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Define-se pela capacidade de gerir a própria vida ou cuidar de si mesmo.

A pessoa é
considerada funcional quando é capaz de realizar suas atividades sozinhas, de forma
plena, mesmo que seja muito idosa ou portadora de doenças. Caracterizando quando o
idoso apresenta sua autonomia preservada (capacidade individual de decisão e
comando sobre as ações, estabelecendo e seguindo as próprias regras) e
independência (capacidade de realizar algo com os próprios meios), permitindo que o
indivíduo cuide de si e de sua vida.

São atividades que o idoso realiza sozinho, como o auto cuidado, mobilidade,
alimentação, higiene pessoal que engloba a capacidade de ir ao banheiro, tomar
banho, controle dos esfíncteres, vestir, despir e calçar, entre outros.

É quando o idoso é capaz de realizar tarefas do cotidiano, como ir ao mercado,


fazer as compras, gerir o próprio dinheiro, cuidar das atividades domésticas,
utilizar telefones e outros aparelhos eletrônicos, cozinhar, utilizar transporte
público. Desta forma, o idoso tem a interação de uma pessoa presente e ativa na
comunidade.

São também chamadas de atividades complexas de vida diária, exigem a


integridade de múltiplas funções físicas, psicológicas, sociais e cognitivas para
sua realização e envolvem a realização de atividades dentro das dimensões de
participação em atividades sociais, produtivas e de lazer, tais como:
habilidades para manter o trabalho, viajar e planejar viagens, participação em
grupos ou movimentos comunitários, dirigir, planejar eventos ou jogar.

A avaliação é desenvolvida por uma equipe multiprofissional tendo por


objetivo quantificar as capacidades e os problemas de saúde, psicossociais e
funcionais do idoso de forma a estabelecer um planejamento terapêutico a
longo prazo e o gerenciamento dos recursos necessários. Deve-se fazer uma
ampla avaliação dos antecedentes diagnósticos, com ênfase nas doenças
crônicas que mantêm-se ativas. Dada sua prevalência, devem ser sempre
investigadas sistematicamente, para serem descartadas: afecções
cardiovasculares, em especial doença hipertensiva; diabetes e suas
complicações; déficits sensoriais (auditivo e visual); afecções
osteoarticulares e déficits cognitivos. Atenção especial deve ser dada na
prevenção de iatrogenias assistenciais relacionadas ao uso de polifármacos.
Os medicamentos em uso pela pessoa idosa, tanto os prescritos por
profissional de saúde quanto os adquiridos pelo próprio idoso, sem prescrição,
devem ser investigados. Temo que verificar sempre a circulação periférica,
devido à alta prevalência da insuficiência venosa, causa comum de edema em
membros inferiores (MMII). A presença de doença arterial periférica é um
marcador de aterosclerose com maior risco de lesões coronarianas e cerebrais.

É a capacidade individual de decisão e comando sobre as ações,


estabelecendo e seguindo as próprias regras, o autogoverno,

É a capacidade de realizar algo com os próprios meios, sem ajuda.

Dimensão Clínica: Onde os profissionais realizarão uma avaliação clínica, a


fim de coletar dados para montar o histórico e exame físico.

Dimensão Funcional: Onde busca avaliar se o paciente apresenta declínios


funcionais, ligados à cognição, humor, mobilidade e comunicação.

Dimensão Psicossocial e Espiritual: Que avalia o contexto familiar em geral


do idoso, sua interação social e espiritualidade.

Histórico de doenças (cardiovasculares, pulmonares, oestoarticulares,


neurológicas); Histórico de internações e Histórico de quedas (últimos 12
meses); Déficits sensoriais (visão e audição); Medicações em uso
(polifarmácias); Iatrogenias (ação e omissão).

Cognição (autonomia); Humor (autonomia); Mobilidade (independência, alcance,


preensão, pinça, postura, marcha, transferência, capacidade aeróbica e muscular,
continência); Comunicação (independência, visão, audição, produção, motricidade
orofacial); E por fim as grandes Síndromes Geriátricas (incapacidade cognitiva,
instabilidade postural, incontinência, incapacidade comunicativa, imobilidade,
iatrogenias e insuficiência familiar).
O apoio familiar a interação social e a espiritualidade do idoso.

O humor deprimido influencia em muito a qualidade de vida do idoso, pois trás um


comprometimento físico, social, e funcional que tem repercussões importantes na
vida do idoso, principalmente, se considerarmos a Depressão que perdura por anos.
Para avaliarmos transtornos depressivos em idosos, utilizamos a Escala de
Depressão Geriátrica- GDS, onde por meio de um questionário sobre a perspectivas
que o idoso tem em relação a sua vida, obtemos um parâmetro e identificamos o
nível depressivo daquele idoso de forma confiável. A GDS se apresenta na forma
simplificada 5 questões ou ainda na de 15 questões. Se o paciente apresentar 2 e 6
respostas positivas, respectivamente, deve-se suspeitar de depressão.

Na avaliação da cognição consideramos; a memória (capacidade de armazenamento de


informações), função executiva (capacidade de planejamento, antecipação,
seqüenciamento e monitoramento de tarefas complexas), linguagem (capacidade de
compreensão e expressão da linguagem oral e escrita), praxia (capacidade de executar
um ato motor), gnosia (capacidade de reconhecimento de estímulos visuais, auditivos e
táteis) e função visuo-espacial (capacidade de localização no espaço e percepção das
relações dos objetos entre si). Os testes de triagem nos ajudam a identificar possíveis
alterações que levam a perda da autonomia e progressiva dependência. Temos por
exemplo; o Mini exame do estado mental, que avalia de forma rápida todas as funções
cognitivas e nos dá um resultado de forma bem confiável. O Teste de fluência verbal,
por sua vez, avalia somente três funções, mas tem sua sensibilidade. Temos ainda o
teste do relógio que é bastante completo e possibilita avaliar várias funções.

A mobilidade tem que ser avaliada rotineiramente nos idosos e é dividida em


subsistemas. Alcance, preensão e pinça; Postura, marcha e transferência e a
Continência esfincteriana. No Alcance, preensão e pinça temos, como foco principal os
membros superiores e propomos ao paciente que ele faça alguns movimentos para
avaliarmos seu desempenho. Na Postura, marcha e transferência são feitos testes
simples para identificação precoce de possíveis alterações, como o teste de Levantar e
andar em, sempre observando seu equilíbrio e sua capacidade de locomoção, além do
tempo de realização da tarefa. Na continência esfincteriana temos a incontinência que
pode ser urinária, fecal ou dupla, sendo a primeira mais frequente. Elas trazem
profundas repercussões na mobilidade do indivíduo, restringindo sua participação
social. As principais causas de IU: DIURAMID ( Delirium, Infeção urinária, Uretrite,
Restrição da mobilidade, Aumento do débito urinário, Medicamentos, Impactação fecal
e Distúrbios psíquicos.)

As habilidades comunicativas estão estritamente relacionadas com a


linguagem, responsável pela compreensão e expressão dos símbolos
linguísticos verbais (orais e gráficos) e gestuais (linguagem de sinais) e
compreendem três áreas distintas: linguagem, audição e
produção/motricidade oral. A visão pode ser incluída como a quarta função
comunicativa, atuando como função compensatória, na ausência das outras
habilidades da comunicação oral-verbal. Utilizamos o teste do sussurro para
avaliar a compreensão de sons de baixa intensidade (30 dB) e alta
frequência. É um teste simples, rápido e não exige nenhum instrumental
específico. A fala e a voz devem ser avaliadas rotineiramente, observando-se a
respiração (capacidade, controle e coordenação da produção sonora), a fonação
(intensidade e qualidade vocal), a ressonância (grau de nasalidade), a articulação
(precisão articulatória e fonatória e coordenação motora) e a prosódia (ritmo e
velocidade da fala espontânea). A triagem da acuidade visual deve ser feita em todo
idoso, utilizando-se os seguintes instrumentos (Eekhof, 2000): Teste de Snellen,
teste de reconhecer rostos a 4m e o de leitura de jornais.

Avaliamos a rede de apoio do idoso, nos contextos familiar, social e espiritual.


Tendo como objetivo quantificar as capacidades e os problemas de saúde,
psicossociais e funcionais do idoso de forma a estabelecer um planejamento terapêutico
a longo prazo e o gerenciamento dos recursos necessários . Temos alguns
instrumentos de avaliação para tal: a conferência familiar, o genograma, o F.I.R.O, o
P.R.A.C.T.I.C.E e o A.P.G.A.R. Este último, por exemplo avalia a o nível de
satisfação de cada membro da família e o nível de funcionalidade da família.

Incapacidade cognitiva O termo cognição refere-se ao conjunto das


capacidades mentais superiores e seus principais domínios cognitivos, que
são: Memória; Linguagem; Funções Executivas; Atenção; Praxias;
Habilidades visuoespaciais. Todas as vezes em que há um comprometimento
dessas funções, capaz de prejudicar ou, mesmo, impedir a pessoa de gerir a
própria vida ou cuidar de si mesma, há incapacidade cognitiva. As principais
causas da incapacidade cognitiva são demência, depressão, delirium e
doenças mentais.

A demência é uma síndrome que cursa com prejuízo de múltiplos domínios


cognitivos, em geral, com preservação da consciência. As causas mais
frequentes de demência estão relacionadas a: Doença de Alzheimer;
Demência vascular; Etiologias mistas. A depressão é um transtorno mental
muito comum na população geriátrica. Seu diagnóstico se baseia em critérios
do DSM IV e leva em conta a seguinte sintomatologia: humor deprimido;
diminuição do interesse e do prazer na maioria das atividades; insônia ou
hipersonia; ganho ou perda de peso acima de 5%; redução da capacidade de
concentração; agitação ou lentificação psicomotora; fadiga; ideia inapropriada
de menos valia ou de culpa; pensamento recorrente de morte ou de ideação
suicida. A sintomatologia deve persistir por mais de duas semanas, com
perturbação ou alteração da capacidade funcional e não estar relacionada ao
uso de medicamentos ou drogas, agravamento de condição médica ou luto.
Nos idosos, a depressão é uma doença com apresentação clínica atípica e
inespecífica. O delirium é uma síndrome caracterizada pelo
comprometimento global da atividade cerebral, sempre secundário a uma
causa orgânica. Ao contrário das demências, tem início súbito e envolve a
consciência e a atenção, com prejuízos variáveis em outros domínios
cognitivos. Frequentemente, os sintomas flutuam ao longo do dia. Pode se
manifestar com hiperatividade psicomotora (agitação, agressividade,
atividades motoras aberrantes) ou hipoatividade psicomotora (prostração,
sonolência, lentidão). As causas mais frequentes de hipoatividade são
infecções, distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos, insuficiências orgânicas
(respiratória, hepática, renal e cardíaca), uso de medicamentos, dor e
hospitalização prolongada.

Instabilidade postural A instabilidade postural leva a um dos maiores temores


em geriatria: as quedas. Elas são a sexta causa de morte em idosos e
respondem por 40% das internações. Além dos riscos de lesões e fraturas, a
instabilidade postural gera insegurança e faz com que a pessoa idosa restrinja
ainda mais seus movimentos, comprometendo a marcha da caminhada e
favorecendo a atrofia muscular, podendo levar à imobilidade. A capacidade
motora e a estabilidade postural devem ser medidas com frequência. As
intervenções dirigidas ao manejo da instabilidade postural devem ter como
objetivos a diminuição do risco de queda, a redução da ocorrência de lesões, a
manutenção do maior nível possível de mobilidade e a garantia de seguimento
terapêutico.

Incontinência esfincteriana A perda do controle esfincteriano caracteriza a


incontinência, uma síndrome geriátrica, que pode ser urinária, fecal ou dupla. A
continência depende da integridade anatômica do trato, mecanismos
fisiológicos de enchimento e esvaziamento vesical e retal, capacidade
cognitiva, mobilidade, destreza manual e motivação para ir ao banheiro. A
incontinência urinária é mais frequente do que a fecal, mas ambas podem
trazer profundas repercussões na mobilidade, restringindo a participação social
do indivíduo idoso.

Incontinência urinária é a condição na qual a perda involuntária de urina é um


problema social ou higiênico e é objetivamente demonstrada. A incontinência
urinária é muitas vezes erroneamente interpretada como parte natural do
envelhecimento. Alterações que comprometem o convívio social como
vergonha, depressão e isolamento, frequentemente fazem parte do quadro
clínico, causando grande transtorno aos pacientes e familiares. Estudos
revelam que a prevalência da incontinência urinária no idoso varia de 8 a 34%.

Incontinência fecal quando as várias transformações que acontecem no


intestino durante o envelhecimento, como o aumento da prevalência da
constipação, neoplasia e doença diverticular. Alteram a inervação e a
musculatura, propiciando hipotonia e diminuição dos movimentos que
impulsionam o bolo fecal. Temos a diarréia paradoxal. Este nome se deve à
ocorrência de saída de muco pelo ânus, muitas vezes confundido com fezes
líquidas. Este muco é produzido pelo intestino na tentativa de “empurrar” as
fezes impactadas. O não reconhecimento desta situação faz com que o
paciente seja tratado, erroneamente, para um quadro diarréico. O que piora
ainda mais seu quadro clínico. Já a incontinência fecal verdadeira também
aumenta com a idade; a principal estrutura envolvida é o esfíncter anal externo.
Várias situações contribuem para a sua ocorrência, como o AVC, a neuropatia
periférica (principalmente a do diabetes) e o declínio cognitivo.

Incapacidade comunicativa A comunicação é a atividade primordial do ser


humano. A possibilidade de estabelecer relacionamento produtivo com o
meio, trocar informações, manifestar desejos, ideias, sentimentos está
intimamente relacionada à habilidade de se comunicar. É a partir dela que o
indivíduo compreende e expressa seu mundo. Problemas de comunicação
podem resultar em perda de independência e sentimento de desconexão com
o mundo, sendo um dos mais frustrantes aspectos dos problemas causados
pela idade. A incapacidade comunicativa pode ser considerada importante
causa de perda ou restrição da capacidade de estabelecer um relacionamento
produtivo com o meio, trocar informações, manifestar desejos, ideias e
sentimentos, por comprometimento da visão, audição e fala, afetando
diretamente a independência do indivíduo.

Aproximadamente um quinto da população com mais de 65 anos apresenta


problemas de comunicação. O geriatra, sendo tipicamente o primeiro clínico a
ter contato com esses pacientes, necessita saber como reconhecer esses
problemas. As habilidades comunicativas compreendem quatro áreas
distintas: linguagem, audição, motricidade oral e voz (fala). A visão pode ser
incluída como a quinta função comunicativa, atuando como função
compensatória, na ausência das outras habilidades da comunicação oral-
verbal.

Síndrome da imobilidade

Implica a incapacidade de deslocamento sem o auxílio de terceiros para os


cuidados necessários à vida diária, podendo o paciente estar restrito a uma
cadeira ou ao leito. Caracteriza-se por um conjunto de alterações que podem
ocorrer após período de imobilização prolongada, os quais comprometem a
qualidade de vida e a independência. No estágio mais avançado ocorre a
supressão de todos os movimentos articulares, acarretando incapacidade
para mudança postural, à qual se sucedem complicações perpetuadoras da
dependência. Sua prevalência é de 25% a 50% após hospitalização
prolongada, ao passo que na comunidade e em instituições ocorre em 25% e
75%, respectivamente. A Sindrome da Imobilidade é multifatorial envolvendo
uma associação entre doenças prévias, aspectos psicológicos e sociais. Suas
principais causas são: Problemas osteoarticulares incluindo problemas nos
pés (deformidade, calosidade, ulcera plantar); Alterações cardiovasculares
(AVC, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica); Doenças respiratórias
(DPOC); Iatrogenia medicamentosa (neurolépticos, ansiolíticos, hipnóticos;
Doenças neurológicas e psiquiátricas (demência, depressão, Parkinson);
Desnutrição; Quedas repetidas; Isolamento social.

Insuficiência familiar A falta de apoio e acolhimento da família é uma das


síndromes geriátricas mais complexas, sendo causa e consequência de
várias outras. Quando um idoso não encontra respaldo familiar, fica mais
suscetível a problemas de saúde e restrições da idade. Ainda que convivam
com doenças crônicas e outros problemas, é possível manter a
independência e a autonomia dos idosos. Por isso, contar com um
especialista que compreenda as particularidades das síndromes geriátricas é
muito importante nesse processo.

Iatrogenia É qualquer alteração patogênica provocada pela prática médica.


É fundamental evitar iatrogenia em idosos devido à sua natural
vulnerabilidade mais acentuada às reações adversas associadas às drogas,
às intervenções não-medicamentosas, decorrentes da senescência, do risco
de polipatogenia e de polifarmácia, além de incapacidades. A iatrogenia
resulta da presença de uma ou mais das seguintes situações:
iatrofarmacogenia: decorrente do uso de medicamentos, de polifarmácia, da
interação medicamentosa e do desconhecimento das alterações
farmacocinéticas e farmacodinâmicas associadas ao envelhecimento;
internação hospitalar: que pode potencializar os riscos decorrentes do
declínio funcional, da subnutrição, da imobilidade, da úlcera de pressão e da
infecção hospitalar; iatrogenia da palavra: associada ao desconhecimento
de técnicas de comunicação de más notícias; iatrogenia do silêncio: que
decorre da dificuldade de ouvir adequadamente o paciente e sua família;
subdiagnóstico: pela tendência a atribuir todas as queixas apresentadas
pelo idoso ao fenômeno "da idade", o que pode resultar grave erro; cascata
propedêutica: em que a solicitação de exames é feita de forma
desnecessária, extensiva, sem indicação precisa; distanásia: caracterizada
pelo prolongamento artificial da vida sem perspectiva de reversibilidade, com
sofrimento para o paciente e sua família; prescrição de intervenções fúteis
e/ou sem comprovação científica: que impõem ao paciente risco
desnecessário; e a iatrogenia do excesso de intervenções reabilitadoras:
o excesso de "equipe interdisciplinar" pode trazer consequências
desfavoráveis ao paciente, assim como o faz a polifarmácia. A maior parte da
iatrogenia resulta do desconhecimento das alterações fisiológicas do
envelhecimento e das peculiaridades da abordagem ao idoso. Trata-se de
síndrome geriátrica potencialmente reversível ou até curável.

Diagnóstico Precoce; Controlar fatores de risco; Escolaridade (acesso a


educação e promoção da saúde); Trabalhos manuais, estímulo do raciocínio;
Estímulos as funções cognitivas; Manejo da depressão; Checagem dos
cuidados orientados (verificar assimilação e adesão; desenvolvimento de
estratégias para melhoria da adesão) e Atenção Multiprofissional.

Diagnóstico Precoce; Controlar fatores de risco (sarcopenia, artropatias,


osteoporose); Prevenção de quedas (adequação do lar, ILPIs, EAS);
Atividades físicas orientadas e supervisionadas, inclusive em grupo; Uso de
apoios para locomoção e marcha (bengalas, andadores).

O manejo da IU pode incluir fisioterapia; uso de medicamentos ou cirurgia,


dependendo do tipo; Atenção ao ambiente, de forma a facilitar e tornar seguro
o acesso dos indivíduos aos banheiros, é um fator que deve ser sempre
considerado; Uso racional de fraldas, e dispositivos urinários; Prevenção das
DAIs; Reabilitação social e Autocuidado e manejo.

Diagnóstico precoce; Avaliação de risco; Prevenção (quedas, AVC, IAM etc);


Fisioterapia; Estímulo motor; Exercícios ativos e passivos; Prevenção de LPPs;
Prevenção (TVP, broncopneumonia aspirativa, diminuição da motilidade
gastrintestinal, etc).

Diagnóstico precoce (Identificar as deficiências e a capacidade de


comunicação); Certificar-se de que estejam sendo usados acessórios como
óculos e aparelhos auditivos se recomendados; Prever tempo extra para a
comunicação e garantir que o ambiente seja calmo, silencioso e bem
iluminado, com interação face a face; Utilizar linguagem simples, evitando
termos médicos, falando lentamente e simplificando as sentenças e
complementar as orientações verbais com figuras e orientações escritas;
Limitar a quantidade de informações dadas em um encontro; Confirmar o
entendimento das orientações; Envolver cuidadores e acompanhantes;
Avaliação multiprofissional; Fonoaudiologia; Observar mastigação e
deglutição; Estimular a comunicação dentro do possível.

Identificação e prevenção dos riscos (múltiplas morbidades, polifarmácia,


déficit cognitivo, capacitação dos cuidadores, capacitação profissional);
Prevenção quaternária; Desprescrição de medicamentos desnecessários e
inseguros; Desprescrição de cuidados desnecessários e inseguros e Cuidado
baseado em evidências.

Identificação precoce; Apoio psicossocial; Avaliar institucionalização;


Educação em saúde, capacitação dos cuidadores; Prevenção e identificação
da violência.

É dividida em Transitória e Estabelecida. A IU transitória apresenta pouco tempo de


evolução, início súbito, sendo associada a uma condição clínica aguda ou ao uso de
medicamentos e tende a ser resolvida após tratada a causa. Já a IU estabelecida tem
longo tempo de evolução, usualmente superior a três meses, sendo classificada de
acordo com a sintomatologia clínica em:

IU de urgência: (bexiga hiperativa): Caracteriza-se por um intenso desejo de urinar


(urgência), seguido pela perda involuntária de volume de urina que pode ser de
moderado a grande, causada pela contração não inibida da bexiga pela hiperatividade
do M. Detrusor. É a causa mais comum em idosos. IU de esforço: Perda involuntária de
urina durante o aumento da pressão abdominal (tosse, espirro, riso, algumas atividades
que geram esforço), na ausência de contração ou hiperdistensão vesical. É a segunda
casa de IU na mulher idosa. Ocorrendo por uma deslocação da uretra (hipermotilidade
uretral), onde ocorre um enfraquecimento dos musculo do assoalho pélvico
(envelhecimento, multiparidade e traumas cirúrgicos). IU por transbordamento: Está
associada à hipocontratilidade do M. Detrusor (por distúrbio neurológico) ou por
obstrução da saída vesical (aumento da próstata ou cistocele grande). Caracterizada
pela perda frequente de urina, jato fraco, intermitência, hesitação, frequência, noctúria e
sensação de esvaziamento incompleto. A bexiga, normalmente, está palpável e o
volume residual é grande (“bexigoma”). IU funcional: não há comprometimento dos
mecanismos controladores da micção. A perda involuntária da urina ocorre por
incapacidade de chegar ao banheiro devido a limitações físicas, déficit cognitivo,
alterações psicológicas ou barreiras ambientais. Suas causas mais comuns são:
demência grave, imobilidade, ataduras e depressão. IU mista: tem etiologia
multifatorial. Muitas idosas apresentam hiperatividade do músculo detrusor e ao mesmo
tempo evidências clínicas de IU de esforço.
1- Problemas: Paciente apresenta dor em membro inferior direito, ferida
operatória sem curativo, risco de quedas, humor deprimido, solidão,
incontinência urinária, insônia, membro edemaciado, é restrita ao leito, tem
HAS, DM, risco de constipação, faz uso de fraldas e é polifarmácia.

2- Diagnósticos: Eliminação urinária prejudicada- relacionado a perda


involuntária de urina, Dor aguda- relacionada a relado de dor coxofemoral,
Risco de Lesão por Pressão- relacionado a restrição ao leito, idade e o uso de
fraldas, Insônia- relacionada a falta de sono recorrente e Síndrome do Idoso
Frágil- relacionada ao isolamento social e a mobilidade reduzida.

3- Plano: Ações Preventivas e Promocionais: Conversar com a família sobre


a situação de solidão da idosa. Encorajar a aceitação do papel do cuidador.
Fornecer apoio a paciente e a cuidadora. Aconselhar sobre a disposição dos
móveis e a falta de segurança do local. Orientar sobre como fazer o curativo
apropriado e sua importância. Promover diversas atividades, entre elas,
exercícios de inspiração e expiração profunda e tosse. Estimular a ingestão de
líquidos e observar as características da urina. Uma alimentação balanceada e
adequada promove a resistência à infecção e reduz a ocorrência de outras
complicações como, por exemplo a constipação. Orientar o cuidador quanto a
elevação do membro edemaciado, frequentes mudanças de decúbito e a troca
das fraldas.

Ações Curativas e Paliativas: Fisioterapia, para recuperação motora.

Ações Reabilitadoras: É importante que o paciente seja mobilizado o mais


precocemente possível, respeitando suas limitações.

4- Autonomia e dependência: A paciente se encontra dependente da


sobrinha, já que em decorrência da fratura no fêmur não consegue fazer suas
atividades corriqueiras, por estar restrita ao leito, mas ela tem sua autonomia
preservada, uma vez que consegue tomar decisões e se expressar, mesmo
estando em um quadro depressivo.

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