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Linguagem e cognição na doença de alzheimer

-Indivíduos considerados dementes: aqueles em que é evidenciado deterioração cognitiva


particularmente de memória afetando atividades da vida diária.
-Dados: sobrevida em média de 8 anos após o início de sintomas, a DA corresponde a mais de
50% dos casos de demência com prevalência chegando a atingir 26% entre indivíduos com
idades a cima de 84 anos.
-Diagnóstico: feito a partir de bases clinicas e observando critérios para a classificação de
definida (através de exame anatomopatológico), provável e possível. Além disso o diagnóstico é
definido também pela avaliação dos aspectos cognitivos (pos-mortem).
-Boller e Duyckaerts (1997) distinguiram a apresentação dessa doença em 3 estágios, todos
duram em média de 2 anos, o primeiro seria marcado pelas alterações de memória, o segundo
com a presença de perdas mais gerais como praxias, gnosias e funções executivas e o terceiro
dominado pela restrição, perda de autonomia e independência.
Linguagem e cognição na DA:

-Fases avançadas: redução da iniciativa, espontaneidade, limitação de vocabulário e dificuldade


de encadear ideias e fornecer informações precisas, mas pode manter habilidades
comunicativas que revelarão sua capacidade de readaptação funcional.
-Alterações marcantes em aspectos léxico-semânticos e fonológico-sintáticos.
-O agravamento dos distúrbios de linguagem está ligado a intensificação do acometimento
cognitivo.
-Se mantém: repetição, reconhecimento do próprio nome e habilidades sociais.

Recepção e compreensão da linguagem oral:

-Inabilidade de sintetizar e processar informação fornecida pela fala.


-Problemas com aspectos atencionais e memória operacional.

Compreensão de sentenças

-Preservação do componente sintático da linguagem (mantem a ordenação sintática e emprego


de classes de palavras).
-Dificuldade na compreensão de sentenças complexas e extensas.

Compreensão e memorização de narrativas

-Pacientes com DA não são capazes de diferencias o grau de importância das proposições
-Incapacidade de fornecer informações detalhadas e de fazer inferências linguísticas e
cognitivas para transformar o conteúdo explicito do texto em um nível mais global de
significado.

Produção da linguagem oral:

-Classificados como fluentes (sistema fonético-fonológico preservado).


Linguagem escrita:

-Leitura em voz alta se mantem intacta no processo demencial.


-Mas apresentam dificuldade na leitura de palavras irregulares de baixa frequência e na
extração de significado do material lido.
-A partir de estudos posteriores constatou-se que a compreensão da leitura é afetada de forma
precoce na DA.
-Apenas os mecanismos aprendidos e consolidados permanecem em estágios avançados da
demência.
Na escrita presença de agrafias, déficit ortográfico práxicos e motores da escrita.

Produção escrita em narrativas e frases:

- Pouco organizadas, repetitivas pouco informativas e apresentavam informações irrelevantes


- Erros ortográficos (grafêmicos) alterações práxicas.

Produção escrita de palavras:

-Baixo escore para palavras irregulares e presença de erros de regularização.


-Declínio de acertos em tidos os tipos de estímulos (palavras regulares, irregulares e
pseudo-palavras).

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