Você está na página 1de 11

RESUMO RESPIRAÇÃO AERÓBICA E ANAERÓBICA

RESPIRAÇÃO AERÓBICA

Processo para a produção de ATP, molécula altamente energética,


responsável pelas atividades metabólicas que ocorrem no nosso organismo
(andar, falar, bombear sangue para o corpo, sinapse entre os neurônios
contração muscular, etc).
PRECISAMOS dessa energia para sobreviver, como não somos plantinhas que
produzem sua própria glicose, precisamos dos alimentos para que conseguir
essa energia.
Retiramos energia dos alimentos, principalmente dos carboidratos, depois dos
lipídios e por último, das proteínas. Após a digestão, a glicose (proveniente dos
carboidratos) é levada pelo sistema circulatório para todas as células do nosso
corpo, e dessa forma o processo de respiração celular iniciará.
A respiração, de forma simplificada, vai OXIDAR a molécula de glicose para
conseguir obter maior quantidade de energia possível. E para isso, dividimos
em 3 etapas.

GLICÓLISE
**OCORRE NO CITOSOL
**NÃO precisa de O2 para ocorrer, ou seja, podemos dizer que essa fase é
anaeróbia, e, portanto, será comum também à respiração anaeróbia ou
fermentação.
Glicose sendo quebrada e formando 2moléculas de ácido pirúvico ou piruvato.
A glicose sozinha não consegue se quebrar, ela precisa de uma ENERGIA DE
ATIVAÇÃO, por isso é necessária uma molécula de ATP para fornecer essa
energia e iniciar a reação de quebra da glicose. Nessa primeira etapa, duas
moléculas de frutose bifosfato são formadas (esse fosfato adicionado é a
energia necessária para a formação do piruvato), e ao final da glicólise
originam 2 moléculas de piruvato e 2 de ATP. (imagem abaixo)
**SALDO DA GLICÓLISE
- 2 piruvatos
- 2 NADH
- 2 ATP (lembrar que foram utilizados dois para iniciar a reação, dessa forma: 4
– 2= 2 ATP)

Esse piruvato agora é levado do citosol para dentro da mitocôndria, lá na matriz


mitocondrial. Veja na imagem abaixo, onde localiza-se a matriz e as cristas
mitocondriais, locais de extrema importância para as próximas fases do
processo.
Pré ciclo de krebs
O piruvato é transformado em acetil-coA. Para isso, o piruvato reage com uma
enzima chamada de coenzimaA (atua como catalisador, ou seja, vai facilitar a
reação. Porém ao final ele não é consumido, isto quer dizer que ele “entra e
sai” da mesma forma, pronto para ser usado novamente no ciclo). Observe na
imagem abaixo a saída do CO2 (destacado em VERDE) e a ligação da
coenzimaA no acetil. O acetil-coA é o composto que entrará no ciclo de Krebs.
CICLO DE KREBS

**Ocorre na MATRIZ MITOCONDRIAL


**Fase de oxidação máxima do piruvato, nesse momento teremos
desidrogenação (saída de H+ da molécula) e descarboxilação (saída de C da
molécula na forma de CO2).
Antes de iniciar o ciclo, precisamos observar que se quebrássemos
diretamente a molécula de acetil (que contém dois Carbonos) teríamos um
pequenos aproveitamento da energia que o composto poderia fornecer, e
nesse caso vamos lembrar que queremos otimizar ao máximo o
aproveitamento da energia que a glicose pode nos fornecer. Para isso o acetil-
coA, liga-se ao oxaloacetato, nesse momento a coenzimaA facilita essa ligação
e depois deixa o composto (voltando para o pré-ciclo, para ligar-se a outro
piruvato).

Preciso saber todos os compostos formados no Ciclo de Krebs? NÃO

**O necessário é saber que o acetil-coA liga-se ao oxaloacetato e forma o


ácido cítrico ou citrato (composto de 6 carbonos, otimizando assim a produção
de energia durante o ciclo, sob a forma de ATP, NADH e FADH2).

Produtos finais de cada molécula de piruvato (lembrando que são formado 2


piruvatos):
3 NADH
1 FADH2
1 ATP
OBS: NADH e FADH2 moléculas transportadoras de elétrons que são, eles
serão utilizados na cadeia respiratória, esses elétrons serão essenciais para
formar o ATP, na próxima fase do processo.

CADEIA RESPIRATÓRIA

**Ocorre na membrana interna da mitocôndria, local também denominado de


cristas mitocondriais. Observe na imagem abaixo:
Membrana externa da mitocôndria

Membrana interna
da mitocôndria

Nessa fase os NADH e FADH2 que foram formados nas etapas anteriores
agora serão utilizados para formação de ATP. E como isso ocorre??

OS NADH e FADH2 são quebrados, liberando H+ e elétrons. Vamos falar


primeiro o que ocorre com esses H+:
***OS H+ por conta da energia liberada na reação acaba sendo levado para o
espaço intermembranas (observe na figura), gerando um gradiente de
concentração (mais H+ no espaço intermembranas do que na matriz), e isso
não pode acontece (grande concentração de H+ vai alterar o pH da célula,
levando a um desequilíbrio), portanto, para reestabelecer essa concentração a
proteína ATP sintase retorna esses H+ para a matriz. Quando esses H+
passam pela ATP sintetase ela gira e fornece energia que é utilizada na reação
para formar o ATP (teoria da quimiosmose):
ADP + P + energia proveniente da rotação da ATP sintase = ATP
Esse processo de formação do ATP é denominado de FOSFORILAçÃO
OXIDATIVA

Agora vamos ver o que ocorre com os elétrons liberados na quebra dos NADH
e do FADH2:
***Essa fase é denominada cadeira respiratória ou cadeia
TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS, e o que isso quer dizer, existem 4
proteínas (I, II, III e IV assinaladas nas figuras, também denominadas de
citocromos) que vão carregar esses elétrons liberados nas reações de quebra
dos NADH e FADH2, ao final do processo o oxigênio será a molécula
RECEPTORA ou ACEPTORA desses elétrons, pois veremos que o O2 vai se
ligar ao H+ formando a H2O, e para que essa reação ocorra é necessário
energia (vinda dos elétrons) pra que o H consiga se juntar ao O, aqui temos um
processo já conhecido da química, uma reação de OXIRREDUÇÃO, observe a
equação abaixo:

2H+ + 1/2O2 + e- = H2O

Curiosidade sobre o cianeto:


Se observarmos na imagem vemos uma proteína assinalada com o número IV,
o nome desse citocromo é citocromo oxidase e é o último transportador
responsável pela transferência final de elétrons ao O2. Há, na estrutura desse
transportador, íon ferro cujo nox varia de +3 a +2 e vice-versa. O cianeto tem
uma grande afinidade pelo Fe3+, mas não pelo Fe2+. Ele se liga rapidamente
ao íon férrico da citocromo c oxidase, impedindo que retorne ao estado ferroso.
Isso bloqueia toda a cadeia respiratória e, por conseguinte, bloqueia também a
síntese acoplada de ATP. O cianeto não se liga à hemoglobina normal porque
nela há Fe2+. O monóxido de carbono, ao contrário, tem grande afinidade pelo
íon ferroso e por isso se liga à hemoglobina e inibe sua atuação no transporte
sanguíneo de O2.

QUADRO RESUMO:
RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA OU FERMENTAÇÃO

**Ocorre no CITOPLASMA SEM A PARTICIPAÇÃO DA MITOCÔNDRIA


*Rendimento energético BEM MENOR que na respiração aeróbica, pois ocorre
oxidação parcial da molécula de glicose.
A fermentação é um processo de obtenção de energia que ocorre sem a
presença de gás oxigênio, portanto, trata-se de uma via de produção de
energia anaeróbica. Nesse processo, o aceptor final de elétrons é uma
molécula orgânica. Essa via é muito utilizada por fungos, bactérias e células
musculares esqueléticas de nosso corpo que estão em contração vigorosa.

A fermentação ocorre no citosol e inicia-se com a glicólise, quando


ocorre a quebra de glicose em duas moléculas de piruvato. Percebe-
se, portanto, que inicialmente esse processo é semelhante à respiração
aeróbica.

Fermentação alcóolica:
Realizada por fungos e bactérias, processo de grande importância econômica
para o homem para a produção de pães, bolos, vinho, cerveja e de combustível
(etanol)

Como exemplo mais conhecido temos o fungo Saccharomyces cerevisiae

C6H12O6 = 2C2H5OH (etanol) + 2CO2 + 2ATP

Diferença entre fermento biológico e fermento químico:


A diferença entre fermento biológico e fermento químico está na constituição,
pois o primeiro é formado por leveduras, e o segundo, por bicarbonato de sódio

Fermento BIOLÓGICO: Esse fermento é composto de leveduras


(normalmente Sacharomyces cerivisae), que são microorganismos unicelulares
que se reproduzem ao alimentarem-se principalmente de glicose e em
temperaturas que variam entre cerca de 30 ºC e 50 ºC.
Quando compramos o fermento biológico, ele encontra-se refrigerado, e
devemos mantê-lo assim até que ele seja usado (em temperaturas entre 1 e 8
ºC — não pode ser abaixo de zero porque isso danificaria as células da
levedura e diminuiria sua atividade fermentativa). Em baixas temperaturas, os
levedos, como se “hibernassem”, ficam inativos. Podemos dizer que, em
temperaturas abaixo de 10ºC, as leveduras ficam adormecidas, mas acima de
55 ºC, elas suspendem sua atividade.
Quando adicionamos o fermento biológico à massa em temperatura ambiente,
os levedos começam a entrar em ação e alimentam-se da glicose presente
tanto na farinha de trigo quanto no açúcar.
Ao alimentarem-se da glicose, os levedos formam vários produtos que
conferem o sabor e a textura do pão, tais como alguns álcoois, cetonas e
aldeídos. Mas o principal produto que é o responsável pelo crescimento
da massa é o dióxido de carbono (CO2).

O gás carbônico liberado junta-se às bolhas de ar que são formadas quando o


padeiro está sovando a massa, que se expande e tem seu volume,
consequentemente, aumentado. O etanol produzido na reação acima evapora
quando a massa é levada ao forno, por isso não o consumimos no alimento
final.
No entanto, se essa massa com fermento biológico for levada diretamente ao
forno, a elevada temperatura matará os levedos, e a massa não crescerá. É
por isso que, antes de a massa de pão ser levada ao forno, ela precisa ser
deixada em repouso por certo tempo. O tempo ideal para o trabalho das
leveduras é de aproximadamente uma hora.
Por isso, o fermento biológico é o mais indicado para a produção de pães
em geral.
Outro cuidado importante é não bater o fermento biológico no liquidificador
porque isso mata as leveduras.

 Fermento QUÍMICO: Esse é aquele fermento em pó branco. O seu


componente principal é o bicarbonato de sódio, um sal também cuja fórmula
química é NaHCO3.
Ao ser aquecido, o bicarbonato de sódio sofre decomposição, conforme a
equação química a seguir:
2 NaHCO3 → Na2CO3 + H2O + CO2
Observe que um dos produtos formados é o dióxido de carbono. Assim, ao
contrário do fermento biológico, o fermento químico não possui leveduras. Ele
faz a massa crescer porque é levado ao forno e produz o dióxido de
carbono, que expande, aumentando o volume da massa. Essa reação só
acaba quando todo o fermento reage.
Por isso, o fermento químico é mais indicado para a produção de bolos.

Fermentação Lática
Realizada por bactérias e células musculares.
Utilizada na indústria na produção de queijos, iogurtes, coalhadas, probióticos.
Nas células musculares, quando a respiração aeróbica se torna insuficiente
para produzir energia, os músculos fermentam na tentativa de gerar mais ATP.
Quando há atividade física excessiva e, consequentemente, muita
fermentação, há o acúmulo de ácido láctico nos músculos, que podem ser
responsáveis pelas câimbras.

C6H12O6 = 2C3H6O3 (ácido lático) + 2ATP

Fermentação acética

A fermentação acética ocorre quando o etanol, obtido a partir da fermentação


alcoólica, entra em contato com bactérias da família Pseudomonaceae, como
a Acetobacter ou Gluconobacter.
Essas bactérias transformam o etanol em moléculas de ácido acético (C 2H4O2)
por meio de um processo de oxidação. O ácido acético é o principal
componente do vinagre.

Você também pode gostar