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ISSN: 2525-8761
RESUMO
Os rins atuam no controle do pH do meio interno com importante relevância na ação
enzimática e no estado das proteínas do organismo, a regulação da concentração de íons
de hidrogênio (H+) dentro dos níveis estritos é essencial para a manutenção das funções
celulares. Quando se fala em regulação do equilíbrio ácido-básico, refere-se à regulação da
concentração do íon de hidrogênio nos líquidos corporais. A homeostase do pH depende
de tampões dos pulmões e dos rins. Podemos dizer que a defesa contra as alterações na
concentração de H+ é realizado pelos sistemas tampões acido-básicos, remoção de dióxido
de carbono dos líquidos corporais, regulação de outros íons (cálcio, magnésio e fosfato)
e excreção de urina. Metodologia: O presente trabalho trata-se de uma revisão de
literatura acerca os mecanismos de regulação do pH pelos rins. Para elaboração foi
realizado um levantamento na literatura, utilizando bancos de dados como artigos
científicos, revistas e livros. Conclusão: o mecanismo de regulação do pH sanguíneo
pelos rins através do controle do pH do meio interno tem uma grande relevância na
atividade enzimática e no estado das proteínas do organismo, a regulação da concentração
de íons de hidrogênio (H+) dentro dos níveis estritos é essencial para a manutenção das
funções celulares.
ABSTRACT
The kidneys act in the control of the pH of the internal environment with important
relevance in the enzymatic action and in the state of the proteins of the organism, the
regulation of the hydrogen ion concentration (H+) within the strict levels is essential for
the maintenance of the cellular functions. When we talk about the regulation of acid-base
balance, we are referring to the regulation of hydrogen ion concentration in body fluids.
pH homeostasis depends on buffers in the lungs and kidneys. We can say that the defense
against changes in H+ concentration is performed by the acid-basic buffer systems,
removal of carbon dioxide from the body fluids, regulation of other ions (calcium,
magnesium, and phosphate), and urine excretion. Methodology: The present work is a
literature review on the mechanisms of pH regulation by the kidneys. A literature survey
was carried out using databases such as scientific articles, journals and books.
Conclusion: The mechanism of blood pH regulation by the kidneys through the control
of the pH of the internal environment has great relevance in the enzymatic activity and in
the state of the proteins of the body, the regulation of the hydrogen ions (H+)
concentration within strict levels is essential for the maintenance of cellular functions.
1 INTRODUÇÃO
Os rins no controle do pH do meio interno têm uma grande relevância na atividade
enzimática e no estado das proteínas do organismo, a regulação da concentração de íons
de hidrogênio (H+) dentro dos níveis estritos é essencial para a manutenção das funções
celulares.
Quando se fala em regulação do equilíbrio acidobásico, refere-se à regulação da
concentração do íon hidrogênio nos líquidos corporais. A concentração do íon hidrogênio
em diferentes soluções pode variar desde menos 10-14 Eq/1 até mais de 10º, o que significa
uma variação total de mais de um quatrilhão de vezes.
A secreção do H+ se dar no túbulo proximal através do trocador NA+/H +
mais
abundante na membrana apical. Tem um papel essencial na homeostase de volume, na
homeostase de ácido-base e na determinação dos níveis de pressão arterial sistêmica.
Ao adiciona ácido à água, mesmo em pequenas quantidades, o pH se altera
rapidamente. Isso também ocorre com a adição de bases. Pequenas quantidades de ácido
ou de base podem fornecer grandes alterações do pH da água. Quando adicionamos ácido
ou base ao plasma sanguíneo, veremos que há necessidade de uma quantidade apreciável
de um ou de outro, até que se produzam alterações do pH. O balanço entre ácidos e bases
no organismo é uma busca constante do equilíbrio; o plasma resiste às variações bruscas
íons de cloreto de bicarbonato, na maioria das vezes, também o são. Porém em certas
condições é reabsorvido mais íons de cloreto que íon de bicarbonato, em outras situações
ocorre o inverso. O que será reabsorvido em maior quantidade está na dependência do
equilíbrio ácido básico do líquido extracelular.
5 EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO
Para que seja mantida a estabilidade do meio interno deve haver equilíbrio entre
a produção e a remoção de íons hidrogênio (H+) no organismo. Além dos rins,
fundamentais na eliminação do H+, outros órgãos estão relacionados ao balanço
acidobásico, como o intestino, o fígado e os pulmões os rins, são capazes de eliminar os
ácidos orgânicos metabolizáveis, derivados de proteínas, carboidratos e lipídios da dieta
ou endógenos, produzidos pelo metabolismo orgânico normal, como ácidos lático e
tricarboxílico. Os rins removem, ainda, os ácidos orgânicos não metabolizáveis, como o
glicurônico e o hipúrico, assim como os ácidos inorgânicos. Porém, somente quantidades
irrelevantes de ácidos fortes, como o sulfúrico, podem ser eliminadas, uma vez que os
rins não podem elaborar urina mais ácida do que um pH de 4,4. Consequentemente,
aceptores adequados de H+ devem neutralizar os íons hidrogênio secretados.
Um importante tampão é a amônia, que se combina com os íons hidrogênio nos
túbulos renais, de forma a ser excretada como sais de amônio. A amônia é sintetizada
pelas células do túbulo proximal pela desaminação da glutamina na presença de
glutaminase e se difunde através da membrana lipídica das células do fluido tubular até
reagir com H+, formando o íon amônio (NH4+). Esta via de eliminação dos íons
hidrogênio gera um novo íon bicarbonato para cada H+ que é excretado, o qual volta à
circulação sanguínea para restabelecer a homeostasia do bicarbonato.
Outra via de eliminação dos íons H+ capaz de regenerar bicarbonato é o tampão
não-bicarbonato do lúmen tubular. Seu principal representante é o tampão fosfato,
presente no filtrado glomerular, e que funciona como aceptor de íons hidrogênio.
Os rins desempenham outro papel importante no equilíbrio acidobásico: a
reabsorção do bicarbonato. Isso é possível através do transporte acoplado ao sódio em
membrana basolateral e do contra-transporte H+/Na+ em membrana luminal. Na luz
tubular, o ácido secretado se combina com o bicarbonato filtrado, formando ácido
carbônico (H2CO3), que é convertido em CO2 e H2O. O CO2 se difunde para dentro da
célula, na qual se combina com a hidroxila (OH-) resultado da dissociação da água, e,
novamente, sob a ação da anidrase carbônica, forma bicarbonato. Este, finalmente, se
difunde passivamente para o fluido peritubular e o sangue.
6 SISTEMA TAMPÃO
Um sistema tampão tem como propósito útil limitar as alterações do pH com o
acréscimo de outros ácidos ou bases. Quando se acrescenta outro ácido, a maior parte dos
íons hidrogênio liberados por esse ácido combina-se com a base conjugada do sistema
tampão, restringindo de maneira acentuada o aumento de íons hidrogênio livres. De modo
semelhante, quando se acrescenta outra base, a maior parte dos íons hidrogênio livres
removidos pela base é substituída por íons hidrogênio que se dissociam do ácido do
sistema tampão.
Em qualquer sistema tampão, a razão entre o ácido e sua base conjugada fixa a
concentração aquosa livre de íons hidrogênio (que representa apenas uma fração trivial
da concentração do ácido ou da base). É preciso ressaltar que os sistemas tampão no
organismo não eliminam equivalentes de ácido ou de base adicionados, porém apenas
limitam o efeito dos equivalentes sobre o pH sanguíneo. Na presença de desequilíbrio
persistente entre entradas e saídas, o componente ácido ou base do tampão tem sua
concentração gradualmente reduzida à medida que é convertido no outro componente.
Por fim, os equivalentes de ácido ou de base acrescentados ao organismo, embora
transitoriamente associados a tampões sanguíneos, precisam ser excretados pelos rins
para manter o equilíbrio.
Por vários motivos, o sistema tampão mais importante do corpo é o sistema
tampão CO2- bicarbonato. Felizmente, podemos compreender o papel dos tampões no
equilíbrio acidobásico ao considerarmos esse único sistema tampão isoladamente,
ignorando os outros, visto que todos precisam ter uma razão entre ácido fraco e base
conjugada que resulte no mesmo valor de pH.
Uma propriedade que distingue o sistema tampão CO2- bicarbonato dos outros
sistemas tampão é a regulação independente das concentrações de CO2- e de bicarbonato.
Como as concentrações de ambos os componentes são reguladas, a razão entre suas
concentrações também é regulada. Por conseguinte, isso regula o pH.
Esta é uma alteração grave, pois pode causar o desequilíbrio de outros eletrólitos
do sangue, como cálcio e potássio e provocar sintomas como fraqueza, dor de cabeça,
alterações musculares, convulsões ou arritmia cardíaca.
É importante que o organismo mantenha o seu pH equilibrado, que deve ser entre
7,35 e 7,45, para que o metabolismo do corpo funcione de forma correta.
As causas da alcalose metabólica são: consumo excessivo de remédios ou
alimentos alcalinos, com bicarbonato de sódio, uso remédios diuréticos, como
Furosemida ou Hidroclorotiazida, falta de potássio e magnésio no sangue, uso excessivo
de laxantes, efeito colateral de certos antibióticos, como Penicilina ou carbenicilina, por
exemplo, doenças renais, como Síndrome de Bartter ou Síndrome de Gitelman.
REFERÊNCIAS
LEAL,V. O.; JÚNIOR, M. L.; MAFRA. D. Acidose metabólica na doença renal crônica:
abordagem nutricional. Rev. Nutr. vol.21 no.1 Campinas Jan./Fev. 2008. Disponível:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732008000100010.
Acessado em: 10 de outubro de 2019.James L. Lewis, III