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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

1. O rascunho da redação deverá ser feito no espaço apropriado e não deverá ser entregue
2. O texto definitivo deverá ser escrito em até 30 linhas
3. A redação que apresentar cópia dos textos motivadores terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para a contagem de linhas
4. Receberá nota zero , em qualquer das situações expressas a seguir, a redação
que:
4.1 tiver até sete (7) linhas escritas, sendo considerada texto insuficiente
4.2 fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo
4.3 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto

TEXTO I
A humanidade tem experimentado o fenômeno de virtualização dos laços sociais, em que a
importância da manutenção da vida cibernética se iguala, e por vezes até supera, à interação física.
Dessa forma, tão essencial quanto dar notícias sobre o próprio bem-estar a um ente querido é
publicar excessivamente sobre si mesmo nas mais diversas redes sociais. No momento em que os
indivíduos submetidos a esse aspecto sociológico se tornam pais, existe a tendência de esse
comportamento obsessivo por compartilhar publicações online envolver também o cotidiano de seus
filhos menores. Nesse sentido, o neologismo sharenting refere-se à prática de divulgar,
exageradamente, informações sobre os filhos menores, tais como fotografias, vídeos, detalhes das
atividades que a criança realiza, como expor o colégio em que estuda, ou qualquer outra atitude
exibida sem consentimento. Essa conduta faz com que crianças sejam submetidas ao
compartilhamento dos próprios dados pessoais, sem prévia autorização, o que, além de violar seu
direito à privacidade, e de resguardo à sua intimidade, poderá acarretar em outras implicações
perturbadoras quanto à identidade do menor. O capítulo II do Código Civil Brasileiro dispõe acerca
dos direitos de personalidade, e, mais precisamente em seu artigo 21, o referido código define que é
inviolável a vida privada da pessoa natural. Em consonância com a proteção desse direito
fundamental, o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que é imprescindível a proteção e a
garantia dos direitos básicos do menor referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária. Texto disponível na íntegra em:
https://www.conjur.com.br/2021-jan-24/opiniao-implicacoes-juridicas-fenomeno-sharenting.

TEXTO II
É interessante notar que, mesmo que não haja, explicitamente, a intenção dos pais de exporem
seus filhos ou, ainda, que os pais tentem exercer mecanismos para preservar os dados pessoais
dos menores (omitindo o nome, por exemplo), a análise do comportamento dos adultos nas redes
sociais pode permitir que terceiros façam inferências a respeito de informações que possam ser
associadas a uma criança concreta e específica, tais como localização, idade, aniversário e
religião. Basta, para tanto, compartilhar uma recordação de viagem, de festa ou de ida à igreja em
que o filho ou a filha esteja acompanhando o pai ou a mãe. A ideia de sharenting também abarca
as situações em que os pais fazem a gestão da vida digital de seus filhos na internet, criando perfis
em nome das crianças em redes sociais e postando, constantemente, informações sobre sua
rotina. É o caso da mãe que, ainda grávida, cria uma conta em uma rede social para o bebê que irá
nascer. Tal rede social será alimentada com fotografias, recordações sobre aniversários, primeiros
passos, primeiros dias escola, amigos, animais de estimação, relacionamento com familiares e
várias outras informações. (Disponível em
https://www.publicacoes.uniceub.br/RBPP/article/download/4821/xml. Adaptado)
TEXTO III
Os mecanismos para coleta de dados de crianças na sociedade contemporânea, como visto, são
bastante amplos e os interesses sobre os dados das crianças podem ser os mais variados, desde a
curiosidade, passando pelos crimes ligados à pedofilia até o objetivo de realizar práticas
comerciais. Uma das alternativas no campo das políticas públicas para o tema, tal como sugere
Steinberg, seria a implementação de medidas para educar os pais sobre o uso de mídias sociais e
que reconheçam a necessidade de proteção da privacidade das crianças. A proposta permitiria não
apenas aos pais, mas também a parentes, amigos, colégios e quaisquer outros terceiros que
tenham relação com crianças, a aquisição de conhecimentos importantes sobre os riscos
envolvidos no uso de redes sociais para compartilhar informações referentes a menores. Esse tipo
de conhecimento permitiria aos pais compartilharem suas histórias de vida nas redes sociais
protegendo, ao mesmo tempo, a privacidade de seus filhos. A liberdade de expressão e o direito à
privacidade são entendidos como direitos fundamentais, e, no âmbito das discussões referentes ao
direito à privacidade, nasce, no Brasil, a ideia do direito fundamental à proteção de dados pessoais.
Sobre a liberdade de expressão, o artigo IV da Constituição Federal (CF) estabelece o direito à
livre manifestação do pensamento e o art. 220 da Carta Magna reforça a liberdade de informação,
vedando, expressamente, a existência de dispositivos que possam constituir embaraço à liberdade
de expressão jornalística ou, ainda, censura de natureza política, ideológica ou artística.
(Disponível em <www.publicacoes.uniceub.b > Acesso em 30/03/2022. Adaptado)

TEXTO IV

Disponível em https://gente.globo.com/invasao-de-privacidade/ Acesso em 30/03/2022.

Proposta: A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Como garantir liberdade
de expressão e privacidade de crianças no ambiente digital”, apresentando proposta
de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
RASCUNHO
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REDAÇÃO (uso obrigatório de caneta)
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CORREÇÃO. Esta folha é de uso exclusivo do professor
COMPETÊNCIA 1 – Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita
200 pontos = Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita
serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência
160 pontos = Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da
escrita
120 pontos = Demonstra domínio mediano da modalidade escrita forma e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da
escrita
80 pontos = Demonstra domínio insuficiente da modalidade escrita formal, com muitos desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções
da escrita.
40 pontos = Demonstra domínio precário da modalidade escrita formal, de forma sistemática, com diversificados e frequentes desvios gramaticais, de
escolha de registro e de convenções da escrita
0 ponto = Demonstra desconhecimento da modalidade escrita formal.
COMPETÊNCIA 2 – Compreender a proposta de redação e aplicar conceito das várias área de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos
limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
200 pontos = Apresenta excelente domínio do texto dissertativo argumentativo a partir de um repertório sociocultural produtivo, e apresenta
excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.
160 pontos = Apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.

120 pontos = Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo- argumentativo, com
proposição, argumentação e conclusão
80 pontos = Desenvolve o tema recorrendo à cópia de trechos dos textos motivadores ou apresenta domínio insuficiente do texto
dissertativo-argumentativo, não atendendo à estrutura com proposição, argumentação e conclusão
40 pontos = Apresenta o assunto, tangenciando o tema, ou demonstra domínio precário do texto dissertativo-argumentativo, com traços constantes de
outros tipos textuais.
0 ponto = Fuga ao tema/não atendimento à estrutura dissertativo argumentativo.
COMPETÊNCIA 3 – Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
200 pontos = Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em
defesa de um ponto de vista.
160 pontos = Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de
vista
120 pontos = Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados,
em defesa de um ponto de vista
80 pontos =Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas desorganizados ou contraditórios e limitados aos argumentos dos
textos motivadores, em defesa de um ponto de vista.
40 pontos = Apresenta informações, fatos e opiniões pouco relacionados ao tema ou incoerentes e sem defesa de um ponto de vista

0 ponto = Apresenta informações, fatos e opiniões não relacionados ao tema e sem defesa de um ponto de vista.
COMPETÊNCIA 4 – Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
200 pontos = Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.

160 pontos = Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos

120 pontos =Articula as partes do texto, de forma mediana, com inadequações e apresenta repertório pouco diversificado de recursos coesivos.
80 pontos = Articula as partes do texto, de forma insuficiente, com muitas inadequações e apresenta repertório limitado de recursos coesivos.
40 pontos = Articula as partes do texto de forma precária.

0 ponto = Ausência de marcas de articulação, resultando em fragmentação das ideias.


COMPETÊNCIA 5 – Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
200 pontos = Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
160 pontos = Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

120 pontos = Elabora, de forma mediana, proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

80 pontos = Elabora, de forma insuficiente, proposta de intervenção relacionada ao tema ou não articulada com a discussão desenvolvida no texto.
40 pontos = Apresenta proposta de intervenção vaga, precária ou relacionada apenas ao assunto.

0 ponto = Não apresenta proposta de intervenção ou apresenta proposta não relacionada ao tema ou ao assunto.
SOMA TOTAL DE PONTOS

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