esquerdo. Caso sejam peças cilíndricas, como na imagem acima, é
necessário o relógio comparador, que quando “gira”, mostra quais lados precisam de
ajustes. Há outras formas de centralizar, mas cada peça possui suas
particularidades.
10

(Figura 3 - Centralização)

Após a primeira peça, é solicitada verificação das medidas pelo inspetor de


qualidade, que averigua todas as medidas e confere se está tudo de acordo
seguindo o desenho técnico. Caso esteja tudo na medida, é iniciada a produção
seguindo a demanda da Ordem de Serviço. Caso não, é verificado os possíveis
erros, podendo ser na forma de prender, programa, especificações das próprias
máquinas.

Depois de todas essas etapas, é iniciada a produção, onde o operador fica ao


lado da máquina observando todo o processo. Lembrando que a máquina do
operador em questão, o Magazine, que é o que faz a máquina CNC ter a troca
automática de ferramentas durante a produção, não funciona, fazendo com que ele
tenha que trocar manualmente. Dependendo de quantas ferramentas serão
utilizadas durante a usinagem durante a usinagem, o operador precisa se locomover
até a mesa fixa onde é deixada as mesmas e trocá-las após o uso.

(Figura 4 - Mesa Fixa para ferramentas Magazine)

Sabendo dessa troca após cada operação, o usuário precisa se locomover até a
mesa auxiliar fixa, pegar a ferramenta, retirar a que já foi utilizada, inserir a próxima
na máquina, e assim continuamente até o final da produção de cada peça. Também
11

devemos considerar que cada caso é diferente, pois dependendo da quantidade de


ferramentas a serem utilizadas, não há essa troca constante. Sabendo disso, foi feito
um mapeamento mostrando a locomoção durante a jornada do usuário.

(Figura 5 - Mapeamento)

Depois da produção de todas as peças solicitadas na Ordem de Serviço, o


operador precisa levá-las ao controle de qualidade, onde será conferido todas as
medidas de todas as peças.
Resumidamente, foi visto que as etapas são:
1. Checar a OS
2. Formas de produção (programa do CNC, ferramentas que serão utilizadas)
3. Fixação (Pré Usinagem)
4. Centralização
5. Zeramento das peças em X, Y e Z
6. Produção da primeira peça (Usinagem)
7. Inspeção das medidas, caso esteja tudo bem, passará para a próxima etapa
8. Produção das Peças solicitadas
9. Controle de Qualidade para conferir (Pós Usinagem)
12

1.3 Análise da tarefa

Foi analisado que há bastante esforço físico durante a fase da pré usinagem,
principalmente por conta das ferramentas auxiliares que são utilizadas para fixar a
peça na própria máquina. Muitas das vezes são usados materiais pesados, por mais
que tenham ponte rolante, ainda assim necessitam de porcas, parafusos, garras,
ferramentas que o operador precisa procurar na mesa auxiliar fixa.

Além do esforço na fase pré usinagem, que inclui Fixação, Centralização e


Zeramento das peças, durante a jornada de trabalho há também o esforço contínuo
na troca de ferramentas, principalmente por ter a distância da máquina para a mesa
auxiliar fixa.

1.3.1 Caracterização da tarefa

A empresa de Usinagem de Peças Mecânicas funciona de segunda à sexta,


o horário de trabalho é das 7h da manhã às 17h da tarde, tendo pausa para o
almoço de uma hora. Nesse tempo de serviço, podem ser feitas diversas peças
dependendo da dimensão e do prazo para entregá-las. Então de acordo com a peça
é necessário às vezes o dia todo para concluir, ou até mesmo dias.

A maioria dos usuários da empresa possuem entre 25 à 50 anos, então varia


bastante o real perfil, alguns possuem anos trabalhando na área, consequentemente
possuem também mais segurança e conhecimento. Então, na maioria das vezes não
possuem dúvidas em relação ao programa que é feito para a máquina CNC.

1.3.2 Descrição da tarefa

Como foi dito anteriormente, usinagem de peças nas fresas CNC é um trabalho
repleto de detalhes e que exige muita atenção, sendo assim, foi visto que a melhor
forma de analisar e explicar essa tarefa é separado em fases.

Fase Pré usinagem Produção Pós produção

1. Fixação de peças, 1. Primeira peça, 1. Controle de


2. Centralização 2. Inspeção das Qualidade
13

3. Zeramento das medidas 2. Medição das


Ferramentas 3. Produção das Peças
peças
(Tabela 1 - Fases da Usinagem)

A primeira fase consiste em receber a OS (ordem de serviço) e entender o


desenho técnico, onde é também visto as ferramentas a serem utilizadas e como
fixar as peças na mesa do centro de usinagem.

Durante a etapa de pré usinagem, existe um certo esforço físico para colocar as
placas de torno ou morsas na máquina, por conta do peso durante a locomoção,
pode acontecer de precisar de pesos (que são auxiliares para a fixação), garras,
parafusos, etc, então o operador pode procurar em outras máquinas dos colegas de
trabalho, pois muita das vezes por conta da desorganização, acabam não
encontrando na própria área de trabalho. Na Tabela abaixo, é possível ver as
ferramentas mais utilizadas.

Ferramentas de Uso Contínuo

● Relógio Comparador
● Calculadora
● Instrumentos de Medição
● EPI
● Chave (de boca e allen)
● Martelo de Borracha
● OS
● Desenho Técnico
(Tabela 2 - Ferramentas)

Ferramentas de Uso Obrigatório (por conta de fiscalização)

● EPI
● OS (Ordem de Serviço
● Desenho Técnico
● Instrumentos de Medição
(Tabela 3 - Ferramentas)

Ferramentas de uso esporádico

● Chaveta Mecânica
● Gabarito
14

● Trena
● Calibrador Tampão de Rosca
● Contra-Ponto
(Tabela 4 - Ferramentas)

Ferramentas pré usinagem

● Placa de Torno
● Morsa
● Parafuso
● Garra
● Rosca, Arruela e Porcas
● Apoio Calço
● Calço Regulável
● Pinça
● Ferramentas para magazine
(Tabela 5 - Ferramentas)

(Figura 6 - Centralização da peça)


15

Sendo assim, é conclusivo que não há uma priorização de peças em cima da


mesa, então acaba sendo muitas informações, o que com certeza dificulta na hora
de achar determinada ferramenta. Peças, ferramentas, instrumentos de medição,
EPI, panos, desenhos técnicos, tudo ao mesmo tempo em um só lugar.
16

2. SÍNTESE

Após analisar a tarefa e ver como é a jornada de trabalho dos operadores, foram
vistos alguns pontos que poderiam ser levados em consideração para os requisitos e
restrições, principalmente por conta da movimentação durante a produção das
peças, pegando ferramentas, instrumentos de medição, entre outros.Requisitos e
Restrições

Requisitos
● Móvel por conta da locomoção do Operador
● Resistente por conta das outras ferramentas
● Fácil acesso às ferramentas mais usadas, como instrumentos de medição
● O produto não deve comprometer a circulação no espaço de trabalho

Restrições

● Uso constante, podendo quebrar em certas partes, com trilhos de gaveta


● Pouco espaço para circulação
● Serviços mais pesados

2.1. SIMILARES

Similar 1
Como é um modelo não comercial, não
foram encontradas informações técnicas
do produto.
17

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Marca: Vonder
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amarelo
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Similar 3
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7 gavetas completamente amovíveis (588x367
mm)
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Preço: R$5.133,80
18

2.2. Modelagem Verbal

Levando em consideração que, apesar dos similares possuírem diversas


qualidades para suprir o requisito de ser móvel, não possuem compartimento para
as ferramentas do magazine. Abaixo foto com a atual mesa dos operadores.

(Figura 7 - Mesa auxiliar Fixa)

Foi priorizado que o produto tenha, não só espaço para as ferramentas do


magazine, mas também um espaço destinado aos acessórios e ferramentas de uso
contínuo, que são necessárias para a usinagem, como instrumentos de medição,
EPI, desenhos técnicos, etc, para que também fiquem de forma priorizada no móvel
auxiliar.
Além disso, seria ideal um móvel que consiga ser movido de acordo com a
necessidade do usuário, como por exemplo, durante o trabalho ele tenha que medir
19

alguma peça que está na máquina CNC, e também precise conferir alguma
ferramenta. Seria possível por ser móvel e possuir compartimento.
Também é preciso pensar no material a ser usado, pois deve ser resistente e
aguentar esforços e pesos.
20

3. GERANDO ALTERNATIVA
Pensando em todos os requisitos e restrições, foram geradas apenas duas
alternativas, pois foi visto que, após a ideia inicial, seria possível aprofundar e
melhorar de forma significativa.
A primeira, com a ideia inicial, e a segunda, com as melhorias que se encaixam
bem com as condições propostas.
21

3.1. Alternativa 1

(Figura 8 - Alternativa 1)
Nessa alternativa, teriam gavetas em que os trilhos seriam da própria madeira,
justamente pensando no problema caso seja usado bastante força, principalmente
com os serviços mais pesados. Como possui gavetas, ajudaria a guardar acessórios
para a usinagem, as gavetas maiores seriam para os acessórios maiores, as
menores para desenho técnico, instrumentos de medição e outros objetos menores.
Os trilhos foram pensados para apenas guiar as gavetas. Entre as duas gavetas
inferiores, teria uma chapa de madeira para dar mais força à gaveta.
Há também o rodízio industrial, que seria ideal para o requisito de ser móvel.
Lados positivos
● Móvel
● Fácil acesso às ferramentas do magazine
● Pequena
● Gavetas para guardar ferramentas, peças
22

3.2. Alternativa 2

(Figura 9 -Croqui inicial) (Figura 10 - Alternativa 2)

Nessa alternativa, há tubos quadrados de aço para serem resistentes,


também conhecidos como metalon. Cantoneiras laterais para serem os trilhos das
gavetas superiores, já que trilhos normais podem acabar quebrando conforme o
tempo passa. A chapa de metal em cima foi uma solução por conta do óleo que cai
das ferramentas após o uso, então para não molhar e danificar os instrumentos de
medição, desenhos técnicos, foi dado esse recurso. Além desses pontos, todas as
prateleiras são removíveis, a inferior é apenas encaixe justo, para dar bastante
segurança. A segunda, pode ser removida facilmente para caso seja necessário
utilizar o espaço.
Lados positivos
● Móvel
● Fácil acesso às ferramentas do magazine
● Pequena
● Resistente
23

3.3. Escolha do conceito

Como foi optado por não gerar tantas alternativas, o método de escolha foi
pensado tentando melhorar apenas uma alternativa. Através das orientações com os
professores, foi sugerido que fossem retiradas as gavetas, principalmente por conta
dos possíveis desgastes durante o trabalho, sem contar que teria um espaço mais
limitado e não seria possível acessórios maiores, como contrapontos de torno,
morsas, placas de torno, entre outros utensílios que são utilizados em usinagem no
centro de usinagem.
Além disso, foi visto que poderia usar um material mais resistente, justamente
por conta da jornada de trabalho dos operadores.
Ademais, por ter uma interação direta com os antigos colegas de trabalho, foi
conversado o que seria bom e o que seria sem muita utilidade, então foi levado em
consideração melhorias da alternativa 1.

3.4. Alternativa Escolhida e Detalhamento

3.4.1 Representação do conjunto

(Figura 11 - Alternativa Fechada)


24

( Figura 12 - Gavetas Abertas)

3.4.2. Detalhamento da Alternativa

(Figura 13 - Gavetas com Instrumentos de medição)


25

(Figura 14 - Gaveta para instrumentos de medição)

(Figura 15 - Gaveta para desenho técnico)


26

(Figura 16 - Modelo sem prateleira inferior)

(Figura 17 - Estrutura de Tubo Quadrado)


27

(Figura 18 - Detalhes das gavetas)

(Figura 19 - Vista Explodida)

A vista explodida não foi feita de forma adequada, pois houve um problema com o
Software que foi utilizado para o rendering do produto.
28

4. TESTANDO MODELOS FÍSICOS

Apesar de não utilizar o material ideal e proposto para o projeto,


principalmente por conta do preço, então foi optado por utilizar pallet, que foi
facilmente encontrado. A finalidade da montagem desse modelo volumétrico foi para
entender os encaixes de madeira e possíveis problemas nas gavetas com base de
cantoneiras.
Sendo assim, o modelo foi para testes para justamente adaptar no modelo
final.
4.1. Modelo físico 1

Como foi feito um modelo volumétrico, as dimensões foram pensadas para


ser parecido com o que seria o modelo final, porém, por conta do material que foi
feito, que não era um material regular e com diversas imperfeições, não ficou com as
exatas medidas, mas foi possível ver como os encaixes seriam.

(Figura 20 - Modelo com Gaveta aberta)


29

4.2. Construção do modelo

Apesar do projeto ser com outro material, para o modelo físico foi escolhido
pallet por ser um material fácil de achar e gratuito.
Durante o processo, foram utilizados diversos materiais como MDF e restos
de outras madeiras encontradas no laboratório.
A primeira coisa que foi elaborada foi o planejamento de como seria o móvel,
principalmente por conta da diferença de material e tamanho, já que o tubo
quadrado original do projeto seria de 30x30mm, então teria que ser projetado de
outra forma.
Após isso, foi necessário lixar todo o material por conta das deformações e
imperfeições, que poderiam até machucar durante a produção.

(Figura 21 - Antes e depois) (Figura 22 - Comparação)


30

(Figura 23 - Processo) (Figura 24 - Processo)

Finalizado isso, foi iniciada a construção do modelo, que foi construído por
etapas, focando em um lado e depois outro, como se fosse uma escada.
E então, a fixação de todos os pontos.
31

(Figura 25 Processo) (Figura 26 - Processo)

(Figura 27 - Modelo)
32

4.3. Teste realizado

(Figura 28 - Modelo e Humano 1.80) (Figura 29 - Modelo humano 1.80)

Levando em consideração que teria o rodízio, o modelo ficaria mais alto, mas
ainda assim não o suficiente para ser confortável para os operadores. Então após
esse teste de altura, foi visto que poderia ser um pouco mais alto.

4.4. Aprendizado para o projeto


Com certeza uma lição que foi aprendida é em relação aos materiais, qual
tipo usar até mesmo para modelos simples, já que podem comprometer o
desempenho e os tipos de teste que deseja fazer. Pallet foi um material difícil de
malear, já que, além do aspecto exterior, possuem irregularidades e muitos pregos, o
que dificulta ainda mais o processo. Então foi necessário um dia todo de trabalho
para apenas retirar esses defeitos.
Em relação ao projeto, foi de bastante aproveitado, já que após os testes, foi
visto que a altura ainda não estava a ideal, já que os operadores ficarão em pé
grande parte do tempo, é ideal um móvel um pouco mais alto que as mesas
33

comerciais. A princípio, antes dos testes, a altura seria de 850mm, incluindo os


rodízios industriais, mas, após o teste, foi visto que o ideal seria de 900mm,
aumentando os espaços das prateleiras inferiores. Além disso, foi visto que as
gavetas laterais seriam uma boa solução e teria proveito no produto final, então foi
de grande ajuda.
34

5. DETALHAMENTO TÉCNICO

Depois do modelo físico, foi possível a importância de não escolher qualquer


madeira ou material para o projeto, sendo assim, foi pensado materiais resistentes.

5.1. Indicação de materiais

Tubo Quadrado 30x30mm Aço Carbono SAE 6 metros 6000 mm


(Metalon) (Maioria dos fornecedores
Espessura: 1.20mm só vendem desse
tamanho, mas seria
usado apenas 960mm)

Cantoneira Laminada de Aço Laminado 2 metros


abas iguais 40x40mm
Espessura: 0.43 mm

Madeira Pinus 4 metros


Espessura: 20 mm
(Tabela 6 - Materiais)

(Figura 30 - Tubo Quadrado 30x30mm)


35

(Figura 31 - Cantoneira de abas iguais)

(Figura 32 - Madeira Pinus)


36

5.2. Elementos de série incorporados no projeto

DESTAQUE

Rodízio Giratório Placa Sem Freio Cinza Pvc 40Kg 2 Pol 6,7 Cm De Altura Placa
Pequena Glap 210 - Schioppa

https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1858270333-8-rodinha-rodizio-giratorio-rod
a-moveis-com-trava-freio-50mm-_JM

Processo produtivo

Para a Estrutura Principal


1. Uso de esmerilhadeira para o corte dos tubos quadrados
2. Processo Soldagem MIG/MAG para a estrutura
Para as madeiras
1. Corte Serra Tico-Tico
2. Cola de Madeira e Parafusamento
37

6. CONCLUSÃO

Aprendi muito com esse projeto, principalmente por ser o primeiro trabalho
individual e lidar com tudo sozinha me fez refletir sobre diversas coisas, até mesmo
se estou no caminho certo ou não, mas no final, pude ver como evolui em diversos
aspectos, especialmente com os erros cometidos.
Vi que é necessário um planejamento e seguir o tempo certo, para que no
final, mesmo com imprevistos, dê para resolver adequadamente. Durante a
produção do modelo físico pude perceber que na teoria é tudo mais tranquilo, mas
“botar a mão na massa” é bem mais complicado.
Imprevistos aconteceram e consegui perceber que era necessário mais
atenção em vários pontos, até mesmo no próprio software a ser utilizado, já que tive
certa dificuldade para aprender do 0, pois antes era acostumada com outro, mas
acredito que design tem muito disso, de ser resiliente e acabar dando um jeito em
tudo.
Esse projeto foi bem especial para mim, ainda mais por ter sido um produto
que queria fazer enquanto estava trabalhando, todos os dias pensava em como
poderia ter me auxiliado um móvel desses. Acredito que atenderia a necessidade
deles e por mais que eu não tenha conseguido montar o protótipo físico fiel à ideia,
fiquei satisfeita com o projeto todo em si.
38

REFERÊNCIAS

DE MORAES, A; MONT’ALVÃO, C. Ergonomia: Conceitos e Aplicações, São Paulo:


2AB Editora, 2000.

IIDA, Itiro. Ergonomia: Projeto e produção. São Paulo: Edgar Blücher, 2005.

SHOCKMETAIS. Tabela de medidas, pesos e informações técnicas. 2019.


Disponível em: <https://shockmetais.com.br/tabelas/aluminio/tubo-r>. Acesso em:
22/12/2022.
39

Apêndice 01: Desenho técnico


40
41
42

Foi feito a mão, o Software que foi utilizado deu algum problema e acabou expirando
o tempo de licença, não consegui renovar a tempo, então a visão explodida técnica
e isométrica eu não consegui finalizar.

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