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Para cada um dos pontos seguintes, haverá no mínimo uma alínea que melhor descreve e ou se identifica com
o processo descrito. Indique para cada caso, pelo menos uma alínea que lhe parece adequada e justifica em
linhas breves cada uma das suas opções.
1. Nas operações com Instituições Financeiras, a que considera os seguintes riscos de controlo excepto:
1.1 A correspondência deve ser aberta por um empregado que não tenha funções na contabilidade nem
na Tesouraria e os cheques ao Portador devem ser cruzados e o funcionário que recebe os cheques
deverá elaborar uma listagem dos valore recebidos
1.2 A emissão de cheques deve ser efectuada com assinatura, no mínimo de duas pessoas, mediante
apresentação de comprovativos do gasto, no qual se deve apor o carimbo de pago e a pessoa que
prepara o cheque deve ser diferente de quem assina
1.3 Os cheques anulados depois de total inutilização devem ser mantidos agrafados ao respectivo
canhoto
1.4 Nunca devem ser assinados cheques em branco, sendo aconselhável delegar os poderes de assinatura
a três pessoas e obrigar á assinatura de duas nos cheques
1.5 Devem ser feitas reconciliações bancárias numa base semestral e manter os cheques num local
seguro e os cheques não levantados pelos beneficiários, por mãos de um mês devem ser anulados e
notificar os beneficiários
1.6 Todas as anteriores
1.7 Nenhuma das anteriores
1.8 Depende
4. Na auditoria para validação do saldo dos activos tangíveis, há vários riscos potenciais que o Auditor Externo
deve gerir. Qual dos seguintes riscos, que uma vez identificado, melhore se gere os erros na medição dos activos
tangíveis:
5. A administração pode instruir a contabilidade para sobrevalorizar as devoluções e/ou contabiliza-los num
período anterior, neste caso os Auditores consideram que foram afectadas as seguintes contas:
6. Qual dos seguintes procedimentos deve ser executado pelo Auditor Certificado ou independente com respeito
aos passivos não registados e ás contingências:
6.1 Indagar e discutir com os membros da equipe de auditoria a respeito das politicas e dos procedimentos adoptados
para identificar, avaliar e contabilizar e/ou divulgar os passivos não registados e as contingências
6.2 Obter, mesmo que oralmente, da administração uma breve descrição das contingências na data das
demonstrações financeiras
6.3 Obter representação formal dos consultores jurídicos, de que todos as contingências potenciais ou ainda não
formalizadas, relevantes, estão divulgadas nas demonstrações financeiras
6.4 Examinar os documentos em poder do Cliente vinculados aos passivos não registados e as contingências, incluindo
correspondência e facturas de consultores Jurídicos
A sociedade Sousa, Meireles, Rocha, Marques & Tavares, S.A. (“Sociedade”) foi constituída em 15 de Dezembro de 2003
por 5 empreendedores individuais e tem como principal actividade o fabrico de vestuário masculino, com principal
incidência na produção de fatos, camisas, sapatos e perfumes, apesar de nos últimos anos ter alargado a sua actividade
para a produção de vestuário feminino e de criança. Em 2003, a Sociedade adquiriu um lote de terreno num parque
industrial na zona Nobre do Pais com incentivos fiscais significativos, e iniciou a construção da sua unidade fabril e a
aquisição de diversos equipamentos industrias. A unidade fabril veio a ser concluída no final de 2004. Este investimento
inicial foi financiado através de entradas de capital dos accionistas no montante de 2.000.000 de Euros e através de um
financiamento bancário, contraído em 5 de Janeiro de 2004, no montante de 20.000.000 Euros a liquidar em 40
prestações semestrais no montante de 500.000 Euros cada, com período de carência de 5 anos, vencendo juros à taxa fixa
anual de 4%, a liquidar semestralmente. A unidade fabril foi dada como garantia ao empréstimo contraído. Entre 2005 e
2008 a Sociedade teve um crescimento muito rápido, alicerçado na qualidade dos produtos fabricados, design,
publicidade e abertura de uma rede ampla de lojas em centros comercias localizados em Portugal, mas também através
da exportação dos seus produtos, nomeadamente para Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos, Brasil Moçambique
e Angola.
A partir de 2009, a Sociedade começou a decrescer gradualmente as suas vendas no mercado português, tendo as suas
exportações vindo a aumentar gradualmente, sem compensar, contudo, o efeito do decréscimo verificado no mercado
português. Em Abril de 2016, decorrente das dificuldades sentidas nos últimos exercícios, o Director Financeiro da
Sociedade informou o Conselho de Administração que a Sociedade estaria na eminência de não conseguir satisfazer as
suas obrigações perante terceiras entidades, nomeadamente no que respeitava às prestações a liquidar à instituição
financeira que financiou o projecto inicial. Em face destas dificuldades, o Conselho de Administração da Sociedade
informou os accionistas que deliberaram, em Assembleia Geral de 25 de Maio de 2017 realizar prestações acessórias, sob o
regime das prestações suplementares, no montante de 1.000.000 Euros.
Entretanto, o Conselho de Administração da Sociedade iniciou conversações com as diversas instituições financeiras com
que a Sociedade trabalha, com vista à reestruturação da sua dívida bancária, processo que se encontra em curso em 31 de
Dezembro de 2016 e de cujo sucesso depende a viabilidade futura da Sociedade.
Por sua vez, e paralelamente, os accionistas da Sociedade, que apresentam também, por sua vez, dificuldades financeiras,
decidiram promover, em Setembro de 2017 a procura de eventuais investidores, ponderando, inclusivamente, a alienação
da Sociedade por forma a promover a sua viabilidade futura. O Conselho de Administração da Sociedade contratou, para
este efeito, uma entidade consultora que se encontra a auxiliar a Sociedade na elaboração de planos de negócio futuros e
pesquisa de eventuais investidores. Este processo encontra-se igualmente em curso em 31 de Dezembro de 2016.
Em Março de 2016, no âmbito de nomeação de novos órgãos sociais, a Sociedade decidiu abrir um concurso para os
serviços de auditoria. Decorrente deste concurso, a sociedade Falcão & Cunha, SROC S.A. (“SROC”) foi nomeada para
desempenhar a função de Fiscal Único da Sociedade e simultaneamente a revisão legal das contas da mesma, a qual veio
a ser aceite pela SROC, substituindo a sociedade Jorge Direito & Associados, SROC, S.A. que acompanhava a Sociedade
desde a sua constituição.
Por outro lado aquela Opinião inclui ainda um parágrafo de ênfase como segue: ” O capital próprio da Entidade em 31 de
Dezembro de 2015 inferior a metade do seu capital social, situação que determina a aplicação do artigo 119 do Código das
Sociedades Comerciais. O Conselho de Administração apresentou no anexo às demonstrações financeiras e no seu
relatório de gestão uma proposta para que os accionistas deliberem sobre medidas concretas a efectuar, na próxima
Assembleia Geral, por forma a adequar o capital próprio da Entidade à legislação em vigor. A nossa opinião não é
modificada em relação a esta matéria.”
As demonstrações financeiras da Sociedade são preparadas de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato
financeiro adoptadas para pequenas e grandes empresas. A nova equipa de Auditores iniciou os seus trabalhos em Julho
de 2016. Após concluída a fase de planeamento, veio a determinar a materialidade aplicável às demonstrações financeiras
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Adaptado do exame da OROC
Decorrente da execução dos procedimentos de auditoria com vista a dar resposta aos riscos de distorção material
identificados resultaram as seguintes situações:
a. Com referência a 31 de Dezembro de 2016, a Sociedade procedeu à inventariação dos seus consumíveis fabris,
tendo sido possível proceder à sua valorização, com fiabilidade, no montante de 236.735 Euros. A SROC
efectuou o acompanhamento destes procedimentos de inventariação, efectuados pela Sociedade e executou
testes substantivos à valorização efectuada pela Sociedade. Não foram identificadas distorções no saldo
daquele inventário com referência a 31 de Dezembro de 2016. A diferença daquele saldo no montante de
236.735 Euros, face ao que se encontrava registado no saldo de abertura (em 31 de Dezembro de 2015) no
montante de 315.413 Euros, foi registado pela Sociedade por contrapartida da rubrica “Custo das mercadorias
vendidas e das matérias consumidas” da demonstração dos resultados do exercício de 2016. Adicionalmente, a
SROC solicitou que a Sociedade produzisse um documento que detalhasse os movimentos ocorridos no
exercício de 2016 e 2015 (compras e consumos). O documento que foi produzido pela Sociedade indicava que
teriam sido adquiridos consumíveis fabris, em 2016, no montante de 154.327 Euros (118.428 Euros em 2015) e
consumidos, em 2016, no montante de 167.349 Euros (173.814 Euros em 2015). Os procedimentos executados
pela SROC relativamente a este documento (informação preparada pela entidade) permitiram-lhe concluir pela
plenitude e fiabilidade da informação nele constante.
b. O saldo de produtos acabados em 31DEZ2016, incluído na rubrica de inventários, ascende a 1.535.637 Euros. Os
procedimentos substantivos realizados pela SROC, para uma amostra de referências, em 31DEZ2016, revelou
uma sobreavaliação do saldo em, aproximadamente, 57.000 Euros (inclui uma distorção projectada de,
aproximadamente, 27.000 Euros).
c. A análise que a SROC realizou aos controlos gerais informáticos da Sociedade, revelou debilidades ao nível dos
perfis de acessos instituídos no sistema financeiro e contabilístico da mesma. Esta situação configura-se como
uma deficiência de controlo interno, pelo que os restantes procedimentos de auditoria foram desenhados
atendendo à existência desta deficiência.
e. A Sociedade apresenta perdas operacionais no último exercício, o que indicia eventuais perdas de imparidade
por registar relativos à sua unidade fabril. Por outro lado, existem 15 lojas próprias localizadas em centros
comercias no Pais, das quais algumas apresentam rentabilidade negativa ou reduzida - a Sociedade efectuou
diversas benfeitorias naquelas lojas que se encontram registadas nos activos fixos tangíveis da Sociedade em 31
de Dezembro de 2016 no montante de, aproximadamente 1.320.000 Euros. A SROC obteve e analisou o plano
de negócios futuro que tem vindo a ser elaborados pela entidade consultora que foi contratada para auxiliar a
Sociedade na elaboração de planos de negócio futuros e pesquisa de eventuais investidores, tendo verificado
que os mesmos apresentam pressupostos muito optimistas. Por outro lado, os serviços da Sociedade não
prepararam testes de imparidade com referência a 31 de Dezembro de 2016 relativamente aos activos fixos
tangíveis da Sociedade, pelo que não foi registado qualquer eventual efeito sobre este assunto nas
demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016.
f. Os procedimentos substantivos efectuados pela SROC relativamente às contas a receber de clientes revelaram
uma insuficiência do saldo de imparidade acumuladas com referência a 31 de Dezembro de 2016 no montante
de, aproximadamente 335.000 Euros, do qual, aproximadamente, 56.000 Euros respeita a exercícios anteriores.
g. Os procedimentos substantivos efectuados pela SROC relativamente à rubrica de inventários revelou uma
insuficiência no saldo de imparidade acumuladas com referência a 31 de Dezembro de 2016 no montante de
59.000 Euros, o qual respeita praticamente integralmente ao exercício de 2016.
j. No decurso do exercício de 2016, a Empresa celebrou um contracto de SWAP de taxa de juro com uma
instituição financeira (não configurável para contabilidade de cobertura). O justo valor do derivado em
31DEZ2016 ascende a 53.675 Euros positivos. Em 31DEZ2016 a Sociedade não procedeu ao registo deste
montante, por considerar pouco conservador fazê-lo.
l. Em 25 de Fevereiro de 2017, a Sociedade celebrou um acordo de reestruturação da sua dívida bancária com um
sindicato bancário, o qual prevê a liquidação da dívida existente e a contracção de uma nova dívida de
13.000.000 Euros, a liquidar em 40 prestações semestrais com carência de 1 ano, vencendo juros à taxa Euribor
acrescida de 6% de spread. O acordo prevê, contudo, um conjunto de convénios que irá obrigar a Sociedade a
atingir determinados patamares de rentabilidade, a partir de Outubro de 2017, cuja concretização é incerta e
altamente dependente da capacidade da Sociedade em alargar a sua carteira de clientes. Não obstante, a
assinatura deste contracto foi fundamental para que a Sociedade não entrasse, a muito curto prazo, em pleno
colapso económico. Esta situação foi devidamente descrita no anexo às demonstrações financeiras e suporta a
avaliação efectuada pelo Conselho de Administração da Sociedade quanto à aplicabilidade do princípio da
continuidade das operações às demonstrações financeiras da Sociedade em 31 de Dezembro de 2016.
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Demonstraç Resultado
2015 2014
Vendas de bens e prestação de serviços 12,374,345.00 14,678,950.00
Subsidio exploração 53,260.00 55,430.00
Variação nos inventários de produção - 49,596.00 327,089.00
Custos mercadorias vendidos materias consumidas - 7,749,640.00 - 9,247,798.00
Gastos com pessoal - 3,843,790.00 - 3,943,250.00
Fornecimento e serviços de terceiros - 1,354,650.00 - 1,254,650.00
Provisões do período - -
Imparidade de Inventarios - 79,567.00 - 178,490.00
Provisões do período (aumento/reduções) - 132,450.00 - 233,360.00
Resultados antes das depreciações e financiamentos - 782,088.00 203,921.00
Gastos/reversões de depreciação e amortização - 1,129,686.00 - 1,072,686.00
Resultados antes de gastos financiamentos - 1,911,774.00 - 868,765.00
Juros e rendimentos similares obtidos 43.00 45.00
Juros e rendimentos similares suportados - 490,456.00 - 484,235.00
Resultados antes de impostos - 2,402,187.00 - - 1,352,955.00
Impostos - 93,560.00 43,780.00
Resultados líquidos do período - 2,495,747.00 - 1,309,175.00
Tendo em consideração o enquadramento geral descrito, as situações identificadas (alíneas a) a m). acima) e as
demonstrações financeiras acima apresentadas, responda as questões abaixo, explicitando os pressupostos que
considerar necessários e as normas que forem aplicáveis:
Identificar o Avaliar o efeito do problema Identificar as politicas e/ou princípios Produzir recomendações contabilísticas e
problema nas DF de contabilidade postos em causa administrativas para resolver problemas
identificados
1.2. Tendo em conta os problemas identificados, quais seriam os efeitos desses problemas na determinação dos
Resultados de exercício em análise.
1.3. Quais teriam sido os procedimentos de auditoria que o Auditor Externo teria adoptado para identificar os temas
abordados nas a) e) e i)
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