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Conceito. Considera-se agência executiva a autarquia ou fundação pública assim qualificada por ato do chefe do Executivo,
o que permite a celebração, com o Ministério supervisor, de um contrato de gestão, passando a gozar de maiores
privilégios. Exemplo de agência executiva é o Instituto Nacional de Metrologia - INMETRO, autarquia federal, vinculada ao
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que foi qualificada pelo Decreto Presidencial de 29 de julho
de 1998
As agências executivas não são entidades criadas para o desempenho de competências específicas, são autarquias ou
fundações públicas que recebem uma qualificação, um status, em razão de um contrato de gestão que uma ou outra
celebra com o órgão da Administração Pública Direta a que se acha vinculada, com o escopo de assegurar uma maior
eficiência no desempenho de suas atividades e redução de custos. Busca-se o cumprimento do princípio constitucional da
eficiência no serviço público, conferindo uma maior liberdade de atuação para as autarquias e fundações qualificadas como
agência executiva, um afrouxamento das amarras decorrentes da supervisão ministerial (tutela).
Requisitos para qualificação. Para que possam vir a gozar de uma maior autonomia, o art. 51 da Lei n° 9.649/98 prevê a
necessidade do preenchimento dos seguintes requisitos para qualificação de uma autarquia ou fundação pública como
agência executiva.
Qualificação. A qualificação como agência executiva ocorrerá por meio de Decreto do Presidente da República, após a
celebração do contrato de gestão e perdurará enquanto estiver em vigor o referido contrato.
Supervisão ministerial. Como mencionado, a supervisão ministerial é estabelecida em extensão e intensidade pela lei, não
podendo ser alterada pela celebração de um contrato. A vontade das partes contratantes não tem o condão de derrogar a
vontade legislativa que só cede diante de uma nova lei que venha a contrariar ou alterar o que foi estabelecido pela anterior.
Enquanto os dirigentes das agências reguladoras são detentores de mandatos, os dirigentes das agências executivas não
dispõem de tal estabilidade, podendo haver destituição sempre que a autoridade competente entender conveniente.
Segundo o Parecer AGU n° AC-051, "... um dos principais instrumentos de que dispõe nesse sentido o Ministro de Estado
responsável pela supervisão de uma autarquia é a exoneração do dirigente da entidade, diretamente, se dele for essa
competência, ou indicando essa medida ao Presidente da República, se deste. Com isso, poderá ser nomeado outro
dirigente que, considerando a prerrogativa da Administração de anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos (Súmula n° 473/STF)".
Contratação direta em razão do pequeno valor. O art. 24, §i°, da Lei n° 8.666/93 prevê que as agências executivas poderão
dispensar a licitação na contratação de bens, serviços e obras pelo dobro do limite estipulado para as autarquias e
fundações públicas não qualificadas, o que corresponde a 20% do limite estipulado para a licitação na modalidade convite
(atualmente, R$ 66.000,00, para contração de obras e serviços de engenharia; e R$ 35.200,00, para aquisição de bens ou
contratação outros serviços).
► Atenção!
O benefício de dispensar a licitação em razão do pequeno valor da contratação em percentual duplicado alcança,
apenas, as agências executivas e não as agências reguladoras, que podem dispensar a licitação, em razão do
pequeno valor das contratações, pelo percentual ordinário de 10% do limite previsto para a licitação na
modalidade convite.