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'Uma forma útil de analisar o alinhamento entre visão, cultura e imagem ou reputação de
uma organização é o kit de ferramentas desenvolvido pela Hatch e Schultz (2003). O kit de
ferramentas consiste em várias perguntas de diagnóstico baseado em três elementos:
Cada uma das perguntas relaciona-se com uma interação específica entre os três elementos e
visa identificar o alinhamento entre eles. O primeiro conjunto de questões envolve a
interligação entre visão e cultura; ou seja, como gestores e funcionários estão alinhados.
O segundo conjunto de questões envolve a interação entre cultura e imagem e visa identificar
possíveis lacunas entre os valores dos funcionários e as percepções dos stakeholders fora da
organização.
O conjunto final de perguntas aborda a interface entre visão e imagem. O principal objetivo
aqui é descobrir se a administração leva a organização numa direção com a qual os
stakeholders concorda e apoiam.
Trabalhar com os media é o que a maioria das pessoas associa a comunicação corporativa ou
empresarial. As relações com os media envolvem a gestão da comunicação e das relações
com os jornalistas, editores e produtores que contribuem e controlam o que acontece nos
media tradicionais e digitais. Do ponto de vista da comunicação empresarial, esses meios de
comunicação são como canais geradores de publicidade, mas também porque a sua cobertura
de notícias de negócios pode influenciar muitas partes interessadas, incluindo investidores,
clientes e funcionários. Muitos profissionais de comunicação empresarial vêem os media como
um importante canal para lançar os stakeholders.
Quando falamos da comunicação com os media importa lembrar que a produção de notícias
normalmente envolve dois níveis: (1) jornalistas que individualmente consultam as Fontes e
escrevem notícias; (2) outras partes dentro da organização noticiosa (por exemplo, editores)
que, com base nas suas rotinas, são responsáveis por editar histórias antes de elas serem
públicas. Essa distinção entre jornalistas e rotinas noticiosas é importante para os profissionais
de comunicação corporativa ou empresarial, porque ilustra a variedade de influências na
produção noticiosa e aponta para o grau limitado controlo que os jornalistas que produzem
histórias sobre organizações realmente têm sobre todo o processo, incluindo as palavras
finais que compõem a notícia.
Os jornalistas podem conversar com as fontes, cobrir uma área e escrever uma história, mas,
ao mesmo tempo, não reconhecer a própria história quando ela for publicada. Isto porque,
ao nível das rotinas noticiosas, existem muitas outras pessoas envolvidas no processo de
escrita que afetam a história, como o fact checker que verifica se os nomes das pessoas,
organizações e locais mencionados estão todos grafados corretamente. Os editores, que
podem verificar se as citações são corretamente atribuídas às fontes, de forma a minimizar
conflitos e controvérsias. Especialistas em layout e design podem estar envolvidos e verificar
se as notícias não ultrapassam um determinado limite de palavras e se a história é projetada
dentro do formato do veículo e capaz de atrair leitores. Além disso, o editor do Jornal pode
decidir que o que antes era uma notícia de negócios deveria ser um artigo de primeira
página para um público muito mais amplo. Nesse caso, os parágrafos principais precisariam
ser reescritos para muda de uma perspetiva comercial ou financeira, para uma perspetiva de
interesse público, atraindo um público muito mais amplo, típico da primeira página. Quando
há um forte conjunto de rotinas dentro de uma organização de notícias, isso significa que o
jornalista está, em certa medida, a escrever para satisfazer as necessidades da redação em que
trabalha: uma redação nacional, uma redação local, o setor financeiro/redação de negócios,
ou talvez até mesmo uma redação internacional. Por outro lado, quando as rotinas estão
ausentes ou são menos fortes, pode haver mais flexibilidade para um jornalista escrever a
história a partir de um determinado ângulo.
Em geral, a cobertura dos media pode ter uma influência significativa na reputação
corporativa dessa organização. Desde relatórios de resultados anuais até investigações de
questões corporativas, a cobertura dos media muitas vezes pode ter um efeito "amplificador"
na reputação de uma empresa quando notícias "boas" ou ’’ruins" são relatadas. Embora a
cobertura dos media não determine estritamente a reputação de uma empresa ou a maneira
como as partes interessadas olham para uma empresa, ela tem um impacto em termos de
destacar um problema ou aumentar a visão positiva ou negativa já existente de uma
organização.
Este efeito amplificador tem sido frequentemente estudado através das lentes da teoria do
agendamento. Essa teoria foi tradicionalmente desenvolvida nas pesquisas O planeamento
estratégico no contexto da CE I 5 de comunicação de massa e opinião pública, mas
recentemente foi estendida ao domínio da reputação corporativa. A hipótese do agendamento
subjacente à teoria é que a frequência com que os media falam sobre uma questão pública
ou política determina a importância dessa questão nas mentes do público em geral. Por
outras palavras, "a imprensa pode não ser bem-sucedida na maior parte do tempo em dizer
às pessoas o que pensar, mas é incrivelmente bem-sucedido em dizer a seus leitores sobre o
que pensar (McCombs e Shaw, 1972) (Cornelissen, 2018, p. 234).
A ideia básica por trás da teoria do agendamento é que os media comunicam uma riqueza de
informações quando fazem noticias sobre as organizações, política, economia ou questões de
interesse social e humano: Ao fazer isso, eles também sinalizam aos telespectadores, leitores
ou audiência, as questões que são mais relevantes. Com o tempo, e por meio da menção
repetida dos mesmos problemas, esses problemas podem instalar-se na mente do público. O
público usará as informações dos media para decidir quais as questões que são importantes.
A teoria do agendamento distingue dois níveis de agendamento. O primeiro nível de definição
da agenda relaciona-se com objetos da cobertura jornalística, como candidatos políticos,
nações ou organizações. O foco aqui é a importância de uma determinada organização e o
grau em que ela vem à mente quando um determinado tópico, como um problema, está a ser
discutido. Enquanto o primeiro nível de definição de agenda lida com a relevância dos objetos.
o segundo nível vale um passo além e está ligado ao conceito de enquadramento, sugerindo
que os media também podem influenciar a forma como as pessoas pensam sobre um tópico
selecionando e enfatizando certos atributos ou associações e ignorando outros. O foco aqui
não é se as pessoas pensam sobre um tópico, mas também como o fazem em termos de
certas associações ou julgamentos afetivos.
Os profissionais de comunicação usam uma ampla gama de ferramentas e técnicas para obter
cobertura de acontecimentos e monitorar relatórios sobre a sua organização ao longo do
tempo. Estes incluem comunicados de imprensa, conferências de imprensa, entrevistas,
monitorização e pesquisa dos media.
- Monitorização e análise dos media: O tipo mais comum de análise dos media consiste em
monitorar os esforços nas relações com os media. Duas das técnicas de monitoramento mais
comumente usadas são a pesquisa de manutenção de portas e análise de saída. Além disso,
muitas empresas também usam servos de monitoramento de media.
Houve uma medida frequentemente utilizada para uma exposição é o “equivalente do valor
de publicidade” ou ‘’advertising value equivalente’’ (AVE) que consiste em cortar a dimensão
dos anúncios de publicidade na Impresa e os seguintes segundos de te mpo de antena ganhos
e, em seguida, multiplicar o total pela taxa de publicidade dos media em que a cobertura
apareceu. No entanto, o AVE não incorpora uma avaliação do tom das histórias ou artigos ou
da exposição da organização em relação aos concorrentes.
Essa comunicação interna foi diferenciada das formas de comunicação externa com
stakeholders, como clientes e investidores. No entanto, o advento das novas tecnologias (por
exemplo, blogs virgula e-mails) fez com que as mensagens dirigidas aos funcionários nem
sempre permanecessem dentro da empresa. Essas novas tecnologias esbateram as fronteiras
entre comunicação ‘’interna’’ e ‘’externa’’. Hoje em dia, os funcionários podem distribuir as
suas próprias informações sobre uma empresa eletronicamente por partes interessadas
externas, às vezes sem querer proteção o controlo por parte dos profissionais de
comunicação corporativa.
A comunicação ascendente, por outro lado, envolve informações dos funcionários que são
enviadas para os gestores dentro da organização. Geralmente envolve informações sobre o
próprio funcionário, informações sobre colegas de trabalho, informações sobre práticas e
políticas organizacionais e informações sobre o que precisa ser feito e como pode ser feito.
Permitir que os funcionários comuniquem é importante, porque as ideias dos funcionários as
respostas ao seu ambiente de trabalho ou as críticas aos planos e ideias anunciadas pelos
gestores podem ser usadas para encontrar maneiras de melhorar o desempenho geral e o
lucro da empresa.
Outro fator que tem um impacto significativo na identificação organizacional envolve o grau
com que os trabalhadores se sentem ouvidos pelos gestores em relação às decisões que são
tomadas. Quando os funcionários sentem que participam da tomada de decisões e são
capazes de exercer algum controlo sobre a sua vida profissional, eles identificam-se mais
fortemente com a empresa e também são geralmente mais comprometidos. Neste sentido,
uma boa comunicação com os trabalhadores combina comunicação ascendente e descendente
de tal forma que os funcionários estejam bem informados sobre as direções futuras da
empresa até ao ponto de terem permissão para interagir com a administração e as apas
políticas.