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Danilo Schramm
"Essas perguntas permitem identificar com mais propriedade os talentos que possuem
uma visão mais empreendedora, inovadora, flexível, movidos por desafios, criativos,
que tenham mentes abertas e transformadoras."
"Não há respostas certas nem erradas. Tudo vai depender do tipo de perfil que a
empresa busca para ocupar uma determinada vaga e para integrar a uma equipe."
Esse tipo de roteiro, segundo Juliana, é bem mais disseminado em empresas jovens e
dinâmicas como start-ups, e-commerces e empresas de tecnologia, mas grandes
companhias também trazem em seu repertório perguntas desta nova modalidade.
Mesmo não havendo uma resposta correta, o entrevistador pode interpretar a explicação
do candidato como positiva ou negativa. Diante de perguntas relacionadas à crença
como "você acredita no Pé Grande?", o headhunter do site Recrutando.com Luiz Pagnez
diz que o melhor é fornecer respostas neutras.
"Pode dizer que até o momento não tem conhecimento de nenhuma prova científica da
existência ou não do Pé Grande", diz. Neste caso, segundo o especialista, um exemplo
de resposta negativa seria: "Não acredito e acho uma grande besteira".
Assim, ele poderá fazer perguntas para descontrair, descobrir pontos de vista, saber
sobre suas crenças, valores, gostos e ideias que não estejam relacionadas às situações do
trabalho.
"Nos EUA é proibido fazer perguntas sobre a vida pessoal. Por isso, algumas questões
podem servir como forma de 'quebrar o gelo'. Um comportamento extremamente formal
pode ser tão desconcertante quanto uma pergunta sem resposta como 'quantas bolas de
basquete cabem nesta sala? '", diz Bruna.
A especialista ressalta que para tais perguntas não existe resposta pronta. Segundo ela,
neste tipo de questionamento, é possível que o entrevistador queira saber de que forma o
candidato consegue analisar a situação, como ele constrói o raciocínio para a resposta e
se tem jogo de cintura para lidar com diferentes abordagens.
A gerente sugere que o candidato tente se colocar no lugar do selecionador, caso seja
surpreendido por uma situação diferente em uma entrevista. "Seja espontâneo e procure
pensar com a cabeça do entrevistador."