Você está na página 1de 15

06/05/2023

Faculdades AS GLÂNDULAS MAMÁRIAS NA FÊMEA SUÍNA


Nova Esperança
Medicina Veterinária

LACTAÇÃO E SAÚDE DA MATRIZ

Profa: Maiza Araújo Cordão João Pessoa-PB


1 2

• CRESCIMENTO DA GLÂNDULA MAMÁRIA ACONTECE EM DOIS


MOMENTOS:

 No final da gestação;

 Durante a lactação;

3 4

o Crescimento mamário durante a lactação: TERÇO FINAL DA GESTAÇÃO


• Alimentação na primeira semana de lactação;
• Estímulo e retirada de leite;
• Hormônios.

o Crescimento mamário no final da gestação:


• Nutrição;
• Genética;
• Hormônios.

5 6

1
06/05/2023

POUCO LEITE?

• PORCA

 Baixo consumo de água;

 Baixo consumo de ração;

 Manejo inadequado de restrição pré e pós parto;

 MMA/febre;

 Falta de estímulo (mamada).

7 8

9 10

ALIMENTAÇÃO/ LACTAÇÃO
• LEITÕES:
• Estímulo ao consumo:
 Falta de tetos;

 Disputas frequentes;  Palatabilidade;


 Forma física da ração;
 Dor (artrite, lesões);  N° de tratos;
 Fornecimento de água;
 Dificuldade locomoção;  Conforto térmico;
 Densidade energética ração;
 Fraqueza;  Redução da PB e adição de AA.

 Falta de acompanhamento

11 12

2
06/05/2023

• MANEJOS DURANTE A LACTAÇÃO QUE PODEM INTERFERIR SOBRE


A PRODUÇÃO DE LEITE

 Número de leitões mamando;

 Viabilidade e tamanho desses leitões;

 Excesso de transferências (brigas)

13 14

• QUALIDADE DO LEITÃO QUE ESTÁ MAMANDO: • REMOÇÃO DO LEITE X PRODUÇÃO

• Massagem pré e pós-mamada;

o Ocitocina – Prolactina.

• Retirada de todo o leite disponível;

15 16

ALGUNS PARÂMETROS CLÍNICOS E


• HIPOGALACTIA E DISGALACTIA PÓS-PARTO:
COMPORTAMENTAIS
 Formas de apresentação:

 Mastite-metrite-agalactia;

 Hipogalactia - 24-96 h pós-parto;

 Agalactia – falha completa na produção.

17 18

3
06/05/2023

O QUE ACONTECE COM AS TETAS QUE FATORES PREDISPONENTES


SECAM?
• Perda de tecido mamário e comprometimento futuro da produção;  Fêmea:

• Ordem de parto: mais velhas;

• Condição corporal; muito magras; muito gordas;

• Intervenção no parto;

• Falta de higiene e não medicação.

19 20

• Manejo de alojamento e maternidade:

 Stress de alojamento:

 Respeitar normas para transferência para a maternidade;

 Baixo consumo de água: infecções urinárias;

 Manejo alimentar pré e pós-parto: constipação e partos distócicos;

 Contaminação ambiental.
21 22

• Uso de antimicrobianos e anti-inflamatórios/anti-térmico: • Utilizar a capacidade máxima da fêmea no início da lactação:

 Eliminar a fonte primária de infecção;  Respeitar o número de tetas x número de leitões;

 Diminuir a dor e o edema mamários;  Observar desgaste corporal da fêmea;

 Melhorar a condição clínica da fêmea;  Observar desenvolvimento dos leitões.

 Usar Drogas amplo espectro.

23 24

4
06/05/2023

• Uso de ocitocina: • Controle de possíveis infecções Cistites/metrites/mastites

 Tem papel na ejeção de leite;


 Limpeza e desinfecção;

 Quando aplicada, deve promover uma amamentação normal;  Banho nas matrizes na transferência;

 Intervenções no parto - Medicações;


 Se não ocorrer, o problema é outro!!!
 Aferir temperatura corporal das matrizes;

 Qualidade e quantidade de água – estímulo para consumo.

25 26

PROGRAMA SANITÁRIO NA MATERNIDADE Toltrazurila .


3) Aplicar coccidicida na primeira semana de vida dos leitões;

1) Medicar a ração lactação na primeira semana de maternidade; 4) Medicar 100% das matrizes submetidas a toque com antibioticoterapia;

2) Medicar 100% dos leitões no dia do parto (preventivo de artrites e 5) Realizar a vacinação reprodutiva em 100% das matrizes do 7-10 dia
enterotoxemia por clostrídeos). após o parto.

27 28

Calendário de vacinas em suínos LARGURA GAIOLA: ESMAGAMENTO

SISTEMA “AMORTECEDOR”

29 30

5
06/05/2023

PRINCIPAIS DOENÇAS REPRODUTIVAS

• Agentes mais comuns:

• Bactérias: Actinobacillus suis, Arcanobacterium pyogenes,


Bacillus sp., Brucella sp., E. coli, Salmonella sp.,
Leptospiras, Staphylococcus sp. e Streptococcus sp.

• Vírus: Aujeszky, circovírus, parvovírus.

31 32

• PARVOVIROSE:

 Agente: parvovírus;

 Transmissão: reposição, venérea;

 Principais sintomas: mortalidade embrionária, fetos mumificados, leitegada


de tamanho reduzido;

 Prevenção: vacina nas matrizes, imunização natural.

 Observação especial em granjas com grande número de leitoas.

33 34

• LEPTOSPIROSE:

 Agente: bactéria (leptospiras);

 Transmissão: material contaminado com urina;

 Principal sintoma: abortos no terço final de gestação, natimortos;

 Prevenção: vacina nas matrizes;

 Tratamento: em casos específicos, antibióticos injetáveis ou via ração.

35 36

6
06/05/2023

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • MENINGITE ESTREPTOCOCICA:


(SNC)
 Agente: bactéria (Streptococcus suis);

• Agentes mais comuns  Fase: usualmente, maternidade e creche;

• Bactérias:  Transmissão: via respiratória;

 A. pyogenes, E. coli, H. parasuis, Salmonella choleraesuis e S. suis.  Principais sintomas: andar em círculo, “pedalagem”, decúbito lateral,
cabeça tombada e pescoço esticado (opistótomo);
• Vírus:
 Prevenção: densidade e biossegurança;
 Aujeszky e circovírus.
 Tratamento: medicação individual e injetável com antibióticos, anti-
37 inflamatórios e anti-térmico. 38

DOENÇAS ENTÉRICAS

• Agentes mais comuns:

 Bactérias:

 Clostridium perfringens A e C;

 Clostridium difficile;

 E. coli e Salmonella sp.

 Parasitas: coccidia.

 Vírus: rotavírus
39 40

41 42

7
06/05/2023

MATERNIDADE

• Antes dos cinco dias de vida:

 Colibacilose neonatal;

 Clostridiose;

 Após cinco dias de vida:

 Rotaviroses
 Coccidiose
 Colibacilose
43 44

COLIBACILOSE NEONATAL

• Agente: bactéria (Escherichia coli);

 Transmissão: contaminação oral no meio ambiente;

 Principais sintomas: fezes fluidas e amareladas, desidratação e alta


mortalidade;

 Prevenção: colostro, vacinas nas matrizes e higiene;

 Tratamento: antibiótico injetável ou oral, soro hidratante e acidificantes na água.

45 46

47 48

8
06/05/2023

• COCCIDIOSE:

• Agente: parasita de células epiteliais jejuno e íleo (Isospora suis);

 Transmissão: contaminação oral no meio ambiente (oocistos); diarréias 3 a 4


dias depois

 Principais sintomas: diarreia amarelada e com odor rançoso, não responde


a antibióticos

 Prevalência: 70 a 90% dos leitões de leitegadas contaminadas.

 Mortalidade: 6 a 20%.
49 50

 Oocistos transmitidos pelas matrizes;


• Prevenção:
 Resistente no solo (15 meses);
 Lavação/desinfecção;
 Esporulação (32 a 35 ºC – 12 a 16 h).

 Impedir acesso às baias e escamoteadores;

 Impedir entrada de animais, roedores e moscas;

 Jato com água quente.

51 52

• Tratamento:

 Preventivo, coccidiostático oral;

• Diagnóstico:

 Exame parasitológico de flutuação de amostra de fezes.

 Raspado de mucosa e exame direto;

 Histopatológico de intestino fixado em formol.

o Mais freqüente nos meses quentes e úmidos (esporulação dos oocistos é


favorecida);
53 54

9
06/05/2023

• ROTAVÍRUS:
• COLIBACILOSE PÓS-DESMAME:

 Agente: Rotavírus, Muito resistente a desinfetantes;


 Agente: bactéria (Escherichia coli);

 Grande eliminação de vírus (1 trilhão/grama de fezes – Animais


assintomático (matrizes);  Transmissão: contaminação oral no meio ambiente;

 Transmissão: contaminação entre primeira e oitava semana;  Principais sintomas: fezes fluidas e amareladas, desidratação e alta
mortalidade;

 Infecção de enterócitos, intensa atrofia de vilosidades (porções inicial e


intermediária do jejuno - absorção de água, nutrientes e eletrólitos, secreção  Prevenção: colostro, vacinas nas matrizes e higiene;
de lactase);
 Tratamento: antibiótico injetável ou oral, soro hidratante.
 Gravidade maior na associação com os outros agentes.
55 56

57 58

• DOENÇA DO EDEMA

 Agente: bactéria (Escherichia coli);

 Transmissão: oral, suínos portadores;

 Principais sintomas: morte súbita.

 Edema de pálpebra e na fonte (testa);

 Prevenção/Tratamento: suspender ração por um dia e aditivos via


ração.

59 60

10
06/05/2023

• Descarte e reposição de matrizes:

ONDE NÃO PODEMOS FALHAR?  Falhas reprodutivas;


 Problemas locomotores;
 Desempenho histórico;
 Idade avançada;
 Doenças puerperais;
 Causas diversas;
 Mortes.

61 62

• FALHAS REPRODUTIVAS:

• São normalmente a causa principal das remoções precoces de matrizes


produtivas:

 Problemas de aparelho locomotor em geral causados pela qualidade dos


pisos;

 Incluir nos critérios de descarte:

 Idade, produtividade, qualidade de cascos, aparelho mamário, número de


desmamados

63 64

• Manejo das leitoas de reposição:

 Alojamento;

 Adaptação sanitária;

 Indução da puberdade;

 Manejo alimentar;

Matrizes modernas são: mais precoces; mais produtivas; possuem maior ganho de peso; são
nutricionalmente mais exigentes.

65 66

11
06/05/2023

• Há duas possibilidades de aquisição de leitoas de reposição:

 Externa (de leitoas pré-púberes de 150-170 dias de idade;

 Ou de gestantes entre 45-60 dias de gestação produzidas em granjas externas


Garantir de 50 a 60 dias entre o alojamento e a cobertura;
 E Interna (produzidas a partir de um plantel de avós presente na própria granja).
Tempo suficiente para os protocolos vacinais e exposição natural controlada
aos agentes;

Estabelecer um programa de vacinação racional e customizado para cada


unidade de produção;
67 68

• Sanidade das matrizes:

• Protocolos de vacinação;

• Principais doenças das matrizes:

 Aparelho locomotor;

 Infecção urinária;

 Descargas vulvares pós-parto e pós-IA.

69 70

• Sanidade das matrizes; • Principais doenças das matrizes – Infecção urinária

• Protocolos de vacinação;

• Principais doenças das matrizes – Aparelho locomotor

71 72

12
06/05/2023

• Principais doenças das matrizes – Descargas vulvares pós parto e pós-IA.  Diagnóstico de cio: Idade do macho, uma ou duas vezes ao dia;

 Dose inseminante: Número de espermatozóides adequado, vivos e


férteis, baixa contaminação bacteriana;

 Qualidade das matrizes: As fêmeas de risco – retorno ao cio, aborto,


descargas vulvares;

 Escolha do protocolo e realização da técnica:

 Uma ou duas doses/dia;

 Tradicional ou pós-cervical.
73 74

• Protocolo de inseminação: • Protocolo com uma inseminação ao dia:

 Uma ou duas doses diárias;  Economia de uma dose inseminante/cio e otimiza o uso da mão-de-obra;

 Podem ou não ser diferenciados entre leitoas:  Protocolo não permite falhas na qualidade da dose inseminante e no diagnóstico
preciso de cio;

 Recomenda devem ser implantados programas com uma dose diária em


 Multíparas desmamada, porcas atrasadas, porcas de repetição de sistemas que utilizem sêmen com máximo de 48 horas pós-coleta;
cio ou aborto;

A determinação do final de cio também é uma tarefa crucial já que a realização


de inseminações após este período podem causar a repetição de cio e
corrimento.
75 76

77 78

13
06/05/2023

 Mais de 99% dessas inseminações são realizadas com sêmen resfriado e


• Técnica de inseminação: usualmente armazenado na temperatura de 15°-20°C, por três dias (Johnson et
al., 2000).
 Inseminação artificial tradicional:

 Utilizados 3 a 5 bilhões de espermatozoides/dose em volume total de 80


a 100 ml;

 Realizando de 2 a 3 inseminações durante o estro;

 Após a fixação da pipeta, a dose inseminante é acoplada e a infusão da


dose é iniciada.

79 80

• Deposição intra-cervical;

81 82

83 84

14
06/05/2023

85 86

Inseminação Pós-Cervical
 Técnica consolidada na rotina prática: - 50 a 60 mL na dose inseminante;
- 1 a 1,5 bilhões de sptz/dose; protocolo de 24 h; não utilizar macho no
momento da IA;  Desempenho reprodutivo é multifatorial;

 Há momentos estratégicos para ações;

 Atualmente, deve-se buscar resultados >90% de taxa de parição real e


>14 leitões.

87 88

Fim

89

15

Você também pode gostar