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A HERMENÊUTICA DO SUJEITO – FOUCAULT

AULA DE 13 DE JANEIRO DE 1982

. PRIMEIRA HORA: A primeira hora da aula do dia 13 de janeiro de 1982, de


Foucault, em "A Hermenêutica do Sujeito", foi intitulada "A escrita do eu".
Nessa aula, Foucault explorou a maneira como as pessoas escrevem sobre si
mesmas e como isso pode afetar sua identidade.
Foucault argumentou que a escrita do eu é uma forma de prática discursiva, ou
seja, uma maneira pela qual as pessoas toleram e reproduzem discursos sobre
si mesmos. Esses discursos podem ser influenciados por normas culturais e
sociais que moldam a maneira como as pessoas pensam sobre si mesmas e
se comportam.
Foucault enfatizou que a escrita do eu não é apenas uma atividade individual,
mas também está ligada a processos sociais mais amplos, como a construção
de identidades coletivas e a formação de instituições políticas e culturais.
Foucault também iniciou que a escrita do eu pode ser uma forma de resistência
e subversão. Ao escrever sobre si mesmas maneiras não toleradas ou
desafiadoras, as pessoas podem desafiar as normas e expectativas culturais e
sociais que governam a identidade e o comportamento.
No entanto, Foucault também enfatizou que a escrita do eu pode ser uma
forma de autovigilância e autocontrole, em que as pessoas internalizam as
normas sociais e se disciplinam para se adequarem a elas. Em alguns casos, a
escrita do eu pode ser usada como uma forma de autojustificação ou
autopromoção, reforçando assim as normas e hierarquias sociais existentes.
Em resumo, a primeira hora da aula do dia 13 de janeiro de 1982, de Foucault,
em "A Hermenêutica do Sujeito", explora a relação entre a escrita do eu e a
identidade, destacando como a escrita do eu pode tanto desafiar quanto
fortalecer as normas culturais e sociais que governam a vida cotidiana.

. SEGUNDA HORA: Na segunda hora da aula do dia 13 de janeiro de 1982,


Foucault continua a abordar o tema da relação entre o cuidado de si e a
relação com os outros. Ele começa destacando que o cuidado de si envolve
uma relação com a verdade, já que é necessário conhecer a si mesmo e a
realidade para agir de forma adequada. No entanto, essa relação com a
verdade não é uma questão de conhecimento objetivo, mas sim uma prática de
subjetivação, que envolve uma relação crítica com as formas de poder e saber
que moldam o sujeito.
Foucault discute então a importância da relação com os outros no cuidado de
si, destacando que ela não é apenas uma questão de interação social, mas sim
uma forma de acesso a outras verdades e modos de ser. Ele argumenta que a
relação com os outros pode ajudar o sujeito a reconhecer seus próprios limites,
a se confrontar com as diferenças e a desenvolver uma atitude de abertura em
relação ao mundo.

No entanto, Foucault ressalta que a relação com os outros também pode ser
problemática, especialmente quando é mediada por relações de poder e
dominação. Ele destaca a importância de uma ética da relação que evita a
submissão e a dominação, e que busca criar espaços de liberdade e autonomia
para todos os envolvidos.

Por fim, Foucault faz uma crítica ao modelo de subjetividade individualista e


centrado no ego, argumentando que ele leva a uma cultura do narcisismo e da
competitividade. Ele propõe em seu lugar uma concepção de subjetividade que
valoriza a relação com os outros e a responsabilidade comum pelos problemas
do mundo, em um movimento de descentramento do ego e de busca por uma
ética do cuidado de si e dos outros.

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