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A ORIGEM PROFÉTICA DA IGREJA ADVENTISTA DO

SÉTIMO DIA

Os adventistas do sétimo dia declaram que este movimento de


Advento surgiu numa época especial da história para fazer um trabalho
específico para Deus em cumprimento de certas profecias. Esta
declaração é a base verdadeira e histórica do apelo que fazemos a todos
os homens, nos termos da segunda mensagem angélica, para "sair" e se
juntar a este movimento.
À vista disto nós precisamos nos familiarizar com a história do
começo do movimento. Já em 1849 James White compreendeu esta
necessidade em relação das experiências históricas da principio de 1840,
que viram o surgimento do movimento do advento. Disse ele:
"A fim de demonstrarmos o cumprimento da profecia, nós temos que
nos referir à história. Para mostrar o cumprimento da profecia relativa aos
quatro reinos universais do segundo e sétimo capítulos de Daniel, nós temos
que nos referir às histórias destes reinos. Negue a história, e a profecia não
tem valor. Justamente assim com as profecias relacionadas ao movimento
do segundo advento". – Present Truth, Dezembro, 1849, pág. 46.

Nós não precisamos apenas conhecer a história do início de 1840


como nós conhecemos um período da história secular mas ver também a
movimento Adventista do Sétimo dia no ambiente daqueles tempos. Tem
havido não somente muita ignorância entre nós com relação às raízes
históricas do Adventismo do Sétimo Dia, mas também um desejo atuante
da parte de alguns de desassociaremos do movimento do Advento do
início de 1840, que é geralmente conhecido como Milerismo.
Duas razões têm produzido este desejo: Primeiro, os Mileritas
marcavam uma data para o advento, que os lançou no escárnio naquele
tempo e que os tornou o objeto de ridículo desde então. Naturalmente
nós desejamos escapar do ridículo neste ponto, e nós somos enfáticos e
corretos, em nossa declaração que os adventistas do sétimo dia jamais
marcaram data. Segundo, ao redor dos Mileritas formou-se um fantástico
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rol de histórias que os retrata como fanáticos loucos. E de fato nós não
queremos ser conhecidos como os filhos espirituais de fanáticos.

Nenhuma Nova Atitude

Não é somente interessante mas um fato despertador que o desejo


de ser desassociado do movimento de Miller que alcançou seu clímax em
1844, não é nada novo. Já se manifestou quase imediatamente depois do
desapontamento de 22 de Outubro de 1844, e foi muito ativo no tempo
em que Tiago White escrevia em Dezembro de 1849. O Senhor não
viera, como esperavam, e portanto a profecia dos 2.300 dias
aparentemente não se cumpriu. O resultado foi que muitos adventistas
nominais começavam a negar que Deus estava ligado ao movimento de
1844. Eles pois apostataram, alguns deles até aliviados por não serem
mais conhecidos como pertencendo a um movimento que cometera um
grande engano teológico. Contra todos estes Tiago White trabalhou,
como ele certamente tinha que fazer se ele cria que Deus inspirava o
movimento do Advento.
Hoje, a situação é um tanto diferente. Nós, como Adventistas do
Sétimo Dia, não desejamos questionar, por exemplo, a interpretação
básica da profecia usada pelos Mileritas em medir os limites da profecia
dos 2.300 dias. Nós não negamos a liderança de Deus no movimento de
1844. Nós sentimos, embora alguns de nós não entendêssemos
claramente, que nós precisamos manter uma conexão precisa com o
movimento de 1844 para provar que o Adventismo do Sétimo Dia surgiu
em cumprimento da profecia. Mas nós muito freqüentemente
procuramos apagar, ou ao menos hesitamos em admitir, uma íntima e
conseqüente relação profética entre o movimento de 1844 conhecido
como Milerismo e a Adventismo do Sétimo Dia conhecida hoje. As
razões para isto, como já afirmamos, são o nosso embaraço pela
marcação da data dos Mileritas das histórias de atos fanáticos em que
eles notoriamente caíram.
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Assim, embora passivamente estivéssemos dispostos a admitir que
ns Mileritas são nossos parentes, embora não muito chegados, nós fomos
habituadas a tratá-los como parentes pobres.

Como Resolver o Dilema

Este dilema infeliz desaparece, e a origem genuinamente profética


da Igreja Adventista do Sétimo Dia aparece marcada, ao estabelecermos
os seguintes sete pontos:
1º - Que o movimento Adventista do Sétimo Dia é um filho direto
do movimento do Advento de Guilherme Miller, geralmente conhecido
como Milerismo.
2º - Que é necessário crer nesta relação a fim de achar uma
explicação de certas profecias na Bíblia, e para provar que a Igreja
Adventista do Sétimo Dia é de fato o último movimento de Deus no
mundo.
3º - Que um estudo do Milerismo abrilhantará nossa própria fé na
origem divina e na liderança do nosso movimento Adventista do Sétimo
Dia, e que proverá uma resposta inteiramente satisfatória às acusações
difamatórias feitas pelos inimigos da verdade por um século.
4º - Que o fato de sermos descendentes do movimento Milerita não
requer que nós subscrevamos os pontos de vista individuais que podem
ter sido mantidos por qualquer pregador Milerita. Nem requer que nós
minimizemos a qualquer grau a significação dos ensinos distintos
desenvolvidos sob a mensagem do terceiro anjo, mas sim o contrário.
5º - Que o fato dos Mileritas, geralmente, marcarem uma certa data
para a vinda do Senhor não precisa embaraçar os adventistas do sétimo
dia hoje.
6º - Que a história dos excessos fanáticos pelos Mileritas são em
grande parte uma mistura de falsidade, e que autoridades eminentes no
terreno da história admitem.
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7º - Que o desapontamento de 22 de outubro de 1844, não provê
base para a acusação de que Deus daí em diante não estivesse no
movimento do Advento, e portanto não no movimento Adventista do
Sétimo Dia que surgiu do Despertamento do Advento de 1840.
A seguinte discussão dos quatro primeiros pontos apareceu
originalmente como um extra do The Ministry de setembro de 1944, que
foi impresso por resolução da Comissão da Conferência Geral.

Exame do Primeiro Ponto

Evidência suficiente para apoiar o primeiro ponto poderia ser


aduzido simplesmente por perguntar e responder algumas perguntas
simples, como segue:
- Que movimento religioso chegou ao seu clímax na América em
1844?
- O grande movimento da segunda vinda sob Guilherme Miller,
geralmente conhecido como Milerismo.
- Onde e quando o movimento Adventista do Sétimo Dia começou?
- Na América em 1844.
- Quem foram os primeiros adventistas observadores do sábado?
- Uma companhia de Mileritas em Washington, New Hampshire.
- Quem foram os primeiros dirigentes no movimento Adventista do
Sétimo Dia?
- Sem dúvida foram James White, Sra. White e José Bates.
- Qual foi o seu fundo religioso?
- Tiago White fora um pregador Milerita. Ellen Harmon White
aceitou o Milerismo como moça, e ela, com seus pais, foi excluída da
Igreja Metodista em Portland, Maine, por causa de suas convicções
mileritas. José Bates foi um dirigente no movimento Milerita, ocupando
vários cargos nas associações gerais dos Mileritas e tendo sido
presidente em uma das mais importantes destas associações.
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- Quais foram alguns outros dos pioneiros primitivos dos
adventistas do sétimo dia?
- Hirã Edson e Frederick Wheeler.
- Quais foram suas conexões religiosas?
- Ambos estes homens, eram Mileritas. Edson foi o homem que,
passando pelo campo na manhã posterior ao desapontamento, recebeu a
luz sobre o santuário que Cristo entrara no santíssimo no dia 22 de
outubro. Edson, com outro irmão Milerita, estava a caminho na manhã
de 23 de outubro para "encorajar alguns de nossos irmãos" após o
desapontamento.
- Para quem os nossos primeiros dirigentes adventistas do sétimo
dia trabalharam quase exclusivamente por alguns anos depois de 1844?
- Para os seus associados no movimenta Milerita.

Os fatos incontestáveis precedentes da história parecem ser


suficientes em si para liquidar a questão de nossa origem. Mas a casa
torna-se consistente quando nós ouvimos o testemunho dos próprias
pioneiros adventistas do sétimo dia. Procuraram eles apagar sua relação
com o Milerismo para posar como alguma causa nova e diferente? Não,
eles afirmavam vigorosamente que eles eram os verdadeiros sucessores
espirituais daquele movimento do segundo Advento do início de 1840.
Em 1850 nós publicamos o Advent Review, o predecessor do Review and
Herald. O primeiro número começa assim:
"Nosso desígnio nessa revista é de animar e refrescar a verdadeiro
crente, mostrando o cumprimento da profecia no trabalho maravilhoso do
passado de Deus ao chamar e separar do mundo e da igreja nominal, um
povo que está olhando para o segundo advento do querido Salvador." –
Advent Review, vol. 1, pág. 1.

Em outras palavras, nossos pioneiros adventistas do sétimo dia


neste Advent Review estavam elogiando o assim chamado movimento
Milerita. Eles então procederam a combater aqueles "adventistas" que
negavam a direção de Deus nele:
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"Ao recapitularmos a passado, nós citaremos muito dos escritos dos
dirigentes na causa do advento (Milerismo) e demonstraremos que eles no
passado advogavam ousadamente e publicavam para a mundo, a mesma
posição, relativa ao cumprimento da profecia nos grandes movimentos
diretores do Advento em nossa experiência passada, que nós ocupamos
agora; e que quando a hoste do advento esteve toda unida em 1844, eles
olhavam sobre entes movimentos na mesma luz em que nós as vemos hoje,
e assim demonstramos quem abandonou a fé original. – Ibid. (ênfase deles)

Em vez dia procurarem apagar sua relação com o movimento


Milerita, nossos pioneiros ousadamente declaravam que eles eram
aqueles que estavam mantendo a fé original. Este número da Advent
Review está quase cheio com artigos de dirigentes Mileritas, reimpressos
de Jornais Mileritas do começo de 1840. Dois membros da "comissão
publicadora" que publicou este Advent Review foram Tiago White e Hirã
Edson. A capa apresenta o que segue em tipos especiais: "O Advent
Review, Contendo Testemunhos Excitantes, Escritos no Espírito Santo,
por muitos das Dirigentes na causa do Segundo Advento, Mostrando Sua
Origem e Progresso Divinas". Abaixo estava uma linha da Escritura:
"Chame à lembrança os Dias Passados".

Dirigentes Posteriores Falam

E qual é o testemunho de nossos pioneiros do Sétimo Dia nos anos


que sucederam? É claro? Tiago White num editorial na Review and
Herald de 1833 declarou:
"Nós reconhecemos que estamos desapontados, e então não
entendiam o evento a ocorrer no fim dos dias; porém, nós afirmamos que
isto não afeta na mínima a evidência da vinda imediata de Cristo." – Review
and Herald, 17 de fevereiro de 1853, p. 156.

Nossos pioneiros jamais falavam de outros que estivessem


desapontados em 1844. Eles sempre diziam, "Nós ficamos
desapontados".
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Um editorial da mesma pena no Review and Herald de abril de
1854, anunciou:
“Nós declaramos que nos mantemos na fé do advento original....
Quanto às grandes doutrinas fundamentais ensinadas por Guilherme Miller,
nós não vemos nenhuma razão para mudar nossas concepções...
"Enquanto o Advent Review ocupa sua presente posição, deve-se
esperar que suas colunas serão enriquecidas com artigos inspirados sobre o
segundo advento das penas de Guilherme Miller, Litch, Fitch, Hale, Storrs, e
outros escritos já a dez ou doze anos." – pág. 101.

Em 1867 o Review and Herald continha um editorial de Urias


Smith que descrevia um dos objetivos para a publicação desta revista
semanal da igreja:
"Um de seus objetivos especiais é uma recapitulação do grande
movimento do advento passado, isto é, o movimento antes do
desapontamento em outubro de 18441. Que adventista que participou
daquele movimento pode olhar para trás não se rejubilará de alegria, e pode
senão desejar por manifestação do Espírito de Deus, em poder igual, em
conexão com o trabalho agora? E coma pode uma pessoa possivelmente
entrar com algum entusiasmo sobre as novas teorias e esquemas
imaginados desde 1844, que o abrigam a abandonar todo o trabalha prévio
àquele tempo, ou como errôneo ou prematuro? Se Deus não esteve no
trabalho então dir-nos-á qualquer adventista em que tempo Ele esteve nele
desde então?...
"Nós não podemos ser agradecidos demais que nós não fomos
abandonados para escorregarmos do fundamento tão solidamente posto em
1844 para o movimento do advento destes últimos dias... Toda a teoria do
advento que foi imaginado, que ignore o trabalho passado, é um castelo no
ar, uma pirâmide sem uma base, um edifício sem um fundamento." Review
and Herald, 17 de Dezembro de 1867, pág. 8.

Em 1877 o livro de Urias Smith, O Santuário, foi publicado. Neste


ele declarou:
"A geração presente viu um movimento religioso tal como nenhuma
outra geração jamais testemunhou; uma agitação mundial do assunto da
segunda vinda de Cristo, chamando a centena de milhares de crentes na
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doutrina. O tempo tem continuado; e sob o nome de Milerismo agora recebe
o escárnio leviano das multidões descuidadas." – The Sanctuary, p. 13.
"O grande movimento do advento de 1840-1844... fez parte da ordem e
propósito de Deus. Ele portanto deve ainda ser um povo na terra como
resultado daquele movimento. Ele ainda deve ser uma verdade entre os
homens levando alguma relação daquele grande trabalho, e deve haver
alguma explanação correta do grande desapontamento ligado com aquele
movimento". – Ibid., p. 21.

Adiante na mesma obra existe um capítulo intitulado "A fé Original


do Advento" que discute o ponto em estudo que fora debatido com
intensidade entre adventistas do sétimo dia e adventistas do primeiro dia:
"Os adventistas do sétimo dia são às vezes acusados como sendo um
mero trato do movimento da advento, seguidores de conclusões laterais e
recém-criadas pretensões. Nós declaramos, e o demonstraremos, que nós
somos os únicos que aderimos aos princípios originais de interpretação
sobre os quais todo o movimento do advento se baseava, e que somos os
únicos que estamos seguindo aquele movimento a seus resultados e
conclusões lógicos". – Ibid., p. 1020.

Em 1885 George I. Butler, então presidente da Associação Geral,


escreveu uma série de artigos para o Review and Herald sob o título
geral "Experiência do Advento"; Ele começou assim:
"Os velhos Adventistas de '44 estão rapidamente desaparecendo. Só
um pequeno punhado permanece entre nós. A massa de nosso povo não é
pessoalmente conhecedor dos fatos relacionadas com o passar do tempo
(em 22 de outubro de 1844). O curto período de confusão que seguiu antes
do surgimento da mensagem do terceiro anjo, e os eventos ligados com sua
história inicial. Não obstante existem fatos do mais profundo interesse
ligados com este período interessante, que tem uma conexão vital com
nosso trabalho presente. Esta mensagem está ligada com toda aquela
experiência por laços indissolúveis."

No fim do ano de 1890 Urias Smith começou uma série de


editoriais no Review and Herald sob o título geral "A Origem e a
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História da Mensagem do Terceiro Anjo". Ele falava do "grande
movimento do advento da presente geração" "movimento que tem
progredido em mais de meio século". Ele declarou que um movimento
que mantém um tão importante lugar na obra de Deus, e está destinado a
se fazer sentir tão profundamente no mundo religioso, deve ter muitos
incidentes interessantes ligados com seu desenvolvimento e progresso".
Então ele adiciona imediatamente:
"Guilherme Miller, de Law Hampton, Nova York, foi o homem que na
providência de Deus, foi provido para dirigir neste trabalho... Não foi senão
em 1831 que ele manifestou publicamente sua opinião.. O ano de 1831 pode
portanto ser estabelecido como o ano quando a primeira mensagem
angélica começou a ser proclamada." – Review and Herald, 16 de dezembro
de 1890, p. 7760

Este é o testemunho dos pioneiros para o primeiro meio século de


nosso movimento, e pode alguém, estar melhor qualificado que eles?
Aquele testemunho é claro e permite somente uma conclusão.

Exame do Segundo Ponto

A relação dos adventistas do sétimo dia para com o movimento


Milerita torna-se ainda mais evidente, se isto fosse possível, quando nós
examinamos o segundo ponto; isto é, que nós precisamos crer numa
íntima relação entre nós mesmos e o Milerismo a fim de achar uma
explicação de certas declarações proféticas e a fim de provar que o
movimento Adventista do Sétimo Dia é o último movimento de Deus no
mundo. Logo após 1844 alguns Adventistas do Primeiro Dia começaram
a duvidar da genuinidade de sua "experiência" de 1844. Nossos pioneiros
adventistas do sétimo dia argüiam que fazer isto importava em remover
os fatos históricos sobre os quais certas profecias dependiam como prova
de seu cumprimento. Tiago White disse em 1849:
"Se nós negarmos a nossa santa experiência nos grandes movimentos
dirigentes, no passado, tal como a proclamação do tempo em 1843 e 1844,
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então nós não podemos demonstrar o cumprimento daquelas profecias
relacionadas àqueles movimentos. Portanto, aqueles que negaram sua
experiência passada, enquanto seguiam a Deus e a Sua Santa Palavra,
negaram ou mal aplicaram uma porção da Palavra segura." – Present Truth,
Dezembro de 1849.

Agora, não é possível para nós hoje "negar" uma "experiência" de


1844. Nós ainda não tínhamos nascido. Mas quando nós procuramos nos
desassociar daquela."experiência" não vamos nós tão longe quanto é
possível para não irmos negando a "experiência" e não enfraquecemos
nós a conexão entre a profecia e seu cumprimento? É um fato
interessante que uma das primeiras produções da pena de um pioneiro
adventista do Sétima Dia – Marcos Quilométricos e Altos Montões do
Segundo Advento, escrito por José Bates em 1847 procurou estabelecer a
fé do "pequeno rebanho", por mostrar o cumprimento de certas profecias
em conexão com o movimento Milerita. Diz ele:
"O desígnio do autor das seguintes páginas o de fortalecer e encorajar
os sinceros de coração, ao humilde povo de Deus, que esteve e ainda estão,
dispostos a guardar os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus, de
manterem Sua experiência passada, na corrente conexa dos eventos
maravilhosos e o cumprimento da profecia, que foram se desenvolvendo
durante as sete pragas." - pág. 2.

Certas Profecias Cumpridas

Desde aquele tempo em diante os pioneiros adventistas do sétimo


dia procuraram mostrar a direção divina no movimento Milerita e a
relação dos Adventistas da Sétima Dia para com aquele movimento por
se referirem a certas profecias.
1º - A Visão de Habacuque 2:2,3. Esta foi a ordem profética de
"escrever a visão, grava-a sobre tábuas" cumulada à declaração que a
"visão ainda está para cumprir no tempo determinado", que "se apressa
para o fim, e não falhará; se tardar, espera-o". Os mileritas criam que a
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publicação de seus mapas proféticos em 1842 cumpriram a primeira
parte deste texto. Eles criam que a passagem da primeira data marcada
para a Advento (o ano Judaico de 1843 que terminava na primavera de
A.D, 1844) foi seguida pelo "tardar" da visão, e que a data final de 22 de
outubro de 1844, cumpriria a predição, "se apressa para a fim, e não
falhará".
Comentando esta profecia, Tiago White em 1850 declarou: "Se a
visão não falou no outono de 1844, então ela jamais falou, e jamais
falará". Ele firmemente acreditou que Habacuque 2:2,3 se cumpriu da
maneira coma os Mileritas a pregavam. A Sra. White aplica a profecia da
mesma maneira. (veja Testimonies, vol. 1, p. 52; Primeiros Escritos, p.
236.)

2º - A Parábola das Dez Virgens. os mileritas criam que esta


parábola, que também é uma profecia, tinha a sua aplicação e
cumprimento em 1844. A "demora" do noivo eles entendiam como
sendo o tempo entre sua primeira expectativa da vinda de Crista (no fim
do ano Judaico de 1843, isto é, na primavera de 1844) e o verdadeiro
tempo do cumprimento da profecia dos 2.300 dias a 22 de Outubro de
1844. Eles entenderam a declaração Escriturística, "A meia noite se
ouviu um clamar", de ser o sonido da verdadeira mensagem como o fim
da profecia dos 2.300 dias, que começou a ser ouvida no verão de 1844.
De fato as próprias palavras da parábola foram usadas: "Eis o noivo! Saí
ao seu encontro".
Os pioneiros adventistas do sétimo dia continuavam a crer que esta
parábola e profecia cumpriu-se em 1844 (veja por exemplo, O Conflito
dos Séculos, pp. 393-398; Thoughts on Daniel and the Revelation, p.
640.) Em sua primeira visão a Sra. White descreveu a "Luz brilhante
posta" na começo da vereda" rumo ao reino, como "o clamor da meia-
noite". – Primeiros Escritos, p. 14.
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3º - A Profecia de Apocalipse 3:1-10. Os adventistas do sétimo dia
têm consistentemente tomado a posição que o movimento Milerita
preenche o cumprimento desta profecia. A igreja de Filadélfia alcançou
seu clímax mo grupo "que recebeu a mensagem do advento até outono
de 1844, quando "todos os corações batiam em uníssono" e "egoísmo e
cobiça, foram postos de lado" – Thoughts in Daniel and the Revelation,
p. 395. A porta fechada e a porta aberta daquela profecia nós entendemos
que signifiquem o fechamento da porta do primeiro compartimento e a
abertura da porta do segundo compartimento no santuário celestial a 22
de outubro de 1844. (veja Conflito dos Séculos, p. 430). Obviamente nós
não podemos aplicar esta profecia à igreja de Filadélfia a não ser que
creiamos que o movimento Milerita de fato era de Deus e apresentava
aquele estado de "amor fraternal" requerido pelo símbolo.

4º - A Profecia de Apocalipse 10: o anjo com um pequeno livro em


sua mão. Esta profecia pode ser entendida somente em termos do
desapontamento Milerita. Nossa crença denominacional é a de que a
doçura da Esperança em 1844, contrastada à amargura depois do
desapontamento, cumpriu a profecia a respeito do pequeno livro ser doce
na boca mas amargo no ventre. A declaração, "ainda profetizes a
respeito", nós entendemos como predição da pregação da mensagem do
terceiro anjo. (veja Thoughts in Daniel and the Revelation, pp. 527, 528).

5º - A seqüência das três Mensagens Angélicas de Apoc. 14:6-12.


Esta profecia nos amarra ao movimento Milerita de uma maneira como
nenhuma outra faz. Em primeiro lugar nós mantemos que o anjo de
Apocalipse 10 é idêntico com a do primeiro anjo de Apocalipse 14." –
Ibidem pág. 521. Em seguida nós cremos que a mensagem do primeiro
anjo de Apoc. 14 teve o seu mais completo cumprimento "na pregação
de Miller e seus as associados. (Conflito, p. 368). Nós cremos
igualmente que a segunda mensagem começou a ser ouvida quando os
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pregadores Mileritas apelavam aos crentes do Advento de sair das
igrejas. (Ibid. p. 389).
Nós cremos que a mensagem do terceiro anjo começou a ser ouvida
logo após o desapontamento em 1844 sob a pregação das pioneiros dos
adventistas do sétimo dia. Mas nós também cremos que a terceira
"seguiu-os, não para invalidá-las, mas somente para unir-se com elas". -
Thoughts in Daniel and the Revelation, p. 664.
Portanto nós temos realmente uma mensagem tríplice para o
mundo. Esta é uma só teologia Adventista do Sétimo Dia. Mas sendo
que isto é assim, nós somos hoje, as pregadores de uma mensagem que
constitui o coração e a essência da pregação Milerita, adicionando-lhe
uma terceira mensagem e verdades relacionadas. Como poderíamos estar
mais intimamente ligados com o Milerismo? Falando das três mensagens
de Apocalipse 14, Tiago White disse:
"A verdade e o trabalho de Deus neste movimento, começando com as
trabalhos de Guilherme Miller, e alcançando a fim das provas, é ilustrado par
estes três anjos... Estes anjos ilustram as três grandes divisões da
movimento genuíno...
"Os Adventistas da Sétimo Dia asseguram o grande movimento do
Advento (de 1844), portanto, têm utilidade para as mensagens. Eles não
podem poupar estes elos na corrente dourada da verdade, que ligam o
passado com o presente e o futuro, a mostram uma bela harmonia no
grande total.
"Eu o repito. As três mensagens (angélicas) simbolizam as três partes
do movimenta genuíno." – Life Incidents, pp. 3fi6, 307.
Isto está de acordo com a citação da Sra. White com respeito "as
três mensagens angélicas de Apocalipse 14. "Todos estão unidos.", ela
declara. (veja Testimonies, vol. 6, pág. 17).
A inevitável conclusão disto é melhor expresso nas palavras de
George I. Butler. Comparando a experiência de 1844 com a nossa, ele
diz:
"Se a experiência do advento não foi de Deus, isto não pode sar. Se
aquilo foi um movimento fanático, este tem que sê-lo também. Mas se a
primeira mensagem foi um movimento profético verdadeiro, este certamente
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o é também. A mensagem dos "três anjos" constitui apenas uma série. Eles
se mantêm de pé ou caem juntos." – Review and Herald, 10 de fevereiro de
1885, p. 89. (veja também sua declaração sobre a interligação das três
mensagens em Review and Herald, 14 de abril de 1185, p. 233.)

A luz das fatos históricas precedentes e as declarações proféticas,


certamente sã uma conclusão é possível: os adventistas do sétimo dia são
uma extensão lógica e um desenvolvimento direto do movimento
profético levantado por Deus na América nas primeiras décadas do
século dezenove e conhecidos geralmente como Milerismo.

Exame do Terceiro Ponto

Nós chegamos agora ao terceiro ponto: Que o estuda do Milerismo


iluminará nossa própria fé na imagem divina e liderança do movimento
adventista da Sétimo Dia e proverá uma resposta totalmente satisfatória
às acusações difamatórias feitas pelas inimigas da verdade por cem anos.
Como já foi citado, o Pastor Butler declarou: "Se o movimento
Milerita foi um movimento fanático, este deve sê-lo também. Mas se a
primeira mensagem foi um movimento profético, este certamente o é."
Esta declaração não somente nos liga ao Milerismo; torna imperativo
que saibamos a verdade a respeito do movimento. Nossos pioneiros
sentiram isto completamente. Isto explica porque o Review and Herald
apresentou muitos artigos pelos anos em defesa de Miller e o movimento
do Advento dos inícios de 1840. Estes artigos são militantes e
específicos. Veja esta declaração típica de George I. Butler:
"Não houve "vestimentas de ascensão" ou quaisquer loucuras...
Durante a noite quando a tempo passou houve reuniões durante toda a
noite. Houve uns ajuntamentos de canalha embriagados uivando alto ao
redor, tornando a noite horrível. Mas os crentes oravam muito seriamente a
Deus para guardá-los, protegê-los e salvá-los". – Review and Herald, 17 de
fevereiro de 1885, pp, 105, 106.
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As mais ridículas e tolas histórias a respeito dos adventistas foram
disseminadas, e narradas tão confidencialmente que muitos creram nelas.
Foi aí que surgiu e se originou a história das "vestimentas de
ascensão".... Jamais houve uma mentira mais ridícula e vergonhosa". –
Ibid, 24 de fevereiro de 1885, p. 1210.

A Sra. White defende os Mileritas

A Sra. White freqüentemente se referiu ao reavivamento do espírito


que procedia de lembrar os dias passados do movimento do advento.
Mas ela escreveu mais especificamente em defesa dos Mileritas contra as
acusações de fanatismo. Ela mesmo sofrera sob estas acusações, pois ela
foi uma Milerita. No Grande Conflito, começando com o capítulo 18,
"Luz Para os Nossos Dias", ela devota vários capítulos à discussão de
Miller e o despertamento do Advento no século 19, particularmente a
movimento na América. Não há nada vago em seus escritos. Foi o
seguinte que ela disse, em parte, para enfrentar a acusação de fanatismo
lançado contra Miller e seus associados:
“Nos dias da Reforma, os inimigos desta atribuíam todos os males do
fanatismo aos mesmos que estavam a trabalhar com todo o afã para
combatê-lo. Idêntico proceder adotaram os oponentes do movimento
adventista. E não contentes com torcer e exagerar os erros dos extremistas
e fanáticos, faziam circular boatos desfavoráveis que não tinham os mais
leves traços de verdade. ...
“De todos os grandes movimentos religiosos desde os dias dos
apóstolos, nenhum foi mais livre de imperfeições humanas e dos enganos de
Satanás do que o do outono de 1844. Mesmo hoje, depois de transcorridos
muitos anos, todos os que participaram do movimento e que permanecem
firmes na plataforma da verdade, ainda sentem a santa influência daquela
obra abençoada, e dão testemunho de que ela foi de Deus.
“Miller e seus companheiros cumpriram a profecia e proclamaram a
mensagem que a Inspiração predissera, mas não o teriam feito se tivessem
compreendido completamente as profecias que indicavam o seu
A Origem Profética da IASD 16
desapontamento e outra mensagem a ser pregada a todas as nações antes
que o Senhor viesse.” – O Grande Conflito, pág. 397, 402, 405.

A negativa vigorosa da Sra. White contra falsas acusações contra os


Mileritas está em completa harmonia com o testemunho unido de todos
os pioneiros. Ela sentiu muita claramente que seria uma tolice elogiar
Miller e seu trabalho como de Deus, e de afirmar que os adventistas do
sétimo dia surgiram do Milerismo, sem procurar libertar a mente do
leitor das loucas acusações contra os Mileritas.
O que a Sra. White da experiência pessoal e através de inspiração
podia dizer categoricamente negando as acusações de fanatismo, nós
hoje podemos dizer se quisermos tornar o tempo para examinar as fontes
históricas. Nenhuma declaração mais certa jamais foi feita de que muitas
histórias circulavam sobre Mileritas "que não tinham a mais leve
semelhança da verdade". Ninguém precisa ler muito nos relatórios
originais sem chegar à conclusão que a mais inconsciente companhia de
calúnia e engano foi feita contra os crentes do advento. Nós devíamos ter
sabido de antemão que havia pouca verdade nas histórias fanáticas, pois
aí está a declaração devastadora da Sra. White. Mas quase dominador é o
poder das rumores, insinuações, e das falsas histórias. Parecem ser tão
plausíveis. A mera repetição delas parece dar-lhes o que lhes faltava
originalmente, a indicação de autoridade. E, podemos muito bem
confessar – eles quase enganaram a alguns dos eleitos.
Sem dúvida é conveniente que tenhamos uma resposta pronta para
estas falsas histórias. Cada enciclopédia, de fato quase cada obra de
referência, declara que nós saímos do movimento do Advento de Miller
de 1840, e por inferência, se não diretamente, liga-nas com o alegado
fanatismo do movimento. Mas apropriado como possa ser para nós
termos uma resposta pronta, esta não é a razão porque os Adventistas
deviam conhecer a verdade sobre o Milerismo. Existe uma razão mais
importante. Nós precisamos conhecer a verdade a respeito daquele
movimento para conservar nossos próprios pensamentos limpos e nossa
A Origem Profética da IASD 17
própria fé firme na origem divina do presente movimenta do qual somos
uma parte.

Exame do Quarto Ponto

Nós chegamos agora ao ponto quatro: o fato de sermos oriundos do


movimento Milerita não requer que nós subscrevamos os pontos de vista
individuais que podem ter sido mantidos por qualquer Milerita. Nem
sequer que nós minimizamos em qualquer grau a significação dos
ensinos distintos desenvolvidos sob a mensagem do terceiro anjo, mas
antes o contrário.
Seria muito errado pensar dos adventistas do sétimo dia como
estando limitados em sua ordem de doutrinas por causa de sua relação
com o Milerismo. Nem se exige qualquer conclusão tal pelo fato de
nossa conexão histórica. Um editorial no Review em 1854 torna isto
claro:
“Nós não temos nenhuma idéia que Guilherme Miller possuía toda a luz
em cada ponto. A vereda do justo devia brilhar mais e mais até que o dia
perfeito viesse. Ele lançou torrente de luz sobre as profecias; mas o assunto
do santuário devia ser revelado ao rebanho que aguardava, no período da
terceira mensagem...
"Quanto às grandes doutrinas fundamentais ensinadas por Guilherme
Miller, nós não vemos razão para mudarmos nossa concepção. Nós
reivindicamos toda a luz do tempo passado sobre este tema glorioso, e
achamos que seja o céu. E nós alegres permitimos a providência de Deus, e
ao claro testemunho da Bíblia corrigir a nossa concepção sobre o santuário,
e dar-nas um mais harmonioso sistema de verdades, e uma base mais firme
de fé." – Review and Herald, 18 de abril, 1854, pp. 100, 101.

Devia ser lembrado que Miller jantais procurou criar uma nova
denominação com uma declaração de credo em toda doutrina. Antes, ele
considerava o movimento do Advento como um apelo para estudar e crer
a grande verdade, a volta pessoal e breve de Cristo, no ambiente de
certas profecias. O milerismo não fui uma denominação, não era
A Origem Profética da IASD 18
sinônimo de um credo. O fato precisa ser conservado claro em nossas
mentes. As crenças individuais dos diversos pregadores ou leigos – eles
eram virtualmente de todas as persuasões religiosas – podem ter colorido
o pensar de tais pessoas, mas estas não davam ao movimento sua cor
real. A verdadeira cor do movimento foi a do dourado alarido da manhã
do Advento Foi um movimento do Advento – um movimento cujo
caráter distinto resultava do seu ambiente profético. Nós nunca devíamos
esquecer que o próprio Milerismo estava preocupado primeiro com o
propósito, maneira, e tempo do advento.

A Essência do Milerismo

Quando o movimento chegou ao seu clímax em 1844, o chamado


para sair das igrejas tornou-se forte e claro. Este chamado serviu para
fazer o Milerismo aparecer mais claramente dos outros grupos religiosos.
Assim o movimento chegou a seu clímax no dia 22 de outubro de 1844,
com uma grande verdade distinguindo-o, a hora do juízo de Deus às
mãos, a primeira mensagem angélica; e com um chamado separador de
sair da Babilônia, a segunda mensagem angélica. Qualquer coisa além
disto não é da essência do Milerismo. Por exemplo, quando um
preeminente Milerita, George Storrs, Apresentou seu ponto de vista
sobre a natureza do homem – pontos estes que tanto nós e os dirigentes
do Adventismo do primeiro dia cremos hoje – Miller e a maioria de seus
associados se opôs à doutrina tanto por serem estranhos ao singelo
propósito do movimento como por serem, como pensavam, errôneos.
Se mantivermos na mente este fato histórico facilmente
estabelecido que o movimento de Miller foi um grande despertamento
sobre uma verdade central no ambiente de certas profecias, e portanto
em cumprimento da profecia, não temos nenhuma dificuldade em
compreender como os pioneiros dos adventistas do sétimo dia podiam
escrever tão claramente como o fizeram com relação de nossa conexão
com eles, enquanto ao mesmo tempo mantendo que Deus dera aos
A Origem Profética da IASD 19
adventistas do sétimo dia certas verdades não entendidas nem pregadas
no movimento Milerita. Nossos pioneiros adventistas do sétimo dia viam
um significado no trabalho que se formava sob suas humildes pregações
depois de 1844, primeiro e principalmente porque eles criam que era o
cumprimento da terceira mensagem angélica – a terceira numa série
ligada divinamente. Eles viam a muito distinta doutrina do sábado do
sétimo dia, por exemplo, no ambiente daquela terceira mensagem
angélica, e declararam que somente naquele ambiente podia a força real
da doutrina ser compreendida nestes últimos dias.

Para Cima na Luz Crescente

A mensagem tríplice, que começou como uma pregação fervorosa


daquela única verdade central do Segundo Advento pessoal, e que em
seguida chamou os homens a sair de Babilônia, assumiu sua completa
dimensão sob a mensagem do terceiro anjo, coma uma reforma em todos
os assuntos de doutrina e vida na preparação para o Advento. Isto
concorda com o plano que Deus seguiu em todos os tempos, dirigindo
homens â frente em luz crescente.
O interesse despertado no estudo da Bíblia, particularmente das
profecias, sob a mensagem do primeiro anjo, colocou os homens em uma
posição ideal para Deus lhes dar iluminação. A separação das igrejas os
livrou do empecilho que tantas vezes impede os homens de aceitar nova
luz, o temor do que os seus associados na igreja pensariam. Desta
maneira Deus preparou homens para a mensagem do terceiro anjo.
Examinando fervorosamente as Escrituras, certos que Deus os dirigia até
aí, e desejando seguir adiante em novas verdades, nossos pioneiros
adventistas do sétimo dia procuraram a Deus com alto clamor e lágrimas.
A Sra. White conta das muitas vezes que se reuniam para estudar a
Bíblia e para orar. "Às vezes toda a noite era despendida em solene
investigação das Escrituras, para que pudéssemos compreender a verdade
para nosso tempo". – Christian Experience and Teachings, p. 193.
A Origem Profética da IASD 20
A luz veio, a verdade desdobrou-se com tal estudo e também sob o
ímpeto do Espírito de Profecia, um dom dado em cumprimento da
profecia. Em breve o completo significado da mensagem do terceiro anjo
rompeu sabre os nossos pioneiros, e juntamente com isto veia uma
compreensão de outras verdades que tinham sido ou negligenciadas ou
distorcidas pelos séculos. O movimento do Advento assim desenvolveu
em sua forma final para preparar um povo preparada a encontrar seu
Deus. Mas, como as declarações de nossos pioneiros tornam
transparentemente claro, esta fase final do movimento do Advento para
os últimos dias foi sempre vista por eles como o desenvolvimento lógico
e profético de um trabalho começado por Deus quando Ele despertou
homens para pregar a primeira mensagem angélica.

Ficai Firmes no Registro

O registro histórico e o testemunho de nossos pioneiros adventistas


do sétimo dia não deixam margem a uma possível dúvida concernente a
nossa origem e a honorabilidade e significação profética desta origem.
Nós precisamos firmarmo-nos por esse registro e testemunho. Para agir
de outra maneira – dar crédito a histórias tolas sobre os Mileritas, e então
procurar de separar nosso movimento do Milerismo para escapar às
manchas das histórias – desmentiria o testemunho de nossos próprios
pioneiros, sem dizer nada dos fatos evidentes da história. Ainda mais
importante, isto removeria dos adventistas do sétimo dia sua validação
profética. É – marcar isto bem – também sujaria os bons nomes de
nossos pioneiros adventistas do sétimo dia – pois eles foram Mileritas,
como George I. Butler disse bem: "Se aquele (movimento de Miller) foi
um movimento fanático esse deve sê-lo também". – Review and Herald,
10 de fevereiro de 1885, p. 89. E como Urias Smith declarou
enfaticamente: "Toda a teoria do Advento que foi preparada, que ignore
o trabalho passado" (do então harmonioso corpo de crentes Adventistas)
"antes de 22 de outubro de 1844), é um castelo no ar, uma pirâmide sem
A Origem Profética da IASD 21
base, um edifício sem um fundamento". – Ibid, 17 de Dezembro de 1867,
p. 8. E o que seria senão ignorar "o trabalho passado" se procurarmos
nos desassociar dele?
Certamente aqui se aplica a admoestação da mensageira de Deus,
que, depois de "rever nossa história passada" dos dias mileritas em
diante, declarou: "Nada temos que temer do futuro, exceto que nos
esqueçamos da maneira que o Senhor nos guiou, e seus ensinos em nossa
história passada." – Life Sketches, p, 196.
(Prova para apoiar os pontos cinco, seis e sete é oferecida sob
"Second Advent" Objections, pp. 261-275.)

Nota: Os Adventistas do Sétimo Dia e o Despertamento do


Advento em Outros Países
Alguém poderá perguntar: Não é verdade que o despertamento do
Advento era muito mais vasto do que o Milerismo na América, e não
deveríamos nós colocar antes os adventistas do sétimo dia no ambiente
daquele movimenta maior? Inquestionavelmente, o despertamento não se
confinou a um país. A sra. White explica isto em O Grande Conflito. Ela
descreve o interesse no Advento que se desenvolveu em vários países,
em maior ou menor grau, e provavelmente mais na Inglaterra que em
outros países continentais. Mas deste trabalho na Inglaterra ela escreve:
“O movimento ali não tomou forma definida como na América do
Norte; o tempo exato do advento não era geralmente tão ensinado.” – O
Grande Conflito, p. 362. Ela acrescenta que a data de 1844 para o
Advento foi ensinado, explicando que um inglês, Robert Winter, "que
recebera na América do Norte a fé do advento, voltou a seu país natal
para anunciar a vinda do Senhor", os Mileritas muitas vezes falavam da
disseminação de sua convicção profética aos vastos cantos da Terra,
especialmente pela literatura. Depois de descrever a pregação do
Advento em outros países, a Sra. White continua:
“A Guilherme Miller e seus cooperadores coube a pregação desta
advertência na América do Norte. Este país se tornou o centro da grande
A Origem Profética da IASD 22
obra do advento. Foi aqui que a profecia da mensagem do primeiro anjo teve
o cumprimento mais direto. Os escritos de Miller e seus companheiros foram
levados a países distantes.”
“A mensagem do segundo anjo de Apocalipse, capítulo 14, foi
primeiramente pregada no verão de 1844, e teve naquele tempo uma
aplicação mais direta às igrejas dos Estados Unidos, onde a advertência do
juízo tinha sido mais amplamente proclamada.” – Idem, 368, 389.
Ainda mais, e muito importante, a pregação em outros países não
tem os detalhes históricos que calham especificamente na maioria das
declarações proféticas que estivemos considerando. Por exemplo, a
profecia de Habacuque 2:2,3 encontrou seu cumprimento exato somente
nos eventos do movimento Milerita. O mesmo é verdadeiro da parábola
e da profecia das dez virgens, o tempo da demora, o clamor da meia-
noite. O focalizarem a data de 22 de outubro de 1844, como o fim da
profecia dos 2.300 dias, pertenciam ao movimento de Miller. A profecia
do livro pequeno, primeiro doce depois amargo, aplica-se
especificamente ao movimento do Advento como encontrado na
América. Finalmente, como a Sra. White afirma, a primeira e segunda
mensagens angélicas encontraram seu mais completo "cumprimento" e
aplicação na América.
É absolutamente apropriada para nós de vermos o adventismo do
sétimo dia no molde geral do despertamento do advento em vários
países. Se Deus é a fonte do despertamento espiritual, porque não
deveríamos nós aguardar que Ele despertaria corações individuais em
muitos países como o fim de todo o tempo profético se aproximasse?
Mas, o fato de que existe propriamente um ambiente geral para o
surgimento dos adventistas do sétimo dia não diminui de qualquer
maneira o fato que existe um ambiente específico para o nosso
surgimento, e este ambiente é o movimento do Advento na América
chamado Milerismo. Nós sempre cremos e pregamos, como vitais para a
significação profética de nosso movimento, que ele apareceu no tempo
específico em cumprimento de profecias específicas. Somente no
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Milerismo estão especificações precisas e completamente cumpridas.
Este é o testemunho unido de nossos pioneiros adventistas do sétimo dia.

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