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Colostragem e
Transferência de
Imunidade Passiva
Doutoranda Rayanne Soalheiro de Souza
Orientado Elias Jorge Facury Filho
Coorientadora Fabiola de Oliveira Paes Leme
Sumário
• Transferência de Imunidade
Passiva (TIP)
• Importância da TIP
• Colostragem em gado de leite
• Colostragem em gado de corte
• Monitoramento da TIP
• Pontos de corte para a avaliação da
TIP
• Considerações finais
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Transferência de Imunidade Passiva (TIP)

A absorção das
imunoglobulinas
maternas contidas no

Fotos: Arquivo pessoal


colostro pelo intestino
delgado do bezerro
durante as primeiras 24
horas após o nascimento
(Godden, 2019)

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Tipo Placentário Da Vaca
Placenta do tipo Sinepiteliocorial Cotiledonar (Peter, 2013)
Camadas da placenta: TIPO PLACENTÁRIO DA VACA: SINEPITELIOCORIAL
• Endotélio fetal; COTILEDONAR
Endotélio Fetal
• Mesênquima (tecido fetal); Membrana
Basal
• Epitélio coriônico ou trofoblástico;
• Epitélio uterino;
Córion
• Estroma endometrial e
• Endotélio materno.

Sangue materno não tem contato direto


com o sangue fetal (Weaver, 2000; Epitélio
Endometrial
Santos, 2017)

Membrana
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Basal
Endotélio Materno
Santos et al, 2012 SINEPITELIOCORIAL
COTILEDONAR

2-3 meses de
gestação

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Godden, 2008

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Sem ingestão de colostro

Transferência de
Imunidade Passiva
1 2
Após ingestão de colostro

Pinocitose não seletiva

3 4
Três dias de idade

Figura 2. Histologia de epitélio de íleo de bezerro


recém-nascido: 1 e 2 sem ingestão de colostro; 3 e 4
após ingestão de colostro; 5 a 6 três dias de idade Seu Logotipo ou Nome Aqui

(Bessi, 2002). 5 6
Chase et al, 2008

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12
Benefícios da TIP Adequad
a TIP

Boa
Reduz uso
imunidade antibióticos

Reduz chance
Saúde de morrer
Maiores chances
de não
adoecimento Melhora
ganho de peso

Melhora
produção no
Godden et al, 2019 futuro
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Impactos da Falha na TIP

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Custo total (€)

Prevalência da Falha da Transferência da Imunidade Passiva


Fig 4. Custo total da mortalidade, diarreia, doença respiratória bovina e ganho médio diário em caso
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de falha da transferência passiva para sistemas de corte e leite (Raboisson, Trillat e Cahuzac, 2016).
GENÓTIPO ORDEM DE PARTO NUTRIÇÃO

VACINAÇÃO
DA FÊMEA
COLOSTROGÊNESE

PARTO
SAÚDE • Distocia
PERINATAL
DA VACA • Prematuridade
VIGOR DO
BEZERRO
CONDIÇÕES
ABSORÇÃO DE IgG
AMBIENTAIS LIGAÇÃO IMUNIDADE
VACA-BEZERRO • Tempo até ingestão
• Local do parto
• Massa de IgG consumida
TEMPO ATÉ A MAMADA PASSIVA
• Comportamento materno INGESTÃO DE COLOSTRO
• Comportamento do bezerro
• Ficar de pé • Produção
X Massa de
• Andar FORNECIMENTO
ANATOMIA IgG
• Procurar o teto • Concentração de IgG ARTIFICIAL DE
DO TETO
COLOSTRO

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M. McGee and B. Earley, 2018
Volume médio de colostro

Gado de corte

Gado de leite

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M. McGee and B. Earley, 2018
Concentração média
de IgG no colostro
Gado de corte

Gado de leite

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M. McGee and B. Earley, 2018
Colostragem em Gado de Leite
• Fornecimento de colostro de qualidade
para os bezerros
• Imunológica

Fotos: Arquivo pessoal


> 50 g/L de IgG  Faixa verde no
Colostrômetro
> 22% BRIX no Refratômetro
Godden et al, 2019 Se quisermos 80 g/L of IgGSeu=Logotipo
25%ou Nome
Brix
Aqui
(Bielmann et al, 2010)
Colostragem em Gado de Leite
• Fornecimento de colostro de qualidade
para os bezerros
• Imunológica
• Microbiológica

Fotos: Arquivo pessoal e Ronaldo Martins –


Foco Diagnóstico

CBT < 100.000 UFC/mL e


Godden et al, 2019 Coliformes < 10.000
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UFC/mL
Colostragem em Gado de Leite
• Fornecimento de colostro de qualidade
para os bezerros
• Imunológica

Fotos: Arquivo pessoal


• Microbiológica
• Em quantidade adequada
• 10-15% do peso vivo

Atenção:
Mesmo se o colostro der qualidade
muito alta não devemos dar menos
Godden et al, 2019 que 10 - 15% do PV do bezerro! Seu Logotipo ou Nome Aqui
Colostragem em Gado de Leite
• Fornecimento de colostro de qualidade
para os bezerros
• Imunológica
• Microbiológica
• Em quantidade adequada
• 10-15% do peso vivo
• Em tempo adequado
• 2 mamadas
• 1ª: O mais cedo possível (até 2 horas após o nascimento) por
mamadeira ou sonda – 10% PV
• 2ª: De 6 a 12 horas após o nascimento por mamadeira – 5% PV
Godden et al, 2019 Seu Logotipo ou Nome Aqui
Banco de Colostro
Armazenagem do colostro
• Ordenhar logo após o parto de forma higiênica!
• Avaliar a qualidade – Armazenar colostro bom
• Armazenar o mais rápido possível  As bactérias duplicam em 20 minutos!!!
• Armazenar em sacos limpos e resistentes de 2L
• Colocar em formas de alumínio até congelar para ficar em placas
• Identificar: Data, Qualidade imunológica, Vaca
• Freezer não pode ter descongelamento automático

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Foto: Arquivo pessoal Fotos: Calf Care Foto: Rehagro


Banco de Colostro
Descongelamento do colostro
• Descongelar em banho-maria - Leva aproximadamente 1 hora
• Nunca passar de 45°C
Temperatura de desnaturação das proteínas
Usar um bom termômetro, calibrado, para avaliar a temperatura da água
• Homogeneizar as vezes

Fotos: Calf Care


• Nunca em temperatura ambiente
Demora – o bezerro não pode esperar!

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MC – Colostro
materno
LMC-CR - Colostro
materno enriquecido
com colostro em pó
CR-150 – Colostro em
pó com 150 g IgG
CR-110 – Colostro em
pó com 100 g IgG

Ponto de corte
do colostro em
pó é diferente!

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Colostragem em Gado de Corte
Fotos: Ronaldo Martins

Monitorar o lote para verificar se tem vaca recém-paridaSeu Logotipo ou Nome Aqui
Colostragem em Gado de Corte
Fotos: Ronaldo Martins

Pelo menos 2 funcionários


Avaliar: Umbigo  Curar iodo 10
Flanco cheio ou vazio
Teto da mãeou Nome Aqui
Seu Logotipo

Vigor do bezerro
Colostragem em Gado de Corte
Flanco Vazio e Teto Cheio:
Levar a mãe e o bezerro para um loc
onde seja possível auxiliar a mamada
Fotos: Ronaldo Martins

MONITORAR E GARANTIR A MA

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Colostragem em Gado de Corte
Centros de manejo
Segurança e qualidade do trabal
Fotos: Ronaldo Martins

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Colostragem em Gado de Corte
Centros de manejo
Segurança e qualidade do trabal
Fotos: Ronaldo Martins

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Colostragem em Gado de Corte
Centros de manejo
Segurança e qualidade do trabal
Fotos: Ronaldo Martins

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Colostragem em Gado de Corte
Centros de manejo
Segurança e qualidade do trabal

Fotos: José Zambrano


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Importância de monitorar a TIP

EUA: FTIP de 40% em 1991-1992 para


19,7% em 2007 e para 12,1% em 2014
(BEAM et al., 2009; SHIVLEY et al.,
2018)

Fazendas que monitoram a TIP


apresentam 13,8 vezes menos chances dos
bezerros apresentarem FTIP (Beam et al,
2009)

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Novo ponto de corte para TIP

• Determinado na década de 90 (TYLER et al., 1996);


• Considerou a mortalidade (FEY, 1962 apud STONE; GITTER,
1969; PENHALE et al., 1970; BURTON et al., 1989);
• Dicotômico: FTIP ou ATIP;
1,0 g/dL de IgG ≅ 5,2 g/dL PT ≅ 8,4% Brix
• Já era questionado (DAVIS; DRACKLEY, 1998; CHIGERWE;
HAGEY; ALY, 2015);
• Verificou-se posteriormente associação com a morbidade
(FURMAN-FRATCZAK; RZASA; STEFANIAK, 2011; WINDEYER et
al, 2014; RABOISSON; TRILLAT; CAHUZAC, 2016; LORA et al, 2018)
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Avaliação da TIP

NAHMS Dairy 2014


2.360 bezerras
103 propriedades
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Avaliação da TIP

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Refratômetro Óptico de Proteína Total
FTIP Aceitável TIP Boa TIP Excelente TIP
Fazenda n
n % n % n % n %
1 GL 65 12 18,5% 7 10,8% 9 13,8% 37 56,9%
2 GL 81 2 2,5% 3 3,7% 11 13,6% 65 80,2%
3
109 34 31,2% 37 33,9% 19 17,4% 19 17,4%
REML
4 GL 109 0 0,0% 2 1,8% 8 7,3% 99 90,8%
5 GLM 20 1 5,0% 2 10,0% 3 15,0% 14 70,0%
6 GC 30 3 10,0% 1 3,3% 2 6,7% 24 80,0%
Total 414 52 12,6% 52 12,6% 52 12,6% 258 62,3%
Meta de rebanho <10% ~20% ~30% >40%
FTIP: Falha na Transferência de Imunidade Passiva
GL: Gado de Leite
REML: Recria e Engorda de Macho de Raça Leiteira
GLM: Gado de Leite Mestiço Seu Logotipo ou Nome Aqui
GC: Gado de Corte
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Como monitorar a TIP na fazenda
Refratômetro de Proteína Total

ATC – Compensação automática de temperatura


Fotos: Arquivo pessoal

Calibração Leitura da
amostra

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Como monitorar a TIP na fazenda
Refratômetro de BRIX

ATC – Compensação automática de temperatura


Fotos: Arquivo pessoal

Calibração Leitura da
amostra
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E o Brasil?
Será que os pontos de corte
para a TIP serão os
mesmos?
• Climas tropicais tendem a ter
desafios maiores para a criação
de bezerros
₋ Favorece altas cargas parasitárias
₋ Estresse térmico por
temperaturas muito elevadas e
muito baixas Seu Logotipo ou Nome Aqui

₋ Infestação por carrapatos


Considerações finais Adequada
Transferência
de Imunidade
Passiva
Habilidades
Competênci
e atenção
a da
dos
imunidade
funcionários
inata
no manejo

Saúde
Baixa
Baixa morbidade e Nutrição
exposição à
patógenos mortalidade adequada

Ambiente Ausência de
adequado estresse
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Considerações finais
• Provavelmente cada fazenda, independente do objetivo,
demandará seu próprio ponto de corte porque depende do
desafio;

• É importante atentar-se ao manejo da colostragem porque


ele pode melhorar os índices de saúde da propriedade e

• Só é possível melhorar o que é monitorado, então

ONITORE A TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASS


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Muito obrigada!
• Rayanne Soalheiro de Souza
• ra.soalheiro@gmail.com

https://gempevufmg.wordpress.com/
@gemp.ufmg Seu Logotipo ou Nome Aqui

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