Você está na página 1de 10

“Ser negro em duas cidades: Salvador

e Amsterdã”, de Lívio Sansone

Apresentação para a disciplina Teorias da Etnicidade (2023-1) realizada por Sebastião Rocha e
Suzana Mattos
Abril/2023
Negritude sem Etnicidade, de Lívio Sansone - 2004

● Relações Raciais e Produção de Cultura Negra


Brasileiras num contexto de Globalização
● Demonstrar a especificidade das ideias de raça no
Brasil através da comparação com outros países,
além dos EUA.
● Primeiras experiências de cotas no ensino superior:
UERJ (2001) e UnB (2003)
Objetivo e temas

Comparar as semelhanças e diferenças nas estratégias de sobrevivência e


inclusão no mercado de trabalho de jovens negros de classe baixa em Salvador e
Amsterdã que buscam ascender socialmente
- Relação entre cultura, etnicidade e estratificação social e as possibilidades de
mobilidade social de grupos minoritários em sociedades complexas
- Identidade étnica versus Identidade de classe: habitus
- Estratégias de inserção na economia capitalista (estratégias de sobrevivência)
no mercado de trabalho
- Existe uma cultura africana transnacional?
Grupos étnicos no Suriname
População: 558.368 habitantes (População
Salvador: 2.900.319 habitantes)
● Hindustanis (27,4%): descendentes de
hindu-paquistaneses
● Maroons (21,7%): equivalente aos quilombolas
brasileiros
● Crioulos-Creolen (15,7%)
● Javaneses (13,7%)
● Mestiços (13,4%)
● Indígenas (3,7%
Jovens Negros: Salvador e Amesterdã
- Desemprego, economia informal e criminalidade
- Estratégia de mobilidade social: importância da diversão, maternidade e
algumas ocupações, resistência ao trabalho monótono
- Baixa posição social: combinação de exclusão e auto-exclusão
- Fixação dos jovens em carreiras onde a negritude não era negativa, mas essas
posições contribuem para sua auto-exclusão
Jovens Negros: Salvador e Amesterdã
Diferença:

● Papel do Estado

Semelhanças:

● consumo ostensivo;
● recusa a trabalhos “sujos”;
● “anti-sociais”;
● estetização da cultura negra;
● americanização da cultura negra
Conclusão
Há diferenças consideráveis entre a Holanda e o Brasil em relação à distribuição,
situação e participação da população negra no mercado de trabalho.
● As duas realidades diferem em termos de ética de trabalho, iniciativa
empresarial, distribuição rural e urbana, taxa de emprego no serviço público,
dependência da segurança social e alternativas na economia informal e
criminal.
Conclusão
Estratégias de sobrevivência utilizadas pelos negros nos dois países são
influenciadas pelos sistemas locais de oportunidades e podem incluir tentativas de
seduzir os brancos ou manter distância deles, enfatizar a miscigenação racial,
acumular capital da comunidade negra pela ênfase na etnicidade, entre outros.

● Construtos etnoculturais relacionados ao corpo negro, sensualidade dos


negros, feminilidade negra e estereótipos de habilidades dos negros em
dança e esportes;
● Ausência de estratégias de sobrevivência "tipicamente negras".
Conclusão

Existe uma cultura negra universal? há semelhanças transnacionais decorrentes da


história de intercâmbios internacionais pelo Atlântico Negro, da diáspora e das
condições convergentes e da infraestrutura tecnológica da era pós-fordista.
Conclusão
A crise mundial do emprego e a queda do status profissional têm impactado a
autodefinição e construção da personalidade de indivíduos de classes baixas em
diversos países, incluindo comunidades negras.

· Situações dos informantes nas duas cidades avançadas são semelhantes à de


outras comunidades de classe baixa em outros países, como comunidades de
imigrantes nos Estados Unidos, comunidades negras atingidas pela recessão nos
EUA e comunidades mineradoras tradicionais do Norte.

Você também pode gostar