Você está na página 1de 1

PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE

Positivados pela Lei nº 9.784/99, que regula o processo administrativo.


Tais princípios possuem funções axiológicas e teleológicas essenciais, permitindo o controle dos atos
administrativos. A jurisprudência tem cobrado o respeito a esses princípios, invalidando excessos na prática de
atos administrativos.
A razoabilidade (ou proporcionalidade ampla) impõe uma tríplice exigência ao desempenho da função
administrativa, de forma que, para a realização de fins públicos, sejam adotados meios adequados, necessários
e proporcionais (as vantagens devem superar as desvantagens criadas.). Alguns autores preferem denominar
essa diferenciação como subprincípios da proporcionalidade ampla, quais sejam:

• adequação (utilidade) - a medida deve ser apta ao fim desejado;


• necessidade (exigibilidade) - o meio deve ser aquele que menos cause prejuízo aos administrados;
• proporcionalidade em sentido estrito - as vantagens devem superar as desvantagens.

Parte da doutrina tem feito alusão à "teoria dos três testes", ao tratar sobre esses subprincípios, que devem ser
"testados", para aferição do respeito ao princípio da proporcionalidade ampla. A exigência de razoabilidade
traduz limitação material à ação da Administração Pública. Como destacou o STF, o exame da adequação de
determinado ato estatal ao princípio da proporcionalidade, exatamente por viabilizar o controle de sua
razoabilidade, inclui-se no âmbito da própria fiscalização de constitucionalidade das ações emanadas do Poder
Público.

Sob esse aspecto, o princípio da proporcionalidade é essencial ao Estado Democrático de Direito, servindo
como instrumento de tutela das liberdades fundamentais, proibindo o excesso e vedando o arbítrio do Poder,
enfim, atuando como verdadeiro parâmetro de aferição da constitucionalidade material dos atos estatais (STF
HC 1o3529-MC/SP. Informativo 585).

► Como esse assunto foi cobrado em concurso?


Considerado correto o seguinte enunciado: "Suponhamos que Nicodemus foi alijado de concurso público para o
provimento do cargo de perito criminal de polícia ante o argumento de estar inscrito no Serasa por
compromissos pecuniários assumidos e não adimplidos. O caso hipotético citado retrata o desrespeito ao
princípio da: proporcionalidade." (2015)

Você também pode gostar