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Domingos Cardoso Ussene

Eduardo José Njeua


Zito Claudino Tole

Tecnécio: O Rádiofarmacêutico muito


importante
(Curso de licenciatura em ensino de Química)

Universidade Rovuma
Niassa
2022
Domingos Cardoso Ussene
Eduardo José Njeua
Zito Claudino Tole

Tecnécio: O Rádiofarmacêutico muito


importante

(Licenciatura em Ensino de Química)

Trabalho Científico da Cadeira de


Química Inorgânica II, a ser entregue no
Departamento de Ciência, Tecnologia,
Engenharia e Matemática para fins
avaliativo sob orientação de docente:
Naite F. Vicente

Universidade

Rovuma Lichinga

2022
Índic
e
1.0. Introdução........................................................................................................................3

1.1.1. Objectivos:.......................................................................................................................3

1.1.2. Objecivos gerais:..............................................................................................................3

1.2. Metodologia.....................................................................................................................3

1. Breve historial do elemento tecnécio...............................................................................4

1.2. Ocorrência do tecnécio.....................................................................................................4

1.3. Obtenção de tecnécio.......................................................................................................5

1.4. Tecnécio...........................................................................................................................5

1.5. Características de tecnécio...............................................................................................6

2. Radiofármacos.................................................................................................................6

2.2. Radiofármacos de tecnécio-99m......................................................................................7

2.3. Realização de exames....................................................................................................11

2.4. Método radiofármaco.....................................................................................................11

2.5. Aplicações de tecnécio...................................................................................................11

3. Precauções de tecnécio...................................................................................................12

4. Conclusão.......................................................................................................................13

5. Referências.....................................................................................................................14
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1.0. Introdução
O presente trabalho da cadeira de química inorgânica II aborda sobre o tema tecnécio
Rádiofarmacêutico muito importante. Neste caso iremos em primeiro lugar definir
os conceitos básicos, como é o caso do tecnécio, que é um metal de transição do 7
grupo B, do símbolo químico Tc com o número atómico 43 e massa atómica 98g e é
um elemento da segunda série dos metais de transição, este elemento tem muita
aplicabilidade na medicina nuclear e, também é usada na indústria metalúrgica,
particularmente em ligas.
1.1.1. Objectivos:
1.1.2. Objecivos gerais:
 Conhecer a importância do tecnécio na medicina
Objectivos especificos:
 Explicar as aplicações do tecnécio na medicina;
 Descrever as Características do tecnécio
 Identificar as precauções do tecnécio
1.2. Metodologia
Para a materialização do trabalho recorreu-se ao método de consulta bibliográfica de
material fisico e electronico, como forma de finalizar o trabalho.
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1. Breve historial do elemento tecnécio


O nome tecnécio é procedente do grego technetos, que significa “artificial”. Foi descoberto por
Carlo Perrier e Emílio Segrè na Itália em 1937, numa amostra de molibdénio, enviada por
Ernest Lawrence, que foi bombardeada com núcleos de deutério em um ciclotrão em Berkeley.
O tecnécio foi o primeiro elemento a ser produzido artificialmente.
Ao propor a Tabela Periódica dos elementos em 1869, Mendeleev deixou vários lugares vazios
para os elementos até então desconhecidos e previu que os espaços abaixo do manganês,
correspondentes aos números atômicos 43 e 75, seriam eventualmente ocupados por elementos
parecidos a este e, por isso, chamou-os de ekamanganês e dvimanganês. O desenvolvimento da
energia nuclear nos meados do século XX permitiu gerar as primeiras amostras deste elemento
por meio de reacções nucleares. (Murphy e Ferro Flores, 2003).
1.2. Ocorrência do tecnécio
É comum afirmar que o tecnécio não ocorre naturalmente em nosso planeta, sendo apenas
preparado de forma sintética. Contudo, em 1956, o químico japonês Paul Kuroda previu que
uma espécie de reactor nuclear natural poderia ter existido nas profundezas do planeta.
Em 1961, Kuroda reportou a presença de 99Tc em uma amostra de pechblenda (um mineral
rico em urânio), cujo teor seria da ordem de 2 ×10−10 gramas do isótopo por quilograma de
mineral. Fig 01.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/tecnecio-tc.htm. Acesso em 08 de setembro de


2022
Em 1962, pesquisadores franceses confirmaram as teorias de Kuroda ao avaliarem amostras
rochosas no Gabão e, inclusive, indicaram a presença de traços de tecnécio nas amostras.
Assim, a ideia de que não existe tecnécio natural é contraditória, passível de grande discussão
entre a comunidade científica.
Em relação ao espaço, tecnécio foi detectado nas chamadas estrelas vermelhas gigantes, na
década de 1950, mas não no Sol, algo que ajuda a comprovar que o Sol é uma estrela
relativamente nova. A detecção de tecnécio nessas estrelas foi muito importante, pois o tempo
de meia-vida do elemento é bem menor que a idade desses astros, sugerindo-se que, na
verdade, o tecnécio está sendo produzido nesses corpos celestes.
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1.3. Obtenção de tecnécio


O 99Tc se obtém como resíduo dos reactores nucleares, separando-o dos demais produtos da
fissão. (Através da reacção de Tc 2S7 com H2 a 1100°C ou NH4TcO4 com H2). É obtido em
quantidades da ordem de quilogramas a partir de barras esgotadas de combustível de reactores
de usinas termonucleares.
T C S7 +7 H 2 ⟶2 T c +7 H 2 S
2

2 NH 4 T C O 4 + H 2 ⟶ 2 T C +8 H 2 O+ N 2
O tecnécio-99m é produto do decaimento radioativo do molibdênio-99. Cerca de 87,5%
dos átomos de 99Mo de uma amostra desintegram-se por emissão de radiação β–, e originam
núcleos de 99mTc que, por sua vez, desintegram-se por emissão de radiação gama para originar
o 99Tc, o qual se desintegra a 99Ru (estável).
Dessa forma, 99Mo é chamado de elemento “pai” e 99mTc de elemento “filho”. 99Mo e 99mTc
formam um par radioativo em equilíbrio transiente, já que o tempo de meia-vida físico do pai é
cerca de dez vezes maior que o do filho. Esse equilíbrio possibilita a fabricação
do sistema gerador de radionuclídeo de 99Mo-99mTc. (SAHA, 1998).
Fig. 02

Fonte: https://qnint. Sbq.org.br


1.4. Tecnécio
É um elemento químico de símbolo ( Tc) de número atómico 43, número de massa atómica
igual a 98, electroes 43, protoes 43 e neutroes 55. À temperatura ambiente, o tecnécio encontra-
se no estado sólido. Este encontra-se no grupo 7B da classificação periódica dos elementos.
Trata-se de um metal de transição, cinza-prateado, radioactivo, sendo obtido de forma sintética.
O elemento de número atômico 43, que ficava entre o manganês e o rênio, foi descoberto em
1937 por Carlo Perrie e Emilio Gino Segrè. Após a Segunda Guerra Mundial, o elemento foi
batizado com o nome de tecnécio. Esse nome vem do grego technetos ou artificial, e foi
utilizado pelo facto de o tecnécio ter sido o primeiro elemento químico preparado artificialmente
(Murphy e Ferro Flores, 2003).
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1.5. Características de tecnécio


O tecnécio apresenta todos seus isótopos radioactivos, tendo sido o primeiro elemento a ser
produzido artificialmente. Seus estados de oxidação mais comuns são (+II), (+III) +IV, (+V),
+VI e +VII. Os estados mais estáveis do tecnécio são +IV e +VII, os estados bem
caracterizados, mais menos importantes, são mostrados em tipo normal. E os estados de
oxidação instáveis, ou de existência duvidosa, são dados entre parênteses. MARK WELLER
(2017).
É um metal cinza prateado, que lentamente perde o brilho em contacto com o ar húmido.
O tecnécio se dissolve em água-régia (mistura de HNO3 e HCl), ácido nítrico (HNO3) e ácido
sulfúrico concentrado (H2SO4), porém não é solúvel em ácido clorídrico (HCl).
O tecnécio-99m é um radionuclídeo que apresenta características físicas ideais para utilização
em Medicina Nuclear Diagnóstica: é mono- emissor gama de baixa energia (140 keV), possui
tempo de meia-vida físico relativamente curto (6,02 h, ou seja, a cada intervalo de 6,02 h a
atividade de uma amostra de tecnécio- 99m decai pela metade), e não emite radiação do tipo
particulada (α ou β–). Essas características físicas, em conjunto, possibilitam a aquisição de
imagens cintilográficas com excelente resolução, utilizando-se os equipamentos de detecção de
radiação atualmente disponíveis, sem comprometimento dosimétrico para o paciente. Assim, a
grande maioria dos radiofármacos utilizados atualmente são preparados a partir desse
radionuclídeo (Saha, 1998).
Atualmente, o radionuclídeo mais importante para a preparação de radiofármacos com
finalidade diagnóstica é o tecnécio-99m (99mTc).
O tecnécio (Tc) é um metal da segunda série de transição da Tabela Periódica, pertencente à
família 7B, e está localizado entre o molibdênio e o rutênio e entre o manganês e o rênio
(Murphy e Ferro Flores, 2003).
Até o momento, todos os isótopos conhecidos do tecnécio são radioativos, desde o tecnécio-90
ao tecnécio-110, e incluem oito pares de isômeros nucleares, entre eles 99mTc-99Tc (Murphy e
Ferro Flores, 2003). Isômeros nucleares são nuclídeos que se diferenciam apenas pelo seu
conteúdo energético. O nuclídeo no estado mais energético (metaestável), libera energia
eletromagnética (radiação gama) na transição para um estado isomérico de energia mais baixa.
2. Radiofármacos
Radiofármacos são substâncias químicas que possuem algum radioisótopo, que é reconhecido
pelo organismo como semelhante alguma substância processada por algum órgão ou tecido. São
fontes radioactivas não seladas, que são introduzidas no corpo do paciente por ingestão, inalação
ou injecção.
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Um radiofármaco é uma substância que, por sua forma farmacêutica, quantidade e qualidade de
radiação, pode ser utilizada no diagnóstico e tratamento de seres vivos, qualquer que seja a via
de administração utilizada.

De forma mais simples, podemos dizer que radiofármacos são moléculas ligadas a elementos
radioativos (radioisótopos ou radionuclídeos), constituindo dessa forma fármacos radioativos
que são utilizados em uma especialidade médica denominada Medicina Nuclear.
Quando a finalidade é diagnosticar patologias, como por exemplo o infarto do miocárdio ou
uma disfunção renal, utiliza-se, na composição dos radiofármacos, radionuclídeos emissores de
radiação gama. A radiação gama é uma onda eletromagnética e, portanto, apresenta grande
penetrabilidade nos tecidos e baixo poder de ionização quando comparada às radiações
particuladas, representadas pela emissão, pelo núcleo dos átomos radioativos, de partículas alfa
(α) ou de négatrons (β–). O menor poder de ionização da radiação gama minimiza a dose de
radiação absorvida pelo paciente. Radionuclídeos emissores de radiação gama, tais como o
tecnécio-99m, iodo-123, índio-111, galio-67 e o tálio- 201, entre outros, são utilizados na
composição de radiofármacos para diagnóstico.
Quando a finalidade é terapêutica, o efeito deletério da radiação é utilizado para destruir células
tumorais. Nesse caso, os radiofármacos são compostos por radionuclídeos emissores de radiação
particulada, (α ou β–), que possuem pequeno poder de penetração, mas são altamente
energéticas, ionizando o meio que atravessam e causando uma série de efeitos que resultam na
morte das células tumorais. Como exemplo de radionuclídeos emissores de radiação β–
utilizados em terapia, podemos citar o iodo-131, ítrio-90, lutécio-177, rênio-188, estrôncio- 90 e
o samário-153, entre outros.
Dessa forma, todo exame em Medicina Nuclear inicia-se com a administração do radiofármaco
ou fármaco radioativo. Podemos dizer que o radiofármaco é uma das principais ferramentas de
trabalho do médico nuclear.
2.2. Radiofármacos de tecnécio-99m
A própria solução de pertecnetato de sódio eluída do gerador constitui-se em um radiofármaco.
Administrada intravenosamente, permite a aquisição de imagens das glândulas tireóide e salivar,
sendo também utilizada em estudos de fluxo sanguíneo e pesquisas de sangramento oculto.
Entretanto, a grande utilidade da solução de Na99mTcO4 está no seu uso na marcação de
moléculas, resultando em diversos radiofármacos com especificidade por diferentes órgãos
e sistemas do organismo.
Para que ocorra a ligação do elemento tecnécio às diversas moléculas, temos que considerar a
química do elemento, que é muito complicada devido a seus múltiplos estados de oxidação. O
tecnécio pode apresentar estados de oxidação que vão de 3 –, 1– e 1+ a 7+, sendo mais frequentes
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os estados de oxidação 7+, representados pelos heptaóxidos e pelos permetalatos, e 4 +, nos


dióxidos, tetracloretos e halogenometalatos (Murphy e Ferro Flores, 2003).
Na forma de pertecnetato de sódio, o Tc apresenta estado de oxidação 7+, bastante estável em
solução aquosa.
Apesar dessa estabilidade, nesse estado de oxidação o tecnécio não pode se ligar às moléculas
de forma a constituir radiofármacos de interesse. Torna-se necessária a redução do Tc(VII) para
estados oxidação mais baixos, como 3+, 4+ ou 5+ (Murphy e Ferro Flores, 2003).
Com base nesses conhecimentos, uma série de reagentes para pronta marcação com tecnécio-
99m foram desenvolvidos e encontram-se disponíveis comercialmente. Esses reagentes são
constituídos pelo ligante ou molécula que se pretende ligar ao tecnécio-99m e por um agente
redutor, sendo que o mais comumente empregado é o cloreto estanoso (SnCl 2).
Os iões Sn+2 promovem a redução do Tc+7 para estados de oxidação mais favoráveis à
incorporação do metal, que poderá se ligar a uma ou mais moléculas do ligante, formando
complexos com diferentes números de coordenação (Murphy e Ferro Flores, 2003).

TcO 4 –+ Sn+2+8 H ++1 e – →Tc+ 4+ Sn+ 4+ 4 H 2 O

Contudo, o grau de redução dependerá de vários fatores: (1) a relação estequiométrica Sn/Tc;
(2) as condições em que se realiza a reação; (3) a presença de um ligante; (4) a natureza química
do ligante e (5) oxigênio presente em solução. As moléculas dos ligantes, por sua vez, devem
apresentar átomos doadores de elétrons, a exemplo do que ocorre com as oxotioaminas, que se
unem ao metal por meio de ligações com átomos de oxigênio, enxofre e nitrogênio.
Várias moléculas são excelentes ligantes para o tecnécio-99m com aplicação em Medicina
Nuclear diagnóstica. Uma classe importante de ligantes é representada por compostos
fosforados como o pirofosfato (H4P2O7), um dímero anidro do ortofosfato; o etano-1-hidroxi-
1,1-bifosfonato (HEDP ou EHDP) e o metilenodifosfonato (MDP), (Murphy e Ferro Flores,
2003; Saha,1998; Welch e Redvanty, 2003).
Figura 03: Estrutura de compostos fosforados para marcação com 99mTc: pirofosfato (H4P2O7);
metileno-difosfonato (MDP); etano-1-hidroxi-1,1-bifosfonato (EHDP).

Fonte: https://qnint. Sbq.org.br


Não se conhece ao certo a estrutura química dos fosfocomplexos formados pelo tecnécio. O
MDP-99mTc parece ser um polímero em que cada átomo de tecnécio se une a dois ligantes e cada
MDP coordenado se liga a dois tecnécios e, portanto, o Tc fica rodeado por seis átomos de
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oxigênio e o mais provável é que o oligômero tenha 4-6 centros de tecnécio (IV) (Figura 4)
(Murphy e Ferro Flores, 2003).

Fig 04
Estrutura provável do complexo metileno-difosfonato morfológicas. (MDP)-99mTc.

Fonte: https://qnint. Sbq.org.br


O radiofármaco MDP-99mTc deposita-se no osso sadio, com preferência por áreas de crescimento
ósseo. Processos inflamatórios e tumores ósseos concentram o radiofármaco em maior
quantidade e podem ser facilmente diagnosticados por meio das imagens ósseas cintilografias de
corpo inteiro. O radiofármaco MDP-99mTc é um dos mais utilizados em Medicina Nuclear,
particularmente na pesquisa de metástases ósseas em pacientes com câncer.
O ácido dietilenotriamino pentacético (DTPA), o ácido dimercaptosuccínico (DMSA) e o ácido
glucoheptônico ou glucoheptonato de sódio (GH) são agentes quilates que possuem grupos
coordenantes tais como amino, tiol, hidroxi ou carboxilato (Figura 5) (Saha,1998; Welch e
Redvanty, 2003).
Fig 05
Agentes quilates para marcação com 99mTc: ácido dietilenotriamino pentacético (DTPA); ácido
glucoheptônico ou glucoheptonato de sódio (GH); ácido dimercaptosuccínico (DMSA).
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Fonte: https://qnint. Sbq.org.br

Os três (3) radiofármacos são utilizados em estudos renais.


O DTPA-99mTc é utilizado para avaliar a função de filtração glomerular dos rins. DMSA- 99mTc e
GH-99mTc concentram-se no córtex renal e são utilizados em avaliações anatômicas e
morfológicas.
Fig 06
Complexo de glucoheptonato de sódio (GH)-99mTc.

Fonte: https://qnint. Sbq.org.br


O tecnécio-99m também forma quelatos com compostos aminotiólicos ou tetraamínicos,
resultando em complexos lipofílicos que apresentam a propriedade de atravessar a barreira
hemato-encefálica, distribuindo-se no tecido cerebral. É o caso do complexo formado com a
etilenodicisteína dietil éster (ECD) e com um derivado propileno amino oxima, denominado
HMPAO (Figura 7) (Saha,1998; Welch e Redvanty, 2003).
Fig 07
Complexos lipofílicos de etilenodicisteína dietil éster (ECD)- 99mTc (direita) e de um derivado
propileno amino oxima, HMPAO-99mTc (esquerda).

Fonte: https://qnint. Sbq.org.br


Esses complexos possibilitam a realização de estudos de perfusão sanguínea cerebral,
contribuindo para o diagnóstico de morte cerebral, bem como na investigação de inúmeras
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patologias relacionadas ao sistema nervoso central, tais como o mal de Parkinson e a doença de
Alzheimer.

Um complexo catiônico hexa coordenado de carga final +1 é formado quando seis moléculas da
isonitrila 2-metoxi-2-isobutil isonitrila (MIBI) ligam-se a um átomo de Tc. O radiofármaco
assim constituído denomina-se hexamibi-99mTc e é utilizado em estudos de perfusão do
miocárdio para detecção de anormalidades como o infarto do miocárdio (Saha,1998; Welch e
Redvanty, 2003).
2.3. Realização de exames
O exame diagnóstico da medicina nuclear avalia a imagem funcional do órgão em estudo, por
isso é possível conhecer o comportamento metabólico e a sua funcionalidade. O exame ainda
consegue visualizar a imagem do corpo inteiro do paciente para diagnóstico de metástase
tumoral. Alguns radioisótopos emitem radiação beta quando administrados com altas doses são
utilizados para os tratamentos de tumores.
Nos exames cintilográficos, o metilenodifosfonato (MDP), marcado com Tecnécio 99m é
introduzido no corpo do paciente e o sistema ósseo, que tem bastante fluxo sanguíneo, capta
esses radiofármacos. É aí que um equipamento chamado gama câmara entra em acção,
traduzindo a Radiação em sinais lumiosos (cintilações) que permitem avaliar a situação do
paciente. Dessa forma, é possível diagnosticar a metástase óssea, proveniente do câncer de
próstata, entre outras doenças.
2.4. Métodos radiofármacos
Os principais métodos de diagnóstico por meio de radiofármaco são a cintilografia, que utiliza
principalmente o tecnécio 99m para exame de tireóide e para a cintilografia renal estática; e a
tomografia Computadorizada por Emissão de Positrões (PET-CT), que é mais utilizado na área
da oncologia para, detenção de tumores através do radiofármaco flourdesoxiglicose, que
contem flúor-18.
2.5. Aplicações de tecnécio
O tecnécio poderia apresentar várias aplicações como, por exemplo:
Este elemento inibe bem a corrosão do aço, sendo um supercondutor á temperaturas muito
baixas. MARK WELLER (2017).
 Em aços protegendo-os da corrosão, porém devido os problemas com a sua produção
(em reactores nucleares), estas aplicações são muito limitadas.
 O radiofármaco MDP 99m
Tc é um dos mais utilizados em Medicina Nuclear,
particularmente na pesquisa de metástases ósseas em pacientes com câncer.
 É utilizado para avaliar a função de filtração glomerular dos rins. DMSA- 99m
Tc e GH-
99mTc concentram-se no córtex renal e são utilizados em avaliações anatómicas e
morfológicas. MARK WELLER (2017).
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 Sua principal aplicação é em medicina nuclear, em técnicas de diagnóstico, é um


elemento muito usado na indústria metalúrgica, principalmente em ligas.

A Medicina Nuclear (MN) é a modalidade na radiologia que utiliza fontes com substâncias
radioactivas (radionuclídeos) para a formação de diagnóstico por imagem e para tratamento de
patologias.
Estas fontes são administradas por via oral, inalatória, venenosa ou subcutânea, as fontes são
distribuídas para os órgãos a serem estudados.
Os elementos utilizados na medicina nuclear emitem a radiação gama e diminuem a sua
energia pela metade (meia-vida) em fracção de horas ou dias, o tempo em que os elementos
ficam no corpo do paciente é reduzido também pela urina.
O Tecnécio 99m é o isótopo utilizado para marcação de muitos radiofármacos e diminui a sua
energia de 140keV pela metade (meia-vida) cada 6 horas.
3. Precauções de tecnécio
O tecnécio não tem papel biológico e não é encontrado no corpo humano. Aparentemente
possui uma baixa toxidade, não apresentando, por exemplo, nenhuma mudança significante no
sangue, corpo e órgãos em testes realizados com roedores que ingeriram 15 µg de tecnécio-99
por grama de alimento durante várias semanas. A toxidez em função da radioactividade do
elemento é uma função do composto, tipo de radiação para o isótopo em questão e o tempo de
meia-vida do isótopo.
Todos os isótopos devem ser manuseados com cuidado. O mais comum, o tecnécio-99, é um
emissor beta do qual a radiação é retida pelas paredes da vidraria do laboratório. O principal
perigo quando trabalhando com o elemento é a inalação de poeira, pois tal contaminação
radioactiva nos pulmões pode aumentar o risco de câncer. Para a maioria das situações, o
manuseio em uma capela de laboratório é suficiente e uma caixa com luvas não é necessária.
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4. Conclusão
Depois da realização deste trabalho, conclui-se que o tema em abordagem é muito importante
para a vida académica e a sociedade em geral para conhecer as aplicações do elemento na
medicina como Rádiofarmacêutico aplicado na medicina nuclear para a detenção de várias
doenças como tumores. São fontes radioactivas não seladas, que são introduzidas no corpo do
paciente por ingestão, inalação ou injecção. Os elementos utilizados na medicina nuclear
emitem a radiação gama e diminuem a sua energia pela metade (meia-vida) em fracção de
horas ou dias, o tempo em que os elementos ficam no corpo do paciente é reduzido também
pela urina. O radiofármaco é distribuído no corpo do paciente emitindo a energia e, um
equipamento denominado câmara (cintilografia) realiza a leitura dessa energia, esta leitura é
transformada em imagens para o diagnóstico
5. Referências
Mark Weller (2017). Química inorgânica; 6 ed. São Paulo:

Bookman

COMET, M. e VIDAL, M. Radiopharmaceutiques - chimie des radiotraceurs et applications


biologiques. Grenoble: Presses Universitaries de Grenoble, 1998.
MURPHY, C.A. e FERRO-FLORES, G. Compuestos de tecnecio. 1a ed. México: Instituto
Nacional de Ciencias Médicas y Nutrición Salvador Zubirán, 2003.
SAHA, G.B. Fundamentals of nuclear pharmacy. 4a ed. EUA: Springer, 1998. WELCH, M.J.
e REDVANTY, C.S. Hand- book of radiopharmaceuticals – Radio- chemistry and
Applications. Inglaterra: John Wiley & Sons Ltda, 2003.

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