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“Despedidas em Belém”

Bom dia a todos, hoje vamos apresentar o nosso trabalho sobre o episódio dos Lusíadas
“Despedidas em Belém”. Então, este episódio encontra-se no canto IV e faz parte da
Narração. Tem como planos narrativos o Plano da História de Portugal e o início do Plano da
Viagem. Para nos situarmos na história, devido a acontecimentos nos reinados de D. João II
relacionados com a expansão para África, surgem os preparativos para a viagem á Índia, o
que nos leva ás Despedidas em Belém.

Resumindo este episódio, depois de relembrar a História de Portugal, Vasco da Gama narra
ao rei de Melinde a partida da armada para a viagem de descoberta do caminho marítimo
para a Índia, em analepse. Começa por contar que os navegadores foram renumerados por
D. Manuel I e incentivados com palavras de ânimo. No porto de Lisboa, preparam-se as
naus para a viagem, encontrando-se os marinheiros e os soldados muito entusiasmados e
sem medos. Depois destes preparativos, aprontaram-se também espiritualmente, pedindo
a Deus orientação e apoio para a viagem. Vasco da Gama refere que quando recorda o
momento da partida, cheio de dúvida e receio, tem dificuldade em conter as lágrimas.
Naquele dia, o povo da cidade de Lisboa aglomerou-se na praia de Belém para assistir á
partida das naus e para se despedir dos amigos e parentes que iriam embarcar. Acreditava-
se que a viagem seria longa e perigosa de forma que o povo considerava a possibilidade de
os navegadores jamais voltarem. Os homens não conseguiam esconder a emoção (“com
suspiros”) e as mulheres choravam com desespero de não os voltar a ver.

Podemos dividir este episódio em 3 partes:


 Numa primeira parte temos a introdução, da estância 83 a 86 onde é feita a
referência a D. Manuel I, que pagou aos marinheiros e encorajou-os com palavras de
louvor; é localizada a ação no espaço e no tempo, em que podemos observar o
alvoroço geral dos últimos preparativos para o embarque dos marinheiros e soldados.
Prontas as naus, reúnem-se em oração na ermida da Nossa Senhora de Belém.

 Para uma segunda parte temos, o desenvolvimento, da estância 87 a 92. Aqui é feita
a descrição do caminho de Vasco da Gama e os seus companheiros da ermida até aos
batéis pelo meio dos homens e mulheres, velhos e meninos, mas principalmente
pelas mães e esposas. Tanto os que partiam como os que ficavam entristeciam e a
despedida assume grande emotividade.
 E finalmente, a terceira parte, constituída pela estância 93, que refere o embarque
que, por vontade de Vasco da Gama, se fez sem despedidas habituais para diminuir o
sofrimento, tanto dos que partiam como dos que ficavam

Conseguimos encontrar os seguintes recursos expressivos: tais como a perífrase, a


anáfora, a apóstrofe, a enumeração, dupla adjetivação, aliteração e personificação
sendo que alguns deles se repetem mais que uma vez. Vamos só dar exemplo a três
destes que se encontram no episódio. Temos a anáfora onde se repete o “Que” no início
destes dois versos na estância 87 (ler pp), uma enumeração na estância 89 (ler pp) e
uma dupla adjetivação na estância 90 (ler pp).

Este episódio é importante nos Lusíadas porque demonstra a dor, sofrimento e coragem
por parte dos portugueses visto que tiveram de deixar as suas famílias para enfrentar o
desconhecido e se aventurarem nesta viagem á Índia.

Para terminar, conseguimos relacionar este texto com o poema “Mar Português”, de
Fernando Pessoa, aonde passo a ler (ler pp). Então, Fernando Pessoa, tal como Luís de
Camões, revela a dor, o sofrimento e o sacrifício das pessoas. Mas, Camões considera
que estes sentimentos atingiram todas as pessoas de Portugal. Globalmente, este
poema “Mar Português” retrata a ânsia do desconhecido e a luta que os navegadores
travaram com o mar. O autor realça, também, a dor das mães, noivas e filhos que
perderam a sua oportunidade de constituir uma família.

Terminamos assim a nossa apresentação e obrigada pela vossa atenção.

FIM

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