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Francisco de Holanda
ESCOLA EB 2,3 EGAS MONIZ Avaliação
Te s t e d e a v a l i a ç ã o d e P o r t u g u ê s __________________
Professora
Aluno: __________________________________________________ __________________
Enc. de Educação
Ano: 8 Turma: ___ Nº. ____ _____/ 05 / 2015 ___________________
GRUPO I
Lê, com atenção, o texto A.
Regresso ao Lar
Ai, há quantos anos que eu parti chorando
deste meu saudoso, carinhoso lar!... Pôs-me Deus outrora no frouxel1 do ninho
pedrarias de astros, gemas2 de luar...
Foi há vinte?... Há trinta?... Nem eu sei já quando!...
Tudo me roubaram, vê, pelo caminho!...
Minha velha ama, que me estás fitando, Minha velha ama, sou um pobrezinho...
canta-me cantigas para me eu lembrar!... Canta-me cantigas de fazer chorar!...
Dei a volta ao mundo, dei a volta à vida... Como antigamente, no regaço amado
(Venho morto, morto!...), deixa-me deitar!
Só achei enganos, deceções, pesar... Ai o teu menino como está mudado!
Oh, a ingénua alma tão desiludida!... Minha velha ama, como está mudado!
Minha velha ama, com a voz dorida. Canta-lhe cantigas de dormir, sonhar!...
canta-me cantigas de me adormentar!...
Canta-me cantigas manso, muito manso...
tristes, muito tristes, como à noite o mar...
Trago de amargura o coração desfeito... Canta-me cantigas para ver se alcanço
Vê que fundas mágoas no embaciado olhar! que a minha alma durma, tenha paz, descanso,
Nunca eu saíra do meu ninho estreito!... quando a morte, em breve, ma vier buscar!
Guerra Junqueiro, in 'Os Simples'
Minha velha ama, que me deste o peito,
canta-me cantigas para me embalar!...
Vocabulário:
1.
penugem / 2. pedras preciosas; brilhantes
2. Justifica, com base nos adjetivos presentes nos dois primeiros versos, a atitude passada aí
referida pelo sujeito poético.
1
4. A palavra “amargura”, no verso 11, relaciona-se intimamente com outras presentes na mesma
estrofe. Indica-as.
5.2. Com a utilização da expressão “Nunca eu saíra”, verso 13, o sujeito poético exprime:
a. Uma possibilidade; b. um desejo;
c. um ato a decorrer; d. uma ação terminada.
6. Para referir o passado e as ilusões que teve, o sujeito poético utiliza, na quarta estrofe, duas
metáforas. Identifica-as.
6.1. Transforma uma delas em comparação.
7. Observa a palavra “astro”, verso 17. Ela pode ocorrer noutros contextos, com diferentes
significados: Eu vi um astro ontem no firmamento ou Vi na televisão dois astros das
telenovelas. Por isso, ela é um exemplo de palavra:
a. Monossémicas; b. polissémicas.
9. Observa o verso seguinte: “Canta-me cantigas para ver se alcanço”. Faz a contagem das sílabas:
9.1. Gramaticais;
9.2. Métricas.
10. Identifica a classe de palavras a que pertence a primeira palavra do primeiro verso.
10.1. Explica que sentido lhe podes atribuir.
11. Observa o verso 11, “Trago d’amargura o coração desfeito…”, e reescreve-o na ordem direta.
Modificador
Predicado Complemento direto Complemento indireto (com valor modal)
2
Lê, agora, com atenção o texto B (entregue em separado).
Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.
1. Repara na definição de “auto” que se segue e “LITERATURA
“LITERATURA composição
composição dramática
dramática
refere quais as características apresentadas que de
de cunho
cunho moral
moral ouou pedagógico”
pedagógico” (In
(In
identificas em História Breve da Lua, de António Dicionário
Dicionário da
da Língua
Língua Portuguesa
Portuguesa 2011,
2011,
Porto
Porto Editora)
Editora)
Gedeão.
1.1. Indica outra funcionalidade que o “auto” pode apresentar e que se verifica nesta peça.
2. História Breve da Lua, de António Gedeão, não está dividida em atos e cenas, como é comum
no texto dramático.
2.1. O que determina a mudança de cena?
2.2. Qual é a utilidade das didascálias (ou indicações cénicas)?
2.3. No início da peça são-nos apresentados figurantes e não personagens. Porquê?
3. Já reparaste que há na língua portuguesa muitas palavras e expressões relacionadas com a lua?
3.1. Faz corresponder, no quadro abaixo, cada expressão do quadro A ao seu significado
equivalente.
A B
a) Andar no mundo da lua; 1) Fazer promessas muito difíceis de cumprir.
b) Ser de luas; 2) Lugar imaginário onde “vivem” os lunáticos.
c) Lua de mel; 3) Andar distraído, alheio ao que se passa à sua volta.
d) Ladrar à lua; 4) Primeiros tempos após o casamento.
e) Pedir à Lua; 5) Exaltar.
f) Pôr nos cornos da lua; 6) Pedir o impossível.
g) Prometer à lua; 7) Ter variações de humor.
h) Querer a lua; 8) Querer o impossível.
i) Reino da lua; 9) Insultar quem está ausente, em vão.
Atenta, agora, no excerto da obra de António Gedeão, História Breve da Lua, e responde
ao questionário que se segue:
1. Na didascália inicial do excerto anterior, são-nos dadas informações sobre duas personagens.
1.1. Identifica essas personagens e caracteriza-as, por palavras tuas.
1.2. Os dois homens estão a “discutir a respeito da Lua”.
1.2.1. Por que razão é a Lua motivo de disputa entre ambos?
3. Entretanto, o Astrónomo começa a “(…) montar o óculo sobre o tripé para a observação da
Lua.”.
3.1. Como caracterizas o registo de linguagem por ele utilizado?
3.2. Jerónimo e Agapito revelam atitudes totalmente opostas em relação a este instrumento?
3.2.1. Explica-as, apoiando-te em elementos textuais.
3
4. Em que estação do ano ocorrerá a ação deste texto dramático? Justifica, transcrevendo do texto
elementos que comprovem a tua resposta.
GRUPO II
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.
4
GRUPO III