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DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL V

DOCENTE: EGNALDO DOS SANTOS OLIVEIRA JUNIOR


DICENTE: Anatalino Inácio De Sousa Filho e José Carneiro Da Silva Júnior.

FICHAMENTO

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SILVEIRA, Marcelo Augusto da. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA SISTEMÁTICA


RECURSAL E O PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO MÉRITO NO NOVO CPC. ISSUE
DOI: 10.21207/1983.4225.865. ISSN 1983-4225 – v.14, n.2, dez. 2019.

TEMA DO ARTIGO.

O artigo trata sobre a alteração de diversas regras quanto aos recursos, focando
principalmente sobre o agravo de instrumento. O fator predomintante no artigo é a
enfase da obrigação de que o poder juridico, leve em consideração a aceitação de
questões formais que antes eram consideradas inadmissiveis, fazendo assim com que
atinja o maximo do merito da causa. Neste aspecto, um ponto essencial que o artigo
nos traz, é sobre o principio da primazia do mérito, ao qual se tornou base da petição
inicial de qualquer processo jurídico.
“Um dos pontos que chama mais a atenção, em especial com relação ao
exercício da atividade da advocacia, é a adoção da regra da primazia do mérito, que
serve de premissa para todo o Código, evitando-se formalismos exagerados que
impedem a análise do mérito das ações e recursos, que se evidencia no próprio texto
do código em seu art. 4º que dita que “as partes têm o direito de obter em prazo
razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa”.” (SILVEIRA,
p. 248)

OBJETIVO.

Um dos objetivos do artigo, é deixar claro a importancia de diversos principios


que estão atados ao CPC. Dentre eles, temos o principio do duplo grau de jurisdição;
da colegialidade, da reserva de plenário; da taxatividade recursal; da
unirrecorribilidade; da fungibilidade recursal; da dialeticidade; da proibição da
reformatio in pejus; da ampla defesa e contraditório da voluntariedade; da plecusão
consumativa; do ônus do recurso e o principio da primazia ao qual o autor decorreu
mais minuciosamente acerca do tema.

MARCO ESPACIAL E TEMPORAL.

O artigo foi publicado em 2019, trazendo as novas aplicações do Codigo


Processual Civil de 2015, ao qual entrou em vigor no dia 16 de março de 2016. Neste
sentido, ainda havia muitas duvidas sobre as mudanças que ocorreram referente ao
codigo anterior, no tocante principalmente aos principios que regiam o antigo, e que se
manteram ou passaram a reger no novo código.

FONTES E METODOLOGIA UTILIZADAS.

O autor para a construção do artigo, fez uso de uma pesquisa bibliografica,


levando em consideração de diversos artigos academicos sobre o tema, como também
a utilização de artigos da CFB, do STF e do STJ; alem de utilizar diversos livros sobre
processo civil.

AUTORES QUE MAIS DIALOGA.

Na construção do artigo, vemos que o autor decorre da utilização de diversos


autores, colocando a problemática apresentada por cada um, bem como a conecção
entre eles. No entanto, se torna evidente após a leitura que o autor foca principalmente
na constitução federal e nos artigos

CONCEITOS TEÓRICOS.

A alteração dos principios processuais e a aplicação destes principios no


processo civil, e sua importancia para um julgamento mais equivalente.

PRINCIPAIS ARGUMENTOS DA AUTORA.


Os principais argumentos do autor se dá sobre as definições dos principios do
Código Processual Civil de 2015, focando principalmente em suas aplicações e
interpretações. Neste sentido, ele apresenta o principio da primazia do mérito que traz
a solução de merito como sendo esta prioritária, ou seja, o juiz deve fazer o possivel
para julgar o merito, ao qual o autor trabalha mais minunciosamente sobre este artigo.
“A nosso ver, um dos pontos mais positivos e impactantes do Novo CPC na vida
dos jurisdicionados é a prevalência do julgamento do mérito dos recursos em relação
ao apego demasiado às formas, e como consequência, a não admissão dos recursos
por cumprimento exacerbado das questões puramente técnicas, numa cultura nefasta
arraigada nos tribunais de, na tentativa de diminuição do número de recursos,
exagerar na cobrança dos requisitos de admissibilidade, inclusive com a utilização de
entendimentos sem respaldo nenhum na Constituição ou nas leis para obstar o
conhecimento de grande parte deles.” (SILVEIRA, p. 283)
Alem de mostrar a importancia do principio do duplo grau de jurisdicição, que
consiste na possibilidade de uma revisão da decisão do processo, que neste caso, será
realizado por uma jurisdição maior do que a que deferiu a decisão anterior.
“Além de satisfazer o inconformismo da parte, a revisão atua no sentido de
evitar abusos do juiz e corrigir eventuais erros em que este possa incidir, uma vez que
ele também é, como não poderia deixar de ser, sujeito à falibilidade humana.”
(SILVEIRA, p. 249)
Outro principio apresentado é o do colegiado, ao qual o autor declara: “O
princípio enuncia que os recursos devem ser julgados por órgão colegiado dos
tribunais. O órgão colegiado é o juiz natural dos recursos” (SILVEIRA, p. 255).
Partindo deste principio ele apresenta outro conectado a este, o principio da reserva do
plenário, ao qual está prescrito no artigo 97 da Constituição Federal de 1988.
Ele também apresenta o principio da taxabilidade recusal, na qual ele descreve
que “(...) os recursos somente podem ser criados por lei federal, conforme competência
a esta atribuída pelo art. 22, I/CF34 , não se admitindo que qualquer outro ente
federativo edite lei inovando o sistema recursal pátrio. (...)”(SILVEIRA, p. 258)
O autor deixa claro que o CPC/15, para atingir o merito da causa, esses
principios jurisdicionais fazem com que possam através deles serem alcançada um
resultado mais justo.
“Como produto dessa alteração principiológica, resta-nos a esperança de que
a tão prejudicial jurisprudência defensiva, criada pelos tribunais a partir do prestígio
ao excesso de formalismo processual, seja de vez sepultada, em nome do bom senso,
da efetividade da prestação jurisdicional e do respeito máximo a todos os cidadãos
sujeitos ao poder substitutivo estatal de dar solução aos conflitos de forma definitiva,
satisfatória e pacificadora.” (SILVEIRA, p. 291)

RESUMO DO ARTIGO.

O artigo ja informa desde o seu titulo sobre a importancia dos principios que
regem o processo civil, alem de abordar sobre um principio que foi acrescentado ao
codigo processual civil de 2015. Neste sentido decorre todos os principios mostrando
seus pontos principais e como estes tem fundamental importancia no processo para que
este possa ter uma maior validade jurisdicional, alem claro de uma sentença mais
condizente com a verdade. Mesmo que ainda ocorra erro humano, no decorrer do
processo, vem a importancia dos principios como por exemplo da dupla jurisdição, que
veio para solucionar essas falhas do processo, desta forma obtendo uma maior
satisfação do processo.

CRÍTICAS.

O artigo, apresenta de forma clara as mudanças ocorridas, na transição do antigo


codigo processual para o novo, porém vemos que durante a construção do artigo, com
a mudança de muitos colaboradores, este hora apresentava uma linha de pensamento,
logo em seguida uma contrapartida por outro autor, desta forma mesmo que para
transparecer o tema, o autor deixava um pouco confuso sobre o real propossito do
principio.
Neste sentido ainda, ao final de cada principio, ele fazia um apanho geral
tornando um elo entre os dois pensamentos distintos, alem de conectar também cada
principio, e focar em suas particularidades e como estes protegem os direitos
constitucionais dos individuos.

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