Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PLANEJAMENTO
SOCIAL
Intencionalidade e Instrumentação
PROFESSOR:DR:
JEFFESON WILLIAM PEREIRA
PARTE I
A RACIONALIDADE DO PLANEJAMENTO
Planejamento refere-se ao “processo permanente e metódico de abordagem racional e
científica de questões que se colocam no mundo social”.
A dimensão de racionalidade está ligada a uma lógica que norteia naturalmente as ações das
pessoas, levando-as a planejar, mesmo sem perceber que o estão fazendo.
C) de ação: relacionada à execução das decisões, é o foco central do planejamento, orienta-se por
momentos que a antecedem e é subsidiada pelas escolhas efetivadas na operação anterior, quanto
aos necessários processos de organização;
D) de retomada da reflexão: operação de crítica dos processos e dos efeitos da ação planejada,
com vistas ao embasamento do planejamento de ações posteriores.
ESTAS OPERAÇÕES SE INTER-RELACIONAM EM UM PROCESSO DINÂMICO E CONTÍNUO:
DECISÃO
REFLEXÃO AÇÃO
RETOMADA DA REFLEXÃO
O movimento de reflexão – decisão – ação – retomada da reflexão caracteriza o processo
de planejar.
Segundo Baptista (2013), hoje, tem-se a clareza de que, para o planejamento se efetivar
na direção desejada, é fundamental que, além do conteúdo tradicional de leitura da
realidade para o planejamento da ação, sejam aliados à apreensão das condições
objetivas o conhecimento e a captura das condições subjetivas do ambiente em que ela
ocorre:
I. o jogo de vontades políticas dos diferentes grupos envolvidos;
II. A correlação de vontades de forças;
III. A articulação desses grupos;
IV. As alianças ou as incompatibilidades existentes entre os diversos segmentos.
Faleiros (1997: 43-65)
Esse conhecimento irá possibilitar, além de propostas com índices mais altos de
viabilidade, a percepção e o manejo das dificuldades e das potencialidades para
estabelecimento de parcerias, acordos, compromissos e responsabilidades
compartilhadas.
DECISÃO
EQUACIONAMENTO OPERACIONALIZAÇÃO
AÇÃO
EQUACIONAMENTO
Corresponde ao conjunto de informações significativas para a tomada de decisões,
encaminhadas pelos técnicos de planejamento aos centros decisórios.
No entanto, esta função não é exercida pelo planejador de maneira distanciada de suas
escolhas no contexto das relações sociais, uma vez que, diante de um mesmo problema e
de uma mesma demanda, as pessoas têm diferentes formas de agir.
Isto está relacionado à visão de mundo de cada pessoa e à fonte onde busca seus
fundamentos no contexto de grandes correntes filosóficas.
DECISÃO
Construção/reconstrução do objeto;
Estudo de situação;
Definição de objetivos para a ação;
Formulação e escolhas de alternativas;
Montagem de planos, programas e/ou projetos;
Implementação;
Implantação;
Controle da execução;
Avaliação do processo e da ação executada;
Retomada do processo em um novo patamar.
NA PRÁTICA ESSE PROCESSO NEM SEMPRE SE MOSTRA NITIDAMENTE ORDENADO. MUITAS VEZES,
METODOLOGICAMENTE, O PLANEJADOR DESENVOLVE ATIVIDADES, SIMULTANEAMENTE, EM DIFERENTES
APROXIMAÇÕES, UMA VEZ QUE ELAS INTERAGEM DE MANEIRA DINÂMICA.
A consideração de que o estudo de situação na área social pode assumir abrangência quase
ilimitada leva o planejador a delimitar os aspectos a serem analisados, considerando
prioritariamente aqueles tidos como básicos para a compreensão da problemática e para a sua
ação.
Coleta de dados: deve-se ser coletados dados em quantidade e em qualidade compatíveis com
o nível de aprofundamento esperado de estudo com estratégia prevista para execução da
ação;
O planejador que pretende criar condições para uma intervenção que conduza a mudanças
significativas deve necessariamente procurar superar os limites do enfoque situacional para
identificar prioridades de intervenção, adotando uma visão que não reduza a ação à
imediaticidade.
OBJETIVOS OPERACIONAIS:
OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS:
DETERMINAM AS AÇÕES PELAS QUAIS OS
REFERE-SE AOS FINS A SEREM
OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS SERÃO
ALCANÇADOS.
ALCANÇADOS.
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS DE INTERVENÇÃO
A formulação e escolha de alternativas são realizadas a partir de um processo complexo que
leva em conta a dinâmica histórica em que o objeto está imbricado, equacionando os recursos,
as facilidades e as dificuldades, a expectativa da população-alvo, os hábitos culturais das
pessoas, as características psicológicas, sociais e políticas dos grupos.
Nesse processo, cabe ao planejador analisar cada uma das propostas, ponderando suas
respectivas vantagens e desvantagens.
Deve ser formulado de forma clara e simples, a fim de nortear os demais níveis da
proposta.
É tomado como um marco de referência para estudos setoriais e/ou regionais, com
vistas à elaboração de programas e projetos específicos.
É na medida em que permite detectar desvios, erros, bloqueios, os quais se interpõem a uma
resposta significativa, que a avaliação desvela caminhos que se abrem para a superação não
apenas da ação, mas também do seu planejamento.
Além das análises de dados quantitativos, avalia-se a qualidade dos serviços e verifica-se o
efeito dinâmico de cada ação sobre o conjunto de ações do projeto
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA
A eficácia é analisada a partir do estudo da adequação da ação para o alcance dos objetivos e
das metas previstas no planejamento e do grau em que os mesmos foram alcançados.
Incide sobre as propostas e sobre os objetivos (gerais e específicos) por ela expressos,
estabelecendo em que medida os objetivos propostos foram alcançados e quais as razões dos
êxitos e dos fracassos.
Nesta análise são estudados não apenas os efeitos diretos, resultantes da intervenção, mas
também seus efeitos indiretos, sejam eles relacionados à intencionalidade da ação, sejam eles
efeitos perversos, isto é, efeitos que, imediata ou mediatamente, são contraditórios em
relação ao intento da ação.
AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE
A avaliação da efetividade diz respeito ao estudo do impacto do planejado sobre a situação, à
adequação dos objetivos definidos para o atendimento da problemática objeto da intervenção,
ou melhor, ao estudo dos efeitos da ação sobre a questão objeto do planejamento.
Esta retomada é feita com base nas evidências percebidas a partir do acompanhamento do
progresso da intervenção, da análise e da avaliação dos resultados obtidos, aliados à
compreensão e reformulação da capacidade real da organização para responder às demandas
e para processar os apoios que recebe.