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operação (basta seguir a sequência padrão), terá sua mente livre para olhar
de forma crítica para as operações que realiza e o processo no qual está
inserido, podendo assim colaborar de forma mais efetiva para o processo
de melhoria contínua. Imai (1986) afirma que não pode haver melhorias
onde nem sequer existe padrão. O mesmo autor ainda opina que os padrões
existem apenas para serem substituídos por padrões melhores exigindo
constantes revisões e aperfeiçoamentos. Esta opinião é importantíssima ao
se lidar com um problema frequente na implantação do trabalho
padronizado, que é a resistência cultural dos operadores que após a
implantação não poderão mais “fazer como acham melhor” e terão que
seguir o roteiro. É importante lidar com estas situações deixando claro aos
operadores que o padrão não deve ser encarado como um limite, mas sim
com um degrau de melhoria, que deve ser frequentemente questionado,
revisado e na medida do possível aperfeiçoado. Portanto, apesar de ser
obrigado a seguir o padrão, ele pode e deve questioná-lo sempre que for
pertinente, colaborando assim para o processo de melhoria contínua.
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Os padrões de qualidade aumentam porque os trabalhadores
identificam o procedimento mais efetivo para cada trabalho, e desvios
do padrão se tornam evidentes;
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A determinação de operações padronizadas em uma fábrica demanda a
realização de alguns passos, listados a seguir:
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Folha de operação padrão: são diagramas do layout dos
equipamentos (preferencialmente célula), acompanhado dos dados
de takt time, quantidade padrão de material em processo, tempo de
ciclo, pontos de verificação e teste do produto e pontos de atenção
quanto à segurança da operação. Podem ainda acompanhar esta
folha, alternativas de alocação de mão de obra, para diferentes
quantidades de operadores para o balanceamento da mão de obra.
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Esta divisão facilita a identificação de oportunidades de melhoria em futuras
revisões do padrão, já que ele separa as atividades que agregam valor
daquelas que não agregam valor ao produto.
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Outro ponto importante é que o padrão jamais deve ser estabelecido por
uma equipe totalmente externa à equipe de trabalho que irá utilizar este
padrão. Para que haja progresso no processo de melhoria, os operadores
devem ser envolvidos neste processo desde o seu princípio. Além disto, este
envolvimento permite o desenvolvimento da cultura de melhoria, reduzindo
as possíveis resistências culturais à implantação do padrão.
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Como visto, a folha em si não é um instrumento complexo, ao contrário, deve
ser fácil compreensão para que seja um facilitar da rotina de produção. Não
há um padrão exato para o cabeçalho, mas este deve conter informações
básica de identificação do processo ou célula ao qual se refere, a data da
última atualização e o responsável por sua aprovação. Podem ser
adicionados outros dados que a empresa julgue necessários ao controle da
documentação como códigos internos, responsável pela distribuição e etc....
No nosso exemplo, logo abaixo do cabeçalho de identificação e no canto
esquerdo está o quadro no qual é identificada a sequência e a descrição de
cada operação a ser realizada no processo, com quatro colunas adicionais,
onde deve ser preenchido o tempo necessário para realização da operação
em cada um dos quatro modelos (A, B,C e D) que compõem a família de
produtos. No canto direito está o espaço reservado para o desenho do layout
da célula, onde deve ser desenhado o fluxo dos materiais dentro do
processo, bem como as caminhadas realizadas pelos operadores. Logo
abaixo, no canto esquerdo temos o tempo takt, para que o operador, o
estoque padrão de material em processo e um pequeno memorial das
últimas modificações no padrão, para que ao receber uma nova revisão os
operadores possam identificar facilmente o que mudou. No canto direito,
temos o diagrama de tempo de ciclo, que é uma representação gráfica dos
tempos de ciclo de cada modelo na forma de barra. O intuito é a fácil
visualização da sua diferença em relação ao tempo takt, orientando os
trabalhos de melhoria contínua.
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Resumindo
Não se pode efetuar melhorias em um sistema produtivo que sequer possui
um padrão, logo padronizar é preciso. Esta é a ideia principal da
padronização do trabalho, eliminar variabilidade do sistema e nivelar o
conhecimento dos operadores preparando o terreno para o processo de
melhoria contínua. Conscientizar a equipe de que o padrão é apena sum
degrau de melhoria e não um limite a ela é fundamental para que haja o
envolvimento dos operadores e seja eliminada a resistência cultural à
padronização. A Análise das operações, movimentos e tempos de ciclo para
o processo de padronização, permite que a carga de mão de obra seja
nivelada e que se conheça os problemas potenciais que ameaçam o
atendimento ao tempo takt. Todo este processo deve incluir membros do
time que trabalho no processo que está sendo padronizado para que a
experiência empírica destes operadores possa ser formalizada no padrão e
para fomentar a cultura de melhoria. A folha de processo padrão é o
documento que será produzido por essa padronização, ele deve ser simples
o suficiente para que seja de fácil leitura, mas carregando as informações
necessárias para que o padrão seja útil. Este documento será o responsável
por acumular a experiência de todos a respeito do processo e transmiti-la
aos operadores menos experientes, permitindo assim um treinamento
menos oneroso e uma mão de obra mais flexível. Além destes pontos, o
nivelamento do conhecimento através da padronização ainda permite
ganhos significativos em termos de qualidade, pois peças e operações fora
do padrão serão mais evidentes, e em termos de segurança, uma vez que
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por mais inexperiente que o operador seja, se ele possui uma folha de
trabalho padrão bem elaborada em mãos saberá com antecedência os
pontos críticos em termos de segurança para a sua operação.
Referências
IMAI, M. Kaizen: a estratégia para o sucesso competitivo. São Paulo:
Imam, 1986. 236p.
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