UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ECONOMIA

Licenciatura em Contabilidade e Finanças

Auditoria Externa II - 4º ano 2º Semestre
1º Exame de Frequência – 9 Outubro 2009

Parte I (10,00)
1. Para validar as existências em caixa, o Auditor Independente, avalia o sistema de
Controlo Interno adoptado pela empresa, antes de executar quaisquer testes
substantivos que sejam e nesta base, constituirá uma razão especial para reduzir a
a extensão e profundidade dos testes se substantivos se se comprovar que os
cheques para pagamento de salários a empregados são manuseados pelo:

a) Departamento de Contabilidade
b) Departamento de Pessoal
c) Departamento Financeiro
d) Supervisor do Departamento de Pessoal

2. Para efeitos de validação de Caixa qual dos seguintes procedimentos são

importantes observar:

a) Em coordenação com o Tesoureiro Identificar os Caixas que serão objectos

de conferência física;
b) Assegurar que os Caixas serão conferidos ao mesmo tempo de modo a
mitigar risco de fraude através de substituições de valores;
c) As contagens deverão ser de surpresa, entretanto na presença do
responsável pelo caixa e não se deve assumir responsabilidades pela sua
ausência;
d) Direccionar maior atenção para cheques antigos, cheques pessoais do
responsável pelo Caixa e comprovantes de desembolso de caixa sem data ou
com datas antigas

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 3. Em qual das circunstâncias a seguir o auditor provavelmente examinaria mais
profundamente um fundo fixo de 15 000 meticais para pagamento de pequenas
despesas:

a) As folhas de reembolso não são pré-numerados;

b) Reembolso ocorre duas vezes por semana;
c) O responsável pelo fundo ocasionalmente o utiliza para descontar cheque
de empregados;
d) O responsável pelo fundo endossa os cheques de reembolso

4. Qual dos factos seguintes constituem um risco potencial na auditoria aos Valores a
Receber:

a) Eficiência dos processos de controlo do crédito

b) Insuficiência dos ajustamentos;
c) Saldos de cobrança duvidosa não identificados como tal
d) Políticas para autorização de vendas definidas pelos responsáveis

5. O procedimento técnico de confirmação não se aplica nos exames de:

a) Passivo contingente;
b) Reavaliação do Imobilizado
c) Saldos de Clientes;
d) Cobertura de Seguros
e) Saldos de Fornecedores

6. Qual das seguintes alternativas não é aplicável à auditoria das Existências duma
Entidade:

a) Confirmação de materiais em poder de terceiros;

b) Coordenação de responsabilidade pela realização de contagens físicas;
c) Exame de corte de operações dos movimentos de Stocks;
d) Verificação da existência de penhoras e/ou hipotecas de Stocks;
e) Revisão preliminar das instruções de inventário físico

7. Ao realizar os testes de transacções referentes às Existências de Produtos Acabados

da empresa em exame, o Auditor observou que uma compra a prazo, realizado em
Dezembro de 2008, foi contabilizado como Existência de Matéria Prima em 5 de

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 Janeiro de 2009. O registo contabilístico de forma descrita ocasionou, em
Dezembro de 2008:

a) Subavaliação da conta de Produtos Acabados e de Fornecedores;

b) Sobrevalorização da conta de Matérias-primas e Subavaliação da conta de
Fornecedores;
c) Sobrevalorização da conta de Matérias-primas e subavaliação da contas de
Produtos Acabados;
d) A sobrevalorização da conta de Matérias Primas e a subavaliação da conta
de Produtos Acabados e da conta de Fornecedores;
e) Sobrevalorização de Produtos Acabados e subavaliação da conta de
Fornecedores

8. No processo de acompanhamento do inventário físico das Existências de Matérias

Primas, o Auditor constatou a existência de quantidades relevantes de itens que
não constavam dos registos financeiros contabilísticos. Neste caso, o Auditor
Independente pode ter descoberto:

a) Activos e passivos fictícios;

b) Activos e passivos ocultos;
c) Activos ocultos e passivos fictícios;
d) Activos fictícios e passivos ocultos
e) Activos obsoletos e passivos a descoberto

9. qual dos seguintes factos não se enquadram no leque dos riscos potenciais de
auditoria aos activos Intangíveis:

a) Activos intangíveis, com natureza muito diversificado, sendo de difícil

avaliação
b) Custos de instalação do negócio numa nova localização ou com uma nova
classe de clientes
c) Dificuldades de valorização, atendendo à incerteza quanto a benefícios
futuros;
d) A imputação de custos a um activo intangível cessa quando este está em
condições de ser utilizado nas condições pretendidas pela gerência
e) Dificuldades de distinção entre encargos imobilizáveis e encargos que
devem ser imputados aos custos do exercício

10. Qual dos seguintes factos não se enquadram nos objectivos de auditoria às contas
de Meios Imobilizados:

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 a) As imobilizações são propriedades da Empresa e tem a ver com a
actividade da Empresa e se é feita contagem física e comparação entre o
inventário e o balanço;
b) As variações do imobilizado correspondem às aquisições e ou abates e em
que condições se verificaram as tais variações;
c) Ausência de cruzamento entre ficheiros manuais ou electrónicos de
património e contabilidade
d) Confusão entre despesas de exploração e despesas capitalizáveis
e) Terá sido feita alguma reavaliação ao imobilizado e se foram observados os
princípios fiscais aplicáveis às circunstâncias

Parte II (10,00 Valores)

1. O Andrews Sitoe, Auditor Independente, foi contratado para auditar as

demonstrações financeiras do ano findo em 31 de Dezembro de 2008 da Firma
Broadwall Corporation. Durante o ano,, Broadwall obteve um empréstimo de
longo prazo do BCIBIM, o qual estabelecia que (I) o empréstimo teria como
segurança as Existências e as Contas a Receber da Empresa (ii) A empresa deveria
manter um índice dívidas sobre património líquido não superior 2 (iii) a empresa
não deveria distribuir dividendos, a menos que recebesse autorização do Banco (iv)
a empresa amortiza o empréstimo em parcelas mensais a partir de 1º de Julho de
2009. Durante o ano, a empresa também contraiu empréstimo de curto prazo,
no fim do ano, o valor deste empréstimo era substancial.

Pede-se

a) Quais os testes substantivos que Andrews Sitoe, Auditor Independente, deveria

empregar, ao examinar os empréstimos descritos?

(i)Rever os relatórios mensais de gestão de Stocks e de cobrança de

Clientes que a Broadwall envia ao Banco, no sentido de avaliar a
sua adequacidade (ii) determinar o índice real de dívidas sobre o
património líquido e comparar com o acordado com o Banco para
determinar se corresponde (iii) obter e rever a acta da Assembleia
geral dos Accionistas para certificar se caso tenha havido
distribuição de resultados, terá havido a devida autorização do
Banco nos termos acordados (iv) certificar –se se há especialização
mensal dos encargos financeiros, considerando que a 1ª parcela é
paga a partir de Julho e por fim certificar se o novo empréstimo a

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 curto prazo, não ultrapassa o índice acordado com o Banco quanto
aos limites entre dívida e património líquido

(i) Quais os aspectos dos empréstimos concedidos pelo Presidente,

deveriam merecer detalhe em sede de notas às contas.

Valor de empréstimo concedido (ii) prazo de pagamento (iii) taxa de juro acordado (iv)
garantias prestadas e (v) grau de cumprimento dos termos contratuais

2. A turma do 4º Ano de Licenciatura em Contabilidade e Finanças da Faculdade de

Economia da Universidade Eduardo Mondlhane, foi contratada pela
Administração da Alden & Filhos, Lda. para rever os controlos internos da
Companhia sobre compras, recebimentos, armazenagem e controlo de
movimentação das matérias primas. A turma preparou os comentários que se
seguem, as quais descrevem os procedimentos adoptados pela Alden & Filhos:

I. Matérias-primas, que consistem basicamente em componentes electrónicos

de alto custo unitário, são mantidas em um Armazéns fechado. A equipe
que trabalha nos referidos Armazéns é composto por um Supervisor,
apoiado por quatro Assistentes devidamente treinados e competentes. A
Companhia dispõe de apólice de seguro para todos os componentes. As
matérias primas são retiradas dos Armazéns mediante autorização escrita
ou oral de um dos Supervisores de Produção.

II. Não há registos permanentes de Stocks e por conseguinte, os Armazéns

não mantêm registos dos materiais recebidos ou entregues à produção.
Para compensar a falta de registos permanentes, mensalmente os
Assistentes dos Armazéns realizam uma contagem física dos Stocks. As
contagens são devidamente supervisionadas e os procedimentos adoptados
são reputados de adequadas.

III. Após a contagem física, o Supervisor dos Armazéns verifica se, para cada
componente, a quantidade disponível é superior a quantidade de
referência para requisição. Se for inferior, o Supervisor desencadeia o
processo de requisição que termina com a emissão duma listagem para o
Sector de Contas a Pagar. O responsável de Contas a Pagar prepara um
pedido de fornecimento de uma quantidade predeterminada do
componente em questão e envia o pedido para o Fornecedor de quem o
componente foi adquirido na última vez.

IV. Quando os componentes encomendados chegam a Alden & Filhos, Lda. são
recebidos pelos Assistentes dos Armazéns que os conferem quantitativa e

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 qualitativamente, no sentido de certificarem se coincide com a referência
pedida na requisição ao Fornecedor. As guias de recepção são rubricadas,
datadas e arquivados nos Armazéns e funcionam como repórter de
recepção dos materiais.
Pede-se

a) Descreva os pontos fracos e produza as competentes recomendações

Autorização oral, considerando o alto custo unitário das componentes (ii) falta de registo
permanente da movimentação dos Stocks agravado por existência de autorização oral das
saídas (iii) falta de consulta permanente de mercado, o que expõe a empresa compras de
componentes por preços não economicamente recomendáveis (iv) não é elaborado o
relatório diária de recepção dos materiais, onde seriam reportados eventuais erros de
especificações e/ou de quantidades recebidas, comparando com as requisitadas.

A autorização de retirada de materiais dos armazéns deverá ser unicamente por escrito (ii)
deverá se adoptar o critério de inventário permanente para o controlo da movimentação
dos Stocks de modo a produzir se informação financeira mensal de qualidade (iii) numa
base periódica deve se obter no mínimo três cotações de três fornecedores diferentes e
decidir se a compra em função do preço, qualidade e condições de venda mais adequadas
para os interesses da Empresa (iv) numa base semanal, deve se elaborar um relatório das
entradas de mercadorias, donde deverá se dar maior ênfase nas quantidades e qualidade
de materiais que deram entrada nos Armazéns

Boa sorte

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